domingo, 28 de abril de 2024

Exultemos pela Vitória do Ressuscitado!

                                                  

Exultemos pela Vitória do Ressuscitado!

Sejamos enriquecidos por um dos Sermões do Bispo São Máximo de Turim (Séc.V) que nos remete ao glorioso dia da Ressurreição do Senhor e a tudo quanto ela nos alcançou.

“A Ressurreição de Cristo abre a mansão dos mortos, os neófitos da Igreja renovam a terra e o Espírito Santo abre as portas do céu. A mansão dos mortos aberta devolve seus habitantes, a terra renovada germina os ressuscitados, o céu reaberto recebe os que para ele sobem.

O ladrão sobe ao paraíso, os corpos dos Santos entram na cidade santa, os mortos retornam à região dos vivos. E de certo modo, pela Ressurreição de Cristo, todos os elementos são elevados a uma dignidade mais alta.

A habitação dos mortos restitui ao paraíso os que nela estavam detidos, a terra envia ao céu os que foram nela sepultados, o céu apresenta ao Senhor os que recebe em suas moradas. E por um único e mesmo ato, a Paixão do Salvador retira o ser humano das profundezas, eleva-o da terra e o coloca no alto dos céus.

A Ressurreição de Cristo é vida para os mortos, perdão para os pecadores, glória para os Santos. Por isso, o Santo Profeta convida todas as criaturas para a festa da Ressurreição de Cristo, exultando e se alegrando neste dia que o Senhor fez.

A luz de Cristo é um dia sem noite, um dia sem fim. O Apóstolo nos ensina que este dia é o próprio Cristo, quando afirma: A noite já vai adiantada, o dia vem chegando (Rm 13,12). Ele diz que a noite já vai adiantada e não que ela ainda virá, a fim de compreendermos que a chegada da luz de Cristo afasta as trevas do demônio e dissipa a escuridão do pecado; com seu esplendor eterno ela vence as sombras tenebrosas do passado e impede toda a infiltração dos estímulos pecaminosos.

Este dia é o próprio Cristo. Sobre Ele, o Pai, que é o dia sem princípio, faz resplandecer o sol da Sua divindade. Ele mesmo é o dia que assim fala pela boca de Salomão: Fiz brilhar no céu uma luz que não se apaga (Eclo 24,6 Vulg.).

Assim como a noite não pode absolutamente suceder ao dia celeste, também as trevas dos pecados não podem suceder à justiça de Cristo. O dia celeste brilha eternamente, e nenhuma obscuridade pode ofuscar o fulgor da sua luz. Do mesmo modo, a luz de Cristo resplandece e irradia a Sua claridade, e sombra alguma de pecado poderá ofuscá-la, como diz o Evangelista João: E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la (Jo 1,5).

Portanto, irmãos, todos nós devemos alegrar-nos neste santo dia. Ninguém se exclua desta alegria universal, apesar da consciência de seus pecados; ninguém se afaste das Orações comuns, embora sinta o peso de suas culpas.

Por mais pecador que seja, ninguém deve neste dia desesperar do perdão. Temos a nosso favor um valioso testemunho: se o ladrão arrependido alcançou o paraíso, por que não alcançaria o cristão a graça de ser perdoado?”

Exultemos por aquele glorioso dia, pois desde aquele amanhecer nada mais foi como antes.

Não houvesse o Senhor Ressuscitado:
Teria sido a vitória do mal, da traição, do pecado, da crueldade.
A morte teria decretado para sempre sua vitória.
O Projeto de Salvação pelo qual Jesus deu a Vida,
Imenso e tenebroso fracasso seria.

Não houvesse o Senhor Ressuscitado,
A vida eterna por Ele prometida
Teria sido uma promessa vazia e esquecida.
Vazia seria, como bem falou o Apóstolo Paulo;
Vazia a nossa fé, sem conteúdo nossa pregação.

Não houvesse o Senhor Ressuscitado,
Que solidificação de uma fé comprovada e firme teríamos?
Que esperança renovada, se com Ele juntamente morta?
Que amor a viver, se Ele teve uma vida totalmente doada em vão,
Gosto amargo de decepção quem poderia suportar?

Não houvesse o Senhor Ressuscitado...
Mas, Ele Ressuscitou! Exultemos de Alegria!
A Vida venceu a morte, insisto convicto:
O Amor de Deus falou e fala sempre mais alto!

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG