Joelhos
dobrados diante de Deus
Retomo
duas citações do Missal Cotidiano, ao ouvirmos as passagens da Carta de São
Paulo aos Romanos (Rm 8,12-17) e do Evangelho de Lucas (Lc 13,10-17), na
Liturgia da segunda-feira da 30ª Semana do Tempo Comum:
- “Só
de joelhos diante de Deus, definido pela Bíblia como Amor, pode-se entender
alguma coisa.” (1)
- “Se,
porém, Deus é amor, obedeceremos a um contínuo impulso para inventar, para
sempre ser ‘novos’ com Ele e com os irmãos.” (2)
Quando
nos curvamos diante de Deus, dobrando joelhos, reconhecemos nossa finitude
diante do infinito; assumimos os limites de nossa condição diante d’Aquele que
não conhece limite, pois ultrapassa nossa humana concepção, porque onipotente.
Tomamos
consciência de nossa miséria diante da misericórdia; reconhecemos que nada
somos, podemos e temos, não fosse a onipotência da misericórdia de Deus, que
vem em socorro de nossas fraquezas – “Por
isto, me comprazo nas fraquezas, nas angústias, por causa de Cristo. Pois,
quando sou fraco, então é que sou forte.” (2 Cor 12,10).
Joelhos
dobrados diante de Deus e Sua infinita Misericórdia, na fidelidade a Jesus
Cristo, que nos revelou o Seu divino rosto em Sua humanidade, tornamo-nos uma
nova criatura, não mais para viver segundo a carne, mas segundo o Espírito,
porque tão somente a Trindade em nós agindo nos renova, recria, e mergulhados
neste imenso, inesgotável, infinito Mistério de amor e comunhão, seguimos em
frente.
Realidades
aparentemente intransponíveis são superadas. Caminhos tortuosos dos pecados capitais (soberba, avareza, luxúria, ira,
gula, inveja e preguiça) são aplainados, e trilhamos por novas veredas,
onde florescem as flores pascais do amor, da verdade, justiça, vida, luz e paz,
sinais do Reino de Deus entre nós.
Dobremos nossos joelhos diante de Deus enquanto é tempo, para
que o Seu Amor aja em nós, fecundando nosso coração para a acolhida das
sementes e germes de vida plena e feliz e eterna. Amém.
(1) Missal Cotidiano –
Editora Paulus – p.1424
(2)Idem
– p.1427
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