segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Sementes de paz sejam plantadas

                                                         

Sementes de paz sejam plantadas

“Amor e Verdade se encontram,
Justiça e Paz se abraçam...”

Caminhamos para mais um final de ano, tempo favorável para avaliação do caminho feito; com coragem rever os erros cometidos e planejar ousados passos, para que possamos abraçar um horizonte mais auspicioso, cheio de esperança, alegria, vida e paz.

Favorecendo este propósito, a Igreja vive o Tempo do Advento, quatro semanas que antecedem a grande Festa do Natal do Senhor, quando fazemos a preparação do chão de nosso coração, com a frutuosa acolhida do Verbo para um Natal verdadeiro, com matizes pascais. 

O Deus que Se faz e Se fará Menino é o mesmo que, por amor, sofre a Paixão, a morte de Cruz e é glorificado.

Ele vem, encarna-Se e por todos nós, pecadores, morre. Morre como homem, mas, por ser Deus, o Pai O Ressuscita para nos enviar o Seu Espírito, que em nós quer fazer Sua mais preciosa e desejada morada. Desejo de Deus, privilégio nosso, Suas criaturas, obra de Suas mãos.

Em todo tempo, urge somarmos esforços com todas as pessoas de boa vontade, para que a violência cesse e reine a paz no coração das pessoas. Que, de fato, nossa grande arma seja o amor, para construirmos uma sociedade mais fraterna, um mundo mais conforme os desígnios de Deus.

Quão necessário é multiplicarmos Orações, pequenos e grandes gestos, para que a paz, tão desejada e sonhada por Deus, aconteça. Esta é missão é de todos nós. 

Que as autoridades e toda a sociedade civil se abram a um diálogo franco, maduro e sincero e, assim, descubramos juntos caminhos para solidificação da paz, como fruto e expressão da justiça.

Como são atualíssimas as palavras do Papa São Paulo VI, em seu Discurso à ONU - Organização das Nações Unidas - em 1965:

“... Ouvi as claras palavras de uma grande personagem desaparecida John Keneddy, que há alguns anos proclama: ’A humanidade deve pôr fim à guerra, ou a guerra porá fim a humanidade’... A paz, a paz deve guiar o destino dos povos e da humanidade toda! Se quereis ser irmãos, deixai cair as armas de vossas mãos. Não se pode amar com armas ofensivas em punho”.

A paz como dom divino é possível, mas não dispensa nossos sinceros e renovados compromissos. Que seja este o tempo da fecundação silenciosa das sementes boas e necessárias, para que, num amanhecer não tão distante, floresçam exalando o perfume do jardim do paraíso, que precisa ser construído sem estéreis saudosismos e lamentos.

Renovemos, no mais profundo de nós,  a alegria de servir o Senhor na pessoa de nosso próximo, trabalhando alegremente em Sua vinha, como servos inúteis que somos, cada um/a dando o melhor de si não para a autopromoção, mas para a glória e louvor de Deus.

Que o sonho, Oração do Salmista,  seja por nós repetido e vivido:

Amor e Verdade se encontram, Justiça e Paz se abraçam; da terra germinará a Verdade, e a Justiça se inclinará do céu” (Sl 85,11-12).

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG