quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025
Deixar-se surpreender por Deus
Dai-nos, ó Deus, Vossa Sabedoria em nosso peregrinar
Dai-nos, ó Deus, Vossa Sabedoria em nosso peregrinar
Ó Deus, onde encontraremos
a Vossa Divina Sabedoria?
Não permitais
que nos acomodemos, julgando já tê-La encontrado, mas que a procuremos
continuamente, desinstalando-nos na busca de novas fronteiras e desafios, na
procura do inédito que sempre nos agracia.
Libertai-nos da
tentação de permanecermos à margem da praia,
e dai-nos a Vossa Sabedoria para avançarmos para águas mais profundas e sulcar
corajosamente os mares, resgatando quantos pudermos para a beleza do bem viver,
com dignidade e plenitude.
Como peregrinos
de esperança, rompei as correntes que nos aprisionam, para que jamais prefiramos
o imobilismo, e, incansavelmente, Vos busquemos incessantemente no caminhar da
história, pondo somente em Vós toda a nossa confiança.
Vossa Sabedoria nos
comunicai, iluminando as entranhas de nossa alma, para que vençamos eventuais
medos secretos que, por vezes, tentam roubar ou aniquilar nossas forças,
fragilizando-nos nos sagrados compromissos da Boa Nova do Reino.
Dai-nos, ó Deus,
Vossa Divina Sabedoria, para que nos passos de Vosso Amado Filho, o Sol
nascente que nos veio visitar, nos abramos a ela a cada nascer do sol até que possamos merecer a glória da
eternidade. Amém.
PS: Fonte de inspiração – Comentário do Missal Cotidiano sobre a
passagem do Livro do Eclesiástico (Eclo 2,1-13 (gr. 1-11). – pág.798
Ninguém pode reter a ação do Espírito de Deus
Ninguém pode reter a ação do Espírito de Deus
“Não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim. Quem não é contra nós é a nosso favor” (Mc 9, 39-40).
Reflexão à luz da passagem do Evangelho de Marcos (Mc 9,38-40, sobre a ação divina que não pode ser controlada por ninguém: o Espírito de Deus sopra onde e quando quiser.
Urge superar toda forma de arrogância, ciúmes em relação à ação de Deus e ainda, arrancar, de dentro de nós, tudo o que não constrói o Reino de Deus.
É preciso cortar todo egoísmo, autossuficiência que destroem a vida, porque o fim dos injustos é a “geena”, o inferno, a ausência do Amor de Deus, a condenação de viver sem o amor que foi rejeitado:
“O Espírito é capaz de soprar e de fazer palpitar os corações também noutros locais, como nas mesquitas, nas sinagogas, nos areópagos, no templo que nós chamamos e nos parece pagão. Deveríamos, por isso, pedir ao Senhor, a graça de aprender a alegrarmo-nos pelo bem, onde quer que ele se concretize, de nos alegrarmos por todo o bem, sem nos importarmos com quem o pratica: seja pequeno ou crescido; seja jovem ou ancião; seja leigo ou consagrado; seja infeliz ou afortunado; seja doente ou saudável; seja alguém que se abre para a vida ou alguém que está para prestar contas com Aquele que generosamente lha concedeu”. (1)
Vemos que não é próprio dos discípulos do Senhor atitudes que revelem arrogância, sectarismos, intransigência, intolerância, presunção, ciúmes, mesquinhez, pretensão de monopolização do próprio Jesus e Sua Boa Nova:
“João e os outros discípulos não conseguiram ainda pensar segundo a lógica de Jesus, Seu Mestre, a qual é para Ele, na perspectiva da Cruz, lógica de serviço e de humilde diaconia. Preferem nesse momento a lógica espalhada e exclusiva do sectarismo e da separação, ou seja, pretendem ter o exclusivo e o monopólio da Salvação” (2).
Reflitamos:
- O que precisamos cortar para superar qualquer sombra de dominação e monopólio do Espírito e melhor nos colocarmos a serviço dos últimos?
- Quais são as verdadeiras motivações no trabalho que realizamos em nossa Pastoral, em nossa Comunidade?
- Onde e quando percebemos a ação de Deus além dos limites de nossa comunidade?
- Quais pessoas que professam uma crença diferente da nossa e nas quais contemplamos também a ação de Deus?
- Percebemos a manifestação e ação do Espírito onde, quando e em quem Ele bem quer?
Renovemos nossa alegria de viver como instrumentos nas mãos de Deus, para maior fidelidade ao Projeto que Jesus inaugurou, a Boa-Nova do Reino, com a força e ação do Espírito, sem jamais termos a pretensão de exaurir Suas forças, detê-Lo, monopolizá-Lo.
Alegremo-nos com a inesgotável ação e presença do Espírito, que move a História, dentro e fora da própria Igreja.
Oremos:
Ó Deus, dai-nos a graça, como discípulos missionários do Senhor, contemplar e nos alegrar com a ação do Vosso Espírito, que age em quem, quando e onde quiser promovendo a vida, fazendo suscitar brotos de esperança onde nada mais parece possível; ainda que não professando a mesma fé que professamos, mas vivendo a caridade que não conhece fronteiras. Amém.
(1) Lecionário Comentado - Editora Paulus - Lisboa - pág. 443.
(2) Idem pág. 441.
Entre palavras (...)
Senhor, não nos deixeis cair em tentação
“Prepara-te para a tentação”
Dai-nos, ó Deus, Sabedoria e Inteligência
Dai-nos, ó Deus, Sabedoria e Inteligência
No capítulo 28
do Livro de Jó, encontramos uma meditação sobre a Sabedoria:
“E Deus disse à
humanidade: ‘No temor do Senhor está a Sabedoria; no apartar-se do mal, a Inteligência’”
(Jó 28,28)
Oremos:
Senhor Deus,
ajudai-nos a perceber, a cada momento de nossas vidas, que a sabedoria, de fato,
só tem sentido quando no temor do Senhor.
Que nos abramos à
Vossa Sabedoria para nos conduzir e orientar nossas decisões, firmando nossos
passos no Caminho, que é o próprio Jesus Cristo, e assim, a Verdade
resplandecerá em todo o nosso viver, e teremos a Vida plena, que é Ele mesmo
(cf. Jo 14,6).
Senhor Deus,
concedei-nos a inteligência, para que saibamos distinguir o bem do mal, e não
apenas distinguir, mas não realizá-lo.
Que tenhamos
força para do mal nos afastarmos, como Vosso Filho nos ensinou a rezar: “Não
nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”. Amém.






