domingo, 31 de dezembro de 2023

A graça do Sacramento do Matrimônio

                                                             


A graça do Sacramento do Matrimônio

Partícipes do Povo de Deus, os esposos cristãos têm dons próprios, conferidos pela graça própria do Sacramento do Matrimônio para o aperfeiçoamento do amor que os une e o fortalecimento da unidade indissolúvel selada diante do Altar:

«Assim como outrora Deus veio ao encontro do Seu povo com uma Aliança de amor e fidelidade, assim agora o Salvador dos homens e Esposo da Igreja vem ao encontro dos esposos cristãos com o Sacramento do Matrimônio».

Para tanto, precisam da graça divina, cuja fonte é Cristo Jesus, «eles auxiliam-se mutuamente para chegarem à santidade pela vida conjugal e pela procriação e educação dos filhos», como nos ensina a Igreja.

Jesus Cristo fica com os cônjuges e lhes dá a coragem de O seguirem tomando sobre si a Sua cruz; de se levantarem depois das quedas; de se perdoarem mutuamente; de levarem o fardo um do outro, submissos um ao outro no temor de Cristo (Ef 5, 21); amando-se com um amor sobrenatural, delicado e fecundo.

Vivendo as alegrias do seu amor e da sua vida familiar, Jesus Cristo dá aos cônjuges, já neste mundo, um antegosto do festim das Núpcias do Cordeiro.

Sobre esta graça do Matrimônio assim expressou Tertuliano (séc. II)

«Onde irei buscar forças para descrever, de modo satisfatório, a felicidade do Matrimônio que a Igreja une, que a oblação eucarística confirma e a bênção sela? Os anjos proclamam-no, o Pai celeste ratifica-o [...]

Que jugo o de dois cristãos, unidos por uma só esperança, um único desejo, uma única disciplina, um mesmo serviço! Ambos os filhos do mesmo Pai, servos do mesmo Senhor; nada os separa, nem no espírito nem na carne; pelo contrário, eles são verdadeiramente dois numa só carne. Ora, onde a carne é só uma, também um só é o espírito» (165).

Elevemos orações por todos os casais que se empenham em traduzir com sua vida e testemunho este desígnio divino do Sacramento do Matrimônio, sem jamais deixar de elevar orações por aqueles que não puderam viver até o fim estes sagrados compromissos, sem entrar no mérito do julgamento, que somente a Deus cabe, e com sabedoria e misericórdia, como nos pede a Igreja, saber acolher e compreender as mais diversas situações que se apresentarem.

PS: Citações extraídas do Catecismo da Igreja Católica – n.s 1641-1642

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