sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Santa Rosa de Lima - uma história de amor por Jesus! (23/08)

Santa Rosa de Lima - uma história de amor por Jesus!

Ao celebrarmos dia 23 de agosto, a Memória de Santa Rosa de Lima (séc. XVI), Padroeira dos jardineiros e dos floristas, a primeira Santa da América Latina, somos enriquecidos por um de seus escritos:

“O Senhor Salvador levantou a voz e com incomparável majestade disse: ‘Saibam todos que depois da tribulação se seguirá a graça; reconheçam que sem o peso das aflições não se pode chegar ao cimo da graça; entendam que a medida dos carismas aumenta em proporção da intensificação dos trabalhos.

Acautelem-se os homens contra o erro e o engano; é esta a única verdadeira escada do paraíso e sem a cruz não há caminho que leve ao céu’.

Ouvindo estas palavras, penetrou-me um forte ímpeto como de me colocar no meio da praça e bradar a todos, de qualquer idade, sexo e condição:

‘Ouvi, povos; ouvi, gentes. A mandado de Cristo, repetindo as palavras saídas de Seus lábios, quero vos exortar: Não podemos obter a graça, se não sofrermos aflições; cumpre acumular trabalhos sobre trabalhos, para alcançar a íntima participação da natureza divina, a glória dos filhos de Deus e a perfeita felicidade da alma’.

O mesmo aguilhão me impelia a publicar a beleza da graça divina; isto me oprimia de angústia e me fazia transpirar e ansiar.

Parecia-me não poder mais conter a alma na prisão do corpo, sem que, quebradas as cadeias, livre, só e com a maior agilidade fosse pelo mundo, dizendo: ‘Quem dera que os mortais conhecessem o valor da graça divina, como é bela, nobre, preciosa; quantas riquezas esconde em si, quantos tesouros, quanto júbilo e delícia!

Sem dúvida, então, eles empregariam todo o empenho e cuidado para encontrar penas e aflições! Iriam todos pela terra a procurar, em vez de fortunas, os embaraços, moléstias e tormentos, a fim de possuir o inestimável tesouro da graça. É esta a compra e o lucro final da paciência.

Ninguém se queixaria da cruz nem dos sofrimentos que lhe adviriam talvez, se conhecessem a balança, onde são pesados para serem distribuídos aos homens’”. (1)

Santa Rosa de Lima morreu aos 32 anos de grave enfermidade que lhe causou sofrimentos e danos físicos, sendo Canonizada em 1671.

Possuía uma beleza invejável, um rosto rosado, por isto apelidada pelos familiares de Rosa.

Virgem contemplativa, possuidora de uma serenidade que a todos comovia nos sofrimentos, privações. Usava na cabeça uma coroa de metal espinhento, disfarçada com botões de rosa.

Viveu alto grau de uma vida contemplativa e mística, e como poucos ela compreendeu a profundidade do Mistério da Paixão e Morte de Jesus.

Sua impressionante história de amor a Jesus merece ser conhecida, contemplada. Com ela, temos muito que aprender.

Retomo duas passagens:

“Sem a cruz não há caminho que leve ao céu” e ninguém se queixaria da cruz nem dos sofrimentos que lhe adviriam talvez, se conhecessem a balança, onde são pesados para serem distribuídos aos homens”.

Não podemos aspirar a glória sem a cruz, tão pouco reclamar de nossas cruzes e até mesmo fazer comparações dispensáveis.

São exemplos como este de Santa Rosa de Lima, e de outros tantos que a Igreja nos apresenta, que nos incentivam, impulsionam. 

Aprendemos que a glória de amanhã, pressupõe a inevitável cruz de hoje.

Oremos: 

Ó Deus, fortalecei-nos para que carreguemos nossa cruz, e façamos dela um belo instrumento para preparar e semear o chão de nosso coração e de nossa vida, para que a Palavra Divina floresça, frutifique no mais belo jardim divino, como o Primeiro Jardim de nossos pais a ser replantado, tendo como exemplo Santa Rosa de Lima, que possuiu intenso amor por Jesus, e exalou o odor do amor de Vosso Filho, de modo que a todos impressionava e encantava. Amém.

Santa Rosa de Lima e a Paixão pelo Reino (23/08)

Santa Rosa de Lima e a Paixão pelo Reino

Celebra-se no dia 23 de agosto, a Memória de Santa Rosa de Lima, e reflitamos à luz da passagem do Evangelho de Mateus (Mt 13,44-46).

Nesta, Jesus fala do Reino comparando a duas conhecidas Parábolas: a do tesouro escondido que foi encontrado e da pérola de grande valor, que para sua aquisição tudo se vendeu. 

Procura e encontro, venda e compra. Procura inquietante, desapego para o essencial buscado, como escreveu o Apóstolo Paulo em sua Carta aos Filipenses:

“Mas o que era para mim lucro tive-o como perda, por amor de Cristo. Mais ainda: tudo considero perda, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, Por Ele, perdi tudo e tudo tenho como esterco, para ganhar a Cristo e ser achado n’Ele, não tendo como minha justiça, aquela que vem da Lei, mas aquela pela fé em Cristo, aquela que vem de Deus e se apoia na fé” (Fl 3, 8-9).

O Missal Cotidiano assim afirma:

“O Evangelho é uma alegre mensagem, não um anúncio fúnebre! Jesus quer enriquecer-nos de bens superiores, e por isso, nos pede renunciar aos bens inferiores. É uma renúncia, mas àquilo que não merece ser supervalorizado, porque transitório. Renúncia, positivamente calculada, capacidade de aquisição. É preferir o mais, o melhor, é dar tudo pelo ‘tudo’, eis porque é ‘alegria’. Tesouro, pérola preciosíssima é a Palavra de Cristo, o Reino, o próprio Cristo. Dar tudo por Ele é ‘lucro’”.

Se o Reino de Deus for tudo para mim, se Deus for tudo para mim, procura, renúncia, desapegos, uma hierarquia onde os bens espirituais e eternos se sobreponham serão necessários e notáveis na minha vida, em todo meu existir.

Reflitamos:

-  O que motiva minha vida?
-  Quais são minhas riquezas?
-  Quais são os valores maiores que norteiam meus pensamentos e decisões?

-  Deus é, de fato, meu “Tudo”? 
-   Por Ele a tudo sou capaz de renunciar, em incondicional amor e fidelidade?

Aprendamos com Santa Rosa de Lima que, a exemplo de muitos, encontrou no Senhor, em Sua Palavra e na Boa-Nova do Reino a sua mais preciosa riqueza, sua pérola e seu tesouro. 

Os inseparáveis amores: Amor a Deus e ao próximo (22/08)

                                                       

Os inseparáveis amores: Amor a Deus e ao próximo

O Mandamento do Amor é a essência da vida cristã

Na Liturgia da Sexta-feira da 20ª Semana do Tempo Comum ouvimos a passagem do Evangelho de São Mateus (Mt 22,34-40), e refletimos sobre a inseparabilidade do amor a Deus e ao próximo, que são os maiores Mandamentos da Lei Divina.

Amor que está no centro da experiência cristã, pois Deus espera que cada coração humano esteja submergido no Seu Amor.  Imersão no Amor de Deus para transbordar, comunicar o amor ao próximo: eis o sentido do existir e do ser cristão em todo tempo.

É oportuno que voltemos a passagem do Livro do Êxodo (Ex 22,20-26), que nos remete ao “Código da Aliança”, que se trata de um conjunto de prescrições, soluções, disposições justas, sãs e sólidas que norteiam, orientam a conduta humana nas mais diversas situações.

Esta passagem é como um extrato deste Código: a defesa do pobre e da viúva (desprotegidos); a acolhida do estrangeiro (desenraizado); a defesa do pobre (carente e em extrema necessidade).

Somente a defesa destes é que manterá viva a Aliança de Deus com a humanidade. A dura experiência vivida no exílio leva ao aprendizado e a compromissos renovados, para que a vida e a liberdade sejam resplandecentes em cada amanhecer.

É preciso ver no rosto do pobre, do órfão, da viúva e do estrangeiro, o rosto de Deus.

Reflitamos:

- Onde estão eles em nossas comunidades?
- Como os amamos e os defendemos?

- Quais os espaços que ocupam em nossas preocupações, organizações e pastorais?
- Como não compactuar com situações que favoreçam o roubo da vida e da dignidade dos pobres?

Mais uma vez Jesus enfrenta os líderes religiosos de Seu tempo. Após as questões polêmicas do tributo a César e da Ressurreição (não acreditada pelos Saduceus), Jesus é interrogado sobre qual é o maior Mandamento.

Consideremos que os fariseus conservavam 613 mandamentos (sendo 365 proibições e 248 prescrições). Um verdadeiro emaranhado de preceitos e prescrições. 

Evidentemente, os pobres estavam impossibilitados deste conhecimento, e, pelos fariseus, eram considerados impuros e distantes de Deus.

A resposta de Jesus unifica e equipara os dois Mandamentos: “’Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda tua alma e de todo o teu entendimento!’ Esse é o maior Mandamento.

O segundo é semelhante a esse: ‘Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’”. Com isto podemos afirmar que toda revelação de Deus se resume no amor: amor a Deus e ao próximo. A Lei e os Profetas são desdobramentos destes dois Mandamentos.

O Mandamento do Amor é o resumo de toda Lei, pois a vida cristã consistirá em viver o amor Trinitário, do Pai que nos ama, por meio do Seu Filho em comunhão com o Santo Espírito.

Tudo que Deus faz é simplesmente por amor, e esta é essencialmente a marca de Seu agir. Assim, tudo quanto fizermos, tanto os gestos mais grandiosos de fidelidade quanto os menores, se ausente o amor, perdem sua consistência.

Amando a Deus escutaremos Sua palavra e haveremos de nos empenhar no cumprir da vontade divina. No amor aos irmãos, haveremos de nos solidarizar com todos os que encontrarmos pelo caminho. O amor, a solidariedade, o serviço, a partilha, o dom da vida em favor do outro nos fazem adoradores de Deus, de fato.

Evidentemente, na vivência do Amor a Deus e ao próximo, Jesus fez cair as máscaras da hipocrisia de Seus opositores, que conhecedores da Lei, do Mandamento divino, mas tão apenas conhecedores, pois não os colocavam em prática, como Ele o fez em relação aos pequeninos, aos pobres, aos enfermos, aos marginalizados. Bem sabemos que este Amor que ama até o fim incomodou aqueles bem estabelecidos, porque com os preferidos de Deus jamais comprometidos.

O Missal Dominical nos enriquece com esta reflexão:

“O Mistério de Cristo, no seu todo, é vivido na Igreja, no conjunto de seus membros em todos os séculos.

O contemplativo serve aos homens servindo a Deus; o ativo serve a Deus servindo aos homens...

O Santo Cura D’Ars suspirava por um convento e pela solidão, enquanto se dedicava inteiramente aos homens; e os conventos deram à Igreja grandes Papas, Bispos, Reformadores e Missionários, que passaram da contemplação e da solidão à ação mais perseverante e ininterrupta”.

Na verdade, os dois Mandamentos são o resumo de toda a Bíblia: que a vontade de Deus seja feita, numa entrega quotidiana de amor em favor do Reino, fazendo da vida um dom total de si mesmo, como Jesus o fez - o Missionário amado pelo Pai, na força do Espírito, o Amor que nos acompanha em todo momento. 

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Mãe, Rainha e Mestra, contigo aprendemos...(22/08)

                                                   

Mãe, Rainha e Mestra, contigo aprendemos...

 “Ó Maria, aurora de um mundo novo, vem
nos ensinar a acolher, a celebrar e a testemunhar!”

Contigo, ó Maria, o aprendizado é eterno e inesgotável; há sempre algo a ser reaprendido, uma vez que algumas coisas são passíveis de mudança, carregando em si o germe da superação, adaptação, atualização…

Não há ninguém melhor do que tu, ó Maria, para nos ensinar, porque não apenas falaste, mas praticaste o que ensinaste! E és Mãe e Mestra, porque soubeste, antes, ser discípula do Senhor.

Maria, contigo aprendemos o que ainda não conhecemos para que melhores e mais fiéis à Palavra do Teu Filho sejamos.

Maria, contigo reaprendamos o que, eventualmente, possamos ter escondido, ou condenado à inatividade, ao esquecimento, às cavernas escuras que carregamos.

Maria, contigo reaprendemos as belas lições que nos acompanham por toda a vida, e outras que só descobriremos na glória do céu, se merecermos a tua face contemplar.

Contigo, reaprendamos a contemplar os lírios do campo e os pássaros; aprendamos a vida simples e a confiança na providência divina, como aprendeste com o Mestre e Salvador, teu Filho.

Contigo, reaprendamos a olhar as crianças para vivermos a  simplicidade, a pureza, a confiança, a sinceridade dos sentimentos que tinhas em teu Imaculado Coração.

Contigo, reaprendamos a sonhar, a romper a barreira do que é aparentemente impossível, renovando a energia e a vitalidade, num incansável se consumir, com renovados e sagrados compromissos.

Contigo, ó Maria, renovamos nosso olhar para com os mais vividos e aprendemos a valorizar suas histórias, sem imputar-lhes censuras, mas com a paciência necessária, ouvindo e acolhendo o que faz sentido para repensar o nosso existir.

Ó Maria, contigo aprendemos que cabelos brancos não vieram por acaso, são da ousadia de ter vivido, com a morte e o fim se defrontado, incansavelmente; e assim, aprender com as histórias, com seus erros e acertos.

Contigo, poetisa de Deus, reaprendemos a sonhar, reencantar, nas entrelinhas das palavras, beleza diferente saborear.

Ó Maria, reaprendemos com o teu olhar que a frieza e a dureza de uma pedra podem ser a consistência e a firmeza que tanto buscamos.

Contigo reaprendem os místicos, que se elevam com a fumaça do incenso, saindo da mesmice do cotidiano, fazendo subida e mergulho no Mistério do Absoluto.

Ó Maria, contigo reaprendemos que a vida é muito mais que a materialidade vista.

Contigo reaprendemos sobre naturalidade da vida, em sadia espiritualidade, no encontro com o Absoluto – Deus.

Ó Maria, contigo reaprendemos os princípios fundamentais da existência: amor, verdade, justiça e liberdade.

Contigo, Ó Mãe e Rainha, aprendemos a colocar a vontade divina acima de tudo, para que melhor saibamos crescer e dominar o universo, sem o imperdoável esgotamento de suas riquezas; reaprendemos que dominar o planeta, o universo não é sinônimo de prepotência, uso inconsequente das riquezas que em nossas mãos foram colocadas.

Contigo, Ó Mãe e Rainha da Paz, aprendemos que a humanidade deve pôr fim às guerras, para que não aconteça o inverso.

Ó Mãe da Sabedoria, nos ensine a linguagem do Espírito, que é a linguagem do amor,  que une povos e nações.

Ó Mãe da Sabedoria, que sabes falar as línguas de todos os povos, mais que reaprender regras ortográficas anunciadas, possamos aprender a verdadeira e indispensável comunicação que é a relação pessoal, diálogo, conversas edificantes.

Contigo, Ó Rainha e Cantora da esperança dos pobres, reaprendamos com os utópicos e militantes que não se curvam à ditadura, que outro mundo é possível.

Contigo, Ó Mãe da Humanidade, tomemos consciência de que a inevitável globalização tem seus aspectos positivos, (comunicação, locomoção, maiores acessos em todos os sentidos, agilidade, mais informações, a informatização, a virtualidade etc.), mas que há ainda algo que contigo podemos aprender: globalizar as possibilidades, superar disparidades e desigualdades, globalizar a solidariedade.

Finalmente, ó Rainha, Mãe e Mestra, nos ensine a aprender com os recuos das ondas, que fazem de cada recuo um ponto para um novo avanço, uma nova etapa.

Ó, como é bom aprender contigo, Mãe, Rainha e Mestra!

Renovemos nossa esperança e confiança no Senhor(22/08)

                                                              

Renovemos nossa esperança e confiança no Senhor
 
Celebrando a Memória de Nossa Senhora Rainha, ouvimos a passagem do Livro do Profeta Isaías (Is 9,1-6).
 
Este trecho é uma pequena suma teológica, como lemos no Comentário do Missal Dominical:
 
“Depois de ter evocado a triste situação do povo no exílio (v.1a), o profeta apresenta a salvação em seu aspecto de luz (v.1; Jo 8,12). De alegria (v 2; Lc 2,9-10) de libertação (v.4; Cl 1,12-14; At 26,18) e completa o seu cântico com a descrição do libertador (vv.5-6)”. (1)
 
Refletimos sobre a alegria no meio das trevas de um povo deportado: o Nascimento de um Menino com títulos ilustres; promessa de um futuro de paz, de justiça e direito para todos.
 
As maravilhas realizadas pelo Senhor do Universo com todas as virtudes dos heróis de Israel, tem a Sabedoria de Salomão; a coragem de Davi; a piedade de Moisés e dos Patriarcas. Ele é o verdadeiro Emanuel (Is 7,14; Gn 3,15; 49,10; Mq 5,1-3; Zc 9,9; 2 Sm 7,12-16).
 
Vivendo também tempos difíceis e desafiadores para a fé que professamos, no Senhor, nossa confiança e esperança
são sempre renovadas,
de modo que iluminados pela Divina Luz,
somos enviados para comunicar a Sua Divina Luz
no mundo.
Amém.
 
(1) 
Missal Dominical – Editora Paulus – pág. 87

“Maria, aurora de um mundo novo”(22/08)

                                                      

“Maria, aurora de um mundo novo

“Ó Maria, aurora de um mundo novo, vem
nos ensinar a acolher, a celebrar e a testemunhar!”

Celebraremos, no dia 22 de agosto, a Memória de Nossa Senhora Rainha, oito dias após a Celebração de sua Assunção aos céus, de corpo e alma, numa estreita ligação entre a Assunção e a glorificação de Nossa Senhora:

“A realeza messiânica é o estado a que são destinados todos os cristãos. Maria foi a primeira a realizar em si a promessa de Jesus: ‘Comereis e bebereis à minha mesa no meu reino e sentar-vos-eis em tronos para julgar as doze tribos de Israel (Lc 22,28-30)'”. (1)

Maria, Mãe e Rainha, é a aurora de um mundo novo, e nos ensina a acolher:

- em nosso coração, cotidianamente, a semente do Verbo;
- os Mistérios e desígnios de Deus sem mesmo os compreender;

- as alegrias e também as tristezas que fazem parte da vida;
- a vida desde sua concepção até seu declínio natural;

- o irmão e a irmã da comunidade, para além das diferenças que nos marcam;
- as diferenças culturais que entre nós possam existir;

- as cruzes que forem transpassadas em nossa alma, como bem soube acolher;
- as dores da Sexta-Feira Santa, a escuridão que separou a acolhida do Mistério da Alegria na madrugada da  Ressurreição.

Maria, Mãe e Rainha,  é a Aurora de um mundo novo, e nos ensina a Celebrar:

- a tradição do povo na apresentação do Senhor;

- a Páscoa, não mais a Páscoa do Egito, mas a Páscoa do seu Filho;
- as vitórias e também as inevitáveis aparentes derrotas, pois no seu Filho e com Ele somos mais que vencedores;

- a dureza da caminhada, as pedras e espinhos dos caminhos, que entre rosas vamos colhendo, aceitando com agradecimento;

- a fé no presente, ancorados pela esperança, para que esta mesma num futuro se concretize, incansáveis mergulhos no escuro, para emergir na claridade de sua luz.

Maria, Mãe e Rainha, é a Aurora de um mundo novo, e nos ensina a testemunhar:

- com a palavra e a vida a fé que em seu Filho professamos;
- que a Vida venceu a Morte;

- que seu Filho tendo nos amado, nos amou até o fim, e a mesma coisa devemos fazer;
- que o Reino por seu filho inaugurado ao mundo deve ser anunciado;

- com coragem como ela fez, uma mulher pura, guerreira, lutadora e fiel;
- que somente o bem poderá vencer todo mal;

- que temos em nós a morada preciosa de seu Filho, porque como templos do Espírito, somos portadores de inalienável sacralidade;

- que foi para a liberdade que seu Filho por nós a Vida entregou, para que em Seu Espírito a liberdade plena e divina todos os dias vivenciar;

- que seu Filho é a Verdade que nos liberta e nos faz verdadeiramente livres;
- que com seu Filho seguimos e não andamos nas trevas, mas temos a luz da vida.

- que vivendo e acreditando em seu Filho, alcançaremos a Vida Eterna;
- que na provisoriedade do Banquete Sagrado, participa conosco e aponta para o Banquete da Eternidade.

Recorramos sempre a Maria, aurora de um mundo novo. Ela mãe e mestra, em cujo coração as virtudes em beleza se rivalizam, sempre algo novo a nos dizer terá, sempre algo novo em nosso coração colocará, Ela que está sentada à direita do Filho, Ela que é nossa Mãe e Rainha. Amém.


(1) Missal Cotidiano – Ed. Paulus p. 1718

sábado, 14 de maio de 2011

Caminhos novos... Por que não buscá-los?

Caminhos novos... 
Por que não buscá-los?
Sol ilumina, aquece e renasce sempre.
Sol poente indispensável para sol nascente.
Se há outras possibilidades, busquemos...
Novo dia, novo amanhecer...
Novo endereço, nova possibilidade
Luz levar, alegria semear...
Com o blog a espiritualidade renovar...

Quem sou eu

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG