Aprofundemos sobre o inesgotável Mistério da Eucaristia, à luz das Obras do Presbítero Santo Tomás de Aquino (Séc. XIII).
“O unigênito Filho de Deus, querendo fazer-nos participantes da Sua Divindade, assumiu nossa natureza, para que, feito homem, dos homens fizesse deuses.
Assim, tudo quanto assumiu da nossa natureza humana, empregou-o para nossa salvação. Seu corpo, por exemplo, e o ofereceu a Deus Pai como sacrifício no Altar da Cruz, para nossa reconciliação; Seu sangue, Ele o derramou ao mesmo tempo como preço do nosso resgate e purificação de todos os nossos pecados.
Mas, a fim de que permanecesse para sempre entre nós o memorial de tão imenso benefício, Ele deixou aos fiéis, sob as aparências do pão e do vinho, o Seu Corpo como Alimento e o Seu Sangue como Bebida.
Ó precioso e admirável Banquete, Fonte de salvação e repleto de toda suavidade!
Que há de mais precioso que este Banquete? Nele, já não é mais a carne de novilhos e cabritos que nos é dada a comer, como na antiga Lei, mas é o próprio Cristo, verdadeiro Deus, que Se nos dá em Alimento.
Poderia haver algo de mais admirável que este Sacramento? De fato, nenhum outro Sacramento é mais salutar do que este; nele os pecados são destruídos, crescem as virtudes e a alma é plenamente saciada de todos os dons espirituais.
É oferecido na Igreja pelos vivos e pelos mortos, para que aproveite a todos o que foi instituído para a salvação de todos.
Ninguém seria capaz de expressar a suavidade deste Sacramento; nele se pode saborear a doçura espiritual em sua própria fonte; e torna-se presente a memória daquele imenso e inefável Amor que Cristo demonstrou para conosco em Sua Paixão.
Enfim, para que a imensidade deste amor ficasse mais profundamente gravada nos corações dos fiéis, Cristo instituiu este Sacramento durante a última Ceia, quando, ao celebrar a Páscoa com Seus discípulos, estava prestes a passar deste mundo para o Pai.
A Eucaristia é o memorial perene da Sua Paixão, o cumprimento perfeito das figuras da Antiga Aliança e o maior de todos os milagres que Cristo realizou. É ainda singular conforto que Ele deixou para os que se entristecem com Sua ausência”. (1)
Ó precioso e admirável Banquete de Amor e Eternidade!
Como não mergulhar na profundidade desta afirmação:
“De fato, nenhum outro Sacramento é mais salutar do que este;
nele os pecados são destruídos, crescem as virtudes
e a alma é plenamente saciada de todos os dons espirituais”?
nele os pecados são destruídos, crescem as virtudes
e a alma é plenamente saciada de todos os dons espirituais”?
Ó precioso e admirável Banquete de Amor e Eternidade,
no qual nossos pecados são destruídos,
nova criatura nos tornamos,
porque pelo Sangue somos purificados e redimidos!
Ó precioso e admirável Banquete de Amor e Eternidade,
no qual crescem as virtudes que nos assemelham mais ainda
no qual crescem as virtudes que nos assemelham mais ainda
Àquele que nos criou, Àquele que nos salvou,
Àquele que nos santificou: Trindade Santíssima!
Ó precioso e admirável Banquete de Amor e Eternidade,
no qual nossa alma é plenamente saciada de todos os dons espirituais.
Nada nos falta porque na Eucaristia temos o Todo e o Tudo,
no qual nossa alma é plenamente saciada de todos os dons espirituais.
Nada nos falta porque na Eucaristia temos o Todo e o Tudo,
por isto fonte e ápice de nossa vida.
Ó precioso e admirável Banquete de Amor e Eternidade...
Quem a Deus no coração contempla nada lhe falta:
É plenamente feliz, saciado, divinizado!
Ó precioso e admirável Banquete de Amor e Eternidade!
Exclamemos incansavelmente!
Amém!
(1) Lit. das Horas – Vol.III – pág. 550-551.
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