Reflexão à luz da passagens bíblicas (1 Jo 3,7-10; Sl 971.7-8.9; Jo 1,35-42), sobre a Pessoa de Jesus, Sua missão e a prática da caridade, que Ele viveu e nos ensinou.
Para que foi enviado o Filho de Deus, cujo nascimento celebramos no dia do Natal do Senhor?
“Jesus é o Filho de Deus enviado para aniquilar as forças mortificantes da dignidade humana. E precisamente nesta dimensão social, a capacidade de ‘tirar o pecado do mundo’ irá demonstrar-se como a capacidade de amar: não é só uma vitória contra o egoísmo individual, mas também contra as apertadas malhas construídas em redor do homem, por quem está interessado na sua ruína”. (1)
Cremos n’Ele e em Seu poder, portanto, temos que amar como Ele nos amou. Neste sentido, o Bispo Santo Agostinho afirmou:
“Somente a caridade permite distinguir os filhos de Deus dos filhos do diabo. Os que possuem a caridade nasceram de Deus, os que não a têm não nasceram de Deus.
É este o grande critério de discernimento. Se tu tivesses tudo, mas te faltasse esta última coisa, de nada te valeria o que tens; se não tens as outras coisas, mas possuis esta, já cumpriste a Lei”.
Isto nos remete às palavras do Apóstolo Paulo, e que poderão nos conduzir ao longo deste ano, a fim de que façamos progressos na prática da caridade, pois isto é o que conta, e nos identifica com nosso Senhor, que amamos, anunciamos e testemunhamos:
- “E, sobretudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição” (Cl 3,14).
- “O amor não faz nenhum mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento perfeito da Lei” (Rm 13,10);
- “Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como um bronze que soa ou um címbalo que retine... O amor jamais passará.” (1 Cor 13,1-8).
Considerando os fatos nos noticiários, que tanto nos entristecem, a estatística da miséria, da desigualdade social, somados a tantos outros acontecimentos, urge que a humanidade reencontre o caminho da prática da caridade, e a cultura do cuidado como o percurso da Paz.
A paz a ser promovida no mundo está sob nossa responsabilidade. E o primeiro passo é o reaprendizado da caridade.
Neste sentido, papel fundamental desempenha a família, com simples palavras e gestos, num aprendizado que se aprofunda, amadurece e perpassará todas as instâncias e âmbitos de decisões que determinam o rumo da história da humanidade.
(1) Lecionário Comentado – Editora Paulus - Lisboa - pág.309
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