quinta-feira, 30 de maio de 2024

Os sentimentos de Maria

                                                    

Os sentimentos de Maria

"Impossível imaginar os sentimentos
de Maria, ao ouvir dos lábios de Pedro, João,
Tiago e restantes Apóstolos as palavras da Última Ceia:
 'Isto é o meu corpo que vai ser entregue por vós'" (Lc 22, 19).

Assim lemos na Carta Encíclica “Ecclesia de Eucharistia”  (Papa São João Paulo II - 2003). 

“Ao longo de toda a sua existência ao lado de Cristo, e não apenas no Calvário, Maria viveu a dimensão sacrificial da Eucaristia. Quando levou o menino Jesus ao templo de Jerusalém, « para O apresentar ao Senhor » (Lc 2, 22), ouviu o velho Simeão anunciar que aquele Menino seria « sinal de contradição » e que uma « espada » havia de trespassar também a alma d'Ela (cf. Lc 2, 34-35).

Assim foi vaticinado o drama do Filho crucificado e de algum modo prefigurado o « stabat Mater » aos pés da Cruz. Preparando-Se dia a dia para o Calvário, Maria vive uma espécie de « Eucaristia antecipada », dir-se-ia uma « comunhão espiritual » de desejo e oferta, que terá o seu cumprimento na união com o Filho durante a Paixão, e manifestar-se-á depois, no período pós-pascal, na sua participação na celebração eucarística, presidida pelos Apóstolos, como « memorial » da Paixão.

Impossível imaginar os sentimentos de Maria, ao ouvir dos lábios de Pedro, João, Tiago e restantes apóstolos as palavras da Última Ceia: « Isto é o meu corpo que vai ser entregue por vós » (Lc 22, 19). Aquele corpo, entregue em sacrifício e presente agora nas espécies sacramentais, era o mesmo corpo concebido no seu ventre!

Receber a Eucaristia devia significar para Maria quase acolher de novo no seu ventre aquele coração que batera em uníssono com o d'Ela e reviver o que tinha pessoalmente experimentado junto da Cruz”. (n.56).

Contemplar as virtudes de Maria: suavidade, ternura, confiança, coragem, doçura...

Em cada Eucaristia celebrada, sintamos a presença maternal de Maria, sempre ressoando suas palavras, desde o primeiro sinal em Caná da Galileia: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5).

Sintamos, também, a presença doce e suave de Maria, na mais perfeita comunhão dos Santos que professamos na fé.

Contemos com a sua proteção, gestos de amor e partilha, como ela tão bem fez, sejam multiplicados.

Salve Rainha, Mãe de Misericórdia...

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG