domingo, 1 de junho de 2025

Síntese da Mensagem para o LIX Dia Mundial das Comunicações Sociais – 2025 – Papa Francisco

 


Síntese da Mensagem para o LIX Dia Mundial das Comunicações Sociais – 2025 – Papa Francisco

A Mensagem para o LIX Dia Mundial das Comunicações Sociais -2025, escrita pelo Papa Francisco, tem como tema a passagem bíblica da Primeira Carta de São Pedro – “Partilhai com mansidão a esperança que está nos vossos corações” (cf. 1 Pd 3,15-16), em perfeita sintonia com o Jubileu da Esperança que estamos celebrando.

Há um forte convite para que todos sejamos comunicadores da esperança, em um tempo marcado pela desinformação e pela polarização, no qual alguns centros de poder controlam uma grande massa de dados e de informações sem precedentes.

Faz-se necessário desarmar a comunicação – “Hoje em dia, com demasiada frequência, a comunicação não gera esperança, mas sim medo e desespero, preconceitos e rancores, fanatismo e até ódio. Muitas vezes, simplifica a realidade para suscitar reações instintivas; usa a palavra como uma espada; recorre mesmo a informações falsas ou habilmente distorcidas para enviar mensagens destinadas a exaltar os ânimos, a provocar e a ferir.”

Outro fenômeno apresentado pelo Papa é a “dispersão programada da atenção”, promovida por sistemas digitais que provocam atomizações, individualismos, enfraquecendo a dimensão comunitária e a promoção do bem comum.

Não podemos empobrecer a “esperança”, que tem dimensões comunitárias e sociais, voltadas à promoção e defesa da dignidade humana e da Casa Comum.

O Papa nos apresenta três mensagens, à luz da passagem mencionada:

1ª – Nossa esperança tem um rosto: o rosto do Senhor Jesus Cristo Ressuscitado;

2ª – Estarmos dispostos a dar a razão da esperança a todos que nos pedirem;

3ª – Comunicação deve ser feita com mansidão, respeito e proximidade, como “companheiros de viagem, nos passos do maior Comunicador de todos os tempos: Jesus de Nazaré.

Lembrando o Jubileu da Esperança, que nos renova na missão de sermos “construtores da paz” (cf. Mt 5,9), devemos promover uma comunicação que fale ao coração, cuidando do coração, ou seja, da vida interior. Para tanto, ele nos dá algumas pistas a serem vividas, contando com a graça de Deus:

“Sede mansos e nunca esqueçais o rosto do outro; falai ao coração das mulheres e dos homens ao serviço de quem desempenhais o vosso trabalho.

Não permitais que as reações instintivas guiem a vossa comunicação. Semeai sempre esperança, mesmo quando é difícil, quando custa, quando parece não dar frutos.

Procurai praticar uma comunicação que saiba curar as feridas da nossa humanidade.

Dai espaço à confiança do coração que, como uma flor frágil mas resistente, não sucumbe no meio das intempéries da vida, mas brota e cresce nos lugares mais inesperados: na esperança das mães que rezam todos os dias para rever os seus filhos regressar das trincheiras de um conflito; na esperança dos pais que emigram, entre inúmeros riscos e peripécias, à procura de um futuro melhor; na esperança das crianças que, mesmo no meio dos escombros das guerras e nas ruas pobres das favelas, conseguem brincar, sorrir e acreditar na vida.

Sede testemunhas e promotores de uma comunicação não hostil, que difunda uma cultura do cuidado, construa pontes e atravesse os muros visíveis e invisíveis do nosso tempo.

Contai histórias imbuídas de esperança, tomando a peito o nosso destino comum e escrevendo juntos a história do nosso futuro.”

 

https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/communications/documents/20250124-messaggio-comunicazioni-sociali.html

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