quarta-feira, 9 de julho de 2025

Enviados para testemunhar a Palavra da Salvação

                                                                       

Enviados para testemunhar a Palavra da Salvação

“A Palavra da Salvação
coloca-nos a caminho...”

Na passagem do Evangelho (Mt 10,1-7), proclamada na quarta-feira da 14ª Semana do Tempo Comum, Jesus escolhe e envia os doze Apóstolos em missão. 

Bem sabemos que "doze" representa a “totalidade” da população (doze Patriarcas, doze tribos, etc.).

A eles Jesus confere a Sua autoridade, com o poder de expulsar demônios, curar enfermidades e pregar a Boa Notícia da chegada do Reino, como Apóstolos (enviados).

Jesus os envia com sua realidade existencial concreta, marcada por ímpetos de heroísmos, intuições, interrogações sinceras, renegações, fugas e, por fim, a traição.

São Enviados para comunicar a Palavra da Salvação, que tantas vezes aclamamos, quando ao terminar a proclamação do Evangelho, dizemos: –“Glória a Vós Senhor!”.

A Palavra da Salvação ouvida, acolhida, acreditada, precisa ser vivida, testemunhada e, assim, com ela, sermos sinais e instrumentos do Reino:

"A Palavra da Salvação coloca-nos a caminho, na Igreja, para a dimensão de plenitude do Reino”.(1)

A Palavra da Salvação, encarnada corajosamente em nossa vida, tornará iluminado nosso caminho, e de quantos possamos esta luz comunicar.

Portanto, torna-se necessário que estejamos sempre atentos à voz do Espírito Santo que anima, conduz, ilumina, orienta a Igreja, guiando-a com o esplendor da verdade, para que a fé seja luminosa, dando razão de nossa esperança, e a caridade vivida, gere um mundo novo, tão desejado, como sinal do Reino de Deus.

A fé não se vive isoladamente, como gesto intimista, porque possui dimensão comunitária, eclesial.

Alimentados e revigorados com a força da Palavra (Pão) e saciados pelo Pão de Imortalidade (Eucaristia), continuamos nossa viagem para a eternidade, comprometidos na transformação de nossa provisoriedade, até o esplendor da glória na eternidade. A Eucaristia é verdadeiramente o viático, o Alimento nesta viagem para a eternidade.

Por vezes moribundos e fracos, devido às dificuldades a serem enfrentadas, temos que nos alimentar sempre deste Pão Eucarístico, acolhendo no mais profundo de nós a Palavra de Salvação, que ilumina os recônditos mais obscuros de nossa alma e de nossa história.

A Eucaristia é, de fato, Banquete luminoso, porque é o Mistério da Fé que professamos.

Concluindo, meditemos estas Palavras que são ditas nas Missas, e que devem, com toda intensidade de piedade, nos comprometer com a Sua segunda vinda:

“Anunciamos Senhor a Vossa Morte e proclamamos a
Vossa Ressurreição, Vinde Senhor Jesus”.



(1) Lecionário Comentado - Editora Paulus - Tempo Comum - Volume I - pág. 681

Rezando com os Salmos - Sl 62(63),2-9

 



A minha alma tem sede Deus

“– Sois Vós, ó Senhor, o meu Deus!
Desde a aurora ansioso Vos busco!
= A minh'alma tem sede de Vós,
minha carne também Vos deseja,
como terra sedenta e sem água!

– Venho, assim, contemplar-Vos no templo,
para ver Vossa glória e poder.
– Vosso amor vale mais do que a vida:
e por isso meus lábios Vos louvam.

– Quero, pois, Vos louvar pela vida,
e elevar para Vós minhas mãos!
– A minh'alma será saciada,
como em grande banquete de festa;
– cantará a alegria em meus lábios,
ao cantar para Vós meu louvor!

– Penso em Vós no meu leito, de noite,
nas vigílias suspiro por Vós!
– Para mim fostes sempre um socorro;
de Vossas asas à sombra eu exulto!
– Minha alma se agarra em Vós;
com poder Vossa mão me sustenta.”

O Salmo 62(63),2-9 nos fala sobre a sede de Deus, que deve nos acompanhar em todos os momentos:

“Com a imagem do deserto que precisa da chuva para encher-se de vida, o salmista mostra como sem Deus não existe verdadeira vida. Enquanto viver quer sentir a proteção divina e cantar os louvores de Deus.” (1)

Concluímos com um trecho da Catequese do Papa São João Paulo II (25/04/01):

“No que diz respeito a este tema, a oração do Salmo 62 relaciona-se com o cântico de outro Salmo maravilhoso: ‘Assim como a corça suspira pelas correntes de água, assim também a minha alma suspira por Vós, ó meu Deus. A minha alma tem sede do Senhor, do Deus vivo’ (41, 2-3).

Assim como o Salmista, cremos que tão somente Deus pode saciar nossa sede de vida, amor, paz e fraternidade. No entanto, saciados pelo Pão da Palavra e da Eucaristia, é tempo de também saciar a fome e sede de vida, amor, paz e fraternidade de nossos irmãos e irmãs, nos mais diversos espaços em que vivemos.

(1) Comentário da Bíblia Edições CNBB - pág. 777


O pecado capital da inveja

                                                      

O pecado capital da inveja

“A inveja pode levar às piores ações.
‘É pela inveja do demônio que a morte
entrou no mundo’ (Sb 2, 24).

O Apóstolo Tiago em sua Epístola (Tg 3,16-4,3) nos apresenta alguns problemas que maculam a comunidade: 
ivalidade, desordem de toda espécie de más ações, a desordem das paixões dentro de cada pessoa, e por fim a cobiça.

Destaco a inveja, um dos sete pecados capitais que muito destrói a comunidade, a família ou qualquer outro espaço de vivência e relacionamento.

O Catecismo da Igreja, que nos enriquece, para que todos nos coloquemos em atitude de conversão, banindo quaisquer sentimentos de inveja que possam tomar conta de nossa mente e coração:

“A inveja pode levar às piores ações (Gn 4,3-8). É pela inveja do demônio que a morte entrou no mundo: 

‘Nós nos combatemos mutuamente, e é a inveja que nos arma uns contra os outros... Se todos procuram por todos os meios abalar o Corpo de Cristo, onde acabaremos? Nós estamos enfraquecendo o Corpo de Cristo... Declaramo-nos membros de um mesmo organismo e nos devoramos como feras’ (São João Crisóstomo).

A inveja é um vício capital. Designa a tristeza sentida diante do bem do outro e do desejo imoderado de sua apropriação, mesmo indevida. Quando deseja um grave mal ao próximo, é um pecado mortal:

Santo Agostinho via na inveja ‘o pecado diabólico por excelência’.

‘Da inveja nascem o ódio, a maledicência, a calúnia, a alegria causada pela desgraça do próximo e o desprazer causado por sua prosperidade’ (São Gregório Magno).

A inveja representa uma das formas da tristeza e, portanto, uma recusa da caridade; o batizado lutará contra ela, mediante a benevolência. A inveja provém muitas vezes do orgulho; o batizado se exercitará no caminho da humildade:

‘Quereríeis ver Deus glorificado por vós? Pois bem, alegrai-vos com os progressos do vosso irmão e imediatamente Deus será glorificado por vós. Deus será louvado, dirão, porque seu servo soube vencer a inveja, colocando a sua alegria nos méritos dos outros’(São João Crisóstomo”. (1)

Para vencermos este pecado, peçamos a Deus o dom da fortaleza, para que gastemos nossas forças no desenvolvimento das capacidades que nos foram dadas pela graça divina.

Não devemos invejar ninguém, pois cada pessoa tem seus dons, qualidades, capacidades. Importa que cada um desenvolva as aptidões que possui, e as coloque generosamente a serviço do outro.

Sentimento de inveja nutrido traz enfraquecimento e empobrecimento. Sentimento da inveja vencido nos faz mais fortes e agradecidos a Deus pelos bens e graças que Ele nos oferece.


(1) Catecismo da Igreja Católica - parágrafos nn. 2538-2540

Ó Mãe, nós te pedimos...

                                                                  


Ó Mãe, nós te pedimos...

Maria, discípula mais perfeita do Senhor, rogai por nós. 

Maria, interlocutora do Pai, em Seu projeto de enviar Seu Verbo para a Salvação da humanidade, rogai por nós.
 
Maria, figura de mulher livre e forte, rogai por nós.
 
Maria, Virgem de Nazaré com uma missão única na História da Salvação, rogai por nós.
 
Maria, que nos favorece o encontro com o Cristo, com o Pai e com o Espírito Santo, rogai por nós.
 
Maria, presente em nossas comunidades, rogai por nós.
 
Maria, artífice de comunhão, rogai por nós.
 
Maria, a seguidora mais radical de Cristo, rogai por nós.
 
Maria, Virgem pura e sem mancha do pecado original, rogai por nós.
 
Maria, a mais bela flor da criação, rogai por nós. 
 
Mãe da fidelidade, rogai por nós.
 
Mãe da disponibilidade, rogai por nós.
 
Mãe da Igreja missionária, rogai por nós.
 
Mãe servidora, rogai por nós.
 
Mãe da alegria, rogai por nós.
 
Mãe da esperança, rogai por nós.
 
Mãe da humildade, rogai por nós.
 
Mãe da solidariedade, rogai por nós.
 
Mãe que fortalece os vínculos fraternos entre todos, rogai por nós.
 
Mãe boa pastora, rogai por nós.
 
Mãe do amor pelos últimos, rogai por nós.
 
Mãe de todos nós, presente ao pé da Cruz, rogai por nós.
 
Mãe da paciência, rogai por nós.
 
Mãe lutadora, rogai por nós.
 
Mãe do Perpétuo Socorro, rogai por nós.

“À vossa proteção recorremos, santa Mãe de Deus; não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita”. (1) 


Amém.

 
(1)  A mais antiga Oração à Nossa Senhora: 
https://www.vaticannews.va/pt/oracoes/a-vossa-protecao.html 


PS: Livre adaptação dos parágrafos 266-272 da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe – Aparecida

Eucaristia celebrada e na vida prolongada

                                                             

Eucaristia celebrada e na vida prolongada

O antigo opúsculo “Doutrina dos doze Apóstolos” nos diz como a Igreja, no princípio, celebrava a Eucaristia.

Dai graças assim, primeiro sobre o Cálice:
'Nós te damos graças, Pai nosso, pela Santa Videira de Davi, Teu servo, que nos deste a conhecer por Jesus, Teu servo; a Ti a glória pelos séculos'.

Em seguida, sobre o pão partido:
'Nós Te damos graças, ó Pai nosso, pela vida e ciência que nos deste a conhecer por Jesus, Teu servo; a Ti a glória pelos séculos.

Do mesmo modo como este Pão estava espalhado pelos montes e, colhido, tornou-se uma só coisa, assim, desde os confins da terra, se reúne Tua Igreja em Teu Reino; porque Te pertencem a glória e o poder, por Jesus Cristo, nos séculos'.

Ninguém coma ou beba da Vossa Eucaristia que não tenha sido batizado em nome do Senhor.

De fato, sobre isto disse ele: Não jogueis aos cães as coisas santas.

Refeitos, dai graças assim: 'Nós Te damos graças, Pai Santo, por Teu Santo Nome, cujo trono puseste em nossos corações, e pela ciência, pela fé e imortalidade, que nos manifestaste por Jesus, Teu servo; a Ti a glória pelos séculos'.

Senhor onipotente, Tu criaste tudo por causa de Teu nome, deste aos homens o alimento e a bebida, a fim de Te agradecerem; a nós, porém, concedeste o Alimento e a Bebida espirituais e a vida eterna, por Teu servo. Antes de tudo Te damos graças por seres poderoso; a Ti a glória pelos séculos.

Lembra-Te, Senhor, de Tua Igreja para defendê-la de todo mal e torná-la perfeita em Tua caridade; reúne-a, santificada, dos quatro ventos em Teu reino que lhe preparaste; porque Teu é o poder e a glória pelos séculos.

Venha a graça e passe este mundo! Hosana ao Deus de Davi! Quem é santo, aproxime-se; se não o for, faça penitência; Maranathá, amém.

Congregados no Dia do Senhor, parti o Pão e dai graças, depois de terdes confessado vossos pecados, a fim de ser puro vosso sacrifício.
Todo aquele, porém, que tiver uma desavença com seu companheiro, não se junte a Vós antes de se terem reconciliado, para que não seja profanado vosso sacrifício.

Pois foi o Senhor que disse:
'Em todo lugar e em todo tempo oferecer-me-eis um sacrifício puro, porque sou o Grande Rei, diz o Senhor, e é admirável o meu nome entre as nações.”  (1)

Sejamos elevados a pronunciar ou a ouvir tais palavras ao celebrar e participar da Ceia Eucarística, e questionemos se temos o coração puro para recebê-La.

Participemos ativa, consciente e piedosamente  na Ceia Eucarística, e redescubramos o Salutar Sacramento da Penitência (conhecido como Sacramento da Confissão) para reconciliarmo-nos com Deus e com nosso próximo. 

É sempre tempo para celebrarmos o Sacramento da Penitência, com uma boa confissão de nossos pecados, e renovados pela misericórdia e perdão divinos.

Corramos, sem demora, se necessário, ao exame de consciência, contrição, confissão e compromisso de tornar mais verdadeira e frutuosa a Eucaristia que celebramos, para que ela não seja reduzida a um culto isolado, mas se prolongue em nossa vida, com gestos de acolhida, perdão, ternura, amor, solidariedade...


(1) Lit. das Horas - Vol. III - pág. 418-419.

terça-feira, 8 de julho de 2025

A paradoxalidade do Amor de Deus: Amar na contramão da história...

                                                                  

A paradoxalidade do Amor de Deus:
Amar na contramão da história...

À luz da passagem do Evangelho de Mateus (Mt 9,36-10,8), refletimos sobre a compaixão, o Amor misericordioso de Deus, que nos chama e envia para sermos sinal desta compaixão, no trabalho da Messe, no cuidado do rebanho.    
  
O cristão é, fundamentalmente, alguém que descobriu que Deus o ama. Por isso, enfrenta a cada dia o bom combate da fé com serenidade e alegria. Possui uma esperança que brota da certeza fundamental: o Amor de Deus.

Este Amor deve ser para nós o grande tesouro de que nos fala a passagem do Evangelho de Mateus (Mt 6,19-23): “…ajuntai tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, nem os ladrões assaltam e roubam… Pois onde estiver teu tesouro, aí estará também o teu coração”. 

O cristão condiciona e fundamenta toda sua vida nesta certeza, e vive a alegria de quem encontrou e experimentou o Amor de Deus que o faz discípulo missionário, Sal e Luz, ou seja, Eucarístico.  

Com a Palavra, Jesus Cristo revelou o Deus Bíblico: Deus de Amor, pois o Espírito do Senhor repousava sobre Ele na mais perfeita relação de comunhão e Amor.

A reflexão sobre o Amor de Deus é convite para que embarquemos na aventura da Aliança de Amor. Não um amor qualquer, mas no exato sentido da Palavra Amor, pois Deus é Amor.

Deus ama o Povo e o tem como Seu tesouro, Sua propriedade e o constitui povo de sacerdotes e nação santa (Ex 19,2-6a).

Ama apesar de toda infidelidade, traição, idolatria, abandono, morticínios, sacrifícios inúteis, abominações, reclamações sem fundamento, provação, provocação, lamentações infundadas, ingratidão, atrocidades cometidas, amor não correspondido…

De que Amor se fala?
Do Amor de Deus, que é o Amor que ama na contramão da história, daí sua paradoxalidade: Ama um povo pequeno, aos olhos humanos, absolutamente desprezível, débil, frágil e insignificante. 

Encarna-Se para redimi-lo e não somente este povo, mas toda a humanidade, em Cristo Jesus, e perpetua Seu Amor na presença do Espírito Santo, não nos deixando órfãos!

Reflitamos:

 Ø   E, por que não corresponder na exata medida deste Amor?
 Ø   Por que não fazer do Amor de Deus e de Sua presença em nós o bem maior que se possa querer e ter?

Deus habita em cada um de nós como templo Seu, sendo para nós o mais belo Hóspede!

Vejamos os tantos modos de falar sobre o Amor de Deus a partir de apenas uma simples vogal:

Idealizador,
Idílico, Ilimitado, Ilimitado,
Ilógico, Iluminador, Ilustre, Imaculado,
Imortal, Impecável, 
Imperante, 
Imperdível,
Imperturbável, Implacável, Impressionante, Imutável, Imprescindível, Inalienável, Inalterável, Incandescente,
Incansável, Incendiário, Incessante, Incomensurável,
Incomparável, Incondicional, Inconfundível,
Incontestável, Incorruptível,
Indelével, Indiscutível, 
Indispensável, 
Indissociável, 
Incrível Indubitável, Indulgente, Inédito, Inerente, Inesgotável, Inesquecível, Inestimável, Inexplicável, Infalível, Infiltrante, Infinito, Inflamável, Inigualável, Iniludível, Inimitável, Inovador, Inqualificável, Inquebrável, Insaciável, Insigne, Inspirador, 
Insubstituível, 
Inteligente,
Interminável, Íntimo, Inusitado, Inviolável,
Irradiante, Irrecusável, Irrenunciável,
Irresistível, Irrestrito, Irretocável,
Irreversível, Irrevogável,
Irrigador...

A missionariedade consistirá em corresponder ao Amor de Deus. Somente no verdadeiro encontro e apaixonamento por Cristo e Seu Evangelho estaremos, como João Batista, vivendo nossa vocação profética, ontem, hoje e sempre.

Contemplemos na Cruz o Mistério do Encontro/presença de um Deus que é Amante (Pai), Amor (Espírito Santo), Amado (Filho), como nos falou Santo Agostinho.

A noite escura de nossa existência: Será ela para sempre?

                                                              

A noite escura de nossa existência:
Será ela para sempre?

 "Deus sempre está na aparente ausência."

Reflexão sobre a luta de Jacó com Deus - (cf. Gn 32,23-33).

Viver é constante processo de amadurecimento na fé. Viver amando é preparar um epílogo de eternidade, porque o amor jamais passará. Amar é condição para o alcance da eternidade, anseio mais profundo que carregamos.

Neste constante processo de amadurecimento, muitas lutas e embates prolongados fazem parte de nosso existir.

- Como combater?
- Com quem contar neste combate?

Combater contra os problemas e nunca contra Deus. Combater com Deus e não contra Ele.

Problemas existem, dificuldades também, mas é inegável e irrevogável a presença da graça de Deus em nossa vida.
       
Todo combate sem Deus se anuncia como desastrosa derrota, porque sem Ele nada podemos fazer.

Propor-se a combater sempre, com a imprescindível e soberana ajuda divina: 
                                         
- Dar o melhor de nós sempre!
- Esmorecimentos? Desistências?  Jamais!
- Hesitações e oscilações na fé? Não nos são permitidos.
- Minimização dos horizontes? Irremediavelmente inconcebível, inimaginável!
- Congelamento ou ausência da caridade? Absolutamente impensável.

Noites escuras de nossa existência são páginas, que fazem o conjunto da obra de arte que deve ser uma vida.

A mais bela história, o mais belo filme, a mais inesquecível vitória trazem consigo lembranças de momentos trágicos, dramáticos em que tudo parecia irreversível.

A mais bela história de nossa existência também comportará momentos prolongados de aparente ausência de Deus quando, de fato, Ele jamais Se fez ausente.

Deus, de fato, está sempre presente na aparente ausência:

- Quando Jó experimentou incontáveis perdas;
- Quando Jesus dormiu na barca;
- Quando gritou no alto da Cruz: “Meu Deus, meu Deus por que me abandonaste?”;
- Quando desceu à mansão dos mortos, no túmulo abismal da morte, mansão pela qual todos passaremos;
- Quando a noite escura da Sexta Maior se prolongou no sábado, para irromper em luz da aurora do Domingo da Ressurreição.

Reflitamos sobre eventuais e momentâneas noites escuras pelas quais possamos estar passando...
                 
- Será ela, a noite escura, eternizada?
- Terá, irremediavelmente, a última palavra?
- Jamais se estivermos com Deus!

Mas se ousarmos enfrentar noites escuras sem Ele ou contra Ele, inexoravelmente, ela terá a última palavra...

Sem Deus, nada tem beleza e êxito.
Sem Deus, nada tem luz e cor.
Sem Ele, nenhum esplendor!

Deus é como a luz a irromper em nossas noites escuras, frias e sombrias; como o sol que desponta em cada amanhecer!

É preciso n’Ele, sem sombra alguma de dúvida, crer em cada amanhecer até o entardecer. Noites escuras sim, para sempre jamais haverão de ser!

Com Deus, as noites escuras de nossa existência são iluminadas, e não são e nem serão para sempre.
                                    
Oremos: 

Que Tua luz, Senhor, irrompa esplendorosa, após noites escuras de nossa existência, e que e elas, Contigo, alcancem o esplendor esperado! Amém!

Quem sou eu

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG