domingo, 29 de junho de 2025

Apóstolos Pedro e Paulo: Colunas da Igreja

                                              



Apóstolos Pedro e Paulo: Colunas da Igreja 

Sem paixão não há discipulado

As palavras do Papa Bento XVI, no discurso inaugural da Conferência de Aparecida (2007), ecoam no coração de todo Presbítero e do Povo de Deus:
 
“O discípulo, fundamentado na rocha da Palavra de Deus, sente-se impulsionado a levar a Boa Nova da Salvação a seus irmãos. Discipulado e missão são como os dois lados de uma mesma moeda: quando o discípulo está enamorado de Cristo, não pode deixar de anunciar ao mundo que só Ele Salva (At 4,12). Com o efeito, o discípulo sabe que sem Cristo não há luz, não há esperança, não há amor, não há futuro”.
 
Sem paixão não há discipulado, apostolado, missão, evangelização… Enamorar-se por Cristo é assumir um compromisso irrenunciável com a Boa Nova do Reino por Ele inaugurado.
 
Assim como a morte de Cristo foi um ato extremo de Amor, Seus fiéis seguidores trilharam o mesmo caminho.
 
Enamorados por Cristo, Sacerdote e comunidade, devem cultivar profunda amizade pessoal com Ele, compartilhando os Seus sofrimentos (Fl 2,1-11).
 
Em todo o tempo somos exortados a reler as página da história da nossa Igreja, o testemunho daqueles que professaram a fé em Cristo. 
 
 
Trazemos à memória a maravilhosa declaração de amor do Apóstolo Pedro ao próprio Senhor: “Simão, filho de Jonas, tu me amas mais do que estes?” - “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que Te amo”. Somente após a confirmação do amor é que o Senhor lhe confiou o cuidado do rebanho – “Apascenta minhas ovelhas” (Jo 21,4-23).
 
O Apóstolo Paulo nos dá inúmeras provas de amor por Cristo. Uma das mais expressivas encontramos em Gálatas –“Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. Minha vida presente na carne , vivo-a pela fé no Filho de Deus que me amou e Se entregou a Si mesmo por mim” (Gl 2,20). Para o Apóstolo viver é Cristo e o morrer é lucro (Fl 1,21).
 
Mais adiante declara: “Mas o que era para mim lucro, tive-o como perda, por amor de Cristo. Mais ainda: tudo considero perda, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por Ele, perdi tudo e tudo tenho como esterco, para ganhar a Cristo e ser achado n’Ele…” (Fl 3,7-16).
 
Quando da Solenidade de São Pedro e São Paulo, em um dos seus Sermões,  assim nos falou Santo Agostinho (séc. V):
 
“O martírio dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo consagrou para nós este dia (…) Estes mártires viram o que pregaram, seguiram a justiça, proclamaram a verdade, morreram pela verdade (…)
 
Num só dia celebramos o martírio dos dois apóstolos. Na realidade, os dois eram como um só. Embora tinham sido martirizados em dias diferentes, deram o mesmo testemunho. Pedro foi à frente; Paulo o seguiu.
Celebramos o dia festivo consagrado para nós pelo sangue dos apóstolos  (...)
 
Amemos a fé, a vida, os trabalhos, os sofrimentos, os testemunhos e as pregações destes dois Apóstolos”. 
 
De fato, derramaram o sangue por amor a Jesus e sofreram o Martírio: Pedro pela cruz e Paulo decapitado pela espada.
 
Reflitamos:
 
- Como tem sido nosso discipulado?
- Quanto estamos verdadeiramente enamorados por Cristo, configurados a Ele, com mesmos sentimentos e pensamentos, como nos propõe o Apóstolo Paulo?
 
Concluindo, somente enamorados por Cristo, seduzidos pela Sua Verdade, é que nos colocaremos intrepidamente no caminho, com Ele que é o próprio Caminho, e teremos Vida plenamente.

Pedro e Paulo, o Amor de Cristo os seduziu

                                                   

Pedro e Paulo, o Amor de Cristo os seduziu
 
Celebramos a Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, que viveram total fidelidade e testemunho de Jesus Cristo Vivo e Ressuscitado, e chegaram gloriosamente à pátria celeste: Pedro pela cruz e Paulo pela espada.
 
Com a passagem da primeira Leitura (At 12,1-11), refletimos sobre a missão e o testemunho do Apóstolo Pedro, e renovamos a certeza de que Deus cuida daqueles que chamou, ama e envia. 
 
Pedro foi chamado por Jesus Cristo e com Ele conviveu, e do Divino Mestre, recebeu todos os ensinamentos, bem como lhe foram confiadas as chaves do Reino dos Céus para ligar e desligar, para conduzir o rebanho do Senhor.
 
Deste modo, com a passagem, mais que uma descrição histórica, temos uma catequese de como Deus cuida de Sua Igreja, de modo que as portas do inferno não prevalecerão contra ela, como bem foi dito no Evangelho pelo Senhor. É como um selo da autenticidade da missão dos Discípulos Missionários do Senhor.
 
O caminho feito por Pedro, em muito se assemelha ao d’Aquele pelo qual teve o coração seduzido: Jesus Cristo.
 
Bem disse o Senhor – “Bem aventurados sois vós quando vos injuriarem, caluniarem, perseguirem e disserem todo nome por causa de mim. Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos céus” (Mt 5,11-12), e ainda: “Não temais pequeno rebanho do meu Pai, porque a vosso Pai agradou dar-vos o Reino” (Lc 12,32).
 
Os discípulos de Jesus devem testemunhar com sinceridade e coragem os valores que acreditam, contra todas as dificuldades, incompreensões, perseguições e calúnias.
 
Também contemplamos uma comunidade solidária e solícita na oração; unida na alegria e na dor; na perseguição e na vitória, e vemos como é  necessária a Oração da comunidade em favor daqueles que dela cuidam, e hoje de modo especial, elevamos orações pelo nosso Papa Leão XIV, sucessor de Pedro.
 
A passagem da segunda Leitura (2Tm 4,5-8;17-18), como que um Testamento de Paulo, um discurso final, uma avaliação de todo seu apostolado, é uma luz que se acende para o encorajamento da comunidade,  e que será muito propício para o reavivamento de seu ardor evangelizador e ânimo pastoral.
 
Paulo não conviveu com o Senhor, mas teve aquele encontro com o Ressuscitado que reorientou todo o seu existir. Não propriamente uma conversão, porque ele era zeloso no cumprimento da Lei Divina, mas aquela experiência a caminho de Damasco transformou todos os seus planos e projetos, tornando-o Doutor das Nações, o grande missionário evangelizador em suas impressionantes viagens missionárias.
 
Ele se apresenta como um “atleta” de Cristo, empenhado no bom combate da fé, suportando o martírio; ora silencioso, ora extremado, culminado em sua morte pela espada.
 
Na passagem, temos o lamento desiludido de um homem cansado, como é próprio da condição humana. Mas tem algo mais: sabe em quem confiou, sabe que Deus jamais o desamparou. Entenda-se lamento desiludido, não como decepção, mas como a extrema confiança da missão que abraçou e se dedicou.
 
Assim pode acontecer conosco, podemos até nos decepcionarmos nos espaços internos da Igreja ou fora dela, mas jamais com Deus. E, por isto, jamais desistir da missão. 
 
Se há algo que nos entristeça, há muitíssimo mais que nos alegra. Mistério da Cruz, Mistério Pascal que deve ser vivido com toda fé, esperança e caridade.
 
Mesmo no cárcere, escrevendo a Timóteo, Paulo encontra palavras de ânimo, de exortação. 
 
Acolhamos estas palavras, sobretudo nos momentos difíceis por que possamos passar, na obscuridade dos fatos, nos quais Deus mais do que nunca Se revela com todo Seu esplendor, com todo Seu amor.
 
Paulo testemunha de quem confia no Senhor, e nunca se sente só, jamais se sente desamparado. Ele mesmo disse aos Filipenses –“Tudo posso n’Aquele que me fortalece” (Fl 4,13).
 
Na passagem do Evangelho (Mt 16,13-19), temos a interrogação de Jesus sobre a Sua identidade. 
 
Não se trata de conferir índice de ibope, mas a compreensão da Sua verdadeira identidade para que configure Seus discípulos a Ele.
 
Que saibam a quem seguem, e a quem vão testemunhar. Respostas superficiais e inconsequentes não agradam o Coração do Senhor. Pedro pela revelação divina dá a verdadeira resposta: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”.
 
Por isto, assim como negara três vezes na paixão e morte do Redentor, por três vezes teve que responder a inquietante interrogação de Nosso Senhor: “Simão, filho de Jonas, tu me amas mais do que estes?”.
 
Como já mencionei, a Pedro são confiadas as chaves. Não para ser guardião nas portas dos céus, mas para conduzir, organizar, orientar o rebanho do Senhor a Ele confiado. Esta é a sua missão. Esta é a missão de nosso Papa Leão XIV, por quem não devemos poupar Orações.
 
Reflitamos:
 
- Qual é o lugar que Jesus ocupa em nossa existência?
- O que os  Apóstolos Pedro e Paulo  tem a nos ensinar?
 
- Por que estamos na Igreja?
- Somos uma comunidade estruturada para amar e servir, como comunidade do Ressuscitado?
 
- Temos consciência da dimensão profética e missionária da Igreja?
- De que modo procuramos entender e rezar pela missão de nosso Papa?


Empenhemos mais intensamente e apaixonadamente no bom combate da fé, com o coração por Jesus mais que seduzido; e também nos empenhemos para alcançar a merecida Coroa da Glória, para os justos reservada.
 
Cremos que as duas colunas alcançaram, e nós como pedras vivas da Igreja pelo Batismo, desejemos e façamos por também merecer e alcançar. 


Pedro e Paulo: Testemunhas apaixonadas pelo Cristo Jesus!

                                                                 

Pedro e Paulo:
Testemunhas apaixonadas pelo Cristo Jesus!

Com a Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, celebraremos a vida e o testemunho de duas colunas da Igreja, tão diferentes e tão necessários para levar adiante a Missão de Jesus e proclamar a Boa Nova da Salvação.

Pedro e Paulo: a paixão por Cristo os consumiu!  Que amor por Jesus! Como não imitá-los no seguimento de Jesus?

Ambos estão na glória porque foram devorados pelo Amor: Amaram o Amado, e por Ele foram seduzidos.

Pedro lembra a instituição, Paulo o carisma, a evangelização. Ambos escreveram uma História de conversão, fidelidade da doação e entrega da vida por amor ao Amor que nos amou até o fim. Também eles amaram até as últimas consequências.

A paixão por Cristo os devorou e os levou a entregar a própria vida: Pedro morrendo na cruz, Paulo pela espada...

Ambos derramaram o sangue por amor a Jesus. Que amor, que incrível amor sentiam por Jesus!

Reflitamos:

- Tenho a mesma coragem de Pedro e Paulo?
- A Oração, a união, a solidariedade são fundamentais na missão.

- Como eu as vivo?
- Quem é Jesus para mim?

- Como testemunho verdadeiramente a pessoa de Jesus?
- Por que sou Igreja?

- Eles são colunas, eu sou uma pedra viva na Igreja do Senhor?
- Como Paulo, combato o bom combate da fé com coragem, confiança na presença do Senhor?

Rezemos por toda a Igreja e hoje, sobretudo, pelo nosso Papa Leão XIV:

Que o Senhor lhe conceda sabedoria e amor para conduzir a Igreja de Cristo, e com esta Solenidade nos renove no amor a Igreja, no testemunho de Jesus e também nos ajude a sermos mais fiéis à Doutrina dos Apóstolos, vivendo mais intensamente a partilha, a comunhão fraterna.

As orações multiplicadas sejam nossa força e alargamento de horizontes comprometidos do Reino, sempre nutridos pelo Substancial, Indispensável e Incomparável Alimento: a Eucaristia!

Não desistir diante das provações

                                               


                                            Não desistir diante das provações

Diante da história de todos nós, com suas páginas de provações, tribulações, dificuldades, tropeços e inquietações, como fazer a necessária superação?

Precisamos, a partir da fé, escrever novas páginas de paciência, esperança, perseverança, perfeição, integridade e de verdadeira alegria.

Como Igreja Sinodal, peregrinos de esperança, sejamos iluminados e fortalecidos pela Palavra de Deus, que é luz para o nosso caminho (Sl 119,105), no bom combate da fé (2 Tm 4,7-8).

Urge firmar nossos passos, escrevendo páginas de acrisolamento, amadurecimento, aperfeiçoamento, vivendo o Mistério da Paixão e Morte do Senhor, para com Ele Ressuscitar, e com Ele, sermos mais que vencedores:

– “Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores por Aquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus” (Rm 8,37-39).

O Apóstolo São Paulo também nos ajuda neste santo propósito, como peregrinos do Senhor que somos:

-  “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.

E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, e a paciência a experiência, e a experiência a esperança. E a esperança não decepciona, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,1-5).

Por fim, acolhamos e aprofundemos nossa reflexão, à luz das palavras do Apóstolo São Tiago:

-  “Meus irmãos, quando deveis passar por diversas provações, considerai isso motivo de grande alegria, por saberdes que a comprovação da fé produz em vós a perseverança. Mas é preciso que a perseverança gere uma obra de perfeição, para que vos torneis perfeitos e íntegros, sem falta ou deficiência alguma.” (Tg 1,2-4)


Nota-se um itinerário que o cristão precisa percorrer, na vivência da fé:

1º - A provação, como motivo de grande alegria;

2º - A comprovação da fé;

3º - A perseverança na fé;

4º - A geração da obra de perfeição;

5º - A perfeição e integridade (sem falta ou deficiência alguma).

Concluindo, vejamos o que nos diz o Catecismo da Igreja Católica sobre o caminho da perfeição que devemos trilhar:

“O caminho da perfeição passa pela Cruz. Não existe santidade sem renúncia e sem combate espiritual. O progresso espiritual envolve ascese e mortificação, que levam gradualmente a viver na paz e na alegria das bem-aventuranças.” (1)

Façamos as renúncias necessárias, tomemos nossa cruz de cada dia e sigamos o Senhor (cf. Lc 9,23), cujo fardo é leve e o jugo é suave (cf. Mt 11,28-30), revitalizando-nos com o Pão da Palavra e o Pão da Eucaristia, que são os imprescindíveis e divinos Pães de nossa vida, no tempo presente e na eternidade. Amém.

 

(1) Catecismo da Igreja Católica – n. 2015 

“Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”

                                                            

“Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”

Eis a resposta de Pedro à pergunta que Jesus fez sobre Sua identidade: “E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16)

O Bispo Santo Irineu (séc. II), com poucas palavras  descreve o que significa o nome de Cristo:

“É, aliás, o que indica Seu próprio nome, pois no nome de Cristo está subentendido Aquele que ungiu, Aquele que foi ungido e a própria Unção com que Ele foi ungido: Aquele que ungiu é o Pai, Aquele que foi ungido é o Filho, e o foi no Espírito, que é a Unção” (1).

No Mistério da Santíssima Trindade, contemplamos a comunhão de três Pessoas e um só Deus: o Pai ungiu, o Filho foi ungido e a Unção é o próprio Espírito.

Esta definição nos remete à afirmação do Bispo e Doutor da Igreja, Santo Agostinho (séc. V): “Com efeito, são Três: o Amante, o Amado, o Amor.”; “E não mais que Três: um que ama aquele que procede dele, um que ama aquele do qual procede, e o amor mesmo.” (2)

Pelo Batismo somos ungidos pelo óleo, e também no Sacramento da Crisma, quando recebemos a plenitude dos dons do Espírito, quando na unção se diz, ao assinalar a fronte do crismando: “Recebe por este sinal + o Espírito Santo, o dom de Deus”.


Deste modo, também somos ungidos, marcados pelo selo do Espírito para ser sinal de Deus no mundo, proclamando e testemunhando a Boa-Nova que o Senhor nos anunciou e ao mundo nos enviou para continuar a Sua missão.

Contemplemos a Santíssima Trindade, e mergulhemos no Mistério imenso e intenso de amor destas três Pessoas.


(1) Catecismo da Igreja Católica – n. 438

(1)De Trinitate – Santo Agostinho – citado em Teologia da Ternura – um “evangelho” a descobrir - Carlo Rochetta - Editora Paulus – pág. 318

 

Reflexão apropriada para a passagem do Evangelho de Lucas (Lc 9,18-24)

Pedro e Paulo, exemplos para o nosso discipulado

                                                       

Pedro e Paulo, exemplos para o nosso discipulado

Ao celebrar a Solenidade de São Pedro e São Paulo, sejamos iluminados por estas passagens bíblicas: At 25, 13-21; Jo 21, 15-19.

Reflitamos sobre sobre o amor, a fidelidade, a sabedoria e a paz!

Na terceira aparição do Ressuscitado, após a Pesca Milagrosa, em Jesus interroga Pedro por três vezes se ele O ama.

O diálogo de Jesus com Pedro lembra-nos as três vezes que Pedro negou o Senhor. E agora, três vezes afirma o seu amor.

A Misericórdia de Deus jamais deixa de acreditar em nós, apesar de nossas infidelidades, inconstâncias e condição pecadora. Apesar de sermos pecadores e porque somos pecadores, ama-nos para nos reconciliar, renovar, com possibilidade de uma nova vida, novo rumo, novos horizontes:

O Amor:
O amor é essencial e nada é possível quando falta o amor, Princípio e Fundamento da Missão Evangelizadora. Sem amor ao Senhor, amor incondicional, não levaremos adiante tão Divina Missão.

Muito mais do que multiplicação de palavras… Amar é tornar a vida intensa e bela com pequenos gestos, porque ainda que pequenos, por amor, tornam-se grandes!

Amor é entrega… É superação de limites, vivência da palavra dada, compromissos firmados – compromissos cumpridos, configuração ao Amado, de modo que já não é a pessoa que vive, mas é Cristo que nela vive…

O amor que Jesus exige do Apóstolo, implica numa atitude de absoluta fidelidade.

Fidelidade:
Ao Reino; ao Evangelho, à Doutrina. Testemunho, coerência; amadurecimento. A fidelidade pressupõe coragem, renúncias, despojamento, jamais retrocessos…

Sabedoria:
Paulo anunciando o Cristo Ressuscitado é preso, impedido de realizar sua Missão. Apela à sua condição romana para o julgamento, o que possibilitaria a continuidade da Evangelização, a abertura a outros povos…

Evangelizar exige confiança total no Senhor, mas não nos dispensa da ação com Sabedoria.

O Cristão precisa, em cada tempo, salvaguardar a dignidade e sacralidade da vida, da concepção ao seu declínio natural. Paulo, indiscutivelmente confia no Senhor, e age com Sabedoria fazendo valer seus direitos…

Pedro e Paulo deram com a palavra e a própria vida as suas respostas… Eis a nossa vez.

Paz:
Amando na Fidelidade e com Sabedoria o Discípulo Missionário de Jesus encontrará e fará acontecer a Paz tão almejada e necessária.

Aprendamos com São Pedro, o Príncipe dos Apóstolos

 


Aprendamos com São Pedro, o Príncipe dos Apóstolos
 
“Senhor, eu creio: aumenta a minha fé!
Tu conheces meu coração,
Tu vês o medo, que existe em mim,
de confiar-me perdidamente a Ti.
 
Tu sabes que o desejo
de governar sozinho a vida
é tão forte em mim,
que muitas vezes faz que eu fuja de Ti!
 
No entanto, eu creio:
diante de Ti está meu desejo
e minha fraqueza.
Orienta aquele, sustenta esta,
ajudando-me a fazer naufragar em Ti
qualquer sonho meu, esperança e projeto,
para confiar em Ti e não em mim
e nas presumidas evidências
deste mundo que passa.
 
Faze que eu saiba lutar contigo:
mas não permitas que eu vença!
Senhor de meu medo e da minha espera,
do meu desejo e da minha esperança,
aumenta, peço-te, a minha fé!” Amém.

 

(1) Caminhando na fé – Bruno Forte - Arcebispo Metropolitano de Cheti-Vasto -  Retiro espiritual para os Bispos – CNBB – Aparecida – 3 a 4 de maio de 2014

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