segunda-feira, 30 de junho de 2025
Exemplos de coragem e fidelidade ao Senhor
Em poucas palavras...
“O caminho desta perfeição passa pela cruz...”
“O caminho desta perfeição passa pela cruz. Não há santidade sem renúncia e combate espiritual (2 Tm 4). O progresso espiritual implica a ascese e a mortificação, que conduzem gradualmente a viver na paz e na alegria das Bem-Aventuranças:
«Aquele que sobe, nunca mais para de ir de princípio em princípio, por princípios que não têm fim. Aquele que sobe nunca mais deixa de desejar aquilo que já conhece» (São Gregório de Nissa).” (1)
(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n.2015
Em poucas palavras...
“Maranatha”
“Esta petição é o «Maranatha», o clamor do
Espírito e da esposa: «Vem, Senhor Jesus!»:
«Mesmo que esta oração não nos tivesse imposto o dever de pedir a vinda deste Reino, teríamos espontaneamente soltado este grito, com pressa de irmos abraçar o objeto das nossas esperanças.
As almas dos mártires, sob o altar de Deus, invocam o Senhor com grandes gritos: "Até quando, Senhor, até quando tardarás em pedir contas do nosso sangue aos habitantes da terra?" (Ap 6, 10).
Eles devem, com efeito, alcançar
justiça, no fim dos tempos. Apressa, portanto, Senhor, a vinda do Teu Reino!» (Tertuliano).”
(1)
(1)
Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 2817
domingo, 29 de junho de 2025
Pedro e Paulo: as Colunas Mestras da Igreja
Pedro e Paulo: as Colunas Mestras da Igreja
Dia 29 de junho a Igreja celebra, numa só
Festa, duas colunas mestras da Igreja: São Pedro e São Paulo (quando cai no dia da semana, no Brasil, transfere-se
para o domingo seguinte).
Assim falou Santo Agostinho, no século V,
sobre eles: “O martírio dos Santos
Apóstolos Pedro e Paulo consagrou para nós este dia... Estes mártires viram o
que pregaram, seguiram a justiça, proclamaram a verdade, morreram pela
verdade... Num só dia celebramos o martírio dos dois Apóstolos.
Na
realidade, os dois eram como um só. Embora tenham sido martirizados em dias
diferentes, deram o mesmo testemunho. Pedro foi à frente; Paulo o seguiu.
Celebramos o dia festivo consagrado para nós pelo sangue dos Apóstolos.
Amemos
a fé, a vida, os trabalhos, os sofrimentos, os testemunhos e as pregações dos
dois Apóstolos”.
A complementaridade dos dois ”carismas”
continua atual: Pedro, a responsabilidade institucional; Paulo, a criatividade
missionária.
Quando falamos de Pedro, nos lembramos da
instituição e o exercício do poder; da responsabilidade, hierarquia; e quando falamos
de Paulo, nos lembramos da pregação, do carisma, missão, evangelização,
fundação de novas comunidades.
Deste modo, elevemos a Deus orações pelo
nosso querido Papa Leão XIV, que continua a missão a Pedro confiada pelo
Senhor, pois assim nos ensina o Catecismo da Igreja Católica (n. 882):
“O
Papa, Bispo de Roma e sucessor de São Pedro é princípio perpétuo e visível, e
fundamento da unidade que liga, entre si, todos os bispos com a multidão dos
fiéis”.
Que o Espírito de Deus o
conduza e ilumine, pois, como Vigário de Cristo e Pastor de toda a Igreja, o
Pontífice Romano tem sobre a mesma Igreja um poder pleno, supremo e universal;
que pode exercê-lo livremente.
Em poucas palavras...
“O Papa, Bispo de Roma e sucessor de São Pedro, é o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade, quer dos Bispos, quer da multidão dos fiéis'. 'Com efeito, o Pontífice Romano, em virtude de seu múnus de Vigário de Cristo e Pastor de toda a Igreja, possui na Igreja poder pleno, supremo e universal. E ele pode exercer sempre livremente este seu poder’”. (1)
(1)Catecismo da Igreja Católica – n.882
O testemunho de Paulo e o Louvor ao Senhor
O
testemunho de Paulo e o Louvor ao Senhor
“-
Louvor a vós, Senhor Jesus, que falais a nós no rosto de Paulo e nos pedis que
vos sigamos incondicionalmente como ele
vos seguiu!
-
Louvor a vós, Cristo, que procurais cada homem, que viestes a mim nos lugares
de minha vida, como entrastes na vida de Paulo no caminho de Damasco!
-
Louvor a vós, que nos alcançais em nossas estradas, nos tomais convosco e nos enviais
para sermos vossas testemunhas, a tempo e fora do tempo, para todo o ser humano,
até os extremos confins da terra!
Na
comunhão dos Santos, confiamo-nos, pois, à intercessão e à ajuda do Apóstolo das
gentes:
- Roga
por nós, Paulo, para que possamos viver contigo o encontro com Cristo, que muda
o coração e a vida.
-
Ajuda-nos a esvaziar-nos de nós para encher-nos dele, a fim de que, tornados
fortes por seu Espírito, sejamos capazes de crer, de esperar e de amar além de
qualquer prova ou medida de cansaço.
-
Obtém-nos que nos tornemos sempre mais testemunhas humildes e enamoradas daquele
que é a esperança do mundo, em comunhão com toda a Igreja, a serviço de todas
as criaturas.
Cristo
Jesus seja para nós a verdadeira vida, a alegria plena, a fonte de um amor sempre
novo, a luz sem ocaso, no tempo e pela eternidade. Amém. Aleluia!” (1)
(1) Caminhando na fé – Bruno Forte – Arcebispo Metropolitano de
Chieti-Vasto - Retiro espiritual dos Bispos – CNBB – Aparecida – de 3 a 4 de
maio de 2014
Anéis de uma mesma corrente
Celebrando a Solenidade de São Pedro e São Paulo, renovaremos a alegria de nossa pertença à Igreja, pela graça do Batismo, como pedras vivas que somos, como bem escreveu o Apóstolo Pedro:
Apóstolos Pedro e Paulo: Colunas da Igreja
Apóstolos Pedro e Paulo: Colunas da Igreja
Sem paixão não há discipulado
As palavras do Papa Bento XVI, no discurso inaugural da Conferência de Aparecida (2007), ecoam no coração de todo Presbítero e do Povo de Deus: “O discípulo, fundamentado na rocha da Palavra de Deus, sente-se impulsionado a levar a Boa Nova da Salvação a seus irmãos. Discipulado e missão são como os dois lados de uma mesma moeda: quando o discípulo está enamorado de Cristo, não pode deixar de anunciar ao mundo que só Ele Salva (At 4,12). Com o efeito, o discípulo sabe que sem Cristo não há luz, não há esperança, não há amor, não há futuro”. Sem paixão não há discipulado, apostolado, missão, evangelização… Enamorar-se por Cristo é assumir um compromisso irrenunciável com a Boa Nova do Reino por Ele inaugurado. Assim como a morte de Cristo foi um ato extremo de Amor, Seus fiéis seguidores trilharam o mesmo caminho. Enamorados por Cristo, Sacerdote e comunidade, devem cultivar profunda amizade pessoal com Ele, compartilhando os Seus sofrimentos (Fl 2,1-11). Em todo o tempo somos exortados a reler as página da história da nossa Igreja, o testemunho daqueles que professaram a fé em Cristo. Trazemos à memória a maravilhosa declaração de amor do Apóstolo Pedro ao próprio Senhor: “Simão, filho de Jonas, tu me amas mais do que estes?” - “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que Te amo”. Somente após a confirmação do amor é que o Senhor lhe confiou o cuidado do rebanho – “Apascenta minhas ovelhas” (Jo 21,4-23). O Apóstolo Paulo nos dá inúmeras provas de amor por Cristo. Uma das mais expressivas encontramos em Gálatas –“Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. Minha vida presente na carne , vivo-a pela fé no Filho de Deus que me amou e Se entregou a Si mesmo por mim” (Gl 2,20). Para o Apóstolo viver é Cristo e o morrer é lucro (Fl 1,21). Mais adiante declara: “Mas o que era para mim lucro, tive-o como perda, por amor de Cristo. Mais ainda: tudo considero perda, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por Ele, perdi tudo e tudo tenho como esterco, para ganhar a Cristo e ser achado n’Ele…” (Fl 3,7-16). Quando da Solenidade de São Pedro e São Paulo, em um dos seus Sermões, assim nos falou Santo Agostinho (séc. V): “O martírio dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo consagrou para nós este dia (…) Estes mártires viram o que pregaram, seguiram a justiça, proclamaram a verdade, morreram pela verdade (…) Num só dia celebramos o martírio dos dois apóstolos. Na realidade, os dois eram como um só. Embora tinham sido martirizados em dias diferentes, deram o mesmo testemunho. Pedro foi à frente; Paulo o seguiu.Celebramos o dia festivo consagrado para nós pelo sangue dos apóstolos (...) Amemos a fé, a vida, os trabalhos, os sofrimentos, os testemunhos e as pregações destes dois Apóstolos”. De fato, derramaram o sangue por amor a Jesus e sofreram o Martírio: Pedro pela cruz e Paulo decapitado pela espada. Reflitamos: - Como tem sido nosso discipulado?- Quanto estamos verdadeiramente enamorados por Cristo, configurados a Ele, com mesmos sentimentos e pensamentos, como nos propõe o Apóstolo Paulo? Concluindo, somente enamorados por Cristo, seduzidos pela Sua Verdade, é que nos colocaremos intrepidamente no caminho, com Ele que é o próprio Caminho, e teremos Vida plenamente.
Pedro e Paulo, o Amor de Cristo os seduziu
Pedro e Paulo, o Amor de Cristo os seduziu
Celebramos a Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, que viveram total fidelidade e testemunho de Jesus Cristo Vivo e Ressuscitado, e chegaram gloriosamente à pátria celeste: Pedro pela cruz e Paulo pela espada.
Com a passagem da primeira Leitura (At 12,1-11), refletimos sobre a missão e o testemunho do Apóstolo Pedro, e renovamos a certeza de que Deus cuida daqueles que chamou, ama e envia.
Pedro foi chamado por Jesus Cristo e com Ele conviveu, e do Divino Mestre, recebeu todos os ensinamentos, bem como lhe foram confiadas as chaves do Reino dos Céus para ligar e desligar, para conduzir o rebanho do Senhor.
Deste modo, com a passagem, mais que uma descrição histórica, temos uma catequese de como Deus cuida de Sua Igreja, de modo que as portas do inferno não prevalecerão contra ela, como bem foi dito no Evangelho pelo Senhor. É como um selo da autenticidade da missão dos Discípulos Missionários do Senhor.
O caminho feito por Pedro, em muito se assemelha ao d’Aquele pelo qual teve o coração seduzido: Jesus Cristo.
Bem disse o Senhor – “Bem aventurados sois vós quando vos injuriarem, caluniarem, perseguirem e disserem todo nome por causa de mim. Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos céus” (Mt 5,11-12), e ainda: “Não temais pequeno rebanho do meu Pai, porque a vosso Pai agradou dar-vos o Reino” (Lc 12,32).
Os discípulos de Jesus devem testemunhar com sinceridade e coragem os valores que acreditam, contra todas as dificuldades, incompreensões, perseguições e calúnias.
Também contemplamos uma comunidade solidária e solícita na oração; unida na alegria e na dor; na perseguição e na vitória, e vemos como é necessária a Oração da comunidade em favor daqueles que dela cuidam, e hoje de modo especial, elevamos orações pelo nosso Papa Leão XIV, sucessor de Pedro.
A passagem da segunda Leitura (2Tm 4,5-8;17-18), como que um Testamento de Paulo, um discurso final, uma avaliação de todo seu apostolado, é uma luz que se acende para o encorajamento da comunidade, e que será muito propício para o reavivamento de seu ardor evangelizador e ânimo pastoral.
Paulo não conviveu com o Senhor, mas teve aquele encontro com o Ressuscitado que reorientou todo o seu existir. Não propriamente uma conversão, porque ele era zeloso no cumprimento da Lei Divina, mas aquela experiência a caminho de Damasco transformou todos os seus planos e projetos, tornando-o Doutor das Nações, o grande missionário evangelizador em suas impressionantes viagens missionárias.
Ele se apresenta como um “atleta” de Cristo, empenhado no bom combate da fé, suportando o martírio; ora silencioso, ora extremado, culminado em sua morte pela espada.
Na passagem, temos o lamento desiludido de um homem cansado, como é próprio da condição humana. Mas tem algo mais: sabe em quem confiou, sabe que Deus jamais o desamparou. Entenda-se lamento desiludido, não como decepção, mas como a extrema confiança da missão que abraçou e se dedicou.
Assim pode acontecer conosco, podemos até nos decepcionarmos nos espaços internos da Igreja ou fora dela, mas jamais com Deus. E, por isto, jamais desistir da missão.
Se há algo que nos entristeça, há muitíssimo mais que nos alegra. Mistério da Cruz, Mistério Pascal que deve ser vivido com toda fé, esperança e caridade.
Mesmo no cárcere, escrevendo a Timóteo, Paulo encontra palavras de ânimo, de exortação.
Acolhamos estas palavras, sobretudo nos momentos difíceis por que possamos passar, na obscuridade dos fatos, nos quais Deus mais do que nunca Se revela com todo Seu esplendor, com todo Seu amor.
Paulo testemunha de quem confia no Senhor, e nunca se sente só, jamais se sente desamparado. Ele mesmo disse aos Filipenses –“Tudo posso n’Aquele que me fortalece” (Fl 4,13).
Na passagem do Evangelho (Mt 16,13-19), temos a interrogação de Jesus sobre a Sua identidade.
Não se trata de conferir índice de ibope, mas a compreensão da Sua verdadeira identidade para que configure Seus discípulos a Ele.
Que saibam a quem seguem, e a quem vão testemunhar. Respostas superficiais e inconsequentes não agradam o Coração do Senhor. Pedro pela revelação divina dá a verdadeira resposta: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”.
Por isto, assim como negara três vezes na paixão e morte do Redentor, por três vezes teve que responder a inquietante interrogação de Nosso Senhor: “Simão, filho de Jonas, tu me amas mais do que estes?”.
Como já mencionei, a Pedro são confiadas as chaves. Não para ser guardião nas portas dos céus, mas para conduzir, organizar, orientar o rebanho do Senhor a Ele confiado. Esta é a sua missão. Esta é a missão de nosso Papa Leão XIV, por quem não devemos poupar Orações.
Reflitamos:
- Qual é o lugar que Jesus ocupa em nossa existência?
- O que os Apóstolos Pedro e Paulo tem a nos ensinar?
- Por que estamos na Igreja?
- Somos uma comunidade estruturada para amar e servir, como comunidade do Ressuscitado?
- Temos consciência da dimensão profética e missionária da Igreja?
- De que modo procuramos entender e rezar pela missão de nosso Papa?
Empenhemos mais intensamente e apaixonadamente no bom combate da fé, com o coração por Jesus mais que seduzido; e também nos empenhemos para alcançar a merecida Coroa da Glória, para os justos reservada.
Cremos que as duas colunas alcançaram, e nós como pedras vivas da Igreja pelo Batismo, desejemos e façamos por também merecer e alcançar.
Pedro e Paulo: Testemunhas apaixonadas pelo Cristo Jesus!
Pedro e Paulo, exemplos para o nosso discipulado
Reflitamos sobre sobre o amor, a fidelidade, a sabedoria e a paz!
Aprendamos com São Pedro, o Príncipe dos Apóstolos
Aprendamos com São Pedro, o Príncipe dos Apóstolos
“Senhor, eu creio: aumenta a minha fé!
Tu conheces meu coração,
Tu vês o medo, que existe em mim,
de confiar-me perdidamente a Ti.
Tu sabes que o desejo
de governar sozinho a vida
é tão forte em mim,
que muitas vezes faz que eu fuja de Ti!
No entanto, eu creio:
diante de Ti está meu desejo
e minha fraqueza.
Orienta aquele, sustenta esta,
ajudando-me a fazer naufragar em Ti
qualquer sonho meu, esperança e projeto,
para confiar em Ti e não em mim
e nas presumidas evidências
deste mundo que passa.
Faze que eu saiba lutar contigo:
mas não permitas que eu vença!
Senhor de meu medo e da minha espera,
do meu desejo e da minha esperança,
aumenta, peço-te, a minha fé!” Amém.
(1)
Caminhando na fé – Bruno Forte - Arcebispo Metropolitano de Cheti-Vasto - Retiro espiritual para os Bispos – CNBB – Aparecida – 3 a 4 de maio de 2014
Em poucas palavras...
A necessária graça divina em nossas fraquezas
“O Espírito Santo confere a alguns o carisma especial de poderem curar (1Cor 12,9.28.30) para manifestar a força da graça do Ressuscitado. Todavia, nem as orações mais fervorosas obtêm sempre a cura de todas as doenças.
Assim, São Paulo deve aprender do Senhor que «a minha graça te basta: pois na fraqueza é que a minha força atua plenamente» (2 Cor 12, 9), e que os sofrimentos a suportar podem ter como sentido que «eu complete na minha carne o que falta à paixão de Cristo, em benefício do seu corpo, que é a Igreja» (Cl 1, 24).” (1)
(1) Catecismo da Igreja Católica - parágrafo n. 1508













