Fé, vigilância e sabedoria
“Portanto, ficai vigiando, pois não
sabeis qual será o dia, nem a hora” (Mt 25, 13)
Na Liturgia, do 32º Domingo do Tempo Comum, ouvimos a passagem do Evangelho em que Jesus nos fala do Reino de Deus a partir da Parábola das dez virgens (Mt 25, 1-13).
Assim lemos no Missal Cotidiano:
“Jesus descreve a Bem-Aventurança eterna como uma festa de núpcias, em que o esposo é o Cristo. Mas a Parábola põe a tônica sobre as insensatas que encontram a porta fechada, porque não chegaram a tempo.
A Palavra que Jesus dirige a essas jovens é uma das mais terríveis de toda a Bíblia: ‘Não vos conheço’. Trata-se da separação total, se nos lembrarmos de que ‘conhecer’ implica na Bíblia um elemento afetivo.
Ser ‘repelido’ é o resultado da falta de ‘fé vigilante’. É terrível pensar que muitas vezes é salva a fachada, porém dentro está morto o amor, e com ele a esperança.
Continua-se por hábito, cansadamente, por comodismo ou por capricho, mas perdeu-se do ‘convite às bodas’. Falta no íntimo a espera vigilante e ativa (ter óleo) do encontro com Cristo, cuidadosamente preparado”. (1)
Como discípulos missionários, na prática de uma fé vigilante, não podemos deixar faltar o azeite da esperança, da justiça, da solidariedade, da confiança, do amor, da alegria:
“As comunidades cristãs não devem permitir-se distrações ou superficialidades, mas são chamadas a alimentar a fé com o azeite da esperança e da paciência, que jamais podem abrandar em quem espera a sabedoria verdadeira e fecunda” (2).
E como afirmou o Pe. José Carlos Pereira:
“Acordar com o propósito de ser melhor, de agir melhor, de não dar tanta importância às pequenas coisas que nos desgastam por qualquer motivo, de sorrir mais, de ajudar mais o próximo, de cuidar mais da vida, pois, agindo assim, estaremos vigilantes e preparados”. (3)
Oremos:
Senhor Deus, concedei-nos o dom da sabedoria que vem do Vosso Espírito, para acolhermos e vivermos a Palavra do Vosso Filho, para que um dia tenhamos a graça de participarmos do Banquete da Eternidade.
Concedei-nos, também, a graça de acrescentar cada vez mais o azeite em nossas lâmpadas, para que não se apague na espera, quando Vosso Filho vier gloriosamente pela segunda vez, e que o fogo do Espírito esteja crepitando em nossos corações, e assim, sejamos dignos de correr ao mais desejado e esperado encontro. Amém. (4)
(1) Missal Cotidiano – p.1211
(2) Lecionário Comentado – Editora Paulus - p. 221
(3) Liturgia da Palavra I – reflexões para os dias da semana – Editora Paulus – p.253
(4) Livre adaptação Lecionário Comentado p.223
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