terça-feira, 28 de novembro de 2023

Fé e Esperança no Senhor

                                                       

Fé e Esperança no Senhor

Jesus respondeu: “Cuidado para não serdes enganados,
porque muitos virão em meu nome, dizendo:
 ‘Sou eu!’ E ainda: ‘O tempo está próximo’.
 Não sigais essa gente!"
                        
Com a Liturgia da terça-feira da 34ª Semana do Tempo Comum, refletimos sobre o sentido da História da Salvação e para onde Deus nos conduz: um mundo marcado pela felicidade plena e vida definitiva.

É preciso que renasça em nós a esperança, para que dela brote a coragem para o enfrentamento das dificuldades, provações próprias na construção do Reino de Deus.

A passagem do Evangelho proclamada (Lc 21, 5-11) retrata a aproximação do final da caminhada de Jesus para Jerusalém. E no Templo de Jerusalém que realiza o Seu último discurso público acerca do cumprimento da Sua vida e da História inteira.

Na fidelidade ao Senhor, a Igreja, na realização de sua missão, também poderá sofrer dificuldades e perseguições, mas precisa manter-se confiante e perseverante.

Podemos falar em três tempos:

 O tempo da presença de Jesus e Sua missão, seguido da destruição do Templo alguns anos mais tarde;

 O tempo da missão da Igreja; 

 O tempo da vinda do Filho do Homem.

Enquanto aguardamos a segunda vinda do Senhor, Ele nos alerta para que não nos deixemos enganar por falsos pregadores (21,8); haverá catástrofes, terremotos, fome, epidemias (21,10-11), mas ainda não será o fim do mundo; assim como as perseguições serão inevitáveis para os que n’Ele crerem (21,12).

Por causa do Nome do Senhor Jesus, Seus discípulos serão levados aos tribunais e às “sinagogas”, na presença de reis e lançados nas prisões. Mas contarão sempre com a força de Deus para enfrentar os adversários e as dificuldades.

“Quem segue a Cristo poderá encontrar dificuldades, mesmo no seio da própria família; aderir a Jesus, de fato, muitas vezes comporta uma ruptura com as próprias tradições, e conflitos com o ambiente de onde se provém, a ponto de incorrer na denúncia dos próprios familiares (21,16-17). (1)

Nesta vigilância ativa e no testemunho dado é que a comunidade vivificará a fé, reencontrará a intimidade com Jesus, superará todo medo e alcançará a vida eterna plena e feliz: “É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!” (21,19).

“A coragem de resistir sob a pressão do mundo (mesmo para nós hoje) é condição importante para sermos verdadeiros discípulos de Jesus, dispostos a segui-Lo até a Cruz. É aí que Cristo reina! Assim nos preparamos para a Solenidade de Cristo Rei” .(2)

Considerando que “Toda a Igreja é missionária, em virtude da mesma caridade com que Deus enviou Seu Filho para a Salvação de todos os homens. E única é sua missão, a de se fazer próxima de todos os homens e todos os povos, para se tornar sinal universal e instrumento eficaz da paz de Cristo (RdC 8)” (3), ao término de mais um Ano Litúrgico, é tempo de avaliarmos e projetarmos uma nova caminhada.

Reflitamos: 

 Qual foi o testemunho de fé que demos ao longo desta caminhada litúrgica?

 Tenho permanecido firme na fé, ou tenho vacilado em alguns momentos?

 Diante das dificuldades que marcam a vida de cada um e da história, confio em Deus para enfrentá-las?

 Qual esperança cultivo no coração?

 Como estou preparando a segunda vinda do Senhor?

 Quais os reais compromissos com o Reino que multiplico, como expressão de uma vigilância ativa?

 Como tenho consumido o tempo na espera do Senhor que vem?

Renovemos nossos compromissos com Deus e permaneçamos firmes na fé, com sede de eternidade.

Oremos: 

“Ó Deus, princípio e fim de todas as coisas,
Que reunis a Humanidade no Templo vivo do Vosso Filho,
Fazei que através dos acontecimentos,
Alegres e tristes deste mundo,
Mantenhamos firme a esperança do Vosso Reino,
Com a certeza de que, na paciência,
possuiremos a vida. Amém.”  (4)

    
(1) (2) – Lecionário Comentado - Editora Paulus - Lisboa - p. 807. 
(3) – Missal Dominical - p. 1296.
(4) – Lecionário Comentado - Editora Paulus - Lisboa - p. 809.

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