“SE...”
Reflitamos sobre Deus, à luz do “SE”, conjunção condicional
Com Deus, jamais pudemos, podemos ou poderemos usá-la. Deus, ao contrário, pode dirigir-Se a nós, usando-a quantas vezes quiser.
Jamais digamos a Deus:
“Se o Senhor me conceder tal graça... prometo que...”
“Se Deus não me atendeu, por que continuar a acreditar n’Ele?”
“Se Deus existe por que tanta fome, miséria, doença e injustiça?”
Aqui, poder-se-ia acrescentar inúmeras outras interrogações (nenhuma delas teria sentido).
Não temos de nos relacionar com Deus de forma condicional.
Não podemos amá-Lo sob condição, sob pretexto de algo alcançar.
Como disse São Bernardo: “Amo porque amo, amo para amar”.
Nenhuma atividade em relação a Deus devemos fazê-la sob condição.
Há de ser livre e madura expressão de amor...
De outro lado, Deus pode dizer:
“Se você for fiel a minha Palavra, terá alegria”.
“Se guardardes minha Palavra e minha Palavra permanecer em vós produzireis muitos frutos”.
“Se seguirem meus mandamentos serão um povo feliz”.
“Se prolongarem a Eucaristia em sua vida, se tornarem suas vidas eucaristizadas, vocês tornarão o mundo melhor”.
“Se vocês quiserem caminhar sem a minha presença, nada poderão fazer”.
“Se tiverem fé, poderão remover montanhas”.
“Se Deus não Se revela, não o poderemos encontrar...”.
O “SE” de Deus é infinitamente maior do que nossas eventuais interrogações.
Concluindo, importa amar a Deus sem nenhuma condição; sem nenhuma imposição. Amá-Lo por amor, somente. Amar para amar.
Finalizo citando Santo Anselmo (séc. XII):
“Senhor, ensinai-me a Vos procurar
e mostrai-Vos quando Vos procuro;
não posso procurar-Vos se não me ensinais
nem encontrar-Vos se não Vos mostrais.
procurando Vos deseje,
Amando Vos encontre,
e encontrando Vos ame”.
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