quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Em poucas palavras...

                       



                              Jesus, o modelo das Bem-Aventuranças

“O Verbo fez-Se carne, para ser o nosso modelo de santidade: «Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim [...]» (Mt 11, 29). «Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim» (Jo 14, 6).

E o Pai, na montanha da Transfiguração, ordena: «Escutai-o» (Mc 9, 7; Dt 6,4-5). De fato, Ele é o modelo das Bem-Aventuranças e a norma da Lei nova: «Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei» (Jo 15, 12). Este amor implica a oferta efetiva de nós mesmos, no seu seguimento (Mc 8,34).” (1)

 

 

(1)              Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 459

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Discípulos missionários a caminho da glória

                                               

Discípulos missionários a caminho da glória 

A passagem do Evangelho da terça-feira da 2ª semana da Quaresma (Mt 23,1-12) nos apresenta atitudes que devem marcar a vida do Discípulo missionário de Jesus, vivendo a alegria da missão, para que a Igreja viva a sua essência evangelizadora, e sejamos uma Igreja em saída, como tem insistido o Papa Francisco.

Sendo assim, o discípulo de Jesus, carregando a cruz quotidiana rumo à glória eterna:

- Não pode se curvar à hipocrisia;

- Não pode ser ambíguo com dupla moral (fala uma coisa e vive outra);

- deve ter uma profundidade espiritual;

- Não pode viver um moralismo empobrecedor;

- Não pode ser incoerente;

- Jamais nutrir um formalismo religioso (religião separada da vida);

- Não pode ser intolerante com os mais fracos;

- Nem deixar tomar conta do coração o sentimento da vaidade;

- É impensável a desobediência à lei divina;

- Jamais mergulhar no pecado e na infidelidade dos Mandamentos divinos.

 

É próprio do Discípulo de Jesus, a serviço do Reino:

- Amor em tudo e acima de tudo por Deus e ao próximo, inseparavelmente;

- Procurar a perfeita coerência;

- Viver a humildade;

- Dar corajoso testemunho da fé

- Viver a fidelidade à Palavra Divina

- a simplicidade e prudência em tudo;

- Disponibilidade para o serviço;

- Promover sempre o bem comum;

- Irradiar alegria;

- Obedecer à Igreja e seus ensinamentos.

Iluminadoras são as palavras de Santa Teresa de Ávila para o fortalecimento da espiritualidade no seguimento de Jesus: “Amor traz amor”. Quanto mais o Amor de Deus tomar conta da vida do Discípulo, mais amor trará não somente para si, mas para aqueles que consigo vivem. O povo simples diz “quem planta amor, colhe amor...”.

Assim, também, sejamos iluminados pelo conselho de São João da Cruz: “Onde não há amor, põe amor e tirarás amor” .

Urge alargar nossos horizontes da evangelização, encorajando-nos em nossa missão de discípulos missionários do Senhor, seja na Quaresma ou em qualquer outro tempo rumo a vida eterna, trilhando o caminho que passa, necessariamente pela cruz. 


Confessemos os nossos pecados

                                                    

Confessemos os nossos pecados

“O pecado é fratura, divisão, dilaceramento.
Ele pode insinuar-se em nossa vida de fé
e separar a fé da vida”.

Reflexão à luz da passagem do Evangelho de Mateus (Mt 23,1-12), em que somos convidados a refletir sobre nossa conduta, para que tenhamos uma prática religiosa mais sincera e autêntica, revendo nossas atitudes e, sobretudo, reconhecendo nossos pecados.

Mas o que é o pecado?
No comentário do Missal Quotidiano, assim lemos: “O pecado é fratura, divisão, dilaceramento. Ele pode insinuar-se em nossa vida de fé e separar a fé da vida”.

Podemos afirmar que pecado é quando dissociamos o que cremos e ensinamos do que vivemos: quando cresce a distância entre o Evangelho que anunciamos e as linhas da história que escrevemos.

Pecado é a não realização da vontade divina, que encontramos em Sua Palavra, Leis e Mandamentos a serem vividos, expressas no Decálogo, ou nos dois maiores Mandamentos que o Senhor nos deu: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Deste modo, quando o pecado cria raízes em nosso coração, produz frutos que não nos permitem a realização dos desígnios divinos, e de modo especial, a vocação à santidade para a qual nos predestinou. Ao contrário, são produzidos frutos amargos, que roubam a alegria, o gosto e o sentido do existir, a beleza do viver.

Pecado, deste modo, é fratura, divisão e dilaceramento, porque nos fragiliza, cria animosidades, fomenta rivalidades, cega-nos diante de Deus e do outro e do mundo em que vivemos.

Pecados cometidos, sem penitência, conversão, confissão e novos compromissos com a promoção do bem comum, da vida dos empobrecidos, é a perda da graça e do amor, que são derramados abundantemente em nosso coração pelo Espírito Santo.

Urge que reconheçamos nossa condição finita, frágil e pecadora, e de pedirmos a Deus que nos ajude a nos libertarmos das amarras dos pecados.

Reconciliados com Deus e com os irmãos, acolhamos as Palavras do  Apóstolo Paulo em sua Carta: – “Em nome de Cristo, nós vos suplicamosdeixai-vos reconciliar com Deus... Como colaboradores de Cristo, nós vos exortamos a não receberdes em vão a graça de Deus” (2Cor 5,20-6,2).

Reconheçamos nossos pecados e os confessemos diante da misericórdia divina. Porém a confissão de pecados requer sempre novas atitudes, novas posturas, um novo começo, afinal, Deus pode fazer novas todas as coisas.

Coloquemo-nos, portanto, diante da misericórdia de Deus, que veio ao nosso encontro na Pessoa de Jesus, e com Sua Morte e Ressurreição, o Espírito nos foi enviado para o perdão de nossos pecados.

Evidentemente que, amados e perdoados por Deus, novos compromissos com o Reino se renovam em nosso coração, e nos empenhamos por mundo mais justo, fraterno, dando verdadeiro conteúdo à nossa prática religiosa.

Reconheçamos nossos pecados

                                                    

Reconheçamos nossos pecados

“O pecado é fratura, divisão, dilaceramento.
Ele pode insinuar-se em nossa vida de fé
e separar a fé da vida”.

Na segunda terça-feira da Quaresma, ouvimos as seguintes passagens: Is 1, 10.16-20; Sl 49; Mt 23,1-12, em que somos convidados a refletir sobre nossa conduta, para que tenhamos uma prática religiosa mais sincera e autêntica, revendo nossas atitudes e, sobretudo, reconhecendo nossos pecados.

Mas o que é o pecado?
No comentário do Missal Quotidiano, assim lemos: “O pecado é fratura, divisão, dilaceramento. Ele pode insinuar-se em nossa vida de fé e separar a fé da vida”.

À luz das Leituras, podemos dizer que o pecado é quando dissociamos o que cremos e ensinamos do que vivemos: quando cresce a distância entre o Evangelho que anunciamos e as linhas da história que escrevemos, nos mais diversos âmbitos e níveis.

Pecado é a não realização da vontade divina, que encontramos em Sua Palavra, Leis e Mandamentos a serem vividos, expressos no Decálogo, ou nos dois maiores Mandamentos que o Senhor nos deu: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Deste modo, quando o pecado cria raízes em nosso coração, produz frutos que não nos permitem a realização dos desígnios divinos, e de modo especial, a vocação à santidade para a qual nos predestinou. Ao contrário, são produzidos frutos amargos, que roubam a alegria, o gosto e o sentido do existir, a beleza do viver.

Pecado, deste modo, é fratura, divisão e dilaceramento, porque nos fragiliza, cria animosidades, fomenta rivalidades, cega-nos diante de Deus e do outro e do mundo em que vivemos.

Pecados cometidos, sem penitência, conversão, confissão e novos compromissos com a promoção do bem comum, da vida dos empobrecidos (como nos fala o Profeta), é a perda da graça e do amor, que são derramados abundantemente em nosso coração pelo Espírito Santo.

A Quaresma é tempo de reconhecermos nossa condição finita, frágil e pecadora, e de pedirmos a Deus que nos ajude a nos libertarmos das amarras dos pecados.

Tão somente reconciliados com Deus e com os irmãos, não desperdiçaremos este Tempo favorável de nossa salvação, como nos exortou o Apóstolo Paulo em sua Carta: – “Em nome de Cristo, nós vos suplicamosdeixai-vos reconciliar com Deus... Como colaboradores de Cristo, nós vos exortamos a não receberdes em vão a graça de Deus” (2Cor 5,20-6,2).

Reconheçamos nossos pecados e os confessemos diante da misericórdia divina. Porém a confissão de pecados requer sempre novas atitudes, novas posturas, um novo começo, afinal, Deus pode fazer novas todas as coisas.

Coloquemo-nos, portanto, diante da misericórdia de Deus, que veio ao nosso encontro na Pessoa de Jesus, e com Sua Morte e Ressurreição, o Espírito nos foi enviado, para o perdão de nossos pecados.

Evidentemente que, amados e perdoados por Deus, novos compromissos com o Reino se renovam em nosso coração, e nos empenhamos por mundo mais justo, fraterno, dando verdadeiro conteúdo à nossa prática religiosa. 

Quaresma: tempo de nossa purificação

Quaresma: tempo de nossa purificação

Nas Laudes, do primeiro sábado da Quaresma, rezamos estes versículos do Livro do Profeta Isaías: 

"Lavai-vos, purificai-vos. Tirai a maldade de vossas ações de minha frente. Deixai de fazer o mal! Aprendei a fazer o bem! Procurai o direito, corrigi o opressor. Julgai a causa do órfão, defendei a viúva. Vinde, debatamos - diz o Senhor. Ainda que vossos pecados sejam como púrpura, tornar-se-ão brancos como a neve. Se forem vermelhos como o carmesim, tornar-se-ão como lã" (Is 1, 16-18).

Retomando atentamente o versículo 18, veremos que o Profeta nos ensina, a partir de onze verbos, a nos purificarmos de nossos pecados, e deste modo, ainda que sejam como púrpura se tornem brancos como a neve, ou se vermelho como o carmesim, se tornem como lã: 

1 - Lavai-vos.
2 - Purificai-vos.
3 - Tirai a maldade de vossas ações de minha frente.
4 - Deixai de fazer o mal!
5 - Aprendei a fazer o bem!
6 - Procurai o direito.
7 - Corrigi o opressor.
8 - Julgai a causa do órfão.
9 - Defendei a viúva.
10- Vinde.
11 - Debatamos - diz o Senhor.

A vivência intensa da Quaresma requer de nós o reconhecimento de nossa condição pecadora, diante da misericórdia divina: reconhecer nossos pecados e confessá-los, sobretudo no Sacramento da Penitência, como expressão maior desta misericórdia.

Como breve roteiro, ele possa nos ajudar nesta atitude penitencial, para nossa reflexão a fim de vivermos este tempo favorável de reconciliação, graça e salvação, como o Apóstolo Paulo nos exorta em memorável passagem (2 Cor 5,20-6,2). 
 


PS: apropriada para a 2ª terça-feira da Quaresma, quando se proclama na primeira Leitura - Is 1,10.16-20

Em poucas palavras...

                                                 


A participação nas celebrações litúrgicas

“A reforma litúrgica, empenhada em tornar mais ativa e consciente a participação dos cristãos nas celebrações litúrgicas, torna mais difícil o exercício de um culto considerado como um tributo a pagar. A liturgia hoje nos força a ser mais sinceros e autênticos em nossas atitudes religiosas.”  (1)

 

(1) Missal Cotidiano – Editora Paulus – 1998 - pág.207 – comentário sobre a passagem: Is 1,10.16-20

Sem o sacrifício vespertino não haveria a oferenda da manhã!

                                                            


Sem o sacrifício vespertino não haveria a oferenda da manhã! 

Com a Igreja, aprendemos que não há glória sem Cruz, e este Comentário sobre a Paixão de Cristo do Bispo Santo Agostinho, Bispo (séc. V), muito nos ajuda neste tempo quaresmal, em que somos convidados a renovar nossa fidelidade no carregar da cruz, com sacrifícios, renúncias, Oração, jejum e esmola.

“Senhor, eu clamo por vós, socorrei-me sem demora (Sl 140,1). Isto todos nós podemos dizer. Não sou eu que digo, é o Cristo total que diz. Contudo, estas palavras foram ditas especialmente em nome do corpo, porque, quando Cristo estava presente neste mundo, orou como homem; orou ao Pai em nome do Corpo e enquanto orava, gotas de sangue caíram de todo o seu corpo. Assim está escrito no Evangelho: Jesus rezava com mais insistência e seu suor tornou-se como gotas de sangue (Lc 22,44).

Que significa este derramamento de sangue de todo o seu corpo, senão a paixão dos mártires de toda a Igreja? Senhor eu clamo por vós, socorrei-me sem demora. Quando eu grito, escutai minha voz! (Sl 140,1). 

Julgavas ter acabado de vez o teu clamor ao dizer: eu clamo por vós. Clamaste, mas não julgues que já estejas em segurança. Se findou a tribulação, findou também o clamor; mas se a tribulação da Igreja e do Corpo de Cristo continua até o fim dos tempos, não só devemos dizer: eu clamo por vós, socorrei-me sem demora; mas: Quando eu grito, escutai minha voz! Minha Oração suba a Vós como incenso, e minhas mãos como oferta da tarde (Salmo 140,2).

Todo cristão sabe que esta expressão continua a ser atribuída à própria Cabeça. Porque, na verdade, foi ao cair da tarde daquele dia, que o Senhor, voluntariamente, entregou na Cruz Sua vida, para retomá-la em seguida. Também aqui estávamos representados.

Com efeito, o que estava suspenso na Cruz foi o que Ele assumiu na nossa natureza. Como será possível que o Pai rejeitasse e abandonasse algum momento Seu Filho Unigênito, sendo ambos um só Deus?

Contudo, cravando nossa frágil natureza na cruz, onde nosso homem velho, como diz o Apóstolo, foi crucificado com Cristo (Rm 6,6) clamou a voz da nossa humanidade: Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste? (Sl 21,2).

Eis, portanto, o verdadeiro sacrifício vespertino; a Paixão do Senhor, a Cruz do Senhor, a oblação da Vítima Salvadora, o holocausto agradável a Deus. Esse sacrifício vespertino, Ele o converteu, por Sua ressurreição, em oferenda da manhã.

Assim, a Oração que se eleva, com toda pureza, de um coração fiel, é como o incenso que sobe do altar sagrado. Não há aroma mais agradável a Deus: Possam todos os fiéis oferecê-los ao Senhor. 

Por isso, o nosso homem velho – são palavras do Apóstolo – foi crucificado com Cristo, para que seja destruído o corpo do pecado, de maneira a não mais servirmos ao pecado (Rm 6,6).” (1)

Percorrendo o itinerário quaresmal à luz deste Comentário, recoloquemos a vida nos “trilhos da salvação”, com suas renúncias e sacrifícios próprios.


(1) Cf. L. Horas - Vol. II - pp. 149-150

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