Fidelidade plena, autêntica e incondicional ao Senhor
O Livro do
Apocalipse (capítulos 2 e 3) nos apresenta a carta dirigida às sete Igrejas:
Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia, Laodiceia, com
inesgotáveis mensagens para nossas comunidades em todo o tempo:
1 – Não bastam
ideias concretas e belos discursos, antes é preciso que não se abandone o
primeiro amor, e tão somente Jesus é o Senhor, de tal modo, tudo pode ser
suportado sem fadiga pelo nome do Senhor: urge não abandonar o amor dos primeiros
tempos;
2 – A
fidelidade, generosidade, paciência e persistência serão autênticas, se não
cederem à idolatria, permitindo que algo ocupe o lugar do Senhor;
3 – Nossas
comunidades devem ser espaços da humildade e modéstia, mas a vigilância da
conduta deve estar sempre presente, a fim de que sejamos todos fiéis até à
morte e mereçamos receber do Senhor a coroa da vida;
4 – As
comunidades não podem ser aparentemente vivas, mas devem manter todo o zelo para
que não sejam “moribundas”, mortas, sem sagrados compromissos com o Senhor, Sua
Pessoa, Palavra e Projeto até o fim, com sagrados compromissos com o Reino de
Deus;
5 – Devem ser
vigilantes contra toda autossuficiência, a fim de que mantenha o ardor da missão,
e não sendo nem fria e quente venha numa aparência de vida, em atitude de
servilismo mas com a traição da caridade, com aparência de possuir vida; pois
seremos a Igreja do Senhor na medida em que cada membro seu viver a caridade,
no que consiste a essência do ser cristão;
6 – Comunidades
como espaço em que todos devem fazer progressos contínuos no caminho de conversão
e santidade, por isso devem ser espaços em que todos se ajudam e se educam na
correção fraterna, quando necessária, pois é próprio de quem ama querer o bem
dos que lhes foram confiados;
7 –
Consequentemente, as comunidades se alimentam e vivem da Palavra que é Pão, e
da Eucaristia, Pão de Eternidade, remédio de imortalidade, antídoto para não
morrer (Santo Inácio de Antioquia), pois nela, na Eucaristia, nossos pecados
são destruídos, crescem as virtudes e nossa alma é plenamente saciada de todos
os dons espirituais (Santo Tomás de Aquino).
Sobretudo quando vamos caminhando para o
término de mais um ano Litúrgico, coroado com a Solenidade de Nosso Senhor
Jesus Cristo, Rei do Universo, estas marcas da comunidade são oportunas e
necessárias em nossas avaliações pastorais, planejamentos, para que cada vez
mais, como Igreja Sinodal, Povo de Deus que caminha juntos, na fidelidade ao
Senhor, com a força do Espírito, na comunhão participação e missão.
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