terça-feira, 30 de julho de 2024

Em poucas palavras...

 


Plena confiança na misericórdia divina

“Quando os homens pecam durante muito tempo, rompem os laços de amor e de comunhão, formam-se feridas profundas que não podem cicatrizar-se de repente ou num breve período.

O Senhor faz-Se nosso médico, partilhando nossas dores, chorando e sofrendo conosco, até maturarem dentro de nós os tempos da Salvação.

Quando éramos pecadores, Deus não nos abandonou, pelo contrário, enviou o Seu Filho que padeceu e morreu por nós, para nos reconciliarmos com Ele (cf Rm 5,6-11). Pelas suas Chagas é que fomos curados (1 Pd 2,25).”  (1)

 

(1) Comentário do Lecionário Comentado - Volume I - Tempo Comum Editora Paulus  - pág. 829, sobre a passagem do Livro do Profeta Jeremias (Jr 14,17-22)

 

O Senhor nos explica a Parábola do joio

                                                        

O Senhor nos explica a Parábola do joio

Na terça-feira da 17ª Semana do Tempo Comum, ouvimos a passagem do Evangelho de Mateus (Mt 13,36-43), em que Jesus explica a Parábola do joio e do trigo aos seus discípulos.

Algumas passagens bíblicas, de modo especial os Salmos, parecem oferecer uma concepção de um Deus impaciente, que queima as etapas, em que os apelos à vingança são bastante frequentes (1Rs 18,40; SI 82 e 108).

Mas há outras passagens mais importantes que desmentem essa impressão, e podemos afirmar que a Escritura é o Livro da paciência divina, que sempre adia o castigo do Seu povo (Ex 32,7-14).

Os Profetas falam da cólera de Deus, que não é o último e definitivo momento da manifestação divina: o perdão sempre vence.

A Bíblia nos apresenta Javé, rico em graça e fidelidade, e sempre pronto a retirar Suas ameaças, quando Israel volta novamente ao caminho da conversão (Sb 12,12.16-19).

O Profeta Elias, cheio de zelo, em experiência pessoal, compreende que Deus não está no furacão ou no terremoto; Ele Se apresenta na brisa leve, no sopro do vento mais delicado (1Rs 19,9-13).
No Novo Testamento, os Apóstolos Tiago e João são censurados por causa de seu desejo de fazer cair raios sobre os samaritanos que não acolhem Jesus (Lc 9,51-55; Mt 26,51).

Esta foi a Boa Nova do Reino inaugurada por Jesus, anunciada a todos e, de modo especial para os pecadores, sem exclusão de ninguém no Seu Reino: todos são a ele chamados, todos podem aí entrar.

Em todos os momentos, Jesus encarnou e viveu a paciência divina, e nisto consiste a missão da Igreja, Corpo de Cristo, encarnar entre os homens a paciência de Jesus.

Como Igreja, temos que revelar no mundo a verdadeira face do amor, sem jamais destruir as pontes de comunicação com a força misericordiosa de Deus, como vemos no Evangelho (Mt 13,24-43).

O Missal Dominical nos enriquece com este comentário:

“Na terra, o trigo está sempre misturado com o joio, e a linha de demarcação entre um e outro não passa pelas páginas dos registros paroquiais ou pelas fronteiras dos países; está no coração e na consciência de cada homem. Deve-se sempre recordar que a separação entre os bons e os maus só será feita depois da morte”.

Aprendamos com Deus a viver a divina paciência diante das dificuldades do mundo, com os que pensam e agem diferente de nós.

A divina paciência é alcançada quando nos reconhecemos diante de Deus como frágeis criaturas modeladas pela Mão Divina, e nos configuramos a Jesus Cristo, que Se apresentou a nós manso e humilde de coração.

Cabe a Deus o julgamento final, não nos cabe catalogar as pessoas entre trigo e joio. Ao contrário, é preciso que nosso coração seja entranhado pela misericórdia e paciência divinas, para que sejamos puro trigo de Deus em Sua seara.

Somente a abertura e acolhida do Espírito e a vivência da Palavra, que Jesus nos comunicou, é que nos farão verdadeiramente puros trigos de Deus.



PS: Fonte inspiradora: Missal Dominical – Editora Paulus - pág. 749. 

Deus é misericordioso e paciente conosco

                                                      

Deus é misericordioso e paciente conosco


Como o joio é recolhido e queimado ao fogo,
assim também acontecerá no fim dos tempos”
(Mt 13,40)

Reflitamos sobre a Parábola do joio e do trigo, apresentada por Jesus para nos falar Reino de Deus, na passagem do Evangelho proclamada na terça-feira da 17ª Semana do Tempo Comum (Mt 13,36-43).

A Parábola do joio e do trigo é um apelo à humildade e à misericórdia que se irradia. É um compromisso concreto que assumimos ao celebrar a Eucaristia neste Domingo, dentro e fora da comunidade:

“Se há alguém que errou, que no próximo encontro ele possa ver em nossos olhos que estamos reconciliados com ele, que não o condenamos mais, porque a Palavra de Deus nos fez cair o gadanho da mão.” (1)

Segundo o Bispo Santo Agostinho, “Os maus existem no mundo ou para que se convertam, ou para que por eles, os bons, exercitem a paciência.”

Tomemos consciência de que todos nós somos trigo e joio ao mesmo tempo. Apenas Jesus foi o puro trigo, sem joio algum, ou seja, não conheceu o pecado, ao contrário, o destruiu.

Jesus é o grão que um dia caiu na terra e morreu. Um grão que foi transformado em Pão Eucarístico que vem a nós e Se entrega por nós como Salutar Alimento, para que nos tornemos trigos de Deus.



(1) “O Verbo Se fez Carne” – Pe Raniero Cantalamessa - Editora Ave Maria - 2013 - p. 157

Mais paciência e misericórdia

                                                        

Mais paciência e misericórdia

A Liturgia da Palavra da terça-feira da 17ª Semana do Tempo comum nos convida a refletir sobre a Parábola do joio e do trigo, à luz da passagem do Evangelho de Mateus (Mt 13, 36-43).

A partir da explicação da Parábola feita por Jesus, contemplamos o ser de Deus, que é paciente, cheio de misericórdia, indulgente e clemente.

No Livro da Sabedoria (Sb 12, 13.16-19), um dos livros mais recentes do Antigo Testamento (primeira metade do século I a.C), refletimos sobre a verdadeira Sabedoria de Deus que se manifestou na história de Israel. Somente quem se abrir à ela encontrará a verdadeira felicidade.

A mensagem é de que Deus não quer a morte do pecador, mas que ele se converta e viva, pois a sua lógica, muitas vezes se contrapõe à lógica humana, pois se trata da lógica do perdão e da misericórdia revestida em sinais de paciência, como bem retrata o Salmista: “Ó Senhor Vós sois bom, sois clemente e fiel! (Sl 85).

Deus jamais deseja a destruição do pecador, de modo que a salvação Ele nos oferece como dom, e exige de nós uma resposta, esforço, empenho, compromisso, sinceridade, dedicação.

Nisto consiste a vida segundo o Espírito da qual nos fala o Apóstolo Paulo na Carta aos Romanos (Rm 8,26): um caminho sem nenhuma facilidade, mas com a certeza da verdadeira felicidade que deve ser buscada corretamente.

Somente Deus pode:

- vir a todos a nós com a força de que tanto precisamos, para enfrentar as obscuridades de momentos que possamos passar;
- nos ajudar a interpretar os fatos que nos marcam, e a compreender os desígnios divinos;
- renovar no mais profundo de nós o fascínio pelas coisas divinas, sem jamais perdermos o encanto, a paixão, o enamoramento por Jesus;

Somente a vida segundo o Espírito não nos permitirá sucumbir em ativismos que nos levariam inevitavelmente ao cansaço, ao desencanto e desencontro de múltiplas formas e matizes...

Acolher o Espírito nos fará pacientes como Deus é paciente, conforme veremos na Parábola do joio e do trigo.

Urge que saibamos silenciar para a contemplação da face e do ser divino, que Se manifesta na misericórdia, que faz chover sobre bons e maus.

A Parábola do joio e do trigo exorta-nos à conversão e crescimento espiritual, além de nos questionar, animar, ensinar, fortalecer a fé e nos levar ao mergulho tão necessário dentro de nós mesmos.

Ela é como injeção de ânimo, de esperança e renovação de compromissos com o Reino de Deus.

É preciso tomar cuidado, multiplicando na vigilância, a oração, o diálogo, o silêncio, pois dentro de cada um de nós pode muito bem coexistir uma belíssima plantação de trigo, mas sufocada pela indesejável plantação do joio, sem culpar terceiros.

Sendo assim, expulsemos todo o desânimo, a apatia, a indiferença, os prejulgamentos, os preconceitos. Creiamos na força da Palavra, que acolhida no mais profundo de nós, em chão fértil, frutos abundantes jamais faltarão.

Abandonemos toda a atitude simplista de condenação, porque de joio e de trigo todos temos um pouco. Cuidado haveremos de tomar de não excomungar, excluir, extirpar, eliminar o pecador junto com seu pecado.

Mais paciência e misericórdia (não como sinônimo de conivência), menos julgamento e condenação nos farão comunidades mais pascais, evidentemente zelando pelo amadurecimento e crescimento do testemunho, sem jamais esvaziar e mutilar a Palavra Divina e sem negar e contra-testemunhar a Eucaristia que celebramos - Mistério de Amor e Comunhão. 

Em poucas palavras...

 




“Ao celebrar o sacramento da Penitência...”


Ao celebrar o sacramento da Penitência, o sacerdote exerce o ministério do bom Pastor que procura a ovelha perdida: do bom Samaritano que cura as feridas; do Pai que espera pelo filho pródigo e o acolhe no seu regresso; do justo juiz que não faz acepção de pessoas e cujo juízo é, ao mesmo tempo, justo e misericordioso. Em resumo, o sacerdote é sinal e instrumento do amor misericordioso de Deus para com o pecador.” (1)

 

(1) Catecismo da Igreja Católica – n. 1465

Em poucas palavras...

 


Reconheçamos nossos pecados

“Aprendamos a reconhecer nossos pecados, a confessá-los a Deus que é Pai. Se o nosso coração nos reprovar, ‘Deus é maior do que o nosso coração’ (1 Jo 3,19s)” (1)

 

 

(1) Comentário da passagem do Livro do Profeta Jeremias (Jr 14,17-22) - Missal Cotidiano - Editora Paulus - pág. 1079

Em poucas palavras...

                                               


Eucaristia e comunhão vivida

“Não há limite nem medida para este perdão essencialmente divino (Mt 18,21-22; Lc 17,3-4). Quando se trata de ofensas (de «pecados», segundo Lc 11, 4, ou de «dívidas» segundo Mt 6, 12), de fato nós somos sempre devedores: «Não devais a ninguém coisa alguma, a não ser o amor de uns para com os outros» (Rm 13, 8). A comunhão da Santíssima Trindade é a fonte e o critério da verdade de toda a relação (1 Jo 3,19-24). E é vivida na oração, sobretudo na Eucaristia (Mt 5,23-24): 

«Deus não aceita o sacrifício do dissidente e manda-o retirar-se do altar e reconciliar-se primeiro com o irmão: só com orações pacíficas se podem fazer as pazes com Deus. O maior sacrifício para Deus é a nossa paz, a concórdia fraterna e um povo reunido na unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo» (São Cipriano).” (1)

 

(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 2845

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