Chamados pelo Senhor
Na passagem do Evangelho da Liturgia da 2ª sexta-feira do Tempo Comum, vemos Jesus chamando livremente doze discípulos, para viverem em comunidade, com Ele, a fim de prepará-los para constituir o novo Israel, colaboradores de Sua missão (Mc 3,13-19).
Este chamado dos doze é um mistério, porque Jesus chamou livremente quem Ele bem quis, a partir de critérios difíceis de serem humanamente compreendidos.
No Antigo Testamento, o povo de Israel é formado por Deus a partir das doze tribos dos descendentes de Abraão. Com Jesus, a Igreja se constituirá no novo povo de Deus, o povo da Nova Aliança, formado a partir dos doze discípulos escolhidos por Jesus e enviados por Ele, com poder para pregar e, com a Sua autoridade, expulsar todo o tipo de mal.
No seguimento de Jesus Cristo, como discípulos missionários, para cumprir a missão que Ele nos confia, algumas exigências, entre tantas, não podem ser esquecidas:
1. O necessário cultivo da intimidade com Jesus, nutrindo uma amizade que os configura totalmente a Ele.
2. Esta intimidade e amizade devem crescer constantemente no cultivo da meditação, oração, que consiste num diálogo contínuo com Ele; em recolhimentos necessários, silêncios fecundados pela Sua Palavra.
3. O discípulo, mais que alguém que anuncia, é alguém que permitiu que a Palavra do Divino Mestre entranhasse em seu coração, criando raízes, e se torna, portanto, também testemunha pelos frutos, ou seja, pelas obras que devem acompanhar o anúncio.
4. Alimentar-se da Verdadeira Comida e Bebida, no Banquete da Eucaristia, para prolongar na vida o que se celebrou no Altar, evitando quaisquer possibilidades de separação entre o que se celebra e o que se vive, o que se vive e o que se celebra. A Eucaristia é o Alimento indispensável dos discípulos missionários do Senhor, porque, a Eucaristia é de fato o ápice e a fonte de toda a sua vida.
Reflitamos:
- Como vivemos estas exigências?
- Quais outras exigências poderiam ser lembradas?
Supliquemos a força e a luz do Espírito Santo, protagonista principal da Evangelização, para que continuemos em plena fidelidade ao Senhor Jesus, que também nos chamou, e não pelos nossos méritos.
Vivamos incondicional e renovado compromisso com a Boa-Nova do Reino de Deus, do qual somos apenas instrumentos, o que não nos permite fragilização e desânimo, apesar das dificuldades que possamos encontrar pelo caminho.
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