Compaixão e ternura
“Viu, sentiu compaixão e cuidou dele.” (Cf. Lc 10,33-34)
Não creio em respostas e soluções mágicas
Para as dificuldades que me confidencias.
Mas direi que é preciso ousar e olhar para dentro de si;
Ter coragem de encontrá-las, sem jamais desistir.
Não te falarei da poesia e odores das flores,
Porque sentes na alma a dor de um espinho.
Mas contigo olharei para Aquele que por nós,
Em ato extremo de amor, coroado foi, não por coroa de flor.
Não serei indiferente por estares caído à beira do caminho,
Porque tuas esperanças e sonhos foram saqueados.
Mas quero ser como o bom samaritano,
Não apenas ver, compaixão sentir, e de ti “cuidar”.
São teus o vinho e o azeite para as feridas.
Derramo sobre ti o vinho e o óleo da acolhida e ternura
São tuas as faixas de que tanto precisas;
Ofereço-te as faixas das minhas orações e solidariedade.
Não te direi sequer uma palavra neste momento,
Porque estás saturado de palavras vazias.
Mas te darei meu ombro e meus ouvidos,
E no peito do Amado, Jesus, reclina silenciosamente.
Por fim, te direi: ponha-te de pé, tens que em frente seguir.
Nutre tua fé, renove tua esperança, fortalece a chama da caridade.
Com renúncias, tome tua cruz, celebre comigo a Ceia da Eucaristia,
Deixa-te iluminar pela Palavra, revigora-te com o Pão de Eternidade.Amém.
Fonte inspiradora: Lc 10,25-37
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