segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Advento de novos tempos

                                                                

Advento de novos tempos

“Eu vejo, mas não para já; contemplo-o, mas ainda não próximo: 
Uma estrela surge de Jacob e um cetro se ergue de Israel.”
(Nm 24, 17a)

Quero o olhar de Balaão, um olhar penetrante,
Que não se detenha na superfície das coisas.

Quero a possibilidade, como teve com Balaão,
De apontar algo novo que vai além das aparências.

Quero saber perscrutar em profundidade
Os inesgotáveis Mistérios do  amor e da bondade de Deus.

Quero compreender a frágil condição humana,
Reaprender, a cada dia, o reerguer necessário.

Quero cair em êxtase como Balaão, e ver no horizonte
O inédito que Deus tem sempre a nos oferecer.

Quero abrir os olhos e nele deitar o colírio da fé,
Para renovar no coração a esperança e a caridade.

Quero ver cair os espessos véus,
Que ocultam o Projeto de Deus desde sempre.

Caiam os véus do orgulho, das paixões destrutivas,
Dos interesses mesquinhos, dos preconceitos dilacerantes.

Caiam todos os véus da mentira e da maldade,
Para que acolhamos a Divina Luz da Verdade e Bondade: Jesus.

Caídos os véus, abram-se as cortinas, para que
Possamos ver os acontecimentos e as pessoas com o olhar de Deus.

Abram-se as cortinas, para vislumbrarmos novas relações;
Novos tempos, novos brotos, novos frutos.

Cortinas abertas e véus caídos ao chão,
O céu fica bem mais perto da terra: novo tempo, sinais do Reino. Amém.



PS: Fonte inspiradora:  (Nm 24, 2-7.15-17a), proclamado na segunda-feira da terceira semana do Advento e  Lecionário Comentado- Editora Paulus - Lisboa - 2011 -  p. 142.

Deus coloca em nós o Seu afeto

                                                           


Deus coloca em nós o Seu afeto

Acolhamos um trecho do pequeno do Tratado de Guilherme, (Abade Mosteiro de Saint-Thierry), sobre a contemplação de Deus.

“Somente Vós sois realmente Senhor, Vós para quem dominar sobre nós é salvar-nos; enquanto, para nós, servir-Vos nada mais é do que ser salvos por Vós.

Senhor, de Vós procede a Bênção e a salvação para Vosso povo. Mas que salvação é esta senão a graça que nos concedeis de Vos amar e de ser amados por Vós?

Por isso, Senhor, quisestes que o Filho que está à Vossa direita, o homem que fortalecestes para Vós, fosse chamado Jesus, isto é, Salvador: pois Ele vai salvar o povo de seus pecados (Mt 1,21) e em nenhum outro há salvação (At 4,12). 

Ele nos ensinou a amá-Lo, ao nos amar primeiro e até à morte de Cruz. Por Seu Amor e Sua dileção, suscita nosso amor por Ele, que nos amou primeiro e até o fim.

Foi assim mesmo: Vós nos amastes primeiro para que: Vos amássemos. Não tínheis necessidade de ser amado por nós, mas não poderíamos atingir o fim para o qual fomos criados se não Vos amássemos.

Eis por que, tendo falado outrora a nossos pais muitas vezes e de muitos modos por intermédio dos Profetas, nestes últimos tempos nos falastes pelo Vosso Filho, pelo Vosso Verbo; por Ele é que os céus foram criados, e pelo sopro de Seus lábios, todo o universo (Sl 32,6).

Para Vós, falar por meio do Vosso Filho não foi outra coisa senão trazer à luz do sol, isto é, manifestar claramente o quanto e como nos amastes, Vós que não poupastes Vosso próprio Filho, mas o entregastes por todos nós. E Ele também nos amou e Se entregou por nós.

É essa, Senhor, a Palavra que nos dirigistes, o Verbo Todo-Poderoso. Quando todas as coisas estavam envolvidas no silêncio (cf. Sb 18,14), ou seja, nas profundezas do erro, Ele desceu do Seu trono real (Sb 18,15) para combater energicamente todos os erros e fazer triunfar suavemente o Amor.

E tudo o que Ele fez, tudo o que disse na terra, até aos opróbrios, até aos escarros e às bofetadas, até à Cruz e à sepultura, não foi senão a Palavra que nos dirigistes em Vosso Filho, suscitando pelo Vosso Amor o nosso amor por vós.

Bem sabíeis, ó Deus, Criador dos homens, que este amor não pode ser imposto, mas que é necessário estimulá-lo no coração humano. Porque onde há coação não há liberdade, e onde não há liberdade também não há justiça.

Quisestes assim que Vos amássemos, pois não podería­mos ser salvos com justiça sem Vos amar; e não poderíamos amar-Vos sem receber de Vós esse Amor.

Por isso, Senhor, como diz o Apóstolo do Vosso Amor e nós também já dissemos, Vós nos amastes primeiro; e amais primeiro todos os que Vos amam.

Nós, porém, Vos amamos com o afeto do amor que pusestes em nós. Mas Vosso Amor, Vossa bondade, ó suma­mente bom e sumo bem, é o Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho. 

Desde o princípio da criação Ele pairava sobre as águas, isto é, sobre os espíritos indecisos dos filhos dos homens; Ele Se oferece a todos, atrai tudo a Si, inspirando, encorajando, afastando as coisas nocivas, providenciando as úteis, unindo Deus a nós e unindo-nos a Deus.”  (1)

O Abade nos apresenta uma face tão bela do Deus da Sagrada Escritura, por vezes, tão diferente da habitualmente concebida por alguns.

Deste modo, Deus é nos apresentado com um rosto luminoso e um coração inflamado de Misericórdia, que coloca todo Seu afeto em nós, e quer tão apenas estabelecer conosco, feitos à Sua imagem e semelhança, uma relação de amor, amizade e intimidade. 

Este amor tão bem descrito no Livro do Cântico dos Cânticos:   

“Coloca-me, como um selo sobre teu coração, como um selo em teu braço. Pois o amor é forte, é como a morte, o ciúme é inflexível como o Xeol. 

Suas chamas são chamas de fogo uma faísca de Javé. As águas da torrente jamais poderão apagar o amor, nem os rios afogá-lo. 

Quisesse alguém dar tudo o que tem para comprar o amor... Seria tratado com desprezo” (Ct 8, 6- 7).

Refletir sobre o Amor de Deus, que nos amou primeiro,  nos faz mais humanos e mais solícitos para com o próximo.

Vivamos o Tempo do Advento, preparando-nos com progressos espirituais, maiores ainda, para que sejamos mais luminosos e misericordiosos ao celebrarmos o Natal. Afinal, fomos feitos à imagem e semelhança de Deus. Amém.

           
(1) Liturgia das Horas - Segunda-feira da terceira Semana do Advento.

É próprio do amor de Deus...

                                                                 

É próprio do amor de Deus...

Mais do que falar do amor de Deus, é preciso vivê-lo intensamente, escrevendo memoráveis páginas de resposta ao Seu amor.

Mergulhemos no mar da misericórdia de Deus e a felicidade pura, verdadeira, encontraremos, pois é próprio do amor de Deus:

- Amar até mesmo os inimigos; amor sem limites, barreiras, méritos, conceitos;

- Falar no mais profundo de nós, dando a nós o melhor d’Ele, para que sejamos melhores a cada dia;

- Doer até as entranhas do coração em intensa compaixão, agindo em nós ainda que não o percebamos ou não nos predisponhamos, pois Seu amor é persistente;

- Fazer-se presente quando menos imaginamos, e quando mais precisamos;

- Abrir-se ao novo, e de forma diferente, encaminhando luz a quem precisa, mas não dispensa nossas renúncias para nos oferecer algo infinitamente maior e melhor;

- Vir em nosso socorro em necessários discernimentos;

- Suportar a rejeição, para que sejamos mais bem aceitos, porque regenerados, ainda que não merecedores, nos ama ainda que não saibamos ou não percebamos, ou até mesmo O ignoremos;

- Expressar-se com faces de misericórdia, em atitudes de perdão que possibilitam sempre um novo recomeço, deixando marcas para sempre lembradas.

É próprio do amor de Deus...

Tempo do Advento: purifiquemos nosso coração

 


Tempo do Advento: purifiquemos nosso coração

Vivendo o Tempo do Advento, reflitamos a passagem do Livro do Eclesiástico:

“Como era glorioso ao fazer a volta do santuário, ao sair da casa do Véu! Era como a estrela da manhã no meio da nuvem, como a lua cheia nos dias de festa; como o sol resplandecendo sobre o santuário do Altíssimo, como o arco-íris brilhando entre as nuvens de glória; como a flor das roseiras em dias de primavera, como o lírio junto às fontes das águas, como a vegetação do Líbano em dias de verão. Era como o fogo e o incenso no turíbulo, como um vaso de ouro maciço, ornado de toda espécie de pedras preciosas; como a oliveira carregada de frutos, como o cipreste, que se eleva até às nuvens.” (Cf. Eclo 50,5-10)

Vivamos intensamente o Tempo do Advento e entremos santuário interior de nossos corações e que ele seja purificado, participando ativa, consciente e piedosamente da liturgia, com renovados sagrados compromissos com a Boa Nova do Reino que nos conduzirá à glória plena.

Removamos todas as “tralhas” que possa haver nele, de tal modo que possamos celebrar e exultar de alegria com o Vosso Nascimento em mais um Natal que se aproxima.

Oremos:  

Senhor, vivendo a graça do Tempo do Advento, estamos nos preparando para celebrar vossas duas vindas: na Carne como viestes e gloriosamente como havereis de vir.

Iluminai-nos para que ao adentrar em vossa igreja, encontremos um lugar em que possamos ofecerecer o divino sacrifício, e que seja lugar da oração, ensino, cura e luzes para enfrentar os inúmeros desafios do cotidiano.

Ajudai-nos a cuidar cada irmão e irmã empobrecido, com o mesmo amor com que cuidamos do culto e de Vossa casa.

Firmai nossos passos nos sagrados compromissos com expressivo zelo na promoção da vida e da dignidade dos pobres, da mesma forma que que o fazemos no cuidado de Vossa casa, o templo onde nos encontramos.

Senhor, que este zelo inseparável, irrenunciável e inadiável, por nós seja vivido, porque para Vós agradável e louvável; e não permitais que caiamos em omissões execráveis, detestáveis e lamentáveis, porque por Vós inadmissíveis e impensáveis! Amém!

 

Vai nascer a flor...

                                                                   

Vai nascer a flor...

Da esperança, na planície árida dos desesperados.
Da confiança, na planície inconstante dos inseguros.
Da alegria, na planície obscurecida dos entristecidos.
Da ação, na planície inibidora de sagrados compromissos.

Vai nascer a flor...

Da pureza, no cume da montanha, no coração dos inocentes.
Da verdade, no cume da montanha dos que não se curvam à mentira.
Da liberdade, no cume da montanha dos que a nada se escravizam.
Da sinceridade, no cume da montanha, dos que são transparentes.

Vai nascer a flor... 

Da acolhida, no vale dos que são rejeitados.
Da ternura, no vale dos que suplicam atenção.
Da valorização, no vale dos que são pisoteados.
Da dignidade sagrada, no vale dos que são violados.

Vai nascer a flor... 

Da fé, no abismo profundo do coração dos que não esmorecem.
Da esperança, no abismo profundo do coração dos que não vacilam.
Da caridade, no abismo profundo do coração dos que cultivam o amor.
Das virtudes divinas, que fazem florir o mais belo jardim.

Vai nascer a flor... 

De mil nomes possíveis, no canteiro imenso do mundo,
Porque assim faz Deus com Suas sementes imensuráveis,
Se acolhidas e regadas com Oração, e por vezes com lágrimas,
Na morte das sementes, vidas novas renascidas – Ressuscitadas.

Vai nascer a flor... 

Que perdemos provisoriamente lá no belo Paraíso,
Mas que pela fidelidade à Palavra vivida,
Com o arado da Cruz, o mundo preparado,
Novo céu, nova terra floridos: esperados, realizados.

Vai nascer a flor... 

No coração dos que não fixaram âncoras no passado,
Mas que se puseram a caminho com o Senhor:
Ora atravessando o deserto com seus desafios,
Ora a turbulenta água do mar da existência.

Vai nascer a flor...

No coração dos poetas e dos Profetas
Que sonham e descrevem um mundo diferente, renovado...
Que olham para o futuro com os olhos de Deus, o mais belo olhar.
Que veem, além do horizonte do sol poente, um novo amanhecer.

Vai nascer a flor...

No coração dos que não perdem a confiança na humanidade,
Que se abrem ao Mistério do Amor revelado pela Santíssima Trindade,
Que nutrem e germinam, no tempo presente, flores de eternidade. Amém.

Vai nascer a flor...



PS: Oportuno para refletirmos a passagem do Evangelho de Lucas (Lc 4,1-13) - onde-se lê "planície árida", podemos ler o "deserto" e aprofundar o tema do Jubileu da Esperança - 2025. Também para que vivamos um fecundo Tempo do Advento, tempo de esperança, mudança e alegria pela vinda do Verbo que fez e fará morada entre nós.

"Sete duelos"

                                                               

"Sete duelos"

“ Sede sóbrios e vigilantes. O vosso adversário, o diabo, rodeia como um leão a rugir, procurando a quem devorar. Resisti-lhe, firmes na fé.” (1 Pd 5, 8-9a)

Inicialmente, vi a verdade duelando com a mentira que, muitas vezes, se apresentou na boca de pessoas bem maquiadas, trajadas, com palavras bem versadas.

Mentira tão bem apresentada, com convicção e persuasão, que parecia uma verdade incontestável. Vi a verdade tão frágil como se não fosse sobreviver. Mas a verdade não pode morrer, pois seria a morte da própria história e da humanidade.

O duelo continuará. Que vença a verdade no final, a verdade que nos faz verdadeiramente livres, que nos vem do Evangelho, como o próprio Senhor nos diz: – “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8, 32).

Vi a vida duelando com a morte, e assim o fará até o fim da existência. Vi a vida florescendo teimosamente numa flor na singeleza de um barranco, ou brotando nas fendas do asfalto.

Vi a vida vencendo a morte, quando o pão foi partilhado, quando se fez renascer o sorriso nos lábios de alguém que participou de nosso cotidiano, amenizando a dor e o drama de uma solidão e, por vezes, até mesmo abandono, em visitas solidárias e expressão de compaixão e comunhão.

Vi este duelo de tantas pessoas que, em suas atividades profissionais, com zelo, amor, ética, tudo fazem para resgatar, salvar vidas, dando o melhor de si, mesmo na precariedade de recursos materiais e humanos; vencendo cansaços, limites, descasos e carências em todos os âmbitos (educação, saúde, lazer, habitação...).

O duelo continuará. Que a vida seja no final a mais bela vencedora: a vida plena e feliz que Jesus veio nos trazer – “Eu vim para que todos tenham vida e tenham vida plenamente” (Jo 10, 10).

Vi a luz quase que se apagando diante da imensidão das trevas do pecado, da injustiça, da infidelidade, desobediência aos desígnios divinos para a humanidade. Mas vi que quanto maior a escuridão, maior é o efeito da chama.

Aprendi com muitos que o auge da escuridão é, de fato, o início de um novo dia; luz que haverá de ser irradiada, sobretudo, por aqueles que um dia o Batismo receberam, para ser no mundo luz, na prática da Boa-Nova das Bem-Aventuranças, como projeto e programa de vida.

O duelo continuará. Cremos na Palavra do Divino Mestre e Senhor que assim nos falou: “Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8,12).

Vi o sonho duelando com os pesadelos, quando pais e mães, incansáveis, se desdobraram para o melhor oferecer aos filhos, enfrentando filas e aprendendo o milagre da partilha do pouco que se tem, para que o milagre do amor possibilitasse a vitória de um filho (a) em objetivos e sonhos cultivados; bem como vi filhos que sonham, dando o melhor de si, para que o sonho de seus pais não se tornem tristes pesadelos, que roubam as forças e a alegria da existência e da razão, porque se deram e se doaram.

O duelo continuará. Que vençam os mais belos e sagrados sonhos, cultivados no sono sagrado, que alimenta de horizontes o tempo acordado de viver, como diz a canção.

Vi a fé, pequena como um grão de mostarda, duelando com a montanha da incredulidade da força de Deus, que vem em socorro de nossa fraqueza.

Vi a fé autêntica duelando com a fé alienante, por vezes mágica, transferindo soluções para Deus, quando Ele tudo dispôs em nossas mãos.

Até mesmo vi a fé com raízes bíblicas duelando com a pseudofé, fonte de renda e enriquecimentos improcedentes, e até escandalizantes.

Vi a fé de mãos dadas com a razão, em muitos que não se cansam de procurar respostas e saídas para amenizar a dor, o pranto, e o lamento de vidas pela enfermidade fragilizadas, agonizadas.

O duelo continuará. Que a fé seja o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem (Hb 11,1). Como que uma força e impulso que não nos permitem desistir do bom combate.

Vi a esperança, plantada, cultivada e enraizada em mentes e corações duelando contra o seu oposto, o nada mais esperar, como se tivesse chegado ao fim da história, ao caos absoluto e insuperável.

Vi a esperança no canto dos olhos de enfermos, em novo amanhecer envolvidos em suas atividades, como também no olhar de tantos (crianças, jovens, adultos e idosos) de que algo novo há de surgir.

Vi a esperança de mãos dadas com a alegria no coração dos que conseguem ver além do cinza dos muros, e, se preciso como poetas e cantores, emprestam a voz, o olhar e os ouvidos para anunciar que podemos construir a paz, como incansáveis artesãos.

O duelo continuará. Como Abraão que, em esperança, creu contra a esperança, para que se tornasse pai de muitas nações (Rm 4,18), e como canta o poeta: “mas renova-se a esperança. Nova aurora a cada dia. E há que se cuidar do broto para que a vida nos dê flor, flor e fruto”.

Finalmente, vi o maior de todos os duelos: o amor duelando com o ódio, em tantas notícias de violência, assassinatos, chacinas, sangue de inocentes derramado, o chão tristemente marcando, com manchas execráveis, que ferem nosso olhar e nos fazem sofrer pela triste lembrança.

Vi o ódio sorrindo, em aparente destruição do amor, como se ele pudesse ser e ter a última palavra. Mas cremos que o amor é a força que, ainda que em aparentes últimos suspiros, renasce para além de nossa compreensão e discursos racionais, pois o amor jamais passará, nos disse o apóstolo e assim o cremos (1 Cor 13, 8).

O duelo continuará. Que vença o amor no final, pois fomos criados pelo Amor da Trindade, para viver no amor, e amando, encontrar o sentido do existir e a verdadeira felicidade. Somente quem ama é verdadeiramente feliz. 

Sete duelos que vi e vivi, ou que vimos e vivemos; duelos que continuaremos enfrentando, sem fugas e recuos, sempre com o Amor de Deus, que foi pelo Espírito derramado em nossos corações (Rm 5,5).

Na fidelidade a Jesus, renovemos sagrados compromissos com o Seu Reino; permaneçamos firmes no bom combate da fé (2Tm 4, 7-8), contando sempre com a força do Espírito, para que sejamos totalmente atentos aos desígnios do Pai.
Permaneçamos firmes e vigilantes no bom combate da fé, sempre! 

PS: Oportuno para o 3ºDomingo do Advento - Domingo da Alegria.

Rezando com os Salmos - Sl 110(111)

 




As obras do Senhor são verdade e justiça

–1 Eu agradeço a Deus de todo o coração *
junto com todos os Seus justos reunidos!
–2 Que grandiosas são as obras do Senhor, *
elas merecem todo o amor e admiração!

–3 Que beleza e esplendor são os Seus feitos! *
Sua justiça permanece eternamente!
–4 O Senhor bom e clemente nos deixou *
a lembrança de suas grandes maravilhas.

–5 Ele dá o alimento aos que O temem *
e jamais esquecerá Sua Aliança.
–6 Ao Seu povo manifesta Seu poder, *
dando a Ele a herança das nações.

–7 Suas obras são verdade e são justiça, *
seus preceitos, todos eles, são estáveis,
–8 confirmados para sempre e pelos séculos, *
realizados na verdade e retidão.

=9 Enviou libertação para o Seu povo, †
confirmou Sua Aliança para sempre. *
Seu nome é santo e é digno de respeito.

=10 Temer a Deus é o princípio do saber, †
e é sábio todo aquele que o pratica. *
Permaneça eternamente o Seu louvor.”

Com o Salmo 110(111) contemplamos as grandes obras do Senhor, sobretudo os prodígios durante o Êxodo.

Também o autor do Livro do Apocalipse nos convida a contemplar as maravilhas por Deus realizadas:

“Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus todo-poderoso! (Ap 15,3).

Supliquemos a Deus para nos conceda um olhar contemplativo de Suas maravilhas, e assim renovemos nossos sagrados compromissos com a Boa Nova do Reino, passando sempre da contemplação para a oblação. Amém.

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