segunda-feira, 7 de julho de 2025

Em poucas palavras

                                                      


Santíssima Trindade: Amante, Amado e Amor

“Com efeito, são Três: o Amante, o Amado, o Amor.” (1)

“E não mais que Três: um que ama aquele que procede dele, um que ama aquele do qual procede, e o amor mesmo.” (2)

 

(1)De Trinitate – Santo Agostinho – citado em Teologia da Ternura – m “evangelho” a descobrir - Carlo Rochetta - Editora Paulus – pág. 318

 

Amadureçamos na fé

                                                         

Amadureçamos na fé

Na Liturgia, da Segunda-feira da 14ª Semana do Tempo Comum ouvimos a passagem do Evangelho de Mateus (Mt 9,18-26),  e refletimos sobre a autêntica fé:

- A fé do pai: um chefe, portanto, representante do judaísmo oficial,  que pede que Jesus venha a impor as mãos sobre ela para que volte a viver, “é uma fé aberta, contra toda a esperança, contra toda a evidência, perante a morte”.

- A fé daquela mulher hemorrágica há 12 anos: a fé de “uma pessoa que vence a vergonha e o isolamento em que está envolvida a sua existência, e encontra coragem de se aproximar às escondidas para conseguir misericórdia”.

Também nós, como discípulos missionários, somos chamados ao amadurecimento constante na fé, e nas promessas e intervenções divinas.

Precisamos de uma fé “aberta” contra toda a esperança, confiando em Deus, para quem nada é impossível.

Além disto, aprendemos com a mulher que nossa fé rompe barreiras, e podemos nos dirigir a Deus, que tem para conosco um olhar sempre pronto e solícito de misericórdia.

Movidos pela fé, podemos contar com a solicitude, bondade e clemência divina que vem em nosso socorro, abrindo novos horizontes e possibilidades, do absolutamente inédito em nossa vida, ou seja, do melhor d’Ele para nós; somos curados de nossas enfermidades (físicas e espirituais); e podemos vislumbrar a força da vida que vence a morte, sobretudo porque cremos no Ressuscitado, Aquele que agora vive e reina sobre tudo e todos.

E isto é possível quando correspondemos ao amor de Deus que jamais desiste de nós, ainda que pecadores sejamos.

Quando nos abrimos ao Mistério do Amor Divino da Santíssima Trindade:

- escutamos a voz de Deus que nos fala no mais íntimo de nós,
- quando sabemos nos recolher e silenciar para escutá-La;

- quando O acolhemos na mais profunda e fecunda intimidade e amizade;
- quando abrimos nosso coração para Sua preferida morada, e O acolhemos como mais belo Hóspede;

- finalmente, quando vivemos a dimensão pascal da fé: passagens contínuas do pecado à graça, da escuridão à luz; do ódio ao amor e da vida à morte.

É tempo de testemunharmos a nossa fé no Senhor, acolhendo e vivendo Sua Palavra, com a força que nos vem do Pão da Eucaristia.



Notas: Lecionário Comentado - Editora Paulus – 2011 – Vol. I  pp.678-679.

Revigoremos a virtude divina da fé

                                                      

Revigoremos a virtude divina da fé

Senhor, ajudai-nos, para que jamais separemos a fé que professamos  e as linhas do cotidiano que escrevemos com nossas palavras e ações.

Senhor, ajudai-nos no amadurecimento de nossa fé, pois como Jacó, por vezes ela pode ser ainda imatura, necessitada de abrir-se cada vez mais à vontade divina.

Senhor, ajudai-nos a viver uma fé não condicionada a resultados, mas sempre predisposta à purificação e crescimento constante.

Senhor, não nos permitais que vivamos uma fé dolente, com lamentos e reclamações inúteis, mas prontos para o amadurecimento no deserto árido do cotidiano.

Senhor, perdoai-nos se por vezes caímos, ou mesmo traímos nossa fé por pensamentos, palavras, atos ou omissões, e ajudai-nos a voltar regenerados ao primeiro Amor.

Senhor, concedei-nos uma fé aberta à Vossa ação e poder, crendo contra toda falta de esperança, sobretudo diante dos sinais de morte.

Senhor, que a exemplo da mulher curada da febre hemorrágica, vivamos uma fé que vence a vergonha e o isolamento que possa se colocar nossa existência.

Senhor, que a exemplo desta, renovai a nossa coragem de nos aproximarmos de Vossa misericórdia, que nos acolhe, ama, cura e perdoa. Amém.


Fontes inspiradoras:
Lecionário Comentado – Editora Paulus – 2011 – Vol. I Tempo Comum – p.678
Gn 28,10-22a; Mt 9,18-26

Movidos pela fé no Senhor

                                                    

Movidos pela fé no Senhor

A Liturgia, da Segunda-feira da 14ª Semana do Tempo Comum (ano ímpar), nos oferece as seguintes passagens: Gn 28,10-22a; Sl 90; Mt 9,18-26, e refletimos sobre a fé:

- A fé de Jacob: “uma fé ainda imatura, que se abre, é verdade, à entrada de Deus na sua vida, mas por detrás de muitas promessas e expectativas”.

- a fé do Salmista: confiança plena e incondicional no Senhor, em todas as circunstâncias, sobretudo as mais adversas.

- A fé do pai: um chefe, portanto, representante do judaísmo oficial,  que pede que Jesus venha a impor as mãos sobre ela para que volte a viver, “é uma fé aberta, contra toda a esperança, contra toda a evidência, perante a morte”.

- A fé daquela mulher hemorrágica há 12 anos: a fé de “uma pessoa que vence a vergonha e o isolamento em que está envolvida a sua existência, e encontra coragem de se aproximar às escondidas para conseguir misericórdia”.

Também nós, como discípulos missionários, somos chamados ao amadurecimento constante na fé, e nas promessas e intervenções divinas.

Precisamos de uma fé “aberta” contra toda a esperança, confiando em Deus, para quem nada é impossível.

Além disto, aprendemos com a mulher que nossa fé rompe barreiras, e podemos nos dirigir a Deus, que tem para conosco um olhar sempre pronto e solícito de misericórdia.

Movidos pela fé, podemos contar com a solicitude, bondade e clemência divina que vem em nosso socorro, abrindo novos horizontes e possibilidades, do absolutamente inédito em nossa vida, ou seja, do melhor d’Ele para nós; somos curados de nossas enfermidades (físicas e espirituais); e podemos vislumbrar a força da vida que vence a morte, sobretudo porque cremos no Ressuscitado, Aquele que agora vive e reina sobre tudo e todos.

E isto é possível quando correspondemos ao amor de Deus que jamais desiste de nós, ainda que pecadores sejamos.

Quando nos abrimos ao Mistério do Amor Divino da Santíssima Trindade:

- escutamos a voz de Deus que nos fala no mais íntimo de nós,
- quando sabemos nos recolher e silenciar para escutá-La;
- quando O acolhemos na mais profunda e fecunda intimidade e amizade;
- quando abrimos nosso coração para Sua preferida morada, e O acolhemos como mais belo Hóspede;
- finalmente, quando vivemos a dimensão pascal da fé: passagens contínuas do pecado à graça, da escuridão à luz; do ódio ao amor e da vida à morte.

É tempo de testemunharmos a nossa fé no Senhor, acolhendo e vivendo Sua Palavra, com a força que nos vem do Pão da Eucaristia.



Notas: Lecionário Comentado - Editora Paulus – 2011 – Vol. I  pp.678-679.

Bebamos da divina fonte da Sagrada Escritura

 


Bebamos da divina fonte da Sagrada Escritura

Sejamos enriquecidos pelo Comentário do Salmo (Sl 1,33) escrito pelo Bispo Santo Ambrósio (séc. IV):

“Primeiramente tens de beber o Antigo Testamento, para poder beber também o Novo. Se não bebes o primeiro, também não poderás beber o segundo.

Bebe o primeiro, para encontrar algum alívio em tua sede: bebe o segundo, para saciar-te de verdade. No Antigo Testamento encontrarás um sentimento de contrição; no Novo, a verdadeira alegria.

Aqueles que beberam, no que não deixa de ser um tipo, puderam saciar sua sede; aqueles que beberam no que é a realidade, chegaram a embriagar-se completamente.

Quão boa é esta embriaguez que comunica a verdadeira alegria e não envergonha em nada! Quão boa é esta embriaguez que faz avançar com segurança a nossa alma que não perdeu seu equilíbrio! Quão boa é esta embriaguez que serve para regar o fruto da vida eterna! Bebe, pois, esta taça da qual diz o profeta: E minha taça transborda.

Porém, são duas as taças que tens de beber: a do Antigo Testamento e a do Novo; porque em ambas tu bebes a Cristo. Bebe a Cristo, porque é a verdadeira vide; bebe a Cristo, poque é a pedra da qual brotou  água; bebe a Cristo, porque é fonte de vida; bebe a Cristo, porque é o canal cujo correr alegra a cidade; bebe a Cristo, porque é a paz; bebe a Cristo, porque de seu interior manarão rios de água viva; bebe a Cristo, e assim beberás o sangue que te redimiu; bebe a Cristo, e assim assimilarás as Suas palavras; porque palavra Sua é o Antigo Testamento, palavra Sua também é o Novo.

Chegamos a beber e a comer a Sagrada Escritura se o sentido profundo da terceira palavra vem a embeber as nossas almas, como se circulasse por nossas veias e fosse o motor que impulsionasse toda a nossa atividade.

Finalmente, não só de pão vive o homem, mas de toda palavra de Deus. Bebe esta Palavra, porém a bebe na ordem devida. Bebe-a no Antigo Testamento e apressa-te a bebê-la no Novo. Também Ele, como se apressasse a Si mesmo a fazê-lo, diz: Agora engrandecerá o caminho do mar, ao outro lado do Jordão, a Galileia dos gentios. O povo que caminhava nas trevas viu uma grande luz, habitavam na escuridão e uma luz reluziu para eles.

Portanto, bebe prontamente, para que brilhe para ti uma grande luz, não a luz de todos os dias, nem a do dia, nem a do sol, nem a da lua; mas aquela que afugenta as sombras da morte. Pois, aos que vivem nas sombras da morte é impossível que vejam a luz do sol e do dia. E, adiantando-se a tua pergunta: Por que tão maravilhoso esplendor, por que tão extraordinário favor?, responde: Porque um menino nasceu para nós, um menino nos foi dado. Um menino, que nasceu da virgem, Filho, que, por ter nascido de Deus, é Aquele que faz com que brilhe tão maravilhosa luz. Um menino nasceu para nós. Nós, aos crentes.

Nasceu para nós, porque a Palavra se fez carne e habitou entre nós. Nasceu para nós, porque da Virgem recebeu carne humana, nasce para nós, porque a Palavra nos é dada. Ao participar de nossa natureza, nasce entre nós; ao ser infinitamente superior a nós, é o grande dom que nos é concedido.”

Como peregrinos da esperança, seja a oração nossa força e luz no caminho.

Bebamos sempre da inesgotável divina fonte da Sagrada Escritura, de coração contrito e humilhado, para transborde a alegria de Deus em nossos corações. Amém.

Lecionário Patrístico Dominical - Editora Vozes - 2013 - pág. 424-425

Glorifiquemos a Deus

                                                      


Glorifiquemos a Deus

Glorifiquemos a Deus e vivamos nosso compromisso batismal, na ação evangelizadora, jamais deixando que o orgulho, vaidade, prestígio, domínio nos ceguem, a fim de que não façamos perder a beleza de nosso anúncio, ou o colocando em descrédito por ausência de autêntico testemunho.

Glorifiquemos a Deus e não deixemos que os “espinhos da carne” sufoquem nosso amor e dedicação a Ele e ao próximo, ainda que surjam dificuldades e obstáculos, multipliquemos os gestos expressivos de caridade e solidariedade.

Glorifiquemos a Deus enfrentando com força e coragem tudo que possa nos aprisionar, roubando-nos a liberdade que o Senhor  nos alcançou; suportando açoites, perseguições, incompreensões, calúnias por causa de Jesus, se vierem inevitavelmente; pacientes na tribulação, resistentes na tentação e agradecidos a Deus  na prosperidade.

Glorifiquemos a Deus, caminhando todos juntos, como Igreja Sinodal, a serviço do Reino de amor, justiça, verdade, liberdade, vida, santidade, fraternidade e verdadeira comunhão, pela luz da Palavra, iluminados e conduzidos pelo Pão da Eucaristia, alimentados e fortalecidos. Amém.


Fontes inspiradoras: Mt 5,1-12; 2 Cor 11,18-21b-30; Gl 5,1

 

Peregrinar na esperança, crescer no amor fraterno

 


Peregrinar na esperança, crescer no amor fraterno

 

Na passagem da Carta de São Paulo aos Romanos (Rm 12,9-12), temos um "pequeno decálogo" que nos ilumina no testemunho de nossa fé e adesão ao Senhor:

 

1.           Viver um amor sincero;

2.           Detestar o mal, apegando-se ao bem;

3.           Viver o amor fraterno, que nos une aos outros com terna afeição;

4.           Cuidar dos relacionamentos com atenções recíprocas;

5.           Ser zeloso e diligente;

6.           Ser fervoroso de espírito;

7.           Servir sempre ao Senhor;

8.           Ser alegre por causa da esperança;

9.           Forte nas tribulações;

10.        Perseverante na oração.

 

Fundamental que, em todo o tempo, nossas comunidades se empenhem em viver relações mais fraternas, contando com a presença e ação do Espírito, para pôr em prática este “pequeno decálogo”, dando razão de nossa esperança, numa fé íntegra e esforçada caridade:

 

Oremos:

 

Vinde, Espírito Santo, sobre a Igreja, com o amor entranhado de um irmão mais velho, para que nossa alma ao receber a Vossa luz, seja elevada acima da inteligência humana, e veremos o que antes ignorávamos.

 

Vinde, Espírito Santo,  como raios de luz para iluminar também os que se encontram nas trevas, e assim como ao nascer do sol, recebam nos olhos a Sua luz,  enxergando claramente coisas que até então não viam.

 

Vinde, Espírito Santo, sobre a Igreja, para salvar, curar, ensinar, aconselhar, fortalecer, consolar, iluminar nossa alma e a de todos que nos foram confiados.  Amém!

 

(1) Inspirado nos escritos do Bispo de Jerusalém, São Cirilo (séc. IV)

 

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