sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Hospitalidade: expressão de caridade, participação na missão

 


 

Hospitalidade: expressão de caridade, participação na missão

Senhor, como Igreja sinodal que somos, ajudai-nos a viver a hospitalidade como forma de caridade, expressão viva e concreta de nossa fé.

Aquecei nossos corações para que sejamos cooperadores Vossos na verdade, colaborando com os missionários e missionários que anunciam pelo mundo a Verdade do Evangelho.

Concedei-nos colaborar com o apostolado missionário da Vossa Igreja, que tem não apenas necessidade do apoio moral, mas também apoio material e econômico de todos os seus membros.

Saibamos, Senhor, infundir nos católicos, desde a mais tenra idade, um espírito realmente universal e missionário, para favorecer uma adequada coleta de auxílios em favor de todas as missões e segundo a necessidade de cada uma.

Iluminai-nos, com Vosso Espírito, para que compreendamos e creiamos que é obra verdadeiramente divina cooperar na salvação de toda a humanidade. Amém.

 

Fonte: Missal Cotidiano – Comentário da passagem da Terceira Epístola de São João 5-8 – pág. 1496.

Tão doce, tão amarga é Vossa Palavra, Senhor

                                                     

Tão doce, tão amarga é Vossa Palavra, Senhor

Acordar e Vossa Palavra ouvir, meditar...
Tão doce e amarga ao mesmo tempo:
Doce ao paladar, num primeiro momento,
Amarga ao ser digerida, paradoxalmente.

Doce como mel, Vossa Palavra
Comunica doçura e conforto a quem a ouve,
Mas ao mesmo tempo tão amarga,
Porque exigente a sua prática.

Não meros ouvintes dela haveremos de ser,
Mas fiéis e autênticas testemunhas,
Com maturidade enfrentaremos dificuldades,
Provações, tentações, possíveis perseguições.

Tão doce, tão amarga é Vossa Palavra, Senhor,
Mas é ela quem nos dá sabedoria, que nos acompanha,
Para fidelidade e perseverança comprovadas na agonia,
Testemunho na dor e na alegria, na angústia e na esperança...

Tão doce, tão amarga é Vossa Palavra, Senhor,
Mas é a ela que procuro noite e dia.
Ela me acompanha, ilumina, seduz,
E não permite sombras de omissão e covardia.

Tão doce, tão amarga é Vossa Palavra, Senhor,
Ouvida, meditada, contemplada, rezada,
Em leitura orante deleitosamente saboreada,
Na vida, em gestos pequenos ou grandes, testemunhada.

Tão doce, tão amarga é Vossa Palavra, Senhor.



PS: Passagens bíblicas inspiradoras: Ap  10,8-11; Sl 118; Lc 19,45-48.

Livres para amar e servir o Senhor

                                                              

Livres para amar e servir o Senhor

Senhor, que jamais nos vangloriemos de participar ativamente da Igreja, possuir ministérios ou ter um serviço na comunidade eclesial de que fazemos parte, porque tudo é obra de Tua graça.

Senhor, que jamais, por pertencermos a uma comunidade que professa a fé em Ti, substituamos as relações de serviço por relações de poder, de domínio, de opressão, na busca da promoção pessoal, somada à desvalorização de outras pessoas.

Ensina-nos, Senhor, a viver uma religião autêntica, que consiste em adorar ao Deus vivo e verdadeiro, sem a promoção do culto a si próprio, buscando a satisfação dos próprios interesses, e jamais fazer do Altar um “palco de si mesmo”.

Assim, Senhor, estaremos vigilantes, participando do Teu Reino, numa vida expressa em doação, serviço e entrega por amor, e tão simplesmente por amor a Ti, servindo-Te na pessoa de quem mais precisa. Amém.

Fonte inspiradora: passagem do Evangelho Lucas 19, 45-48

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Em poucas palavras...

 


Jesus, a Misericórdia de Deus para com os pecadores

“O Evangelho é a revelação, em Jesus Cristo, da misericórdia de Deus para com os pecadores (Lc 15). O anjo assim o disse a José: «Pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados» (Mt 1, 21), o mesmo se diga da Eucaristia, sacramento da Redenção: «Isto é o meu sangue, o sangue da Aliança, que vai ser derramado por todos para a remissão dos pecados» (Mt 26, 28).” (1)

 

(1)Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 1846

Em poucas palavras...

                                                                   


Eucaristia e Penitência

“Eucaristia e Penitência. A conversão e a penitência quotidianas têm a sua fonte e alimento na Eucaristia: porque na Eucaristia torna-se presente o sacrifício de Cristo, que nos reconciliou com Deus: pela Eucaristia nutrem-se e fortificam-se os que vivem a vida de Cristo: «ela é o antídoto que nos livra das faltas quotidianas e nos preserva dos pecados mortais» (Concílio de Trento).” (1)

 

(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo  1436

O desafio da Evangelização na rede

                                              

O desafio da Evangelização na rede

Retomo a citação do Papa Bento XVI em que ele ressalta a missão da Igreja que é chamada a “... descobrir, também na cultura digital, símbolos e metamorfoses significativas para as pessoas, que possam ser uma ajuda para falar do Reino de Deus ao homem contemporâneo.”.

Tenho experimentado a força deste espaço... Quanto bem tem levado a muitas pessoas, conhecidas ou não (esta é uma das múltiplas faces da cultura digital, que nos desafia e nos aproxima).

Evidentemente, tanto aqui como no contato pessoal, com pequenos grupos ou grande número de pessoas em Assembleias, a Palavra é a mesma a ser anunciada e deve ser feito sempre com o mesmo amor.

A cultura digital tem seu fascínio, seu encanto, mas não dispensa o contato pessoal. Impressionante a intuição e a coragem do Papa na busca da compreensão da cultura digital, mais ainda a motivação para que não nos furtemos dela, não sejamos omissos. Haveremos de ser criativos e usar os meios lícitos e pertinentes para comunicar a Boa Nova do Evangelho, sem jamais o trair.

Quais símbolos e metamorfoses significativas haveremos de descobrir e utilizar para que cada letra, cada palavra, cada texto postado ou quaisquer outros trabalhos maiores realizados favoreçam a conversão e a transformação das pessoas, como alegre sinal do Reino a ser anunciado e construído?

Como ajudar, através da cultura digital, a realização do homem contemporâneo sem jamais se distanciar da verdade de Jesus Cristo, da Igreja e do homem?

Por isto manifesto mais uma vez meu anseio que o leitor não apenas visite este blog, mas faça dele um momento forte de oração revitalizando-se no essencial de Deus que é o Amor, e assim amar como Ele ama.

O mundo será mais belo se aprendermos a amar como Deus nos ama, sem nenhum acréscimo e nenhuma complicação. Amar na medida do Amor de Deus, se é que podemos falar em medida...

Ter Sal em nós é preciso para dar ao mundo novo sabor. Ser Luz nas mais diversas situações obscuras, nas "cavernas sombrias e escuras" da existência. Não podemos esconder a luz sob a mesa, tão pouco deixar o sal perder seu sabor, há muito Ele nos advertiu. 

Anunciar a Boa Nova do Evangelho é preciso, sobre os telhados, como já anunciara o Senhor.

Reflitamos:

Quais os esforços que realizamos para a compreensão da cultura digital?

De que modo ela com seus símbolos e recursos beirando o infinito podem ajudar a tornar homens e mulheres mais felizes?

Como tornar na cultura digital o Evangelho verdadeiramente uma Boa Nova para homem e mulher contemporâneos?

Alguns princípios não podemos perder de vista, que são acima de tudo pautados no Evangelho e dentre os quais destacamos: amor, verdade, justiça, liberdade, fraternidade, comunhão, respeito, solidariedade, paz, felicidade...

Que a cultura digital não contratestemunhe a própria cultura, que consiste em criar laços de comunhão, no respeito às diferenças, promovendo a realização da pessoa consigo mesma, com o outro e com Deus.

Há um imenso mar a ser descoberto. E, assim é o mar: quanto mais profundo for o mergulho, mais belos e encantadores serão seus mistérios.


PS: Citação extraída da mensagem intitulada “Verdade, anúncio e autenticidade de vida na era digital", do 45º Dia Mundial das Comunicações Sociais (2011)

Sagrados compromissos que brotam da fé

Sagrados compromissos que brotam da fé

Reflexão à luz da passagem do Livro de Tiago (Tg 5,9-12).

Tiago é um sábio judeu-cristão, que repensa, de maneira muito original, as máximas da sabedoria judaica, vividas plenamente nas Palavras e ação do Senhor.

Com os profetas, e também com o Apóstolo São Tiago, no Novo Testamento, vemos que a alegria de Deus não nos dispensa de compromissos, empenhos, embates, passos largos a serem dados em busca de horizontes inéditos, como que reconstruindo o paraíso que foi manchado pelo pecado.

Ele exorta a comunidade a não desistir da espera do Senhor que vem, cultivando a paciência e a confiança, e é preocupado com o abuso da sobreposição da fé às obras, bem como o abuso dos ricos sobre os pobres.

A esperança deve iluminar o coração de todos na comunidade, pois a libertação está para chegar, mas a confiança no Senhor não nos permite o cruzar dos braços.

Esta esperança, acompanhada da paciência e confiança, é que dá coragem na luta, no bom combate da fé, em sua perfeita tradução em obras.

Esperar com confiança, mas sem revolta. Empenhar-se prontamente para o Projeto Libertador de Deus, num frutuoso e autentico apostolado.

Exorta à perseverança, à união e a não perda dos valores cristãos, apresentando para isto a proposta de uma autêntica vida cristã.

Deste modo, o olhar de fé deve ser renovado quotidianamente em cada Banquete da Eucaristia celebrado, a fim de que a alegria e a esperança invadam nosso coração.

Assim vivendo, jamais perderemos os valores cristãos autênticos, até que ocorra a intervenção final de Deus na história.

Vivendo a fé, reconstruímos o paraíso, não como saudade estéril, mas como esperança e confiança frutuosa.

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG