segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Construamos pontes de paz!

                                                          

Construamos pontes de paz!

Os discípulos missionários do Senhor constroem pontes de paz e não muros que criam separações e inimizades, e para isto temos que ter os mesmos pensamentos e sentimentos de Jesus, e com Ele aprendermos sempre, num processo contínuo de conversão.

Jesus é o modelo de Pastor e a responsabilidade no cuidado do rebanho e as contas que teremos de prestar:
“A Igreja no seu conjunto, e em particular os responsáveis, deve prestar contas a Deus de como desempenha a missão recebida d’Ele, tendo diante dos olhos o modelo de Jesus, Bom Pastor”.

O perigo do ativismo e a necessidade de recuperar a serenidade e a força: 
“É útil recordá-lo também aos agentes de pastoral, sempre a correr de uma tarefa para outra, mas também a cada cristão, que precisa muito de se desligar da sua atividade, para recuperar serenidade e força".

O rebanho não é propriedade nossa – devemos cuidar com amor:
“É importante relembrar que o Povo é de Deus, não dos pastores de serviço: Mateus insistirá em dizer que o único Mestre é Cristo (Mt 23,8) e João colocará a ênfase no dever de apascentar as ovelhas do Senhor (Jo 21,15-17)”.

A amizade e intimidade com Jesus e o assimilar de Sua proposta, Seu Evangelho e modo de viver:
“O apostolado não é um ofício entre os outros: nasce da fé e da proximidade constante com o Mestre, do qual se aprendem os conteúdos e o estilo da evangelização; porventura seria mais apta a expressão ‘d’Ele se assimilam’ os conteúdos e o estilo da evangelização.

Para tal assimilação é preciso tempo, calma, descanso ‘sobre o peito’, como disse João (Jo 13,25). Deve também ser repensado o conteúdo na evangelização que não se refere só a conceitos teológicos, mas também à autêntica paixão pelo homem e pelas suas necessidades.”

O cuidado pastoral origina-se na fé e nos coloca em atitude de ida ao encontro do outro:
“O cuidado pastoral nasce da fé, dizia-se, mas também do coração que sabe comover-se e adaptar-se com flexibilidade aos programas, para ir ao encontro das expectativas concretas das pessoas”.

Sejamos fascinados e apaixonados por Cristo e Sua Igreja:
“Deus tomou um coração de carne e utilizou uma linguagem humanamente quente para nos falar de Si mesmo, por vezes acontece que nós esquecemos o nosso coração de carne e assumimos uma linguagem friamente teológica para falar de Deus. E então as pessoas deixam de nos procurar: não nos veem comovidos como Jesus”.

Anunciar e testemunhar a Boa Nova, com palavra e ação:
“A Boa Notícia que se deve anunciar a todos é que a paz já foi assinada por Cristo na Cruz. Mas deve ser ratificada por cada um.”

O discípulo constrói pontes de paz:
“O cuidado pastoral acompanha com generosidade e paciência a ratificação e a realização da paz para todos. Em lugar de construir muros de separação, é-nos pedido que construamos pontes de paz”.

Renovemos a alegria de sermos discípulos missionários do Senhor, e renovemos também a chama batismal, para que possamos no coração do mundo ser um raio de Sua luz, comunicando o gosto e a beleza da vida, pela qual o Senhor Se entregou, morreu e Ressuscitou.

Este é também nosso caminho, este também é o nosso destino: somos Pascais, carregamos em vaso de argila o tesouro do Espírito, como templos divinos. Carregamos a semente da eternidade. Amém!

PS: Citações extraídas do Lecionário Comentado - Volume I Tempo Comum - Editora Paulus - Lisboa - pp. 760-764

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG