quarta-feira, 5 de março de 2025

A alegria de sermos discípulos missionários de Jesus Cristo

                                                     

A alegria de sermos discípulos missionários de Jesus Cristo

"Disse-vos essas coisas para que a minha alegria esteja em vós,
e a vossa alegria seja completa"  (Jo 15,11)

Iniciando o itinerário Quaresmal, vejamos no que consiste ser Cristão, conforme dois parágrafos do Documento de Aparecida.

Ser cristão é:

- ter feito um encontro com Cristo, que se expressa na alegria de ser discípulo do Senhor e de ter sido enviado com o tesouro do Evangelho;

- é um dom divino e não uma carga, pois Deus Pai nos abençoou em Jesus Cristo Seu Filho, Salvador do mundo;

- irradiar a alegria recebida do encontro com Jesus Cristo, a quem Se reconhece como Filho de Deus, encarnado e redentor;

- fazer chegar a todos os homens e mulheres feridos pelas adversidades a Boa-Nova do Evangelho do Reino de Deus, anunciada por Jesus Cristo vencedor do pecado e da morte;

- empenhar-se para que a alegria desta Boa-Nova chegue de modo especial a todos quantos jazem à beira do caminho, pedindo esmola e compaixão (Lc 10,29-38; 18,25-43);

- ter uma alegria autêntica, que é antídoto frente a um mundo atemorizado pelo futuro e oprimido pela violência e pelo ódio;

- testemunhar uma alegria que não é um sentimento de bem-estar egoísta, mas uma certeza que brota da fé, que serena o coração e capacita para anunciar a Boa-Nova do amor de Deus.

Enfim, ser Cristão é conhecer Jesus, e tê-Lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e torna-se uma necessidade vital, fazê-Lo conhecido através das nossas palavras e obras, e nisto consiste a mais perfeita, plena e verdadeira alegria que somente Jesus pode nos dar, como Ele mesmo nos falou na passagem do Evangelho de João (Jo 15, 11).


Fonte: Conferência geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe – DAP, 28 e 29

Da Paixão, Morte e Cruz à glória da Ressurreição

Da Paixão, Morte e Cruz à glória da Ressurreição

Como Igreja, vivemos o tempo da Quaresma, um tempo favorável de graça e salvação para todos que se põem a caminho com o Senhor. Urge fortalecer a todos nesta travessia em que consiste a vida humana, atentos à voz de Deus, que incansavelmente nos fala aos corações e conduz a história.

A Palavra de Deus ricamente proclamada nas Missas da Quaresma, leva-nos a tomar consciência de nossos pecados, em fecunda penitência, na prática dos exercícios quaresmais da esmola, da oração e do jejum (Mt 6, 1-18) e, também, somos renovados pela misericórdia divina, sobretudo pela experiência profunda do amor e do perdão de Deus recebido, e também vivido entre nós.

Para que vivamos uma verdadeira e frutuosa Quaresma, com gestos multiplicados na construção de um mundo mais fraterno, é preciso que tenhamos a coragem de fazer nossa travessia pelo deserto, amadurecendo nossa fidelidade a Deus e ao Seu Projeto, sem ceder às tentações do maligno (ter, ser e poder), reaprendendo a alegria da partilha, do poder autêntico que se expressa no serviço, sem jamais procurar a fama, o prestígio fácil, até mesmo em prejuízo do próximo.

Precisamos subir ao Monte Tabor para escutar o que tem a nos dizer o Filho Amado; descer à planície para viver a Lei e a profecia, transfigurando o mundo em que vivemos, multiplicando ações para que a globalização da indiferença seja superada, como tão bem nos alertou o Papa Francisco em sua Mensagem Quaresmal de 2015: “Amados irmãos e irmãs, como desejo que os lugares onde a Igreja se manifesta, particularmente as nossas paróquias e as nossas comunidades, se tornem ilhas de misericórdia no meio do mar da indiferença!”

Tão somente assim viveremos uma religião autêntica, não apenas dentro do Templo, mas fora dele, como Igreja missionária, “Igreja em saída”, que promova a dignidade e a beleza da vida, vendo em cada pessoa um templo de Deus, por Ele criado como Sua imagem e semelhança. 

A verdadeira religião não pode jamais deixar de lado a promoção da vida, da fraternidade, da justiça, da igualdade, do respeito e da liberdade, pois tão somente assim nossos cultos serão agradáveis a Deus.

Entretanto, essas ações exigem que tenhamos coragem para caminhar com o Senhor, sofrer com Ele no Mistério de Sua Paixão e Morte, morrer com Ele, não fugir do Calvário e da Cruz, e com Ele Ressuscitar, Mistério da fé que professamos e que nos encoraja a combater o bom combate, sem jamais vacilar na fé, esmorecer na esperança e esfriar na caridade.

Continuemos nosso itinerário marcado pelo deserto, montanhas, planícies, templos, calvário, cruz, morte e a vitória final para quem perseverar até o fim: a glória da Ressurreição, pois como falou o Papa São Leão Magno (séc. V): “Através d’Ele (Jesus Cristo morto na Cruz) é dado aos crentes a força na fraqueza, a glória na humilhação, a vida na morte”.

Quaresma: plenamente configurados a Jesus Cristo

Quaresma: plenamente configurados a Jesus Cristo

Quaresma é tempo de nos configuramos mais ainda a Jesus Cristo, no Mistério de Sua Vida, Paixão e Morte, para com Ele também Ressuscitar.

Assim vemos na passagem de Paulo a Timóteo (2Tm 2,8-13), em que nos exorta para que tenhamos plena identificação com Jesus Cristo, dando substancial matiz à nossa vida cristã, não obstante nossas fragilidades.

Deste modo ela será marcada pela fidelidade, doação, amor e entrega, em confiança inabalável em Deus, em todas as circunstâncias, favoráveis ou  adversas, porque também podemos contar com o Seu Espírito, que nos ilumina, assiste e nos conduz.

Continuemos nosso itinerário quaresmal, perseverando na fé; em fidelidade à Doutrina que professamos; renovando a alegria da  pertença à comunidade, numa vida marcada pela total dedicação e serviço à causa da evangelização, do anúncio e testemunho do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Continuemos nosso itinerário quaresmal, sedentos da alegria transbordante da Páscoa que haveremos de celebrar.

A Quaresma e as Virtudes Cardeais

A Quaresma e as Virtudes Cardeais

Para fazermos progressos ainda maiores neste Tempo da Quaresma, assim como em todo o tempo, apresento, conforme Catecismo da Igreja Católica (parágrafos 1805-1809), as quatro virtudes que desempenham um papel como de uma dobradiça.

As virtudes da prudência, da justiça, da fortaleza e da temperança denominam-se “cardeais”, pois todas as outras se agrupam em torno delas.

Aparecem em numerosas passagens da Sagrada Escritura, e uma delas, encontramos no Livro da Sabedoria (Sab 8,7): “Se alguém ama a justiça, o fruto dos seus trabalhos são as virtudes, porque ela ensina a temperança e a prudência, a justiça e a fortaleza” (Sb 8, 7).

Vejamos as quatro virtudes:

Prudência: é a virtude que dispõe a razão prática para discernir, em qualquer circunstância, o nosso verdadeiro bem e para escolher os justos meios de o atingir. “O homem prudente vigia os seus passos” (Pr 14, 15);  Sede ponderados e comedidos, para poderdes orar” (1 Pd 4, 7).

A prudência não pode ser confundida com a timidez ou o medo, a duplicidade ou dissimulação, e é também chamada de “auriga virtutum – condutor das virtudes”, porque guia as outras virtudes, indicando-lhes a regra e a medida.

Para Santo Tomás e Aristóteles, ela é a reta norma da ação, de modo que, o juízo da consciência é guiado pela prudência, e assim a pessoa prudente decide e ordena a sua conduta segundo este juízo.

Graças à virtude da prudência, aplicamos sem erro os princípios morais aos casos particulares e ultrapassamos as dúvidas sobre o bem a fazer e o mal a evitar.

Justiça: é a virtude moral que consiste na constante e firme vontade de dar a Deus e ao próximo o que lhes é devido.

A justiça para com Deus chama-se “virtude da religião”, em relação aos homens, ela leva ao respeito dos direitos de cada qual e a estabelecer, nas relações humanas, a harmonia que promove a equidade em relação às pessoas e ao bem comum.

O homem justo, tantas vezes evocado nos livros santos, distingue-se pela retidão habitual dos seus pensamentos e da sua conduta para com o próximo – “Não cometerás injustiças nos julgamentos. Não favorecerás o pobre, nem serás complacente para com os poderosos. Julgarás o teu próximo com imparcialidade’ (Lv 19, 15); “Senhores, dai aos vossos escravos o que é justo e equitativo, considerando que também vós tendes um Senhor no céu” (Cl 4, 1).

Fortaleza: é a virtude moral que, no meio das dificuldades, assegura a firmeza e a constância na realização do bem.

Torna firme a decisão de resistir às tentações e de superar os obstáculos na vida moral, dando a capacidade para vencer o medo, mesmo da morte, e enfrentar a provação e as perseguições.

Ela dispõe a pessoa para ir até à renúncia e ao sacrifício da própria vida, na defesa de uma causa justa – “O Senhor é a minha fortaleza e a minha glória” (Sl 118, 14); “No mundo haveis de sofrer tribulações: mas tende coragem! Eu venci o mundo!” (Jo 16, 33).

Temperança: é a virtude moral que modera a atração dos prazeres e proporciona o equilíbrio no uso dos bens criados.

Ela garante o domínio da vontade sobre os instintos e mantém os desejos dentro dos limites da honestidade.

Deste modo a pessoa prudente orientará para o bem os apetites sensíveis, guardando uma sã discrição e não se deixará arrastar pelas paixões do coração.

No Antigo Testamento é muitas vezes louvada – “Não te deixes levar pelas tuas más inclinações e refreia os teus apetites” (Sir 18, 30).

No Novo Testamento, é chamada “moderação’, ou “sobriedade” – Devemos “viver com moderação, justiça e piedade no mundo presente” (Tt 2, 12).

Finaliza com uma citação de Santo Agostinho, que sintetiza tudo quanto se disse:

“Viver bem é amar a Deus de todo o coração, com toda a alma e com todo o proceder [...], de tal modo que se lhe dedica um amor incorrupto e íntegro (pela temperança), que mal algum poderá abalar (fortaleza), que a ninguém mais serve (justiça), que cuida de discernir todas as coisas para não se deixar surpreender pela astúcia e pela mentira (prudência)” .

Deste modo, nossa vida, conduzida pelas virtudes cardeais, nos fortalecerá os passos no frutuoso caminho penitencial de conversão, de reconciliação com Deus e com os irmãos.

Tão somente assim, participaremos da construção de uma autêntica cultura de vida e de paz, vendo no outro o nosso irmão: Vós sois todos irmãos!” (Mt 23,8).

A autenticidade da religião cristã

 


A autenticidade da religião cristã
 
Uma religião verdadeira e agradável a Deus pressupõe o contínuo esforço de conversão, para que tenhamos pureza de coração, pois como o próprio Senhor disse: “somente os puros de coração verão a Deus” (Mt 5,8).
 
Na passagem Carta de São Tiago, (Tg 1,17-18.21-22.27), refletimos sobre a inseparável relação entre fé e obras. 
 
A fidelidade aos ensinamentos de Cristo nos compromete com o próximo (representado na figura do órfão e da viúva). E nisto consiste a verdadeira religião, pura e sem mancha: solidariedade vivida e vigilância, para não se contaminar com os contravalores que o mundo apresenta.
 
É necessária a superação da frieza, do legalismo e do ritualismo religioso, procurando viver uma Religião comprometida com o Reino por Jesus inaugurado.
 
O autor da Carta nos exorta a não sermos meros ouvintes da Palavra, mas praticantes da mesma, não nos enganando a nós mesmos.
 
A Palavra de Deus quer encontrar no coração humano a frutuosa acolhida, portanto, há um itinerário da Palavra: acolher, acreditar, anunciar e testemunhar a Palavra de Deus, que nos garante vida e felicidade plena.
 
A verdadeira religião não vive de aparências, e exige de cada crente uma sólida e forte estrutura para suportar o peso da cruz, a coragem do testemunho, a coerência de vida, o esforço contínuo de conversão, a solidariedade constante, caminho que não tem volta e tem apenas um destino: o céu.
 
É preciso dedicar mais tempo à Palavra de Deus, em frutuosa oração e reflexão, que fará brotar novas atitudes e compromissos com Deus e Seu Projeto para a Humanidade.
 

PS: Fonte de pesquisa - www.Dehonianos.org/portal
 

Crescimento Espiritual

                                                 

Crescimento Espiritual

Reflexão à luz da passagem do Evangelho de Mateus (Mt 6,1-6.16-18), em que somos convidados a refletir sobre a autêntica e frutuosa prática da Oração, jejum e caridade, num caminho de aperfeiçoamento espiritual.

O Missal Dominical cita o Teólogo Paulo Evdokimow, sobre este propósito:

"A ascese cristã nunca foi fim em si mesma; é apenas um meio, um método a serviço da vida, e como tal procurará adaptar-se às novas necessidades.

Outrora, a ascese dos Padres do deserto impunha jejuns e privações intensas e extenuantes; hoje a luta é outra. O homem não tem necessidade de sofrimento suplementar; cilício, cadeias de ferro, flagelações, correriam o risco de extenuá-lo inutilmente.

A mortificação da nossa época consistirá na libertação da necessidade de entorpecentes, pressa, ruídos, estimulantes, drogas, álcool sob todas as formas.

A ascese consistirá acima de tudo no repouso imposto a si mesmo, na disciplina da tranquilidade e do silêncio, onde o homem encontra a possibilidade de concentrar-se para a Oração e a contemplação, mesmo em meio a todos os ruídos do mundo, no metrô, entre a multidão, nos cruzamentos de uma cidade. 

Consistirá principalmente na capacidade de compreender a presença dos outros, dos amigos, em cada encontro. O jejum, ao contrário da maceração imposta, será a renúncia alegre do supérfluo, a sua repartição com os pobres, um equilíbrio espontâneo, tranquilo".

No Missal também encontramos a citação do Bispo São João Crisóstomo (séc. IV) que já nos advertia sobre esta necessidade da ascese espiritual para a construção de relações mais sinceras e fraternas na vivência comunitária:

"Mas, direis, que divisão vês entre nós? Aqui, nenhuma, mas quando termina a nossa assembleia, um critica o outro; esse injuria publicamente o irmão; aquele se enche de inveja, de avareza ou de cobiça; aquele outro se entrega à violência; outro ainda à sensualidade, à impostura, à fraude.

Se nossas almas pudessem ser postas a nu, veríeis então a exatidão de tudo isso... Desconfiando uns dos outros, nos tememos mutuamente, falamos ao ouvido do vizinho e se vemos aproximar-se um terceiro, calamo-nos e mudamos de assunto...

Respeitai, respeitai esta Mesa da qual todos nós comungamos; respeitai o Cristo imolado por nós, respeitai o Sacrifício que é oferecido".

Urge rever nossa conduta cristã, abrindo-nos à graça divina, para que nossas comunidades sejam mais fraternas, mais credíveis da presença do Ressuscitado.

Participando da Celebração Eucarística e intensificando nossa vida de oração, renovemos sagrados compromissos do aperfeiçoamento espiritual acompanhados de esforços indispensáveis para que o resplendor da glória divina seja vislumbrado em nosso olhar, porque oriunda de um coração que foi moldado e purificado pela misericórdia divina.

Vivendo este santo propósito de ascese espiritual, estaremos no caminho do crescimento e amadurecimento, para que nossa fé produza os frutos queridos por Deus, acompanhados de oração, jejum  e esmola, intensificando a intimidade com Ele e a comunhão fraterna e solidária entre nós. 

A Penitência agradável ao Senhor

                                                    

A Penitência agradável ao Senhor

“Convertamo-nos sinceramente ao Seu amor.
Abandonemos as obras más, a discórdia
 e a inveja que conduzem à morte.”

Com a Quarta-Feira de Cinzas, iniciamos com toda Igreja o Tempo Quaresmal, em que somos convidados a fazer Penitência, numa sincera preparação para a Páscoa do Senhor, como a manifestação da alegria da Vitória da Vida sobre a Morte.

Neste sentido, a Carta do Papa São Clemente I (séc. I) é muito oportuna, para que encontremos luzes neste caminho de Penitência, como nos ensina a Tradição da Igreja:

“Fixemos atentamente o olhar no Sangue de Cristo e compreendamos quanto é precioso aos olhos de Deus, Seu Pai, esse Sangue que, derramado para nossa salvação, ofereceu ao mundo inteiro a graça da Penitência.

Percorramos todas as épocas do mundo e verificaremos que em cada geração o Senhor concedeu o tempo favorável da Penitência a todos os que a Ele quiseram converter-se.

Noé proclamou a Penitência, e todos que o escutaram foram salvos. Jonas anunciou a ruína aos ninivitas, mas eles, fazendo penitência de seus pecados, reconciliaram-se com Deus por suas súplicas e alcançaram a salvação, apesar de não pertencerem ao povo de Deus.

Inspirados pelo Espírito Santo, os ministros da graça de Deus pregaram a Penitência. O próprio Senhor de todas as coisas também falou da Penitência, com juramento: Pela minha vida, diz o Senhor, não quero a morte do pecador, mas que mude de conduta (cf. Ez 33,11); e acrescentou esta sentença cheia de bondade: Deixa de praticar o mal, ó Casa de Israel! Dize aos filhos do meu povo: 'Ainda que vossos pecados subam da terra até o céu, ainda que sejam mais vermelhos que o escarlate e mais negros que o cilício, se voltardes para mim de todo o coração e disserdes: 'Pai', Eu vos tratarei como um povo santo e ouvirei as vossas súplicas' (cf. Is 1,18; 63,16; 64,7; Jr 3,4; 31,9).

Querendo levar à penitência todos aqueles que amava, o Senhor confirmou esta sentença com Sua vontade todo-poderosa.

Obedeçamos, portanto, à Sua excelsa e gloriosa vontade. Imploremos humildemente Sua misericórdia e benignidade. Convertamo-nos sinceramente ao Seu Amor. Abandonemos as obras más, a discórdia e a inveja que conduzem à morte.

Sejamos humildes de coração, irmãos, evitando toda espécie de vaidade, soberba, insensatez e cólera, para cumprirmos o que está escrito. Pois diz o Espírito Santo: Não se orgulhe o sábio em sua sabedoria, nem o forte com sua força, nem o rico em sua riqueza; mas quem se gloria, glorie-se no Senhor, procurando-O e praticando o direito e justiça (cf. Jr 9,22-23; I Cor 1,31).

Antes de mais nada, lembremo-nos das Palavras do Senhor Jesus, quando exortava à benevolência e à longanimidade: Sede misericordiosos, e alcançareis misericórdia; perdoai, e sereis perdoados; como tratardes o próximo, do mesmo modo sereis tratados; dai, e vos será dado; não julgueis, e não sereis julgados; fazei o bem, e ele também vos será feito; com a medida com que medirdes, vos será medido (cf. Mt 5,7; 6,14; 7,1.2).

Observemos fielmente este Preceito e estes Mandamen­tos, a fim de nos conduzirmos sempre, com toda humildade, na obediência às Suas Santas Palavras. Pois eis o que diz o texto sagrado: Para quem hei de olhar, senão para o manso e humilde, que treme ao ouvir minhas Palavras? (cf. Is 66,2).

Tendo assim participado de muitas, grandes e gloriosas ações, corramos novamente para a meta que nos foi proposta desde o início: a paz. 

Fixemos atentamente nosso olhar no Pai e Criador do universo e desejemos com todo ardor Seus dons de paz e Seus magníficos e incomparáveis benefícios.”
  
Com esta Carta somos exortados aos sinceros compromissos que o caminho da Penitência, dando os primeiros passos no caminho quaresmal, empenhados na prática da Oração, Jejum e Penitência.

Deste modo, o Tempo da Quaresma não será apenas de quarenta dias de empenho nesta prática, mas consiste num tempo de acolhida da graça divina, um momento favorável e fecundo de Salvação.

A acolhida da graça nos vem da contemplação, do recolhimento silencioso diante de Deus, numa busca sincera de conversão a caminho da Salvação. Amém!

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG