sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Minhas reflexões no Youtube

 6



Acesse:

https://www.youtube.com/c/DomOtacilioFerreiradeLacerd d brba 

Oração dos Cristãos Leigos e Leigas

                                                  


Oração dos Cristãos Leigos e Leigas

Senhor Jesus Cristo, Vivo e Ressuscitado, Vós nos apresentastes,  o Sermão da Montanha, como um Projeto de vida plena e feliz a ser vivido na planície, com renúncias necessárias, em total adesão e fidelidade, carregando nossa cruz de cada dia, na prática das bem-aventuranças.

Senhor, que sejamos pobres em espírito, abertos e confiantes na onipotência da Misericórdia do Vosso Pai, para que, como templos do Espírito Santo, irradiemos luminosidade onde vivemos, e como sal da terra, cuidemos do planeta em que habitamos, nossa casa comum.

Que saibamos viver os sins e os nãos, com sabedoria e firmeza, quando formos chamados a dar razão de nossa esperança, no fecundo testemunho da fé, acompanhado de gestos concretos de partilha, comunhão, solidariedade, como sinais do Vosso Reino.

Que saibamos dizer não à cultura do descartável; à globalização da indiferença; à violência de mil rostos; à idolatria do poder e do dinheiro; à busca do sucesso, fama e glória a qualquer preço; ao autoritarismo; à omissão de sagrados compromissos com a dignidade e sacralidade da vida.

Mas, que saibamos dizer sim à beleza da vida; à alegria da evangelização, missão que nos confiastes de ser sal da terra, luz do mundo e fermento na massa; à vida de comunidade; à comunhão com os ministérios ordenados, numa fecunda espiritualidade de comunhão ao Vosso Evangelho; à graça dos Sacramentos; ao amor fraterno; à vocação universal de santidade.

Senhor, nós Vos adoramos e glorificamos, Vós que viveis e reinais com o Pai na mais bela e plena comunhão com o Espírito, por nos  acolher como filhos e filhas pelo batismo, e pedimos que nos acompanheis com Vossa graça, para que Vos seguindo, com o nosso agir, a  verdade, a justiça, o amor e a solidariedade floresçam e se espalhem em nosso mundo

Fazei que compreendamos melhor que a nossa missão é o sair de si, em doação generosa, dando sabor de Deus à vida, dissolvendo silenciosamente em favor da vida plena e feliz e cheia de luz, com um coração sábio para gerar luz, sabedoria, como Vós fizestes, na fidelidade ao Vosso Evangelho, Luz para todos os povos.

Senhor, afastai de nós todo o medo, firmai nossos passos, solidificai nossa fé, esperança e caridade, num vínculo a ser vivido até a glória eterna, unindo-nos aos que nos precederam, e que já se encontram no repouso eterno, contemplando Vossa face luminosa. E por fim, que tenhamos Vossa Mãe como companheira e figura da Igreja. Amém.

Rezando com os Salmos (Sl 9)

 




Em tudo, demos graças a Deus

“–1 Ao maestro do coro. Segundo a melodia ‘Morrer pelo filho’. Salmo de Davi

2 Senhor, de coração Vos darei graças,
as Vossas maravilhas cantarei!
3 Em Vós exultarei de alegria,
cantarei ao Vosso nome, Deus Altíssimo!

4 Voltaram para trás meus inimigos,
perante a Vossa face pereceram;
5 defendestes meu direito e minha causa,
juiz justo assentado em Vosso trono.

6 Repreendestes as nações, e os maus perdestes,
apagastes o seu nome para sempre.
=7 O inimigo se arruinou eternamente,
suas cidades foram todas destruídas,
e até sua lembrança exterminastes.

8 Mas Deus sentou-Se para sempre no Seu trono,
preparou o tribunal do julgamento;
9 julgará o mundo inteiro com justiça,
e as nações há de julgar com equidade.

10 O Senhor é o refúgio do oprimido,
seu abrigo nos momentos de aflição.
11 Quem conhece o Vosso nome, em Vós espera,
porque nunca abandonais quem Vos procura.

12 Cantai hinos ao Senhor Deus de Sião,
celebrai Seus grandes feitos entre os povos!
 –13 Pois não esquece o clamor dos infelizes,
deles Se lembra e pede conta do seu sangue.

=14 Tende pena e compaixão de mim, Senhor!
Vede o mal que os inimigos me fizeram!
E das portas dos abismos retirai-me,
=15 para que eu possa anunciar Vossos louvores
junto às portas da cidade de Sião,
e exultar por Vosso auxílio e salvação!

16 Os maus caíram no buraco que cavaram,
nos próprios laços foram presos os seus pés.
17 O Senhor manifestou Seu julgamento:
ficou preso o pecador em seu pecado.

18 Que tombem no abismo os pecadores
e toda gente que se esquece do Senhor!
19 Mas o pobre não será sempre esquecido,
nem é vã a esperança dos humildes.

20 Senhor, erguei-vos, não se ufanem esses homens!
Perante vós sejam julgados os soberbos!
21 Lançai, Senhor, em cima deles o terror,
e saibam todos que não passam de mortais!”

No primeiro trecho do Salmo (Sl 9), temos uma ação de graças pelo triunfo sobre os inimigos e uma súplica para que Deus extermine os maus que desprezam Sua lei e oprimem os pobres (cf. Bíblia Edição CNBB).

Elevemos a Deus nossa ação de graças pelas vitórias que alcançamos, dia a dia, em meio às provações e adversidades.

Concluímos com as palavras do Apóstolo Paulo na Primeira Carta aos Tessalonicenses:

“Alegrai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo dai graças, porque esta é a vontade Deus, em Cristo Jesus, a vosso respeito. Não apagueis o Espírito, não desprezeis as profecias, mas examinai tudo e guardai o que for bom.” (1 Ts 5,16-19).

Doce e amarga é a Palavra do Senhor

                                                        


Doce e amarga é a Palavra do Senhor

        “Na boca era doce como mel, mas quando o engoli,
meu estômago tornou-se amargo”  (Ap 10,10)

Com a passagem do Livro do Apocalipse (Ap 10, 8-11), refletimos sobre a importância da Palavra de Deus para quem professa a fé.

Além do duplo aspecto (doçura-amargor) que possui, ela deve ser antes interiorizada por quem a acolhe e nela acredita, para viver coerentemente:

“É doce como o mel, porque a Palavra de Deus comunica sentimentos de doçura e de conforto aos homens, mas ao mesmo tempo é muito amargo, porque o seu anúncio pode comportar dificuldades, provas e perseguições” (1)

Este processo tem exigência própria, porque coloca a nu nossa realidade e contradições, e não é como a palavra humana que pode ser combatida, revogada, com possíveis álibis, escapatórias, réplicas, tréplicas, divergências, contraposições, concepções divergentes, ou outras tantas possibilidades.

Acolhê-la implica vencer todo medo de ouvi-La, permitindo que penetre em nossa alma, com suas interpelações de mudança, conversão, redirecionamento de caminhos e propósitos, porque, de fato, a Palavra divina é irrevogável, questionadora, reveladora do mais profundo de cada um de nós.

Não é uma Palavra que anestesia ou legitima nossos caprichos e quereres, pois nem sempre nossa vontade corresponde à vontade divina, assim como nosso tempo, definitivamente, não é o tempo de Deus.

Na impossibilidade de refutá-la ou sufocá-la, ou pelo medo do compromisso, é possível que a esvaziemos de sua força revolucionária, flexibilizando-a e a condicionando aos nossos caprichos, até mesmo para que se torne agradável e aceitável por parte também dos que nos ouvem.

Não nos é dado este direito da parte de Deus, pois a Palavra Divina não se presta a manipulações de quaisquer motivações.

O anúncio da Palavra não se faz para a multiplicação de adeptos e seguidores de si mesmo, mas do Verbo que Se fez Carne e habitou entre nós.

Concluo com as palavras do Missal  Cotidiano:

“Mas se a Palavra de Deus é ‘amarga por vezes, também é cheia de doçura para quem a aceita e se esforça por vivê-la. Garante a liberdade, a segurança, a paz, a salvação; dá-nos a coragem de atualizá-la e transmiti-la aos outros como mais precioso dom”. (2)


(1)         Lecionário Comentado – Editora  Paulus – 2013 – p.834
(2)        Missal Cotidiano Editora Paulus - 1997 – pp.1520-1521)
PS: Livre adaptação do comentário do Missal Cotidiano

Presbíteros testemunhas da mansidão e da doçura

                                                                 


Presbíteros testemunhas da mansidão e da doçura

Ajudai, Senhor, a fim de que todos os presbíteros mantenham a mansidão e a doçura, virtudes tipicamente cristãs, para com todos (cf. Mt 11,29), como assim fizestes para conosco, cansados e abatidos, como ovelhas sem pastor que estávamos.

Concedei-lhes a graça de serem inclinados à mansidão; acompanhado do autodomínio das paixões e desejos, afastando toda e qualquer forma de egoísmo, vivendo a graça do ministério na comunhão e sinodalidade.

Concedei-lhes progredir na paciência, constância e coragem, renúncia e sacrifício, desenvolvendo sentimentos de bondade inaugurando e fortalecendo relações fraternas de comunhão e solidariedade, como assim fizeram os santos no bom combate da fé, sem jamais fomentarem a discórdia, violência, e propagação do ódio e rancor.

Concedei-lhes a doçura que educa para a compreensão, à clemência, à humildade, à plena e contínua comunhão com Deus; assim como a mansidão, como sua mais alta e delicada expressão, porque, esquecendo-se de si mesmos, vivam e trabalhem para os outros. Amém.

 

Fonte: Missal Cotidiano, Editora Paulus, 1997, p.1483 – passagem bíblica: Tt 3,1-7

Perfeitamente unidos aos sofrimentos de Cristo

                                                    

Perfeitamente unidos aos sofrimentos de Cristo

À luz das Cartas escritas pelo Presbítero São João de Ávila (Séc. XVI), reflitamos sobre a vida de Jesus, a fim de esta seja manifestada em nossos corpos.

“’Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação. Ele nos consola em todas as nossas aflições, para que, com a consolação que nós mesmos recebemos de Deus, possamos consolar os que se acham em toda e qualquer aflição. Pois, à medida que os sofrimentos de Cristo crescem para nós, cresce também a nossa consolação por Cristo’ (2Cor 1,3-5).

Estas palavras são do Apóstolo Paulo. Por três vezes foi batido com varas, cinco vezes açoitado, uma vez apedrejado até ser deixado como morto; foi perseguido por todo tipo de gente e atormentado por toda espécie de flagelos e sofrimentos, não uma ou duas vezes, mas, como ele mesmo diz em outro lugar: ‘Somos continuamente entregues à morte, por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossos corpos’ (2Cor 4,1).

Em todas essas tribulações não murmura nem se queixa de Deus, como costumam fazer os fracos; não se entristece, como aqueles que amam a glória e o prazer; não roga a Deus que o livre dos sofrimentos, como os que não o conhecem e, por isso, recusam deles compartilhar; não os julga pouca coisa, como quem não lhes dá valor; mas, pondo de lado toda ignorância e fraqueza, bendiz a Deus no meio destas aflições e agradece a quem lhas dá.

Reconhece nelas não pequena mercê e considera-se feliz por poder sofrer algo, em honra d’Aquele que tantas ignomínias suportou para libertar-nos dos vexames a que estávamos sujeitos pelo pecado. Por Seu Espírito e pela adoção de filhos de Deus, Ele nos cobriu de beleza e de honra, dando-nos também o penhor e a garantia de gozarmos com Ele e por Ele no céu.

Oh! irmãos meus, muito queridos! Abra Deus os vossos olhos para que vejais quanta recompensa existe para nós naquilo que o mundo despreza; quanta honra recebemos ao sermos desonrados por buscarmos a glória de Deus; quanta glória nos está reservada por causa da humilhação presente; como são carinhosos e amigos os braços que Deus nos abre para receber os que foram feridos nos combates por Sua causa; sem dúvida, a doçura desses braços é incomparavelmente maior do que todo o mel que os esforços deste mundo podem dar. E se algum entendimento há em nós, havemos de desejar ardentemente esses braços; pois quem não deseja Aquele que é a plenitude do amor, senão quem não sabe verdadeiramente o que é desejar?

Pois bem, se vos agradam aquelas festas e se as desejais ver e gozar, tende por certo que não há caminho mais seguro do que o sofrimento. É este o caminho por onde passaram Cristo e todos os Seus. Ele o chama caminho estreito, mas é o que conduz diretamente à vida. Ensina-nos também que, se queremos chegar onde ele está, devemos seguir o mesmo caminho que percorreu. Não convém que, tendo o Filho de Deus passado pelo caminho da ignomínia, sigam os filhos dos homens pelo caminho das honras; porque ‘o discípulo não está acima do mestre, nem o servo acima do seu Senhor’ (Mt 10,24).

Queira Deus que neste mundo a nossa alma não encontre outro descanso nem escolha outra vida, que não sejam os sofrimentos da Cruz do Senhor”.

Oportuna esta Carta para nossa meditação, sobretudo quando passarmos por momentos de dificuldades e sofrimento, dos quais ninguém está imune.

É preciso que completemos em nossa carne o que falta à Paixão de Cristo por amor à Sua Igreja, como nos falou o Apóstolo Paulo na Carta aos Colossenses – “Agora me alegro nos sofrimentos suportados por vós. O que falta às tribulações de Cristo, completo na minha carne, por Seu corpo que é a Igreja” (Cl 1,24).

Roguemos a Deus a assistência do Espírito Santo, para que continuemos trilhando nosso caminho, com total fidelidade no carregar da cruz de cada dia, com as renúncias necessárias.

Hospitalidade: expressão de caridade, participação na missão

 


 

Hospitalidade: expressão de caridade, participação na missão

Senhor, como Igreja sinodal que somos, ajudai-nos a viver a hospitalidade como forma de caridade, expressão viva e concreta de nossa fé.

Aquecei nossos corações para que sejamos cooperadores Vossos na verdade, colaborando com os missionários e missionários que anunciam pelo mundo a Verdade do Evangelho.

Concedei-nos colaborar com o apostolado missionário da Vossa Igreja, que tem não apenas necessidade do apoio moral, mas também apoio material e econômico de todos os seus membros.

Saibamos, Senhor, infundir nos católicos, desde a mais tenra idade, um espírito realmente universal e missionário, para favorecer uma adequada coleta de auxílios em favor de todas as missões e segundo a necessidade de cada uma.

Iluminai-nos, com Vosso Espírito, para que compreendamos e creiamos que é obra verdadeiramente divina cooperar na salvação de toda a humanidade. Amém.

 

Fonte: Missal Cotidiano – Comentário da passagem da Terceira Epístola de São João 5-8 – pág. 1496.

Quem sou eu

Minha foto
4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG