Diante da triste realidade daquela viúva da cidade de Naun, que vira a morte de seu filho, vemos a intervenção do Senhor em ressuscitá-lo (cf. Lc 7,11-17).
terça-feira, 17 de setembro de 2024
A compaixão do Senhor gera vida nova
Diante da triste realidade daquela viúva da cidade de Naun, que vira a morte de seu filho, vemos a intervenção do Senhor em ressuscitá-lo (cf. Lc 7,11-17).
A nossa dor não é indiferente para Deus
A força de que tanto precisamos…
Morte: mistério que nos desafia e nos acompanha,.
Não só na maturidade, medo presença no coração da criança.
Morte e Vida, Vida e Morte, duelo de força tamanha.
Crescimento da mesma: um Projeto que se realiza.
Intimidade, amizade divina sempre amadurecida,
Que mais a criatura aberta ao Criador precisa?
Ausências, carências, demências que às vezes nos rodeiam,
Objetivos não alcançados, horizontes estreitados, decepções,
Êxitos alcançados, certezas na vida que nos norteiam.
E tão pouco, para sempre, um fardo a carregar.
Uma causa boa para morrer é preciso descobrir,
Por esta mesma causa, na vida, com alegria se entregar.
A Vida Nova irradiada na Madrugada da Ressurreição.
O Verbo que Se Encarnara, na Cruz morrera: Ressuscitou
E o Amor vivido até o fim tornou-se força e motivação.
Que somente em Deus se entregam e confiam;
Sonham, lutam de coração simples e contrito.
Ressurreição que os horizontes ampliam.
A vida dos pobres é nas mãos de Deus Sua força evangelizadora.
Com pescadores, pecadores humildes, lançou as primeiras sementes,
Do anúncio da Boa Nova, a comunidade se fez portadora.
Maria Madalena, Joana, Suzana, por Jesus chamadas,
Muitas outras mulheres, excluídas da religião do templo,
Mas por Jesus acolhidas, amadas, valorizadas e reintegradas...
Que é a âncora para quem da vida não foge e se compromete;
Força que misteriosamente nos revigora e alimenta,
Vitória certa porque Deus cumpre o que ao crente promete.
Fé na Ressurreição é o alargamento de horizontes.
Sim, alargar horizontes e com o Reino revigorar compromissos,
Por amor à humanidade edificar novas pontes.
Que foram vencidas as horríveis trevas do pecado,
E da mansão dos mortos, por amor nos resgatou,
Para que de todas correntes fôssemos libertados.
Naquela Arvore da vida o paraíso foi reaberto,
O inferno derrotado, diabo ferido, morte vencida,
Prisões dos infernos arrebentadas, estejamos certos.
Do qual Sangue e Água abundantes jorraram,
Para que o mundo, do pecado, fosse lavado e recriado.
E mais: Nascimento e Alimento de Seu coração brotaram!
À toda humanidade se conferiu nova aurora de alegria e esperança;
A maldade, pecado, condenação e Cruz foram caladas, o amor falou mais forte,
Naquela aurora se anunciou em quem devemos colocar nossa confiança.
Amor, verdade, justiça e paz discursos nada convincentes,
Evangelho palavra morta, vida sem luz, música sem melodia,
Suas testemunhas inexistentes, no vale de morte padecentes.
Jesus que ao fundo da miséria humana desceu porque morreu,
Porta para a eternidade à humanidade reabriu.
À direita do Pai, com e no Espírito, a Vida a Morte Venceu!
Há algo que ressoa em nosso íntimo mais profundo,
Com os anjos e arcanjos toda humanidade canta,
O Amor que nos amou até o fim é a Salvação do mundo.
Em poucas palavras...
“Não nos deixeis cair em tentação...”
“A vitória de Jesus sobre o tentador, no deserto, antecipa a vitória da Paixão, suprema obediência do Seu amor filial ao Pai (...)
(...) Todos os anos, pelos quarenta dias da Grande Quaresma, a Igreja une-se ao Mistério de Jesus no deserto”. (1)
(1)Cf. Catecismo da Igreja Católica – nn. 539-540
segunda-feira, 16 de setembro de 2024
Crer e viver a Eucaristia que celebramos no altar
Crer e
viver a Eucaristia que celebramos no altar
A
Comunidade do Ressuscitado que se encontra para Celebrar a Eucaristia, deve
fazê-lo apaixonadamente, crer piamente no que se celebra para que se possa
viver intensamente.
Assim
era a comunidade dos coríntios que celebrava a Eucaristia durante o ágape (= caridade), festim de amizade,
com o objetivo de cimentar a
fraternidade da comunidade.
No
entanto, este ágape muitas vezes
divide a comunidade por força do egoísmo dos participantes, o que levou o apóstolo
Paulo a recordar que o aspecto comunitário e o aspecto sacrificial devem ser
dignamente avaliados, a fim de que não se dissociem: a Eucaristia não é só
festim, mas também encontro comunitário com Cristo em Seu sacrifício.
Ao
celebrar a Eucaristia, faz-se a Memória da morte de Cristo e exprime a certeza
de que Ele enfrentou a morte em perfeita obediência ao Pai.
Afirma-se
e solidifica a decisão de seguir a Jesus Cristo no mesmo caminho de obediência
e amor incondicionais ao Pai, ou seja “faz-se corpo” com Ele, viver com e como
Ele, alimentar-se d’Ele, a fim de que nos comprometamos com o Reino e alcancemos
a vida eterna.
Tão
somente assim, seremos peregrinos da esperança, nutridos pela Eucaristia, fonte
e ápice de toda a vida cristã, edificando uma Igreja Sinodal, fortalecendo os
vínculos da participação e comunhão fraterna.
Oremos:
“Ó
Deus, ao participarmos da alegria da salvação que encheu de júbilo são Mateus,
recebendo o Salvador em sua casa, concedei sejamos sempre refeitos à mesa d’Aquele
que veio chamar à salvação não os justos, mas os pecadores. Por Cristo, nosso
Senhor. Amém.”
PS: Fonte - Missal
Cotidiano – Editora Paulus – p.1270 – Comentário da passagem (1 Cor 11,17-26.33)
Rezando com os Salmos ( Sl 2)
Confiemos n'Aquele que tanto nos amou
“1 Por que os povos agitados se revoltam?
por que tramam as nações projetos vãos?
2 Por que os reis de toda a terra se reúnem,
e conspiram os governos todos juntos
contra o Deus onipotente e o seu Ungido?
3 ‘Vamos quebrar suas correntes’, dizem eles,
‘e lançar longe de nós o seu domínio!’
Ri-se deles o que mora lá nos céus;
zomba deles o Senhor onipotente.
5 Ele, então, em sua ira os ameaça,
e em seu furor os faz tremer, quando lhes diz:
6 ‘Fui eu mesmo que escolhi este meu Rei,
e em Sião, meu monte santo, o consagrei!’
7 O decreto do Senhor promulgarei,
foi assim que me falou o Senhor Deus:
‘Tu és meu Filho, e eu hoje te gerei!
8 Podes pedir-me, e em resposta eu te darei
por tua herança os povos todos e as nações,
e há de ser a terra inteira o teu domínio.
9 Com cetro férreo haverás de dominá-los,
e quebrá-los como um vaso de argila!’
10 E agora, poderosos, entendei;
soberanos, aprendei esta lição:
11 Com temor servi a Deus, rendei-lhe glória
e prestai-lhe homenagem com respeito!
12 Se o irritais, perecereis pelo caminho,
pois depressa se acende a sua ira!
Felizes hão de ser todos aqueles
que põem sua esperança no Senhor!
Este Salmo (Sl 2),
tanto a tradição judaica como a cristã, o consideram como messiânico, da mesma
forma que o Salmo 110, do qual poderia depender. Suas perspectivas são
messiânicas e escatológicas (cf. nota da Bíblia de Jerusalém).
Um convite a que
confiemos plenamente em Deus e em Sua onipotência, em todos os momentos,
favoráveis ou adversos, na fidelidade a Jesus, nosso Rei e Salvador, Senhor de
todo o Universo, a quem damos toda a honra, glória, poder e louvor.
Retomemos a passagem
da Carta de São Paulo aos Romanos, para continuarmos nossa reflexão (Rm 8,
31-38) – “Mas em tudo isto somos mais que
vencedores, graças Àquele que nos amou” (Rm 8,37).
Oportunas as
palavras do Comentário ao Salmo 2, escrito pelo bispo e doutor Santo Agostinho
(Séc. V):
“Quando em breve se inflamar a Sua cólera, felizes todos os que
n’Ele confiam”, isto é, quando vier o castigo preparado para os ímpios e
pecadores, não atingirá os que confiam no Senhor e ainda lhes será de grande
utilidade, instruindo-os e exaltando-os em vista do reino...” Amém.
Rezando com os Salmos (Sl 1)
Rezando
com os Salmos (Sl 1)
“–1 Feliz é todo aquele que não anda
conforme os conselhos dos
perversos;
– que não entra no caminho dos
malvados,
nem junto aos zombadores vai
sentar-se;
–2 mas encontra seu
prazer na lei de Deus
e a medita, dia e noite, sem cessar.
–3 Eis
que ele é semelhante a uma
árvore
que à beira da torrente está
plantada;
= ela sempre dá seus frutos a
seu tempo,
e jamais as suas folhas vão
murchar.
Eis que tudo o que ele faz vai
prosperar,
=4 mas
bem outra é a sorte dos
perversos.
Ao contrário, são iguais à palha
seca
espalhada e dispersada pelo vento.
–5 Por
isso os ímpios não resistem no
juízo
nem os perversos, na assembleia dos
fiéis.
–6 Pois Deus vigia o
caminho dos eleitos,
mas a estrada dos malvados leva à
morte.”
Segundo Autor do séc. II, “felizes aqueles que, pondo toda a sua
esperança na Cruz, desceram até a água do batismo”. E conforme o bispo e
doutor Santo Agostinho (séc. V) – “Cristo,
de fato, veio pelo caminho dos pecadores, ao nascer como os pecadores, mas não
se deteve, porque não o retiveram as seduções do mundo…”.
Oremos:
Ó Deus, concedei-nos a divina Sabedoria, para trilharmos o
caminho de santidade, em permanente atitude de conversão, vencendo a cada dia
as tentações que nos roubem a liberdade e a verdadeira felicidade que tão somente
de vós pode vir. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e
convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos
séculos. Amém.