sábado, 5 de outubro de 2024

Oração pelo Sínodo: Adsumus Sancte Spiritus

 


Oração pelo Sínodo: Adsumus Sancte Spiritus


“Aqui estamos, diante de Vós, Espírito Santo: estamos todos reunidos no vosso nome. Vinde a nós, assisti-nos, descei aos nossos corações.
Ensinai-nos o que devemos fazer, mostrai-nos o caminho a seguir, todos juntos.
Não permitais que a justiça seja lesada por nós pecadores, que a ignorância nos desvie do caminho, nem as simpatias humanas nos torne parciais, para que sejamos um em Vós e nunca nos separemos da verdade.
Nós Vo-lo pedimos a Vós que, sempre e em toda a parte, agis em comunhão com o Pai e o Filho pelos séculos dos séculos. Amém.” (1)
 
(1)Oração para o XVI Sínodo Eclesial 2021-2023
Por uma Igreja Sinodal:  comunhão, Participação e Missão

“Fidelidade Constante”

“Fidelidade Constante”

Na fidelidade a Ti, Jesus, felicidade encontrarei.
Na fidelidade a Ti, Jesus, para sempre eu viverei.

Fidelidade aos Mandamentos da Lei Divina,
Ao Projeto de Amor tão belo e imensurável,
À Missão por Jesus a Igreja confiada,
Com o Sopro do Espírito, indispensável.

Fidelidade ao anúncio do Evangelho,
Aos Mistérios a serem celebrados,
E na vida de conteúdo acompanhados,
Frutos de eternidade são garantidos.

Fidelidade na construção do Reino,
Como servos inúteis, mas por Deus queridos.
Incansáveis, corajosos, ardorosos,
Porque pelo Paráclito assistidos.

Fidelidade na busca de um novo céu,
De uma nova terra em que tudo se renovará;
Nem mais dor, luto e pranto.
Ó que alegria! Quem do coração a roubará?

Fidelidade constante em tudo e em todas as circunstâncias,
Dentro da Igreja e em todos os âmbitos da vida,
Em todos os espaços, atividades e promessas feitas
em todos os compromissos, renovada,  vivida.

Fidelidade às promessas feitas
No Sacramento do Matrimônio diante do altar.
Fidelidade, amor e aliança para sempre
Com tua força e sabedoria que não hão de faltar. 

Fidelidade às promessas feitas
Na ordenação de Seus eleitos
Que os sagrados compromissos se renovem,
Pastor e rebanho mais santos e perfeitos.

Assim são as coisas divinas:
Exigem de nós a “fidelidade constante”,
Sem a cruz renunciar, no amor a Deus,
Que será o nunca bastante.

Fidelidade a Ti, Jesus,
Felicidade encontrarei.
Fidelidade a Ti, Jesus,
Para sempre eu viverei.

Aleluia! Aleluia"

A verdadeira Felicidade

                                                             

A verdadeira Felicidade

Jesus voltou-Se para os
discípulos e disse-lhes em particular:
“Felizes os olhos que veem o que vós vedes!”

Concedei-nos, Senhor, a verdadeira felicidade que somente de Vós procede,
Quando nos abrimos à ação da Vossa graça em nossas vidas,
Que nos revigora para gerar e formar Cristo em nós e nos outros.

Concedei-nos, Senhor, a verdadeira felicidade que somente de Vós procede,
Quando abrimos o coração para acolher Vossa presença na Palavra,
Na Eucaristia, de modo sublime, e no próximo, que é também Vossa morada.

Concedei-nos, Senhor, a verdadeira felicidade que somente de Vós procede,
Quando nos abrimos à ação do Espírito Santo, e por Ele somos conduzidos.
Suportando as adversidades do deserto por que temos que passar.

Concedei-nos, Senhor, a verdadeira felicidade que somente de Vós procede,
Quando nos abrimos à sabedoria maior que vem do Santo Espírito,
Reconhecedores de nossa fragilidade e pequenez diante de Vós.

Concedei-nos, Senhor, a verdadeira felicidade que somente de Vós procede,
Quando nos abrimos e mergulhamos em Vosso Mistério,
Que nos abre para as realidades eternas e imutáveis.

Concedei-nos, Senhor, a verdadeira felicidade que somente de Vós procede,
Quando nos sentimos envolvidos pelo Vosso Amor no mais profundo das
Entranhas de nossa alma e coração.

Concedei-nos, Senhor, a verdadeira felicidade que somente de Vós procede,
Quando nos abrimos aos Vossos desígnios e, com alegria e ardor,
Do Vosso Reino nos tornamos humildes instrumentos.

Concedei-nos, Senhor, a verdadeira felicidade que somente de Vós procede,
Quando aspiramos as coisas do alto, onde estais glorioso,
À direita do Pai, na comunhão com o Espírito Santo. Amém.



PS: Inspirado na passagem do Evangelho de Lucas (Lc 10, 17-24)

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Com Jó, aprendamos e supliquemos

 


Com Jó, aprendamos e supliquemos

Ó Deus, que aprendamos com Jó, oprimido por seus “amigos”, mas que em seu sofrimento jamais perdeu a confiança em Vós, porque sois o nosso Defensor, e quer conosco estabelecer vínculos de amor; e não tardais em realizar a divina justiça.

Como cristãos, discípulos missionários, peregrinando na esperança do Reino, creiamos que não perdendo o amor, nada, absolutamente nada estará perdido.

Nos passos do Vosso amado Filho, pela fé, também saibamos e creiamos que Cristo surge e Se faz presente em todo homem e mulher que sofre e ama.

Ajudai-nos, ó Deus, a viver o amor que Jesus nos deu como Mandamento,  dia após dia, deixando a vida impregnar-se, gota a gota, do zelo pelos outros, transformando-nos a nós mesmos e o mundo no qual estamos inseridos, como sal da terra e luz do mundo. Amém.

 

PS: Fonte inspiradora – Missal Cotidiano – Editora Paulus - Comentário da passagem do Livro de Jó (Jó 19,21-27) – pág. 1335-1336

Em poucas palavras...

 


O silêncio contemplativo de Job

"Senhor Jesus Cristo, que experimentastes a rejeição das cidades de Betsaida e de Cafarnaúm, concedei-nos a graça de permanecermos em silêncio como Job, e na escuta confiante da Vossa Palavra." Amém. (1)

 

 

(1)               Lecionário Comentado – Tempo Comum – Volume II – Editora Paulus – pág. 476

 

Silêncio e contemplação

                                                

Silêncio e contemplação

“Deus faz ouvir Sua voz no vértice do furacão”

A Liturgia da Sexta-feira da 26ª semana do Tempo Comum (ano par) nos apresentará a passagem do Livro de Jó (38,1.12-21; 40, 3-5).

Vejamos o que diz a reflexão do Missal Cotidiano:

“Deus faz ouvir Sua voz no vértice do furacão. Jó ousou interrogar a Deus (13, 13-25); responda agora, se pode, às perguntas que lhe dirige o Onipotente.

Jó, porém, não responde. Sente-se pequenino diante de Deus e reconhece haver falado como insensato.

Deus reconduz Jó a justas medidas de indagação. Como poderia perceber o mistério do mal, se é incapaz de descobrir o das coisas e na natureza?

A Jó cabe unicamente conservar a atitude de silêncio porque este é o lugar do encontro com Deus. O silêncio é sabedoria e contemplação.

O homem deve aceitar que haja zonas de mistério no conhecimento das coisas. Hoje, reduzindo tudo à utilidade, à funcionalidade, perdemos o sentido do mistério.

Ao lado da coerência das leis físicas, existe a angústia do desconhecido e, além da angústia, a expectativa de um ‘ainda mais’ de cada coisa, de um horizonte sem limites.

Este horizonte é o Inteiramente Outro, o Absoluto, que Cristo nos mostra ser um Pai que ama e ressuscita Seus filhos”. (1)

Também podemos passar por momentos difíceis e no “vértice do furacão”, no momento ápice destas dificuldades, como Jó, é melhor tomar a atitude do silêncio para o necessário encontro com Deus, que nos permite abertura e acolhida da sabedoria, em frutuosa contemplação.

Nada somos para questionar a onipotência e a onisciência de Deus, uma vez que é onipotente e misericordioso, que nos amou e nos ama para além de quaisquer limites e parâmetros que possamos conceber.

Há momentos que é melhor nos calarmos diante dos mistérios que envolvem a nossa vida, e mergulhar intensamente no Mistério insondável de Deus, para um reencontro conosco mesmos, e com Ele que habita no mais profundo de nós.

Haveremos de, como Jó, nos reconhecermos pequeninos e insensatos diante de Deus, rompendo nossa surdez e cegueira às manifestações do Amor de Deus, que não nos trata segundo a lógica da utilidade e da funcionalidade das coisas, como é próprio que o façamos.

Nem tudo pode ser explicado pela lógica humana. A lógica de Deus, que em muito a ultrapassa, é sempre um desafio e um convite para nós, como foi para Jó.

Calemos e silenciemos contemplativamente diante dos Mistérios de Deus para que descubramos, ouçamos, acolhamos e vivamos Sua Palavra, que requer de nós abertura e confiança plenas.

Creiamos no Senhor, que morreu e Ressuscitou, o verdadeiro Vinhateiro da única vinha de Deus.

Aprendamos com Jó este caminho; dificílimo, mas não impossível para que nos refaçamos diante dos tropeços, quedas e reerguimentos necessários para que vivamos com alegria a Missão que Deus nos confia, como alegres trabalhadores de Sua vinha.

Oremos:

"Senhor Jesus Cristo, que experimentastes a rejeição das cidades de Betsaida e de Cafarnaúm, concedei-nos a graça de permanecermos em silêncio como Job, e na escuta confiante da Vossa Palavra." Amém. (2)




(1) Missal Cotidiano - Editora Paulus - pág. 1340
(2) Lecionário Comentado -  Tempo Comum  - Volume II - Editora Paulus - pág. 476

Jó: modelo de confiança e serenidade

                                                         

Jó: modelo de confiança e serenidade

Na sexta-feira da 26ª Semana do Tempo Comum (ano par), ouviremos a passagem do Livro de Jó (Jó 38,1.12-21;40,3-5).

Reflitamos sobre a necessária confiança na presença e ação de Deus, que jamais nos abandona na realização de Seu Projeto de vida plena e salvação para a humanidade, bem como a realidade do sofrimento, das dificuldades e das adversidades presentes em nossa vida, e a manifestação amorosa de Deus, que quer de nós confiança e entrega total em Suas mãos, com toda humildade.

É o que compreendemos ao refletir sobre a pessoa de Jó, o seu sofrimento e a inquietante interrogação: onde Deus está no sofrimento do inocente?

“Jó é convidado a aceitar que um Deus de quem depende toda a criação, que até submete o mar, que cuida da criação com cuidados de pai, sabe o que está a fazer e tem uma solução para os problemas e dramas do homem...

O homem, na situação de criatura finita e limitada, é que nem sempre consegue ver e perceber o alcance e o sentido último dos projetos de Deus... só Deus tem todas as respostas; ao homem resta reconhecer os seus limites de criatura e entregar-se nas mãos desse Deus onipotente e majestoso, que tem um projeto para o mundo. Ao homem finito e limitado resta confiar em Deus e ver n’Ele a sua esperança e salvação” (1)

A fé vivida por Jó nos permite afirmar que fé em Deus é compromisso contínuo, e não a busca de Deus como consolação imediata. É preciso entregar-se, abandonar-se nas mãos de Deus e não se isolar do mundo:

“O verdadeiro crente é aquele que, mesmo sem entender totalmente os projetos de Deus, aprende a entregar-se a Ele, a obedecer-lhe incondicionalmente, a vê-lO como a razão última da sua vida e da sua esperança” (2)

A confiança em Deus não nos coloca numa postura de espera passiva, de modo que todos os problemas (terrorismo, violência, doenças, catástrofes, injustiças, insegurança etc.) devem nos inquietar em busca de respostas e saídas. Deus, que nos conduz através das armadilhas da história, nos ilumina nesta procura para que tenhamos vida plena e definitiva.



Fonte inspiradora e citações (1) (2):

Quem sou eu

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