Vinde a mim!
Acolhamos a mensagem da Palavra de Deus da
quinta-feira da 15ª semana do Tempo Comum (ano ímpar) que nos
questiona e não nos permite a acomodação na fé, e acima de tudo nos convida à
confiança e à busca de forças tão somente em Deus, nos cansaços possíveis ao
enfrentar os desafios da missão no testemunho da fé.
Na primeira Leitura (Ex 3,13-20) Deus se apresenta
a Moisés como “Eu sou Aquele que sou” e a ele confia a missão de conduzir o
Povo de Deus, libertando-o da escravidão do Egito para uma terra nova onde
corre leite e mel.
Não será fácil esta missão, mas Moisés deve confiar
sempre na presença e ação divinas em todos os momentos.
Também nós, hoje, como discípulos missionários do
Senhor, como cristãos, não podemos fechar nossos ouvidos a Deus que Se revela a
cada um de nós, nos chama pelo nome e nos envia em missão de vida e paz. Não
podemos construir uma história na indiferença a Deus e ao Seu Amor por nós.
Nisto consiste a vitalidade e fecundidade de uma fé
autêntica: crer em Deus e, no alegre testemunho, levar quantos possamos a esta
descoberta e encontro que transforma a nossa vida e sempre nos prepara o
melhor.
Reflitamos:
Como cada um de nós participa na construção do Projeto que Deus tem para a
humanidade?
Sentimo-nos responsáveis pela transformação do
mundo em que vivemos?
O que fazemos para transformar s sinais de
escuridão em sinais de luz; os sinais de morte em sinais de vida?
Quais são as belas lições que Moisés nos ensina na
vivência de nossa fé?
Na passagem do Evangelho (Mt 11, 28-30) ouvimos a
Palavra de Jesus que alcança as entranhas mais profundas de nossa alma e
coração: “Vinde a mim todos vós que
estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e Eu vos darei
descanso”.
Somente Jesus pode nos oferecer o verdadeiro
“descanso”, porque é “manso e
humilde de coração”, e nos oferece os distintivos, que haveremos de
carregar e viver, para que o mundo O reconheça e O veja em nós: a Cruz e o
Mandamento do amor a Deus e ao próximo.
Não há discipulado, não há seguimento de Jesus sem
a Cruz, que é garantia de Vitória, passagem para a glória – “Quem quiser me acompanhar, renegue-se a si
mesmo, tome sua cruz e venha” (Mt 16, 24). Oferece o jugo que Ele mesmo
carregou e conosco carrega.
Nosso cristianismo somente pode ser vivido, com
alegria e plenamente, na certeza de que Ele caminha ao nosso lado – “Quem se arrasta atrás de seu jugo com
subterfúgios e compromissos, é derrubado pelo tédio e abatido pela solidão”
(Missal Cotidiano - pág. 1035).
Que jamais nos deixemos abater pela solidão,
tristeza, desânimo, para que possamos carregar nossa cruz com alegria,
confiança, disponibilidade, coragem e firmeza, até o fim.
Carreguemos o jugo da cruz, vivendo a Lei do
Senhor, a Lei do Amor “... Este é o
meu Mandamento: amai-vos uns aos outros como Eu vos amei” (Jo
15,12).
Somente o amor faz viver. O Mandamento do Amor se
constitui na expressão máxima da vida cristã, porque Cristo mesmo nos disse
– “... Ninguém teve maior Amor do
que Aquele que dá a vida por Seus amigos.“ (Jo 15,13).
E disse o Evangelista João: “Deus amou tanto o mundo que nos deu o Seu Filho único para que não
morra quem n’Ele crer mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16).
O Senhor entregou Sua vida por nós, aceitou a
morte, e morte de Cruz, amando-nos, amou-nos até o fim. Façamos por Ele e pelo
nosso próximo o mesmo: descanso, forças e alegria no tempo presente
encontraremos, e na eternidade plenamente viveremos. A glória da Cruz e a Lei
do Amor, para sempre Amém!
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