Bem-Aventuranças vividas, sal da terra e luz do mundo seremos
“Bem-Aventurados
os pobres em espírito...”
No quarto Domingo do Tempo Comum (Ano A), refletimos sobre o caminho
dos discípulos missionários do Senhor, de modo especial contemplado nas
Bem-Aventuranças que Jesus Cristo nos apresenta, no alto da Montanha. Na passagem da primeira Leitura (Sf 2,3;3,12-13), o profeta Sofonias
(séc. VII) denuncia o orgulho e a autossuficiência dos ricos e dos poderosos,
acompanhado do convite ao Povo de Deus, para que se converta à pobreza,
entregando-se nas mãos de Deus, com total confiança, abertura e fidelidade ao
Seu Plano Divino. Na passagem da segunda Leitura (1 Cor 1,26-31), o apóstolo exorta a
comunidade a encontrar em Cristo Crucificado a verdadeira sabedoria, que conduz
à Salvação e à vida plena: “O cristão não tem outra missão senão dar a própria vida, deixá-la
tomar gota a gota, dia a dia, reconhecendo que Cristo é o centro da vida e,
fora do Seu amor, não se pode viver e nada tem valor... Paulo reconhece na
disponibilidade interior de confiança e esperança para o amor de Cristo, a
presença ativa do Cristo Ressuscitado. Ainda hoje, para cada comunidade nossa,
como ontem para a comunidade de Corinto, nada é deveras grave senão perder o
amor (cf.v.30)” (1). Com a passagem do Evangelho de Mateus (Mt 5,1-12a), refletimos sobre as
Bem-Aventuranças a serem vividas como caminho para a felicidade, que é em sua
exata medida, o caminho para a santidade, e tão somente assim, sal da terra e
luz do mundo seremos. Evidentemente,
viver as Bem-Aventuranças, como projeto e desafio permanente, exige que
carreguemos a cruz quotidianamente, com suas necessárias renúncias, o que
somente será possível se crermos piamente que Jesus viveu, morreu e desceu à
mansão dos mortos, mas Ressuscitou triunfalmente ao terceiro dia. Contemplemos as quatro primeiras Bem-Aventuranças, que definem a
atitude fundamental do discípulo missionário de Jesus Cristo: pobre, aflito,
manso e sedento de justiça. As quatro seguintes referem-se à vida de relação com o outro: ser
misericordioso, puro de coração, promotor da paz e testemunha corajosa. Vejamos o que nos diz cada Bem-Aventurança do Sermão da Montanha: 1ª - pobres em espírito: trata-se de uma condição
espiritual e não a pobreza material em si. Na linguagem hebraica pode ser
entendido como devoto, fiel, aquele que coloca a sua confiança em Deus; 2ª - o discípulo é enviado não apenas para levar a Boa Notícia aos
pobres, mas também consolar os aflitos, em situações difíceis, para que
reencontrem a esperança, certos de que Deus intervirá e acabará com os motivos
da aflição; 3ª - o discípulo viverá a mansidão na imitação de Jesus, com domínio
dos instintos, e sabe que, mesmo em situações de oposição, respeita ao outro e
não reage recorrendo a violência. A este é prometida a posse da terra que
consiste na vida eterna no Reino dos céus, a Salvação; 4ª - o discípulo é faminto e sedento de justiça, empenha-se no
cumprimento da Lei de Deus e se compromete em viver conforme a Sua vontade
acima de tudo; e encontrará pleno cumprimento no Banquete Messiânico, que nos
será oferecido na eternidade e que já experimentamos em cada Celebração da
Eucaristia; 5ª - o discípulo se reconhece pecador e tem continuamente a
necessidade da misericórdia divina, e esta acolhida o leva a viver as obras de
misericórdia (corporais e espirituais); 6ª - o discípulo é puro de coração, e entende-se coração como a sede
dos sentimentos e dos desejos, dos pensamentos e das ações. Ser puro de coração
é ser sincero no proceder, que não pensa de um modo e age de outro. Não cultiva
más intenções para com o próximo, e sua pureza diante de Deus não se obtém pela
prática de alguns ritos, mas numa conduta de vida boa, sincera que se
concretiza na prática do bem; 7ª - é promotor da paz em todos os âmbitos (família, comunidade e no
mundo). Empenha-se concretamente no cultivo dos sentimentos de paz em atitudes
de conciliação, compreensão e paciência. Sabe que a paz é dom de Deus, que nos
criou à Sua imagem e semelhança, seremos chamados filhos de Deus, por isto o
compromisso inadiável e irrenunciável na promoção da paz; 8ª - o discípulo pobre em espírito, aflito, com fome e sede justiça
será perseguido. Sabe que encontrará hostilidades, mas tem plena convicção da
presença de Deus, sabe que o Reino e suas Bem-Aventuranças lhe pertencerão. A
perseguição enfrentada é um sinal de que se está ao lado de Cristo, na vivência
de seu batismo e a dimensão profética. Na realização das
atividades pastorais é sempre oportuno rever objetivos e estratégias para
melhor anunciarmos e testemunharmos a Boa-Nova de Jesus Cristo. Conduzidos e
iluminados pelas Bem-Aventuranças, seremos pobres em espírito, com absoluta e
incondicional confiança em Deus; possuiremos a mansidão necessária para
enfrentarmos as situações adversas; viveremos as aflições quotidianas, certos
de que Deus jamais nos desampara, e nos dá Seu consolo, força e proteção. Nossa fome e sede
de justiça serão saciadas, e não nos omitiremos nos sagrados compromissos por
um novo céu e uma nova terra, com relações que expressem maior fraternidade e
comunhão. Viveremos a
misericórdia, expressa na acolhida, no perdão, na solidariedade,
capacitando-nos e nos colocando com alegria como instrumentos da paz, para
sinalizar a presença do Reino em nosso meio. Iluminados por
elas, teremos a pureza de coração e de alma necessária, gerando e formando
Cristo em nós e nos outros, com maturidade e coragem para suportar eventuais
insultos, calúnias, tormentos, perseguições e, até mesmo a morte, se ela se
fizer presente, ainda que indesejável, como assim testemunharam os profetas,
apóstolos, mártires e tantos cristãos, nesta longa história de amor e
fidelidade ao Senhor. Pelas
Bem-Aventuranças iluminados, evangelizaremos com amor, zelo e alegria, com a
presença do Espírito do Senhor que repousa sobre nós (Lc 4,18), firmando nossos
passos com coragem, firmeza, fidelidade, sem vacilar na fé e no testemunho
da esperança, acompanhado da prática do mandamento do Amor a Deus e ao próximo. Sejamos sempre
conduzidos e iluminados pelas Bem-Aventuranças, com a convicção de que seremos
julgados por Deus: “No entardecer de
nossa vida seremos julgados pelo amor” (São João da Cruz). Oremos:
“Bem-Aventurados
os pobres em espírito...”
No quarto Domingo do Tempo Comum (Ano A), refletimos sobre o caminho
dos discípulos missionários do Senhor, de modo especial contemplado nas
Bem-Aventuranças que Jesus Cristo nos apresenta, no alto da Montanha.
Com a passagem do Evangelho de Mateus (Mt 5,1-12a), refletimos sobre as
Bem-Aventuranças a serem vividas como caminho para a felicidade, que é em sua
exata medida, o caminho para a santidade, e tão somente assim, sal da terra e
luz do mundo seremos.
2ª - o discípulo é enviado não apenas para levar a Boa Notícia aos
pobres, mas também consolar os aflitos, em situações difíceis, para que
reencontrem a esperança, certos de que Deus intervirá e acabará com os motivos
da aflição;
3ª - o discípulo viverá a mansidão na imitação de Jesus, com domínio
dos instintos, e sabe que, mesmo em situações de oposição, respeita ao outro e
não reage recorrendo a violência. A este é prometida a posse da terra que
consiste na vida eterna no Reino dos céus, a Salvação;
4ª - o discípulo é faminto e sedento de justiça, empenha-se no
cumprimento da Lei de Deus e se compromete em viver conforme a Sua vontade
acima de tudo; e encontrará pleno cumprimento no Banquete Messiânico, que nos
será oferecido na eternidade e que já experimentamos em cada Celebração da
Eucaristia;
5ª - o discípulo se reconhece pecador e tem continuamente a
necessidade da misericórdia divina, e esta acolhida o leva a viver as obras de
misericórdia (corporais e espirituais);
6ª - o discípulo é puro de coração, e entende-se coração como a sede
dos sentimentos e dos desejos, dos pensamentos e das ações. Ser puro de coração
é ser sincero no proceder, que não pensa de um modo e age de outro. Não cultiva
más intenções para com o próximo, e sua pureza diante de Deus não se obtém pela
prática de alguns ritos, mas numa conduta de vida boa, sincera que se
concretiza na prática do bem;
7ª - é promotor da paz em todos os âmbitos (família, comunidade e no
mundo). Empenha-se concretamente no cultivo dos sentimentos de paz em atitudes
de conciliação, compreensão e paciência. Sabe que a paz é dom de Deus, que nos
criou à Sua imagem e semelhança, seremos chamados filhos de Deus, por isto o
compromisso inadiável e irrenunciável na promoção da paz;
8ª - o discípulo pobre em espírito, aflito, com fome e sede justiça
será perseguido. Sabe que encontrará hostilidades, mas tem plena convicção da
presença de Deus, sabe que o Reino e suas Bem-Aventuranças lhe pertencerão. A
perseguição enfrentada é um sinal de que se está ao lado de Cristo, na vivência
de seu batismo e a dimensão profética.
Na realização das
atividades pastorais é sempre oportuno rever objetivos e estratégias para
melhor anunciarmos e testemunharmos a Boa-Nova de Jesus Cristo.
“Ó Deus, que prometestes aos pobres e aos humildes
as alegrias do Vosso Reino, fazei que a Igreja não se deixe seduzir pelos
poderes do mundo, mas, à semelhança dos pequenos do Evangelho, siga confiante o
Seu Esposo e Senhor, para que possa experimentar a força do Vosso Espírito.
Amém.”
Fonte – dehonianos.org
(1)Missal Cotidiano – Editora Paulus – pág. 1214
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