domingo, 30 de junho de 2024
Pedro e Paulo: as Colunas Mestras da Igreja
Pedro e Paulo: as Colunas Mestras da Igreja
Dia 29 de junho a Igreja celebra, numa só
Festa, duas colunas mestras da Igreja: São Pedro e São Paulo (quando cai no dia da semana, no Brasil, transfere-se
para o domingo seguinte).
Assim falou Santo Agostinho, no século V,
sobre eles: “O martírio dos Santos
Apóstolos Pedro e Paulo consagrou para nós este dia... Estes mártires viram o
que pregaram, seguiram a justiça, proclamaram a verdade, morreram pela
verdade... Num só dia celebramos o martírio dos dois Apóstolos.
Na
realidade, os dois eram como um só. Embora tenham sido martirizados em dias
diferentes, deram o mesmo testemunho. Pedro foi à frente; Paulo o seguiu.
Celebramos o dia festivo consagrado para nós pelo sangue dos Apóstolos.
Amemos
a fé, a vida, os trabalhos, os sofrimentos, os testemunhos e as pregações dos
dois Apóstolos”.
A complementaridade dos dois ”carismas”
continua atual: Pedro, a responsabilidade institucional; Paulo, a criatividade
missionária.
Quando falamos de Pedro, nos lembramos da
instituição e o exercício do poder; da responsabilidade, hierarquia; e quando falamos
de Paulo, nos lembramos da pregação, do carisma, missão, evangelização,
fundação de novas comunidades.
Deste modo, elevemos a Deus orações pelo
nosso querido Papa Francisco, que continua a missão a Pedro confiada pelo
Senhor, pois assim nos ensina o Catecismo da Igreja Católica (n. 882):
“O
Papa, Bispo de Roma e sucessor de São Pedro é princípio perpétuo e visível, e
fundamento da unidade que liga, entre si, todos os bispos com a multidão dos
fiéis”.
Que o Espírito de Deus o
conduza e ilumine, pois, como Vigário de Cristo e Pastor de toda a Igreja, o
Pontífice Romano tem sobre a mesma Igreja um poder pleno, supremo e universal;
que pode exercê-lo livremente.
Apóstolos Pedro e Paulo: Colunas da Igreja
Apóstolos
Pedro e Paulo: Colunas da Igreja
Sem
paixão não há discipulado
As palavras do Papa Bento XVI, no discurso inaugural da Conferência de
Aparecida (2007), ecoam no coração de todo Presbítero e do Povo de Deus: “O discípulo,
fundamentado na rocha da Palavra de Deus, sente-se impulsionado a levar a Boa
Nova da Salvação a seus irmãos. Discipulado e missão são como os dois lados de
uma mesma moeda: quando o discípulo está enamorado de Cristo, não pode deixar
de anunciar ao mundo que só Ele Salva (At 4,12). Com o efeito, o discípulo sabe
que sem Cristo não há luz, não há esperança, não há amor, não há futuro”. Sem paixão não há
discipulado, apostolado, missão, evangelização… Enamorar-se por Cristo é
assumir um compromisso irrenunciável com a Boa Nova do Reino por Ele
inaugurado. Assim como a morte
de Cristo foi um ato extremo de Amor, Seus fiéis seguidores trilharam o mesmo
caminho. Enamorados por
Cristo, Sacerdote e comunidade, devem cultivar profunda amizade pessoal com
Ele, compartilhando os Seus sofrimentos (Fl 2,1-11). Em todo o tempo
somos exortados a reler as página da história da nossa Igreja, o testemunho
daqueles que professaram a fé em Cristo. Trazemos à memória
a maravilhosa declaração de amor do Apóstolo Pedro ao próprio Senhor: “Simão,
filho de Jonas, tu me amas mais do que estes?” - “Senhor, tu sabes tudo; tu
sabes que Te amo”. Somente após a confirmação do amor é que o Senhor
lhe confiou o cuidado do rebanho – “Apascenta minhas ovelhas” (Jo
21,4-23). O Apóstolo Paulo
nos dá inúmeras provas de amor por Cristo. Uma das mais expressivas encontramos
em Gálatas –“Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. Minha
vida presente na carne , vivo-a pela fé no Filho de Deus que me amou e Se
entregou a Si mesmo por mim” (Gl 2,20). Para o Apóstolo viver é Cristo
e o morrer é lucro (Fl 1,21). Mais adiante
declara: “Mas o que era para mim lucro, tive-o como perda, por amor de
Cristo. Mais ainda: tudo considero perda, pela excelência do conhecimento de
Cristo Jesus, meu Senhor. Por Ele, perdi tudo e tudo tenho como esterco, para
ganhar a Cristo e ser achado n’Ele…” (Fl 3,7-16). Quando da Solenidade
de São Pedro e São Paulo, em um dos seus Sermões, assim nos falou Santo
Agostinho (séc. V): “O martírio dos
Santos Apóstolos Pedro e Paulo consagrou para nós este dia (…) Estes mártires
viram o que pregaram, seguiram a justiça, proclamaram a verdade, morreram pela
verdade (…) Num só dia
celebramos o martírio dos dois apóstolos. Na realidade, os dois eram como um
só. Embora tinham sido martirizados em dias diferentes, deram o mesmo
testemunho. Pedro foi à frente; Paulo o seguiu.Celebramos o dia
festivo consagrado para nós pelo sangue dos apóstolos (...) Amemos a fé, a
vida, os trabalhos, os sofrimentos, os testemunhos e as pregações destes dois
Apóstolos”. De fato, foram
derramaram o sangue por amor a Jesus e sofreram o Martírio: Pedro pela cruz e
Paulo decapitado pela espada. Reflitamos: - Como tem sido nosso
discipulado?- Quanto estamos
verdadeiramente enamorados por Cristo, configurados a Ele, com mesmos
sentimentos e pensamentos, como nos propõe o Apóstolo Paulo? Concluindo,
somente enamorados por Cristo, seduzidos pela Sua Verdade, é que nos
colocaremos intrepidamente no caminho, com Ele que é o próprio Caminho, e
teremos Vida plenamente.
“A tríplice confissão apaga a tríplice negação..."
“A tríplice confissão apaga a tríplice negação...”
À luz dos
Tratados sobre o Evangelho de São João, do Bispo Santo Agostinho (Séc. V),
reflitamos sobre a força do amor que vence o temor da morte.
“O Senhor
interroga sobre o que já sabia, não só uma vez, mas duas e três vezes: se Pedro
o ama. De todas as vezes, ouve uma só resposta, que Pedro o ama. E, em todas
elas, confia a Pedro o pastoreio de suas ovelhas.
A tríplice
confissão apaga a tríplice negação, para que a língua não sirva menos ao amor
do que ao temor; e não pareça que a iminência da morte o obrigou a falar mais
do que a presença da vida. Seja serviço de amor apascentar o rebanho do Senhor,
como foi prova de temor negar o pastor.
Quem
apascenta as ovelhas de Cristo, como se fossem suas, não ama a Cristo mas a si
mesmo.
Contra
esses, que também o Apóstolo censura dizendo que procuram os próprios
interesses e não os de Cristo, estas palavras que o Senhor repete
insistentemente são uma séria advertência.
Então que
quer dizer: Tu me amas? Apascenta as minhas ovelhas (Jo 21,17) senão: Se me
amas, não penses em te apascentar a ti mesmo, mas as minhas ovelhas;
apascenta-as, considerando minhas, não tuas; procura nelas minha glória, não a
tua; meus interesses, não os teus; não sejas daqueles que nos tempos de perigo
só amam a si mesmos e tudo o que deriva deste princípio, que é a raiz de todo
mal.
Os que
apascentam as ovelhas de Cristo, não amem a si mesmos; não as apascentem como
sendo próprias, mas como pertencentes a Cristo.
O defeito
que mais devem evitar os que apascentam as ovelhas de Cristo consiste em
procurar os próprios interesses e não os de Jesus Cristo, destinando ao
proveito próprio aqueles por quem Cristo derramou o seu sangue.
O amor de
Cristo deve crescer até atingir tal grau de ardor espiritual naquele que
apascenta as suas ovelhas, que supere até mesmo o natural medo da morte, que
nos leva a não querer morrer, ainda que queiramos viver com Cristo.
Contudo,
por maior que seja o temor da morte, deve vencê-lo a força do amor com que se
ama Aquele que, sendo nossa vida, quis sofrer até a morte por nós.
Na verdade,
se não houvesse ou fosse insignificante o mal da morte, não seria tão grande a
glória dos mártires. Mas, se o Bom Pastor, que deu a vida por suas ovelhas,
suscitou tantos mártires entre as suas ovelhas, quanto mais não devem lutar
pela verdade até à morte, e até o sangue, contra o pecado, aqueles que
receberam o encargo de apascentá-las, isto é, de instruí-las e dirigi-las?
Por este
motivo, diante do exemplo da paixão de Cristo, e ao pensar em tantas ovelhas
que já o imitaram, quem não compreende que os pastores devem ser os primeiros a
imitar o Pastor? Na verdade, os mesmos pastores são também ovelhas do único
rebanho, governado pelo único Pastor. De todos nós ele fez suas ovelhas, por
todos nós padeceu; para padecer por todos nós, ele mesmo se fez ovelha”.
“A tríplice
confissão apaga a tríplice negação”, assim aconteceu com Pedro. Também nós precisamos permanentemente
declarar nosso amor pelo Senhor, superando possível “negação”, com nossas infidelidades e pecados.
Urge rever nossos
caminhos, palavras, pensamentos e atitudes, a fim de que sejamos autênticas
testemunhas do Cristo Ressuscitado.
Renovemos em nós
a força do amor que vence o temor da morte, bem como a nossa fé no Senhor, que
conosco caminha, ainda que não percebamos.
A exemplo de
Pedro, renovemos em nós a chama do primeiro amor, para vencermos as
dificuldades e tentações do cotidiano, em plena fidelidade ao Senhor, como
rezamos na oração que Ele mesmo nos ensinou:
“Pai
Nosso, que estais nos céus... Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos
do mal. Amém.”
Conduzi-nos, Senhor...
“A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna.
Nós cremos firmemente e reconhecemos que Tu és o Santo de Deus”
(Jo 6,68-69).
Concedei-nos, Senhor, consciência e lucidez intensa e profunda
para uma participação ativa, piedosa e frutuosa no Banquete da Eucaristia.
Fortalecei, Senhor, nossa adesão pessoal a Jesus, o Pão da Palavra e da Vida,
Para que os pensamentos e sentimentos do nosso coração sejam como os Vossos.
Também seja verdadeira e frutuosa a nossa recepção de todos os Sacramentos,
E, assim, reafirmarmos e renovarmos compromisso no Vosso seguimento.
Ajudai-nos, Senhor, no caminho de conversão para fraternas e sinceras relações com os outros,
Na vivência dos amores inseparáveis: amor a Deus e ao nosso próximo.
Conduzi-nos, Senhor, no caminho da verdade e da justiça,
Do amor e da fidelidade, para que mereçamos alcançar a glória eterna. Amém.
Pedro e Paulo: Testemunhas apaixonadas pelo Cristo Jesus!
Pedro e Paulo:
Testemunhas apaixonadas pelo Cristo Jesus!
Com a Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, celebraremos a vida e o testemunho de duas colunas da Igreja, tão diferentes e tão necessários para levar adiante a Missão de Jesus e proclamar a Boa Nova da Salvação.
Pedro e Paulo: a paixão por Cristo os consumiu! Que amor por Jesus! Como não imitá-los no seguimento de Jesus?
Ambos estão na glória porque foram devorados pelo Amor: Amaram o Amado, e por Ele foram seduzidos.
Pedro lembra a instituição, Paulo o carisma, a evangelização. Ambos escreveram uma História de conversão, fidelidade da doação e entrega da vida por amor ao Amor que nos amou até o fim. Também eles amaram até as últimas consequências.
A paixão por Cristo os devorou, os levou a entregar a própria vida: Pedro morrendo na cruz, Paulo pela espada...
Ambos derramaram o sangue por amor a Jesus. Que amor, que incrível amor sentiam por Jesus!
Reflitamos:
- Tenho a mesma coragem de Pedro e Paulo?
- A Oração, a união, a solidariedade são fundamentais na missão.
- Como eu as vivo?
- Quem é Jesus para mim?
- Como testemunho verdadeiramente a pessoa de Jesus?
- Por que sou Igreja?
- Eles são colunas, eu sou uma pedra viva na Igreja do Senhor?
- Como Paulo, combato o bom combate da fé com coragem, confiança na presença do Senhor?
Rezemos por toda a Igreja e hoje, sobretudo, pelo nosso Papa Francisco:
Que o Senhor lhe conceda sabedoria e amor para conduzir a Igreja de Cristo, e com esta Solenidade nos renove no amor a Igreja, no testemunho de Jesus e também nos ajude a sermos mais fiéis à Doutrina dos Apóstolos, vivendo mais intensamente a partilha, a comunhão fraterna.
As orações multiplicadas sejam nossa força e alargamento de horizontes comprometidos do Reino, sempre nutridos pelo Substancial, Indispensável e Incomparável Alimento: a Eucaristia!
Em poucas palavras...
Saudação do Apóstolo Pedro
“Irmãos eleitos segundo a presciência de Deus Pai, pela santificação do Espírito para obedecer a Jesus Cristo e participar da bênção e da aspersão do seu sangue, graça e paz vos sejam concedidas abundantemente” (1)
(1) 1 Pd 1,1-2
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