domingo, 31 de março de 2024

É Páscoa! Vida nova se inaugura!

                                                                

É Páscoa!
Vida nova se inaugura!

Algo novo em nosso coração reluz, alegria abundante jorra, nossos olhos voltam a brilhar… O Sol Divino veio ao nosso encontro abraçando-nos, acolhendo-nos, enviando-nos...

O Senhor veio plantar no coração de pessoas de boa vontade a confiança e a esperança, que concretizadas em ações de caridade autêntica assegurarão o novo que Deus tem para nós.

O Senhor, de fato, faz novas todas as coisas, sobretudo no coração daquele que crê e ama. Os sinos soam em vibração contagiante e os suores da luta se multiplicam, porque não há, quando por amor, esforços que sejam insignificantes.

Que o Suor de Sangue do Amado não tenha sido em vão. Derramemos o nosso, se preciso for, por um mundo novo, alegre, cheio de vida, paz, justiça, fraternidade e amor. O Sol Divino irrompeu na madrugada, iluminou nossa existência, revigorou nossos passos, refez nossos sonhos e os sagrados compromissos que brotam da fé.

É Páscoa!
Chegou o tão esperado amanhecer!
O Sol Divino, Jesus, está mais do que vivo no meio de nós.
O Senhor Ressuscitou! Aleluia! Aleluia!

Eucaristia: Sacramento da unidade e da caridade


Eucaristia: Sacramento da unidade e da caridade

Vivendo o Tempo Pascal, sejamos iluminados pela mensagem dos “Livros a Monimo”, escrita pelo Bispo de Ruspe, São Fulgêncio (Séc.VI), que nos fala da Eucaristia, como Sacramento da unidade e da caridade.

“A edificação espiritual do corpo de Cristo realiza-se na caridade, segundo as palavras de São Pedro: ‘Como pedras vivas, formai um edifício espiritual, um sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo’ (1Pd 2,5).

Esta edificação espiritual atinge sua maior eficácia no momento em que o próprio Corpo do Senhor, que é a Igreja, no Sacramento do Pão e do Cálice, oferece o Corpo e o Sangue de Cristo: ‘o cálice que bebemos é a comunhão com o sangue de Cristo; e o pão que partimos, é a comunhão com o corpo de Cristo. Porque há um só pão, nós todos participamos desse único pão’ (cf. 1Cor 10,16-17).

Por isso pedimos que a mesma graça que faz da Igreja o Corpo de Cristo, faça com que todos os membros, unidos pelos laços da caridade, perseverem firmemente na unidade do corpo.

E com razão suplicamos que isto se realize em nós pelo dom daquele Espírito que é ao mesmo tempo o Espírito do Pai e do Filho; porque sendo a Santíssima Trindade, na unidade de natureza, igualdade e amor, o único e verdadeiro Deus, é unânime a ação das três Pessoas divinas na obra santificadora daqueles que adota como filhos.

Eis por que está escrito: ‘O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado’ (Rm 5,5).

O Espírito Santo, que é unidade do Pai e do Filho, realiza agora naqueles a quem concedeu a graça da adoção divina, transformação idêntica à que realizou naqueles que receberam o mesmo Espírito, conforme lemos no livro dos Atos dos Apóstolos: ‘A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma’ (At 4,32). Quem fez dessa multidão dos que creram em Deus um só coração e uma só alma, foi aquele Espírito que é unidade do Pai e do Filho e com o Pai e o Filho é um só Deus.

Por isso, o Apóstolo exorta a conservarmos com toda a solicitude esta unidade do espírito no vínculo da paz, quando diz aos Efésios: ‘Eu, prisioneiro no Senhor, vos exorto a caminhardes de acordo com a vocação que recebestes: com toda a humildade e mansidão, suportando-vos uns aos outros com paciência, no amor. Aplicai-vos a guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz. Há um só Corpo e um só Espírito’ (Ef 3,1-4).

Deus, com efeito, enquanto conserva na Igreja o amor que ela recebeu pelo Espírito Santo, transforma-a num sacrifício agradável a seus olhos. De modo, que, recebendo continuamente esse dom da caridade espiritual, a Igreja possa sempre se apresentar como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”.

Seja cada vez mais nossa espiritualidade Eucarística: impossível o discipulado sem que celebremos e comunguemos o Corpo e Sangue do Senhor (por vezes espiritualmente).

Saciados pelo Pão de Imortalidade, antídoto para não morrermos (cf. Santo Inácio de Antioquia), somos revigorados e animados para edificar a Igreja.

Oportuno concluir com as palavras do Papa São João Paulo II, que, em seus últimos escritos sobre Eucaristia: Ecclesia de Eucharistia – 2003 e Mane Nobiscum Domine – 2004), assim nos falou:

“A Eucaristia é amor levado ao extremo”;
“A Eucaristia edifica a Igreja e a Igreja faz a Eucaristia”;
“A Eucaristia cria comunhão e edifica para a comunhão”;

“Na simplicidade dos sinais do banquete se esconde o abismo da santidade de Deus”;

“A Eucaristia é verdadeiramente um pedaço do céu que se abre sobre a terra – é um raio de glória da Jerusalém celeste, que atravessa as nuvens da história e vem iluminar nosso caminho”;

“... o cristão, que participa na Eucaristia, dela aprende a tornar-se promotor de comunhão, de paz, de solidariedade em todas as circunstâncias da vida...  a Eucaristia como uma grande escola de paz...”

“O Senhor é a minha força”

“O Senhor é a minha força”

O Salmo 17(18) é um hino entoado por Davi, em que louva e agradece a Deus pela proteção diante dos ataques dos inimigos, acompanhado de vitórias alcançadas.

Diversas imagens aparecem no Salmo com toda amplidão e riqueza:

“Ao Senhor eu invoquei na minha angústia
E Ele escutou a minha voz.
Eu Vos amo, ó Senhor sois minha força,
Minha rocha, meu refúgio e Salvador!

Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga,
Minha força e poderosa salvação,
Sois meu escudo e proteção: em Vós espero!
Invocarei o meu Senhor: a Ele a glória!
E dos meus perseguidores serei salvo!

Ondas da morte me envolveram totalmente,
E as torrentes da maldade me aterraram;
Os laços do abismo me amarraram
E a própria morte me prendeu em suas redes.

Ao Senhor eu invoquei na minha angústia
E elevei o meu clamor para o meu Deus;
De Seu Templo Ele escutou a minha voz,
E chegou a Seus ouvidos o meu grito” (1).

Além das belas imagens do rochedo, escudo, há outras muito expressivas: “Ondas da morte”; “torrentes da maldade”; “laços do abismo” e “a morte que prende em suas redes”.

Muitas são as “ondas da morte” que vemos em noticiários e ao nosso redor, quotidianamente. E não são poucas as “torrentes da maldade” destruindo amizades, sonhos, esperança, a beleza da vida da humanidade e do planeta, nossa casa comum.

Também há “laços do abismo” dos pecados capitais (soberba, avareza, luxúria, gula, inveja e preguiça), que nos arrastam para o fundo do abismo, e que, somente abertos e acolhidos pela misericórdia divina, conseguimos voltar à superfície e continuar por outro caminho que seja expressão de uma vida digna, plena e feliz.

E a morte que nos prende em suas redes pode ser o roubar de nossas forças, o cansaço, o estresse, a indiferença, o individualismo, o relativismo, por vezes nos dilacerando e nos roubando quaisquer forças para dar mais um passo.

Mas também há a rede de morte virtual, quando mentiras são multiplicadas rapidamente, assim como modismos e contravalores que se opõem à beleza e à sacralidade da vida, de sua concepção ao seu declínio natural.

Podemos utilizar as redes virtuais para aproximar, criar laços, multiplicar informações, facilitar acessos e tantas outras possibilidades positivas, mas, também, podemos utilizá-la para criar distanciamentos, insegurança, atentados, e outras expressões negativas.

Ontem, Davi tinha suas lutas, conquistas. Hoje, os tempos são outros, mas não estamos livres das “ondas da morte”; das “torrentes da maldade”, dos “laços do abismo” e da “morte que prende em suas redes”.

Ontem e hoje, o Senhor seja sempre a nossa força, nosso escudo e proteção, para que sejamos envolvidos por ondas de vida, torrentes abundantes do bem, crendo e vivendo Sua Palavra, vivendo a autêntica liberdade, pois foi para a liberdade que Ele nos libertou (Gl 5,1)

Tendo morrido livremente e por amor na Cruz, fez dela o instrumento para gerar uma nova rede, na qual nos inserimos, como que enxertados, e vida plena, eterna e feliz, alcançamos.


(1) Versão do Missal  Cotidiano – Salmo 17(18), 1-7 

Crer no Ressuscitado é buscar as coisas do alto!

Crer no Ressuscitado é buscar as coisas do alto!

Quem nunca se encantou diante da beleza de uma montanha? Não por acaso, ela aparece na Bíblia como lugar da manifestação de Deus, quando Moisés recebeu a tábua dos dez Mandamentos; Jesus se transfigurou diante dos discípulos... 

A vocação cristã consiste em permanente subida à montanha sagrada para ouvir o Filho amado de Deus, sem fixar tendas no topo da montanha, mas descer a planície, ao quotidiano, enraizando esta Palavra, com renovado ardor no anúncio, no serviço, diálogo ecumênico e profundo com o mundo.

Mas diante desta montanha, podemos ter três posturas, que revelarão nossa identidade: os pessimistas, os medíocres e os corajosos, como nos disse um grande Teólogo, a partir de uma bonita metáfora:

“Imaginemos um grupo de excursionistas que partiram à conquista de um cume difícil, e olhemos para eles algumas horas depois da partida. Naquele momento, podemos presumir sua comitiva dividida em três tipos de indivíduos.

Alguns lamentam ter deixado o albergue. As fadigas, os perigos parecem-lhes sem proporção com o interesse do sucesso. Decidem regressar. a outros não lhes desagrada ter partido.

O panorama é belo. Mas, para que subir ainda? Não seria melhor desfrutar da montanha onde se está, no meio aos prados ou em pleno bosque?

E deitam na grama ou exploram as vizinhanças, esperando a hora do piquenique. Outros finalmente, os verdadeiros alpinistas, não tiram os olhos do cume que se prometeram conquistar. e retomam a subida. Queremos então ser felizes?

Deixemos retornar os cansados e os pessimistas. Deixemos os gozadores estender-se burguesamente na ladeira. E agreguemo-nos, sem hesitação, ao grupo daqueles que querem arriscar a escalada, até o último degrau. Para frente” (Pe. Teilhad de Chardin – Sulla felicitá –pp.28-29).

Tudo isto nos remete às belíssimas palavras de Paulo: “Se, pois, ressuscitastes com Cristo, procurai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. Pensai nas coisas do alto, e não nas da terra, pois morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus” (Cl 3,1-3). 

No topo da montanha O Filho amado nos diz o que são as coisas do alto: o amor, a fraternidade, o perdão, a acolhida, a solidariedade, a comunhão entre as pessoas e com todo o Universo...

Neste tempo de Páscoa mais uma vez somos convidados (as) a Celebrar a Ressurreição de Jesus. A presente reflexão tem a modesta pretensão de nos provocar diante da “montanha”.

Qual atitude tomaremos?

Somente com atitudes corajosas é que poderemos, no topo da montanha, contemplar o rosto do Ressuscitado e ressuscitar com Ele, não fugindo da cruz de cada dia a que fomos convidados a tomar e carregar, fazendo renascer entre nós relações evangélicas de ternura, para que a Igreja e o mundo sejam mais humanos, revestidos de beleza e alegria!

Assim a luz do Ressuscitado brilhará, a partir de pequenos e grandes gestos de amor, concretizando a devoção que mais agrada a Deus que é a dedicação aos necessitados.

E na Eucaristia, fonte e ápice da vida cristã, renovamos nossas forças, para subir e descer a montanha incansavelmente para que nosso testemunho nos assegure vida plena, com dignidade e esperanças renovadas...

É Páscoa!
Busquemos as coisas do alto! Subamos a montanha! Não tenhamos medo!

“Levantem as mãos cansadas e fortaleçam joelhos enfraquecidos. Endireitem os caminhos por onde terão que passar, a fim de que o que é aleijado não manque, mas seja curado”! (Hb 12,12-13). 

Contemplamos o Mistério Pascal

Contemplamos o Mistério Pascal

Uma reflexão à luz da passagem da Carta de Paulo aos Romanos:

– “A Palavra está perto de ti, em tua boca e em teu coração, Essa Palavra é a Palavra da fé, que nós pregamos. Se, pois, com tua boca confessares Jesus como Senhor e, no teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, será salvo. É crendo no coração que se alcança a justiça e é confessando a fé com a boca que se consegue a salvação” (Rm 10,8b-10).

Reflitamos sobre aquele que vive para sempre, Jesus Cristo, Aquele que foi transpassado pela lança, morto na Cruz, por amor de nós e pela nossa redenção.

Vive glorioso, sentado à direita do Pai, e, no fim dos tempos, virá nos julgar, Aquele que:

- curava as feridas de nossa alma e sempre nos curará, pois nada pode impedir a ação curativa de Seu Divino Amor e poder;

- que chamou a muitos pelo nome e continuará nos chamando;

- que promoveu a paz, e fez dos Seus discípulos também promotores da mesma, e continuará nos enviando com a mesma missão;

 - que multiplicou os pães, saciando a fome da multidão, ensinando que o gesto de amor e partilha gera um mundo novo, e em cada Eucaristia, esta lição nos dará;

- que ressuscitou o filho da viúva de Naim, Lázaro Seu amigo e também todo aquele que n’Ele viver e crer, também ressuscitará;

- que acolheu os pecadores e comunicou o perdão, destruindo o pecado, renovando a vida do pecador por Sua misericórdia, e conosco, sobretudo pelo Sacramento da Penitência, também sempre fará, e o divino perdão nos comunicará;

- que deu a Sua vida por amor de nós e nos ensinou o mesmo a fazer, e ao mundo, este amor e doação os discípulos também haverão de fazer;

- que amou e perdoou Seus inimigos, e o mesmo, espera que façamos em todo tempo e lugar;

- que nos amou e nos viu para além das nossas aparências, e espera que também tenhamos sempre novos olhares, olhares de ternura, perdão, solidariedade e misericórdia;

- que suportou todas as dores, angústias, traições, abandono, despojamento, aniquilamento, mas pelo Pai glorificado; e diante d’Ele todo joelho se dobrará e toda língua proclamará que Ele é o Senhor.

Contemplamos o Mistério Pascal, acolhendo na fé Deus Pai, que Se dá a nós pelo Cristo Ressuscitado e no Espírito presente em nossos corações.

Contemplamos o Mistério Pascal, envolvidos por este movimento intenso, imenso e profundo de amor, para viver a vida nova dos que professam com os lábios e creem com o coração, e assim, obteremos a salvação.

Contemplamos o Mistério Pascal, a Ressurreição do Senhor, que regenera continuamente a nossa fé e a nossa experiência de fé cristã.

Contemplamos o Mistério Pascal, em pequenos e grandes gestos de amor que Deus multiplicou e haverá de multiplicar sempre.

Amém. Aleluia! Aleluia!

Com Ele a entrada na eternidade!

Com Ele a entrada na eternidade!

Há várias “entradas”...
Há a entrada permitida ou não, em determinados locais...
Há o ingresso para a entrada, sem o que ficamos fora do espetáculo...

Há o prato de entrada que antecede a deliciosa ceia ou jantar...
A História também tem suas entradas, que foram as Expedições da época colonial...

Há as ações de entrada triunfais em shows, torneios, campeonatos, jogos, espetáculos...

Há os votos de Boas Entradas na saudação do Ano-Novo... 
Há a entrada do maestro indicada com gesto para o instrumento ou voz do cantor... 

Há a entrada franca no acesso livre de uma apresentação (espetáculo, jogo etc.)...

Porém, há outras entradas que nos levam a refletir, rezar...
Há a entrada do Senhor em Jerusalém, no dia de Ramos e da Paixão.
Aclamado como bendito Filho de Davi, com brados efusivos de Hosana no mais alto dos céus!

Acolhido como Rei, com ramos de oliveira estendidos pelo chão...
Em menos de uma semana, após ter feito tão necessária entrada para nossa redenção, ei-Lo abandonado, solitário, rejeitado, negado, traído, condenado, humilhado... 

Sofrimento, por amor, até o fim assumido,
Para que todos nós fossemos redimidos...
Morto na Cruz, suor e sangue derramados,
Agonia vivida, em fidelidade ao Projeto do Pai:
Espírito nas mãos do Pai entregue: tudo consumado!

Precedendo a entrada gloriosa, ao túmulo é levado,
A mansão dos mortos, não poderia deixar de ter visitado.
As almas que ansiosas esperavam, dos grilhões da morte, são libertadas...
O sábado do silêncio sepulcral, apatia, desânimo, aparência de fracasso.
Mas eis que na madrugada uma notícia alegre Maria Madalena contempla e anuncia:
Não poderia ficar para sempre morto, quem a Deus plenamente se confia.

Ressuscitou! Aleluia!
Tendo entrado na escuridão da noite, agora pelo Pai exaltado, glorificado.
Não mais apenas entrando em Jerusalém momentaneamente,
Entrou para sempre na Glória dos Céus: à direita do Pai sentado está.

A entrada no céu foi a grande vitória alcançada, que só o foi, porque da entrada em Jerusalém não Se acovardou.

Os poderes que matam enfrentou  obediência, fidelidade, confiança filial e incondicional o acompanhou  “Deus meu Deus, por que me abandonaste!”. Mesmo no ápice do sofrimento da condição humana, a presença de Deus, o Amor do Pai suplicou (silêncio...)

Assim será para quem no céu quiser entrar:
Teremos entradas minúsculas, e Entrada Maiúscula...
Há um caminho a ser feito. A cada tempo a Jerusalém nos desafia à entrada, em plena imitação no seguimento do Senhor.

Seguir Seus passos, trilhar Seu Caminho; pois Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.

Eis o caminho para a Entrada na glória que passa pela entrada em Jerusalém: Se nos céus quisermos entrar, há um longo caminho a percorrer, e uma cruz, com coragem e fé renovada a cada dia, com renúncias, o Senhor seguir... Suportando tudo que o Amado sofreu em fidelidade ao Deus Amante que jamais lhe faltou presença, pois com Ele estava o Espírito, o Amor! Amém! Aleluia! Aleluia!

Os Mandamentos divinos: caminho de felicidade

Os Mandamentos divinos: caminho de felicidade

Como discípulos missionários, é preciso utilizar os bens que passam para alcançarmos os bens que não passam, e com sabedoria, fidelidade e habilidade, participarmos da construção de uma nova sociedade, pondo os bens a serviço de todos, numa clara postura profética contra a ambição e a acumulação.

O discípulo deve ser livre de todos os bens porque possui um Bem Maior: Jesus Cristo e a eternidade.

São Basílio Magno (séc. IV) já nos acenava que toda a concentração ou desperdício geram situações de miséria e indigência:

“Não és acaso um ladrão, tu que te apossas das riquezas cuja gestão recebeste? ... Ao faminto pertence o pão que conservas; ao homem nu o manto que manténs guardado; ao descalço, os sapatos que estão estragando em tua casa; ao necessitado, o dinheiro  que escondeste. Cometes assim tantas injustiças quantos são aqueles a quem poderias dar.”

A prática da Oração, feita por um coração puro e sintonizado com os desígnios divinos, abre os horizontes da fraternidade, amizade, comunhão e solidariedade, gerando a vida e a paz, acompanhada da prática dos Mandamentos da Lei Divina:

1. Amar a Deus sobre todas as coisas.
2. Não tomar o Seu santo nome em vão.
3. Guardar domingos e festas de guarda.

E mais os outros sete, que nos ajudam a construir um Projeto de Amor e vida, felicidade, alegria, partilha e paz:

4. Honrar pai e mãe.
5. Não matar.
6. Não pecar contra a castidade.
7. Não furtar.
8. Não levantar falso testemunho.
9. Não desejar a mulher do próximo.
10. Não cobiçar as coisas alheias.

Amar a Deus sobre todas as coisas é saber se relacionar com Ele e com todos, fazendo uso das coisas, sem se deixar escravizar por elas. Os Mandamentos Divinos garantem nossa adoração a Deus, pois adoramos a Deus, amando o próximo. Amém.

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