quarta-feira, 3 de setembro de 2025
Milagres: o que diz a Igreja Católica?
Sejam nossas palavras temperadas com sal
Em poucas palavras...
O triunfo da misericórdia
“Falai e
procedei como pessoas que vão ser julgadas pela Lei da liberdade.
Pensai bem: O
juízo vai ser sem misericórdia para quem não praticou misericórdia; a
misericórdia, porém, triunfa do juízo.”
(1)Tg
2,12-13
terça-feira, 2 de setembro de 2025
Somos libertos pela Palavra e ação de Jesus
Somos libertos pela Palavra e ação de Jesus
“O que é isso? Um ensinamento novo, dado com autoridade...
Ele manda até nos espíritos maus, e eles obedecem!”
Deus tem um Projeto de liberdade e vida plena para a humanidade, que se contrapõe aos projetos marcados pelo egoísmo, escravidão de toda forma e morte.
Na passagem do Evangelho (Mc 1,21-28), vemos a ação de Jesus, o Filho de Deus, que vem cumprir o Projeto de libertação.
Depois de apresentar o chamamento dos discípulos, o Evangelista apresenta uma jornada ministerial do Senhor, com Sua autoridade revelada no ensino e diante dos “espíritos impuros”.
Com Sua Palavra e ação, Jesus renova aqueles que O acolhem e acreditam em Sua Palavra, tornando-os verdadeiramente livres do egoísmo, do pecado e da própria morte.
A ação de Jesus faz suscitar a interrogação daqueles que O viram ensinar e expulsar os demônios: “Que vem a ser isto? Uma nova doutrina e com que autoridade!”. Também nós devemos nos perguntar “quem é Jesus para nós?”
Jesus veio nos libertar de tudo o que nos faça “prisioneiros” e nos roube a vida e a alegria de viver. Com Sua Palavra e ação, Jesus nos revela que Deus não desistiu da humanidade, e quer conduzi-la à vida plena e feliz.
Seus seguidores não poderão cruzar os braços, continuando a Sua missão na luta contra os “demônios” de tantos nomes, que roubam a vida e a liberdade das pessoas.
O discípulo de Jesus, com Sua Palavra e presença, luta na libertação de todos os demônios que desfiguram as pessoas, para que estabeleçamos relações mais fraternas.
Ser discípulo consistirá em percorrer o mesmo caminho que Ele percorreu, lutando até o fim, em total doação da vida para que tenhamos um mundo mais humano, mais livre, mais solidário, mais justo e mais fraterno. Sendo assim, é inconcebível que os discípulos cruzem os braços, de olhos voltados para o céu.
Há um mundo a ser transformado e, como Igreja em saída (como tem insistido o Papa Francisco), não podemos ficar fechados em nossas sacristias, mas assumir corajosamente, com a força do Espírito, com sabedoria e criatividade, a dimensão missionária, elemento constitutivo da Igreja, presença nas mais diversas realidades, em incansável empenho para a transformação das realidades: familiar, social, política, econômica, cultural, do trabalho e da comunicação.
Nem sempre isto se dá de modo tranquilo, porque pode gerar conflitos, divisões, sofrimentos, incompreensões, perseguições, mas vale a pena, porque é fiel Àquele que prometeu jamais nos desamparar, jamais nos deixar órfãos na missão por Ele confiada, afinal nos comunicou o Seu Espírito, que nos assiste em todos os momentos.
O discípulo de Jesus é alguém que embarcou nesta aventura de amor que dá sentido à vida, o que nos torna cúmplices e instrumentos nas mãos de Deus, para que construamos um mundo novo, de homens e mulheres livres e felizes.
Com o coração seduzido e inflamado por Jesus, que voltou para nós o Seu olhar de amor e nos chamou pelo nome, não há como voltar atrás; de modo que, quem pelo Senhor sentiu-se amado, já não pode mais viver sem o Seu Amor, a Sua Palavra e presença.
(1) Missal Quotidiano, Dominical e Ferial – Paulus – Lisboa – p.1177
PS: Oportuno para reflexão sobre a passagem do Evangelho de Lucas (Lc 4,31-37).
“Cala-te e sai dele”
“Cala-te e sai dele”
Na terça-feira da 22ª Semana do Tempo Comum, ouvimos a passagem do Evangelho de Lucas (Lc 4,31-37).
Trata-se na ação de Jesus na sinagoga, em dia de sábado, libertando um homem possuído pelo espírito de um demônio impuro.
A vitória de Jesus sobre o demônio revela o plano que Deus tem, e Jesus veio realizar, porque Jesus é o “Santo de Deus”, a intervenção de Deus, autorizado por força de palavra e poder de ação, em nosso mundo sujeito a outro poder, o poder do mal.
Com a passagem, contemplamos Jesus dando início ao Seu Ministério, ensinando e curando, com autoridade.
Esta autoridade consiste em falar de modo que aqueles que O ouvem se encontrem com a pessoa do Mestre, e pondo-se a caminho viverão a fidelidade no amor incondicional, como discípulos missionários Seus.
Muitos que O ouviram puseram a falar d’Ele, e esta é a nossa missão: comunicar a experiência que fazemos com Ele, do mesmo modo que fizeram os Seus apóstolos - “Pois não podemos deixar de falar do que vimos e ouvimos” (At 4,20).
Que o Espírito do Senhor, que com Ele estava, também nos acompanhe em todos os momentos.
Concluo com as palavras de São Cirilo de Jerusalém (séc. IV) sobre a ação do Espírito Santo em nossa missão evangelizadora:
“Branda e suave é a Sua aproximação; benigna e agradável é a Sua presença; levíssimo é o Seu jugo! A Sua chegada é precedida por esplêndidos raios de luz e ciência. Ele vem com o amor entranhado de um irmão mais velho: vem para salvar, curar, ensinar, aconselhar, fortalecer, consolar, iluminar a alma de quem o recebe, e, depois, por meio desse, a alma dos outros.”
PS: Fonte - Missal Cotidiano - Editora Paulus - pp.1224-1225