sexta-feira, 2 de maio de 2025

Em poucas palavras...

 


A força simbólica de uma Catedral


“Pela sua força simbólica, a Catedral converte-se em casa de oração, em escola da verdade, lugar de escuta da Palavra e lugar de elevação do espírito e de encontro com Deus.

Amar e venerar a Catedral é amar a Igreja como comunidade de pessoas unidas pela mesma Fé, pela mesma Liturgia e Caridade.

É fundamental que a Catedral, presidida pelo Bispo com a participação do povo que forma a comunidade diocesana, seja expressão da Igreja Local viva e peregrina.

Espera-se também que a Catedral seja um centro modelador da Liturgia, da Evangelização, da Cultura e da Caridade sendo assim expressão e sinal de toda a vida da comunidade diocesana.” (1)

 

(1)https://diocese-braga.pt/documento/2022-08-28-o-eixo-de-uma-catedral-34709-1

Toda fome pode ser saciada

                                                                  

Toda fome pode ser saciada

Na Liturgia da Palavra da 2ª sexta-feira do Tempo da Páscoa,  ouvimos a passagem do Evangelho de São João (Jo 6, 1-15), em que é narrado o sinal que Jesus fez no deserto, celebrando com a multidão o Banquete da Vida, em oposição ao banquete de Herodes, o banquete da morte, o sacrifício voraz de vidas inocentes e justas, como a vida de João Batista. 

De outro lado, no Banquete de Jesus, há credenciais exigidas para autêntica participação:

O amor de compaixão, a solidariedade, a confiança na providência de Deus, a gratidão, a bênção, e a consciência de que os bens de graça, d’Ele, recebidos devem ser generosamente partilhados.

O pão, que recebemos de Deus, cotidianamente, por Ele abençoado e por nós partilhado, ganha um novo sabor.

No Banquete da Vida de Nosso Senhor, não há como se omitir diante da dor, da fome, da miséria da existência humana: “Dai-lhes vós mesmos de comer”.

É possível superar esta brutal realidade que rouba a beleza do Projeto Divino. O Profeta Isaías já anunciara a promessa messiânica, de restauração da vida, em que Deus nos chama a comer e a beber sem paga: vinho e leite, deleite e força, alegria, revigoramento...

O Profeta Eliseu também soube partilhar o pouco para saciar a fome de muitos (2 Rs 4,42-44).

Uma última exigência: Aprender a nova matemática de Deus: Na racionalidade da matemática humana 5+ 2 = 7, indiscutivelmente, logo os 5000 homens, sem contar mulheres e crianças, estariam condenados à fome, ao desalento...

Na racionalidade da Matemática Divina, 5 + 2 = plenitude, perfeição, tudo!

O milagre da multiplicação dos 5 pães e 2 peixes foi um sinal do Banquete Eucarístico que celebramos.

Temos tudo para saciar a fome da humanidade, pois os bens que de Deus recebemos, quando partilhados, são multiplicados.

Alimentando-nos de um pedaço de Pão e um pouco de Vinho, Corpo e Sangue do Senhor, prolongamos a celebração na vida, multiplicando gestos de compaixão, partilha, solidariedade, tornamo-nos promotores da justiça, da fraternidade, da vida e da paz.

Santo Inácio de Antioquia, Bispo e Mártir, no séc. I, num contexto de dominação e perseguição, nos exortava:

“Vosso Batismo seja a vossa arma; a fé, o vosso capacete; a caridade, a vossa lança; a paciência, a vossa armadura completa. As vossas obras sejam vosso depósito para receberdes em justiça o que vos é devido”.

Quando aprendizes da matemática divina, nada nos separará do Amor de Deus (Rm 8,35-39): nem a tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo, espada...

Quando aprendizes da matemática divina, intensificaremos nosso relacionamento com Deus, que é misericórdia, piedade, amor, paciência, compaixão, muito bom para com todos e pleno de ternura que abraça toda criatura (Sl 144); aprenderemos também, como disse um autor desconhecido:

Somente a água que damos de beber ao próximo poderá saciar nossa sede. Somente a roupa que doamos poderá vestir nossa nudez. 
Somente o doente que visitamos poderá nos curar.

Somente o pão que oferecemos ao irmão poderá nos satisfazer.
Somente a palavra que suaviza a dor poderá nos consolar.
Somente o prisioneiro que libertamos poderá nos libertar”.

Somente a partir da matemática de Deus é que teremos o sinal de um novo céu e uma nova terra, pois a lógica divina não é a lógica fria e irracional, mas a lógica da compaixão, amor, solidariedade e partilha que multiplica, abundantemente, em nós, todas as graças divinas.

 Matemática de Deus: 
Uma bela lição a aprender. 
Aleluia!

PS: Oportuna para o 17º Domingo do Tempo Comum - Ano B

Com Jesus, Nosso Senhor, aprendamos a amar e partilhar

                                          

Com Jesus, Nosso Senhor, aprendamos a amar e partilhar

 

 “Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos

que estavam sentados, tanto quanto queriam.

E fez o mesmo com os peixes.” (Jo 6,11)

 

A Liturgia, da Sexta-feira da 2ª Semana do Tempo Pascal, nos convida a refletir sobre a realidade da fome em sua múltipla expressão, e a ação de Deus em nosso favor, para que esta seja saciada em plenitude, e também nos exorta aos necessários compromissos de amor e partilha.

No Antigo Testamento, na passagem do Livro dos Reis (2 Rs 4, 42-44), com o Profeta Eliseu, aprendemos que a multiplicação de gestos de partilha e generosidade para com os irmãos revelam a presença de Deus, que vem ao nosso encontro para saciar a fome do mundo.

O Profeta Eliseu viveu um período muito conturbado, com a multiplicação das injustiças contra os pobres e as arbitrariedades contra os fracos, acompanhado da infidelidade a Deus na violação da Aliança.

A descrição contida na passagem nos revela que, quando o homem é capaz de sair do seu egoísmo, com a disponibilidade para a partilha dos dons recebidos das mãos de Deus, torna-se gerador de vida em abundância. Ainda que pareça paradoxal, a partilha e a solidariedade não empobrecem, mas geram vida em abundância: quanto mais se partilha, mais se tem.

A ação de Deus se revela na ação dos pobres, que partilham com amor e generosidade, sem espetáculos. Deus quer precisar de nós, de nossa generosidade e bondade. Criando-nos sem a nossa participação, não quer nos salvar sem a mesma, como disse Santo Agostinho.

Voltando à passagem do Evangelho (Jo 6  1-15), com a multiplicação dos pães e peixes, Jesus nos convida a passar da escravidão à liberdade, da lógica do egoísmo à lógica do amor e da partilha.

Ainda podemos dizer que o capítulo 6 deste Evangelho é uma Catequese sobre Jesus, o Pão da Vida, que sacia a fome de vida plena de toda a humanidade em todos os tempos. É bom lembrar que não se trata apenas da fome do pão material, mas de outras tantas fomes: amor, liberdade, justiça, paz, esperança, fraternidade, solidariedade, alegria, ternura...

Alguns paralelos são notáveis:

- O Evangelista nos apresenta a ação libertadora de Jesus, de modo que Ele é o Novo Moisés, que tirará o povo da situação de miséria e escravidão em que se encontrava;

 

- O local em que Jesus realiza o sinal nos reporta ao Monte Sinai, onde Moisés recebeu os Dez Mandamentos;

- Com Moisés se deu a passagem da libertação da escravidão do Egito, e com Jesus temos a nova Páscoa, de modo especial a passagem da morte para a vida.

Outros elementos contidos na passagem, como também os gestos e palavras, revelam que a comunidade é constituída de gente simples e humilde, e com vocação para o serviço, que se expressa na partilha e solidariedade. Tão somente assim ela passa a viver a nova lógica proposta por Jesus.

É preciso substituir o egoísmo pelo amor e pela partilha. Jesus é a revelação do Deus que Se revestiu de nossa humanidade, e veio ao nosso encontro para revelar o amor Trinitário, fonte de vida plena e fraterna.

Com Jesus, vivendo a Sua Palavra, acolhida de modo especial na Eucaristia que celebramos, tornamo-nos partícipes de uma sociedade da saciedade, e não de uma sociedade com o pecado da desigualdade, da fome e da morte.

A caridade vivida em relação ao outro, sobretudo aos pobres, revela a autenticidade de nosso discipulado. Deste modo a comunidade tem que ser sempre um lugar deste aprendizado que nunca termina.

Sintamo-nos questionados e inquietos sobre os “pães e peixes” que temos para partilhar: amor, amizade, tempo, sorriso, dons, etc. Ainda que tenhamos pouco aos olhos humanos, quando partilhado com amor, torna-se multiplicado aos olhos de Deus.

Não há ninguém neste mundo que não tenha nada a partilhar ou algo a receber. E assim, todos nos enriquecemos, quando aprendemos e reaprendemos a alegria da partilha que o Senhor nos ensina, como expressão do amadurecido amor.

O Reino de Deus acontece quando não partilhamos o que sobra, mas até mesmo o que possa nos faltar. Se assim realizado, não falta, multiplica, e todos somos saciados e alcançamos a verdadeira felicidade.

Renovemos, portanto, a certeza de que quando colocamos nas mãos de Deus o que temos e o que somos, Ele faz o milagre acontecer!  

A fé no Ressuscitado, o amor e a partilha

                                                             

A fé no Ressuscitado, o amor e a partilha

Na Liturgia da 2ª sexta-feira do Tempo Pascal, ouvimos a passagem do Evangelho de João (Jo 6,1-15), em que Jesus realiza o sinal da multiplicação dos cinco pães e dois peixes.

Oportuna é a reflexão de Santo Hilário de Potiers, Doutor da Igreja (séc. IV).

“Como os discípulos lhe aconselhavam a que enviasse as multidões para as cidades mais próximas para que pudessem comprar alimentos, ele lhes respondeu:

‘Não há necessidade de irem’. Assim demonstra que aqueles dos quais cuidava não necessitavam se alimentar de uma doutrina colocada à venda, e também não tinham necessidade de voltar para a Judeia para comprar alimentos; por isso manda aos Apóstolos que lhes deem sua própria comida.

Acaso o Senhor desconhecia que os apóstolos não tinham nada para dar-lhes? Aquele que conhecia as profundezas do espírito humano não conhecia, acaso, a pequena quantidade de comida que as mãos dos Apóstolos possuíam?

Na verdade, era necessário manifestar completamente uma razão tipológica. Ele ainda não tinha concedido aos Apóstolos o consagrar e o oferecer o Pão do Céu como Alimento de Vida Eterna. Por isso Sua resposta era dirigida para a compreensão espiritual.

De fato, eles responderam que só tinham cinco pães e dois peixes, porque ainda se encontravam sob o império dos cinco livros da Lei – os cinco pães -, e se alimentavam do ensinamento de dois peixes, ou seja, dos Profetas e de João.

Nas obras da Lei a vida estava como no pão, e a pregação dos Profetas e de João reanimava a esperança da vida humana mediante a força da água.

Assim, os Apóstolos ofereceram estas coisas em primeiro lugar porque ainda se encontravam debaixo daquele regime. Mas também indica que a pregação dos Evangelhos, difundindo-se a partir dessas origens, se desenvolve fazendo crescer mais e mais sua força.

O Senhor tinha tomado os pães e os peixes. Levantou os olhos ao céu, disse a bênção e os partiu, ao mesmo tempo em que dava graças ao Pai porque, depois do tempo da Lei e os Profetas, Ele Se transformava em Alimento evangélico.

Em seguida o povo foi convidado a sentar-se na relva. Já não está estendido sobre a terra sem motivo, mas apoiado na Lei, e cada um se estende sobre os frutos de seu trabalho como sobre a erva da terra.

Os pães foram dados também aos Apóstolos: é através deles que os dons da graça divina deviam repartir-se. O povo se alimentou dos cinco pães e dos dois peixes e, uma vez saciados os convidados, os pedaços de pão e de pescado eram tantos que encheram doze cestos.

Isto quer dizer que a multidão se saciou com a Palavra de Deus que vem do ensinamento da Lei e dos Profetas, e em seguida do ministério do Alimento eterno. A abundância do poder divino reservada para os povos pagãos transborda até a plenitude dos doze Apóstolos. (1)

Destaco o paralelo feito entre os cinco pães e os dois peixes:

- Cinco pães, aludindo aos cinco Livros da Lei, aos cinco primeiros Livros da Sagrada Escritura (Pentateuco): Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio;

- Os dois peixes aludindo aos Profetas que precederam Jesus e o último dos Profetas, João Batista.

De fato, todos ainda estavam ancorados na Antiga Aliança, sob a Lei e os Profetas.

Com Jesus, inaugura-se um novo tempo, e Ele veio dar pleno cumprimento da Lei e dos Profetas, como vemos na Sua Transfiguração, no Monte Tabor, com a presença de Moisés e Elias (o primeiro simbolizando a Lei, e o segundo os Profetas).

Jesus é Aquele que vem trazer o Alimento Eterno, Ele próprio Se dá em verdadeira Comida e verdadeira Bebida (Jo 6).

Iluminados por Sua Palavra de Vida Eterna, aprendizes e obedientes a Seus Ensinamentos, e também por Ele saciados com o Pão Vivo e Verdadeiro, somos chamados a viver com alegria, o amor e a partilha, inseridos numa nova lógica, que vai gerar um mundo novo.

O sinal realizado tem tons Eucarísticos, prefigura o Banquete Provisório da Eucaristia, que nos prepara para o Banquete de Eternidade, como tão bem expressou o Salmista (Sl 23).

A multiplicação dos pães e peixes é a mais bela lição de amor e partilha, condição indispensável para uma sociedade da saciedade, e não da fome, da morte, da exploração do outro.

Vivamos, não mais sob o jugo da Lei, mas iluminados e conduzidos pelo Espírito; saibamos colocar nossos pães e peixes em comum, para que todos tenham vida plena e feliz.

O Sinal realizado aponta para um mundo novo que todos temos que construir, aprendendo os sagrados ensinamentos do Divino Mestre do Amor e da Partilha: Jesus.


Lecionário Patrístico Dominical – Ed. Vozes - Pág. 436-437.

Rezando com os Salmos - Salmo 36(37)

 


Peregrinos da esperança e a mansidão necessária


“– 1 Não te irrites com as obras dos malvados
nem invejes as pessoas desonestas;

– 2 eles murcham tão depressa como a grama,
como a erva verdejante secarão.

– 3 Confia no Senhor e faze o bem,
e sobre a terra habitarás em segurança.

– 4 Coloca no Senhor tua alegria,
e ele dará o que pedir teu coração.

– 5 Deixa aos cuidados do Senhor o teu destino;
confia nele, e com certeza ele agirá.

– 6 Fará brilhar tua inocência como a luz,
e o teu direito, como o sol do meio-dia.

– 7 Repousa no Senhor e espera nele!
Não cobices a fortuna desonesta,

– nem invejes quem vai bem na sua vida
mas oprime os pequeninos e os humildes.

– 8 Acalma a ira e depõe o teu furor!
Não te irrites, pois seria um mal a mais!

– 9 Porque serão exterminados os perversos,
e os que esperam no Senhor terão a terra.

– 10 Mais um pouco e já os ímpios não existem;
se procuras seu lugar, não o acharás.

– 11 Mas os mansos herdarão a nova terra,
e nela gozarão de imensa paz.

– 12 O pecador arma ciladas contra o justo
e, ameaçando, range os dentes contra ele;

– 13 mas o Senhor zomba do ímpio e ri-se dele,
porque sabe que o seu dia vai chegar.

– 14 Os ímpios já retesam os seus arcos
e tiram sua espada da bainha,

– para abater os infelizes e os pequenos
e matar os que estão no bom caminho;

– 15 mas sua espada há de ferir seus corações,
e os seus arcos hão de ser despedaçados.

– 16 Os poucos bens do homem justo valem mais
do que a fortuna fabulosa dos iníquos.

– 17 Pois os braços dos malvados vão quebrar-se,
mas aos justos é o Senhor que os sustenta.

– 18 O Senhor cuida da vida dos honestos,
e sua herança permanece eternamente.

– 19 Não serão envergonhados nos maus dias,
mas nos tempos de penúria, saciados.

– 20 Mas os ímpios com certeza morrerão,
perecerão os inimigos do Senhor;

– como as flores das campinas secarão,
e sumirão como a fumaça pelos ares.

– 21 O ímpio pede emprestado e não devolve,
mas o justo é generoso e dá esmola.

– 22 Os que Deus abençoar, terão a terra;
os que ele amaldiçoar, se perderão.

– 23 É o Senhor quem firma os passos dos mortais
e dirige o caminhar dos que lhe agradam;

– 24 mesmo se caem, não irão ficar prostrados,
pois é o Senhor quem os sustenta pela mão.

= 25 Já fui jovem e sou hoje um ancião,
mas nunca vi um homem justo abandonado,
nem seus filhos mendigando o próprio pão.

– 26 Pode sempre emprestar e ter piedade;
seus descendentes hão de ser abençoados.

– 27 Afasta-te do mal e faze o bem,
e terás tua morada para sempre.

– 28 Porque o Senhor Deus ama a justiça,
e jamais ele abandona os seus amigos.

– Os malfeitores hão de ser exterminados,
e a descendência dos malvados destruída;

– 29 mas os justos herdarão a nova terra
e nela habitarão eternamente.

– 30 O justo tem nos lábios o que é sábio,
sua língua tem palavras de justiça;

– 31 traz a Aliança do seu Deus no coração,
e seus passos não vacilam no caminho.

– 32 O ímpio fica à espreita do homem justo,
estudando de que modo o matará;

– 33 mas o Senhor não o entrega em suas mãos,
nem o condena quando vai a julgamento.

– 34 Confia em Deus e segue sempre seus caminhos;
ele haverá de te exaltar e engrandecer;

– possuirás a nova terra por herança,
e assistirás à perdição dos malfeitores.

– 35 Eu vi o ímpio levantar-se com soberba,
elevar-se como um cedro exuberante;

– 36 depois passei por lá e já não era,
procurei o seu lugar e não o achei.

– 37 Observa bem o homem justo e o honesto:
quem ama a paz terá bendita descendência.

– 38 Mas os ímpios serão todos destruídos,
e a sua descendência exterminada.

– 39 A salvação dos piedosos vem de Deus;
ele os protege nos momentos de aflição.

= 40 O Senhor lhes dá ajuda e os liberta,
defende-os e protege-os contra os ímpios,
e os guarda porque nele confiaram.”
 

Com o Salmo 36(37), refletimos sobre o destino dos maus e dos bons:

“Este salmo alfabético procura ensinar uma atitude de fé: dar mais valor à vida com Deus do que a felicidade passageira dos maus, e acreditar que realmente feliz é só o justo que confia em Deus.” (1)


Nisto consiste a Bem-Aventurança que o Senhor Jesus nos apresentou no Sermão da Montanha:

“Bem-aventurados os mansos, pois eles herdarão a terra.” (cf. Mt 5,5).

Roguemos a Deus a mansidão e sabedoria necessárias para que firmemos nossos passos, como peregrinos da esperança, na fidelidade ao projeto de Deus a nós confiado, com renovados compromissos com a promoção do bem, porque tão somente assim, felicidade plena alcançaremos. Amém.

 




(1) Comentário da Bíblia Edições CNBB – pág. 756

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O poder do Espírito Santo

“Pelo poder do Espírito Santo, nós tomamos parte na Paixão de Cristo, morrendo para o pecado, e na Sua Ressurreição, nascendo para uma vida nova. Somos os membros do Seu corpo, que é a Igreja (1 Cor 12), os sarmentos enxertados na videira, que é Ele próprio (Jo 15,1-4):

‘É pelo Espírito que nós temos parte em Deus. [...] Pela participação no Espírito, tornamo-nos participantes da natureza divina [...]. É por isso que aqueles em quem habita o Espírito são divinizados’.” (1)

 

(1) Catecismo da Igreja Católica – n. 1988 – citando Santo Atanásio.

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A Liturgia terrena: uma antecipação da Liturgia celeste 

“Pela Liturgia da terra participamos, saboreando-a já, na Liturgia celeste celebrada na cidade santa de Jerusalém, para a qual, como peregrinos nos dirigimos e onde Cristo está sentado à direita de Deus, ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo (Ap 21,2; Cl 3,1; Hb 8,2); por meio dela cantamos ao Senhor um hino de glória com toda a milícia do exército celestial, esperamos ter parte e comunhão com os Santos cuja memória veneramos, e aguardamos o Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo, até Ele aparecer como nossa vida e nós aparecermos com Ele na glória (Fl 3,20; Cl 3,4).” (1)

 

(1) Sacrosanctum Concilium – parágrafo n. 8 - apropriado para a passagem da Carta aos Hebreus (Hb 12,18-19.21-24)

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