quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Paulo, um apaixonado por Cristo! (Parte II)

                                               

Paulo, um apaixonado por Cristo!                       
Também o sejamos!

O “nascimento” de Paulo para o cristianismo, como testemunha e enviado de Jesus Cristo acontece nas dores do parto da Igreja primitiva, que sai das estruturas e instituições judaicas para se aventurar nas estradas do mundo dos povos.

Paulo não conviveu pessoalmente com Jesus de Nazaré, não participou das Suas idas e vindas missionárias pela Judeia, Galileia e Samaria, não presenciou nenhum milagre realizado por Ele.

Mas, a partir daquela inesquecível interpelação quando se dirigia a Damasco: "Saulo, Saulo, por que me persegues?"... Sentiu-se agarrado por Jesus, a ponto de fazer sua opção radical por Ele: "que queres que eu faça?" (At 9, 4-6).

A experiência de Damasco (cerca de 200 km de Jerusalém) foi decisiva em determinar a direção de seu pensamento.

A sua “conversão” é descrita em Atos 9, 1-30; 22-5-16; 26,9-18.

A graça na teologia paulina: doação, ação, benefícios concedidos em transbordamento; gera e edifica.

Paulo fez uma experiência interna da verdade de Jesus. Ele experimentou dentro dele mesmo, por graça de Deus, que Jesus existia, estava vivo e não era uma fraude. Algo muito forte aconteceu na vida de Paulo naquele momento. Ele sentiu por dentro a presença de Jesus e entregou-se. Não tinha outro jeito. Ali estava Jesus vivo! O Messias vindo de Nazaré, enviando-o a anunciar o Evangelho aos pagãos.

Se o discípulo (a) nasce pelo fascínio do encontro pessoal com Cristo ressuscitado, São Paulo aparece como modelo ímpar de apóstolo no amor e no seguimento de Jesus.

A experiência do encontro pessoal com Cristo tocou fundo a pessoa de Paulo, provocando nele a “conversão” e o compromisso inadiável com o anúncio explícito do Evangelho: "Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho" (1Cor 9, 16).

Desde aquele momento, Paulo pôs todas as suas energias a serviço exclusivo de Jesus Cristo e de Seu Evangelho. Ele se definirá como: "Apóstolo por vocação" (Rm 1, 1; 1Cor 1, 1); "Apóstolo por vontade de Deus" (2Cor 1, 1; Ef 1, 1; Cl 1, 1), um Apóstolo que quer "fazer-se tudo a todos", sem reservas (1Cor 9, 22).

Em sua primeira pregação, encontrou a hostilidade dos judeus, que o perseguiram pelo resto de sua vida; então foi considerado, e o seria a seguir: o grande renegado.

Foi provavelmente depois de sua fuga de Damasco que retornou a Jerusalém pela primeira vez, desde sua partida como perseguidor dos cristãos, e ali encontrou os Apóstolos (Gl 1,18-19).

Paulo o “convertido” torna-se protótipo e pregador da conversão diante dos judeus e dos pagãos. Desse momento em diante, ele passa para o campo dos que são perseguidos e ameaçados de morte por causa da fé em Jesus Cristo.

Nesse contexto se explica a tentativa de linchamento por parte dos judeus no templo de Jerusalém: “É por isso que os judeus me perseguiram e tentaram matar-me” (At 26,21). Paulo, o “perseguidor” dos seguidores de Jesus, se torna o “perseguido” por parte dos judeus. Ele mesmo diz:

“Sou agradecido para com Aquele que me deu força, Cristo Jesus, Nosso Senhor, que me julgou fiel, tomando-me para o Seu serviço, a mim que outrora era blasfemo, perseguidor e insolente. Mas, obtive misericórdia, porque agi por ignorância, na incredulidade. Superabundou, porém, para mim, a graça de Nosso Senhor, com a fé e o amor que há em Cristo Jesus” (1Tm 1,12-14).

Tenhamos também nós a "fineza paulina"
na conquista das almas e dos corações.
Olhemos para Paulo e procuremos reproduzir
em nossa ação evangelizadora o que ele confessa:
"De modo nenhum considero a minha vida 
preciosa para mim mesmo, 
contanto que eu leve a bom termo 
a minha carreira 
e realize o ministério que recebi do Senhor Jesus:
Testemunhar a Boa Nova da graça de Deus"
(At 20,24).

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