segunda-feira, 1 de dezembro de 2025
Advento: contemplemos a imensidão do amor de Deus
Advento: contemplemos a imensidão do amor de Deus
Oremos:
Ó Deus que nos enviastes Vosso Filho, que se fez Carne no ventre de Maria por obra do Espírito Santo, concedei-nos a graça de bem preparar a alegria da chegada d’Aquele que veio, vem e virá sempre ao nosso encontro.
Ó Deus, nós Vos adoramos por Vosso imenso Amor por nós, pecadores, pois enviastes Vosso Filho único, a fim de nos libertar da tirania e do poder do demônio, e assim não cairmos em tentação, e ainda mais, livrar-nos de todo o mal.
Ó Deus, nós Vos adoramos por Vosso imenso Amor por nós, que vistes por meio do Vosso filho nos convidar para o céu, onde habitais em comunhão com Ele e com o Vosso Espírito de Amor.
Ó Deus, nós Vos adoramos por Vosso imenso Amor por nós, por nos revelar os Mistérios do Vosso Reino celeste, e nos enviar pelo mundo, como discípulos e missionários, anunciando com alegria esta chegada.
Ó Deus, nós Vos adoramos por Vosso imenso Amor por nós, que por meio do Vosso Filho viestes nos mostrar a luz da verdade, que é Ele próprio, e que nos faz verdadeiramente livres (cf. Jo, 8,32).
Ó Deus, nós Vos glorificamos porque Vosso Filho veio nos ensinar a honestidade dos costumes, bem como nos comunicar os germes das virtudes, e nos enriquecer com os tesouros da Vossa graça e, enfim, para que sejamos Vossos filhos e herdeiros da vida eterna.
Ó Deus, nós Vos adoramos por Vosso imenso Amor por nós, dai-nos esperar solícitos a vinda do Cristo, Vosso Filho, e assim, quando Ele, ao chegar, nos encontre vigilantes na Oração e proclamando o Vosso louvor. Por N. S. J. C. Amém
“Maranathá”!
Vem, Senhor Jesus!
PS: Uma súplica para o Tempo do Advento, à luz da Carta Pastoral do Bispo São Carlos Borromeu (séc. XVI).
Advento: tempo fecundo para que sejamos melhores
Advento: tempo fecundo para que sejamos melhores
No Tempo do Advento, a Igreja nos convida a uma parada para reflexão, avaliação e redirecionamento de nossos passos, para que a alegria do Nascimento do Salvador seja bem celebrada; para que não sejamos devorados pela voracidade da pressa, do tempo que parece passar mais depressa, e, embora multiplicados meios de comunicação, a superação da ansiedade e da solidão.
Urge voltar à fonte, a Divina Fonte, onde jorra a água mais cristalina, para saciar nossa sede de vida plena, renovando nossas energias, para que nos ponhamos a caminho, com maior fé e segurança, envolvidos pela alegria deste Nascimento.
Num contexto de mudança de época, vivemos a extrema aceleração, própria da sociedade pós-moderna, com suas dúvidas, inquietudes e interrogações, medos, angústia e estranhos fantasmas, é preciso aprender a parar, rever o caminho que trilhamos, de modo que, não haja distanciamento do Verdadeiro Caminho que nos conduz a Deus, porque é também a Verdade irrevogável do amor de Deus por nós e quer nos conceder sentido para a existência, para que vida plena tenhamos (cf. Jo 10,10).
Portanto, emerge a necessidade de parar, deter-se um momento para uma avaliação do percurso percorrido e, ao mesmo tempo, para a escolha de um novo caminho que leve ao encontro com Deus, consigo mesmo e com o outro, superando a cultura do isolamento, do individualismo, e viver a cultura do encontro, em que nos tornamos protagonistas da civilização do amor, da alegria de convivermos na comunhão com outro e no respeito às diversidades.
Com o nascimento do Menino Jesus, contemplamos um Deus que Se faz homem, e não o contrário. Deus que, na tradição bíblica, vê, ouve, conhece a situação do Seu povo, desce ao seu encontro, em direção à humanidade, assumindo-a para redimi-la e fazê-la subir em direção à divindade.
Apropriando-se de uma metáfora, podemos afirmar que este tempo do Advento é como um rio que nos leva ao grande oceano de luz que é o Natal. N’Ele, na frágil e humilde criança, a noite se faz dia, os olhos se abrem, o horizonte do inédito se descortina, para que possamos discernir as novas possibilidades que se abrem à nossa frente, e também revermos e buscarmos novos critérios para redirecionamento de nossos passos.
Contemplando Seu nascimento e presença, que se dá a cada momento.
Oremos:
Menino Jesus,
- Tu que nasceste nu, tens o poder de nos revestir
com o Teu Amor infinito e cheio de compaixão.
com o Teu Amor infinito e cheio de compaixão.
- Tu que nasceste pobre para nos enriquecer
com a Tua presença vivificante e salvadora.
com a Tua presença vivificante e salvadora.
- Tu que nasceste sem teto,
fizeste morada em nosso meio e em nós
fizeste morada em nosso meio e em nós
e anunciaste um mundo em que a ninguém seja
negado o direito de moradia.
- Tu que nasceste à margem da sociedade,
por Tua Palavra e ação soubeste a todos acolher e incluir,
como filhos e filhas de Deus,
por Tua Palavra e ação soubeste a todos acolher e incluir,
como filhos e filhas de Deus,
no grande Banquete do Reino.
- Tu que és o Filho de Deus,
que Te fizeste homem para nos elevar à luminosa morada do Pai,
conceda que, em Ti crendo e seguindo,
jamais caminhemos nas trevas,
mas alcancemos a luz, a alegria e a vida eterna (cf. Jo 8,12).
Amém.
que Te fizeste homem para nos elevar à luminosa morada do Pai,
conceda que, em Ti crendo e seguindo,
jamais caminhemos nas trevas,
mas alcancemos a luz, a alegria e a vida eterna (cf. Jo 8,12).
Amém.
Advento: Tempo de reencontros...
Advento: Tempo de reencontros...
Celebramos com toda a Igreja, o Tempo do Advento, um tempo de reencontros, iniciado neste Domingo.
Reencontro do sentido da vida, se desgostos indesejáveis te surpreenderam.
Reencontro do reencantamento, se as decepções te levaram a não crer em mais nada, porque tudo parece um sórdido e inevitável desencanto.
Reencontro da confiança, quando o ceticismo te cegou, e também te impossibilitou de ouvir o canto daqueles que anunciam um novo amanhecer.
Reencontro da esperança, porque te anunciaram o evangelho dos maus agourentos de plantão, acenando que o mundo não tem mais jeito.
Reencontro da arte do pedreiro, quando quase te prostraste diante das demolições e construções que, com o tempo, a beleza e a sustentabilidade, por falta de estrutura se perderam.
Reencontro do saber do arquiteto e engenheiro, para refazer cálculos, projeções, para que a vida não se assemelhe à abrupta e indesejável interrupção de uma obra.
Reencontro da mística, que materializa e refaz sonhos, porque sonhos bons realizados pedem outros, em incansável renovação e superação.
Reencontro da paixão pelo Reino, que ao Pai pertence. Reino eterno e universal, porque de vida e verdade, graça e santidade, justiça, amor e paz.
Reencontro do Caminho, que é o próprio Senhor, se, pelas dificuldades, d'Ele te desviaste, ou mesmo as forças rarifeceram.
Reencontro do paraíso perdido, não marcado pela saudade, mas como possibilidade de construção por aqueles que se movem pela fé e pela força, que brotou da mais bela Ressurreição – A Ressurreição do Cristo Senhor!
Reencontro do sentido Pascal do Natal, reencontro com o Deus Menino Divino, que é o mesmo Homem Deus na Cruz crucificado, por amor extremo, vida consumada e eliminada, para que vida abundante nos fosse alcançada e as portas para sempre abertas e nossa vida eternizada.
Reencontro do simples e do belo, que não distante se encontram, mas que tão longe e em lugares equivocados buscamos.
Reencontro com o Senhor, portanto, reencontro com o amor, a vida, a alegria, a esperança, a fé, a solidariedade, a verdade, a paz...
Reencontro pessoal, para que, no mundo, com equilíbrio, justiça e piedade vivamos (cf. Tt 2,11-12).
Reencontro com o outro, para que relações fraternas, marcadas pela ternura, construamos.
Reencontro com a natureza, que também geme em dores de parto, à espera da reconciliação, sem insanas e abomináveis depredações, explorações e tragédias ambientais (cf. Rm 8,18-25).
Reencontro com Deus, o reencontro dos reencontros, que se faz a cada instante, porque Ele no mais profundo de nós habita.
Advento, Tempo de reencontros que não ocultem jamais a Face de Jesus! Amém.
O futuro que esperamos
O futuro que esperamos
“Deus contemplou toda a Sua obra,
e viu que tudo era bom”
(Gn 1,31)
Haverá sorriso contagiante no futuro,
Se aprendermos com as lágrimas do passado.
Haverá luz radiante no futuro,
Se não escrevermos uma história sem Deus.
Haverá frutos saborosos a colher,
Se no presente o melhor soubermos semear.
Haverá família sólida no futuro,
Se a edificarmos em sagrados valores.
Haverá vida bela no futuro,
Se soubermos promovê-la e defendê-la no tempo presente.
Haverá um mundo belo para todos no futuro,
Se revitalizarmos laços de paz e solidariedade.
Haverá vida em nossa casa comum no futuro,
Se nos convertermos para uma ecologia integral, sem desmedida ambições.
Haverá uma Igreja santa e pecadora no futuro,
A serviço do Reino de amor, verdade, justiça e paz.
Haverá futuro, se coragem tivermos de reler o passado,
E repensar o presente, que está sempre em nossas mãos...
Um santo e fecundo Advento, na espera do Senhor que veio, vem e virá!
A Virtude da Paciência
No Tempo do Advento fecundamos o coração para que nele nasça o Menino Deus.
Renovemos nossas forças para maior empenho, dedicação no carregar da cruz hoje, para alcançarmos e merecermos a glória da eternidade no amanhã de Deus, sem cairmos na tentação do imediatismo inútil e estéril.
À luz da Palavra de Deus, dos ensinamentos da Igreja, contidos em seu Catecismo, e dos escritos de um dos grandes santos da religiosidade popular e da Igreja, Santo Antônio, retomamos a reflexão sobre um tema muito importante: a virtude da paciência.
Uma abordagem aparentemente simples, porém torna-se difícil devido às suas implicações na vida cotidiana em todas as dimensões, pois vivemos numa sociedade marcada acentuadamente pela cultura do imediatismo.
Temos que aprender a linguagem do Espírito, cessando as palavras, em renovados compromissos com a Evangelização, a fim de construirmos uma Igreja viva e solidária, fiel ao Cristo Ressuscitado, atenta ao sopro do Espírito, sem jamais nos omitirmos na construção de uma sociedade justa e solidária e fraterna, conforme o desejo e sonho de Deus Pai.
Sempre animados pelas virtudes teologais – fé, esperança e caridade – continuemos cultivando a virtude da paciência, sem nos curvarmos à cultura do imediatismo, mas renovando sinceros compromissos com a cultura da vida, para que vivenciando o Mandamento do amor santifiquemos nossas famílias, pois de nada adiantaria falar em paciência ou em linguagem do Espírito se não tivermos o amor.
Quanto mais intenso o amor, maior será a paciência vivida, como bem nos alertou São Paulo: “O amor é paciente, o amor é prestativo; não é invejoso, não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade, tudo desculpa. Tudo crê, tudo espera e tudo suporta" (1Cor 13, 4-7).
Como Igreja, sintamo-nos sempre animados e fortalecidos pelo Fogo do Espírito, que ilumina nossa vida, reavivando a chama da fé que em nosso coração foi acesa, e num crepitar permanente tenhamos o coração ardente e os olhos abertos em cada Eucaristia celebrada.
Concluímos com as palavras de Santo Antônio em um dos seus Sermões:
“Quem está repleto do Espírito Santo fala várias línguas. As várias línguas são os vários testemunhos sobre Cristo, a saber: a humildade, a pobreza, a paciência e a obediência; falamos estas línguas quando são as obras que falam”.
Em poucas palavras...
A primeira e a segunda vinda do Senhor
“Na primeira
vinda, Ele foi envolto em faixas e reclinado num presépio; na segunda,
será revestido num manto de luz. Na primeira, Ele suportou a cruz, sem
recusar a Sua ignomínia; na segunda, virá cheio de glória, cercado de
uma multidão de anjos.” (1)
(1) São Cirilo de Jerusalém – séc. IV
Em poucas palavras...
Ele vem, veio e virá!
“...Revestido da nossa fragilidade, Ele veio a primeira vez para realizar Seu eterno plano de amor e abrir-nos o caminho da Salvação. Revestido de Sua glória, Ele virá uma segunda vez para conceder-nos em plenitude os bens prometidos que hoje, vigilantes, esperamos”. (1)
(1) Prefácio do Advento I
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