sexta-feira, 12 de dezembro de 2025
“Santa Maria, Mãe de Deus”
Contemplamos quatro nascimentos...
“Nascido de uma mulher”
“Quando se completou o tempo previsto,Deus enviou o Seu Filho, nascido de uma mulher,nascido sujeito à Lei” (Gl 4,4)
Na passagem da Carta de Paulo aos Gálatas (Gl 4, 4-7), mais uma vez, contemplamos o amor de Deus, que vem ao nosso encontro “nascido de uma mulher” (segundo a carne), Maria, e por meio deste Filho nos tornamos livres e amados e podemos nos dirigir a Deus chamando-O de “Abbá” (papai), consequentemente, filhos de Deus; e sujeito a lei (situado no contexto da cultura judaica).
E foi na “plenitude do tempo” – “Quando se completou o tempo previsto” (Gl 4,4), que se deu o cumprimento do tempo messiânico ou escatológico, encerrando de modo perfeito uma longa expectativa, e fundamental participação teve Maria:
“O aparecimento de Cristo na história humana não foi uma mera irrupção vertical que tocou a periferia do acontecer mundano de uma maneira simplesmente tangencial. O Filho de Deus emergiu no meio da história, como qualquer homem, suportando todas as consequências da alienação humana: ‘nascido de uma mulher, nascido sob o domínio da lei’” (1).
De fato, Jesus, o Filho de Deus, assumiu a natureza humana no seio de uma mulher e Se inseriu na realidade histórica de determinado povo, colocando-Se, portanto, sob a Lei (Gl 4,4. Rm 1,3); e com isto, veio nos resgatar da Lei para nos tornar filhos no Filho, filhos de Deus porque nascidos d’Ele (Jo 1,12-13; 3,3.5):
“Aqui, como em Fl 2,6-11), apresenta-nos Cristo realizando o único esquema de toda a ação libertadora. Este esquema tem três tempos:
1 – Inserção na miséria que é preciso salvar.
2 – Autolibertação com base num acréscimo de força salvadora.
3 – Arrasto dos outros companheiros de miséria” (2).
Como o libertador perfeito, em primeiro lugar, partilha a alienação legal, da qual haveria de salvar a humanidade. Abre mão de todos os privilégios e Se coloca em favor dos últimos, dos oprimidos e por fim, arrasta consigo aqueles que O seguem com mesma missão e destino.
E como Igreja Sinodal que somos, fazendo esta experiência de filhos amados de Deus, a comunidade é vocacionada a criar e fortalecer os laços fraternos, sem marginalização ou exclusão, ou escravidão, como tão bem acenou o Papa Francisco em sua Mensagem para o dia Mundial da paz (2015): – “Já não escravos, mas irmãos".
A exemplo de Maria, a serva do Senhor e bendita entre todas as mulheres no fruto do seu seio, cantemos hinos de ação de graças ao Pai, que nos plenificou de todos os bens através de Seu Amado Filho, feito homem por nós, e por nós, morto e ressuscitado.
(1) (2) - Comentários à Bíblia Litúrgica – Gráfica Coimbra 2 – pág.1558
Fonte de pesquisa: Missal Dominical – Editora Paulus – 1995 – p. 115
Rezando à luz dos Prefácios da Bem-Aventurada Virgem Maria
Rezando à luz dos Prefácios da Bem-Aventurada Virgem Maria
Rezemos à luz dos cinco Prefácios
da Bem-Aventurada Virgem Maria conforme Missal Romano:
I - A
maternidade da Bem-Aventurada Virgem Maria:
“...Por obra do Espírito
Santo ela concebeu o vosso Filho Unigênito e, sem perder a glória de sua
virgindade, deu ao mundo a luz eterna, Jesus Cristo, Senhor nosso...”
II – A Igreja
louva a Deus com as palavras de Maria:
- “...Na comemoração da
Bem-aventurada, exaltamos, ainda mais, vossa clemência, inspirando-nos no mesmo
hino que ela cantou em vosso louvor.
De fato, fizestes
grandes coisas por toda a terra e, de geração em geração, manifestastes a vossa
infinita misericórdia, quando olhastes para a humildade de vossa serva, e nos
destes, por meio dela, o autor da salvação da humanidade, vosso Filho Jesus
Cristo, Senhor nosso...”
III – Maria,
imagem e Mãe da Igreja:
- “Acolhendo vosso Verbo
no seu coração imaculado, ela mereceu concebê-lo em seu seio virginal, e dando
à luz o Fundador, acalentou a Igreja que nascia.
Recebendo aos pés da
cruz o testamento da caridade divina, ela assumiu todos os seres humanos como
filhos e filhas, gerados para a vida eterna pela morte de Cristo.
Ao esperar com os
Apóstolos o Espírito prometido, unindo suas súplicas às preces dos discípulos
tornou-se modelo da Igreja orante...”
IV – Maria,
sinal de consolação e esperança:
- “Nós vos louvamos e bendizemos
na (...) da Bem-aventurada Virgem Maria, por Cristo, Senhor nosso.
Humilde serva, ela
acolheu vossa palavra e a guardou no seu coração; admiravelmente unida ao
mistério da redenção, perseverou com os apóstolos em oração, esperando a vinda
do Espírito Santo; agora resplandece no caminho da nossa vida, como sinal de
consolação e de firme esperança...”
V – Maria,
imagem da nova humanidade:
“...Na plenitude dos
tempos revelastes o mistério escondido nos séculos antigos para que o mundo
inteiro recuperasse a vida e a esperança.
Pois, em Cristo, novo
Adão, e em Maria, nova Eva, manifestastes o mistério da vossa Igreja como
primícia da humanidade redimida.
Por este dom admirável,
toda a criação, na força do Espírito Santo, retorna ao caminho original da
Páscoa eterna...”
“Salve Rainha, Mãe de Misericórdia, vida e doçura...”
Prefácio do Advento II A - Maria, a nova Eva
Prefácio do Advento II A - Maria, a nova Eva
“...Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso. Nós Vos louvamos, bendizemos e glorificamos pelo mistério da virgem Maria, mãe de Deus.
Do antigo adversário nos veio a desgraça, mas do seio virginal da Filha de Sião germinou Aquele que nos alimenta com o Pão do Céu e garante para todo o gênero humano a salvação e a paz.
Em Maria, é-nos dada de novo a graça que por Eva tínhamos perdido. Em Maria, mãe de todos os seres humanos, a maternidade, livre do pecado e da morte, se abre para uma nova vida.
Se grande era a nossa culpa, bem maior se apresenta a divina misericórdia em Jesus Cristo, nosso Salvador. Por isso, enquanto esperamos Sua chegada, unidos aos anjos e a todos os santos, cheios de esperança e alegria, nós Vos louvamos, cantando (dizendo) a uma só voz...”
O Natal e a alegria mais profunda
Advento: rever nossas atitudes

que não entra no caminho dos malvados,
mas encontra seu prazer na Lei de Deus,






