terça-feira, 11 de março de 2025

Discípulos do Divino Mestre em busca da perfeita sintonia

                                                    

 

Discípulos do Divino Mestre em busca da perfeita sintonia
 
Sejamos iluminados pelo Tratado sobre a verdadeira imagem do cristão, escrito pelo bispo São Gregório de Nissa (séc. IV).
 
“São três as coisas que manifestam e distinguem a vida cristã: a ação, a palavra e o pensamento. Das três, tem o primeiro lugar o pensamento. Em seguida, a palavra, que nos revela o pensamento concebido e impresso no espírito.
 
Depois do pensamento e da palavra vem, na ordem, a ação, realizando por fatos o que o espírito pensou.
 
Portanto, se alguma coisa na vida nos induz a agir ou a pensar ou a falar, é necessário que o nosso pensamento, a nossa palavra e a nossa ação sejam orientadas para a regra divina daqueles nomes que descrevem a Cristo, de modo a nada pensarmos, nada dizermos e nada fazermos que se afaste do seu alto significado.
 
Então, o que terá de fazer aquele que se tornou digno do grande nome de Cristo, a não ser examinar diligentemente os próprios pensamentos, palavras e ações, julgando se cada um deles tende para Cristo ou se lhe são estranhos?
 
De muitas maneiras operamos este magnífico discernimento. Tudo quanto fazemos, pensamos ou falamos com alguma perturbação, de nenhum modo está de acordo com Cristo, mas traz a marca e a figura do inimigo, que mistura a lama das perturbações à pérola da alma para deformar e apagar o esplendor da joia preciosa.
 
O que, porém, está livre e puro de toda afeição desordenada, relaciona-se com o Autor e Príncipe da tranquilidade, o Cristo.
 
Quem d’Ele bebe, como de Fonte pura e não poluída, as suas ideias e os seus sentimentos, revelará em si a semelhança com o princípio e a origem, tal como a água na própria fonte é igual a que corre no límpido regato e á que brilha na jarra.
 
De fato, é uma só e mesma a pureza de Cristo e a que se encontra em nossos espíritos. Mas a pureza de Cristo brota da fonte, enquanto a nossa dela flui e chega até nós, trazendo consigo a beleza dos pensamentos para a vida.
 
Portanto, a coerência do homem interior e do exterior aparece harmoniosa, quando os pensamentos que provêm de Cristo guiam e movem a modéstia e a honestidade de nossa vida”. (1)
 
Reflitamos sobre a nossa vida cristã autêntica, para encontramos a perfeita sintonia entre pensamento, palavra e ação, de tal modo que reavivemos e consolidemos nossa vocação e eleição.
 
Procuremos sempre esta perfeita sintonia, de tal modo que quanto maior for, mais autêntica vida cristã, e ressoando as palavras do Bispo, que a “lama das perturbações” não se misture à pérola de nossa alma, apagando o esplendor divino que em nós habita.

O Cardeal Martini (Vida Pastoral nº 266) nos apresenta quatro atitudes que, se verdadeiramente vividas, realizarão a premente necessidade de sintonia   entre o pensar, falar e agir, assegurando-nos criatividade e autenticidade como discípulos missionários de Jesus Cristo:
 
I. A Leitura orante da Bíblia – diariamente, nutrir-se pela Palavra de Deus, para que os pensamentos, por ela, sejam iluminados, expressos em palavras e gestos. O maior bem que se possa desejar e alcançar.
 
II. O autocontrole – a vontade de Deus há de prevalecer sobre as próprias vontades, com disciplina, renúncia, acrisolamento, amadurecimento, despojamento, desprendimento; alcançando o amadurecimento no discipulado, afastando toda possibilidade de esgotamento e vazio existencial.     
 
III. O Silêncio – Mais do que nunca, é necessário afastar-se da insana escravidão do barulho e das conversas, muitas vezes, inúteis e desnecessárias. Dedicar, ao menos, meia hora por dia para o silêncio e meio-dia a cada semana para pensar em si mesmo, refletir e rezar. Aparentemente inviável e impossível, mas é preciso dar o primeiro passo.
 
IV. A Humildade – O Espírito Santo é o verdadeiro protagonista da Evangelização. Há de se ter a consciência de que sem o sopro do Espírito nada somos e nada podemos. Dele procedem todos os dons e a graça para que consigamos viver o que falamos, falar o que pensamos e pensar o que rezamos.
 
A credibilidade da Igreja está relacionada ao seu testemunho do indizível Amor divino, sem incoerências execráveis, na mais perfeita fidelidade Àquele que é a Perfeitíssima Coerência: Cristo Jesus, Nosso Senhor; entranhados em Seu coração e envolvidos pelos laços de Sua indispensável ternura. 
 
A triplicidade vivida é fundamental para o alcance da autêntica felicidade, de modo que, a sua ausência abre espaço para incoerências, infidelidades, contratestemunhos e escândalos, enfraquecendo o conteúdo da Palavra Divina que anunciamos, do Projeto do Reino que acreditamos e do Mistério que celebramos.    
 
Reflitamos:
- Como alcançá-la?
- Qual o caminho para encurtar eventuais distanciamentos entre o que pensamos, falamos e fazemos?
 
Concluo: quer pensemos, quer falemos, quer façamos qualquer coisa, façamos em nome do Senhor Jesus. 
 
A vida cristã será cada vez mais autêntica, quanto mais encurtemos a distância entre o que pensamos, falamos e agimos, sempre dentro dos propósitos do Evangelho, para melhor correspondermos ao que Deus espera de cada um de nós. Amém!
 
  

(1) Liturgia das Horas – Vol. III – pp.354-355.

Em poucas palavras...

                                                      


“O caminho desta perfeição passa pela cruz...”

“O caminho desta perfeição passa pela cruz. Não há santidade sem renúncia e combate espiritual (2 Tm 4). O progresso espiritual implica a ascese e a mortificação, que conduzem gradualmente a viver na paz e na alegria das Bem-Aventuranças: 

«Aquele que sobe, nunca mais para de ir de princípio em princípio, por princípios que não têm fim. Aquele que sobe nunca mais deixa de desejar aquilo que já conhece» (São Gregório de Nissa).” (1)

 

(1)        Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n.2015

Em poucas palavras...

                                                     


A perfeição cristã

“«Todos os cristãos [...] são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade» (Lumen Gentium 40). «A perfeição cristã só tem um limite: o de não ter nenhum» (São Gregório de Nissa).” (1)

 

(1)              Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 2028

“O cristão, outro Cristo”

                                                        

“O cristão, outro Cristo”

À luz do Tratado sobre a verdadeira imagem do cristão, escrito pelo Bispo São Gregório de Nissa (Séc. IV), reflitamos sobre o ser cristão, como um outro Cristo.

“Paulo sabe quem é Cristo, mais acuradamente do que todos. Com efeito, por suas atitudes mostrou como deve ser quem recebe o nome do Senhor, porque O imitou tão exatamente que revelou em si mesmo o próprio Senhor. Por tal imitação cheia de amor, transferiu seu espírito para o Exemplo, de modo que não mais parecia ser Paulo e sim Cristo, como ele mesmo bem o diz, reconhecendo a graça em si: Quereis uma prova d’Aquele que em mim fala, o Cristo. E mais: Vivo eu, já não eu, mas é Cristo quem vive em mim.

Manifestou então para nós que força possui este nome de Cristo, ao dizer que Cristo é a Virtude de Deus, a Sabedoria de Deus e deu-lhe os nomes de Paz, Luz inacessível onde Deus habita, Expiação, Redenção, máximo Sacerdote e Páscoa, Propiciação pelas almas, Esplendor da glória e Figura de sua substância, Criador dos séculos, Alimento e Bebida espirituais, Pedra e Água, Fundamento da fé e Pedra angular, Imagem do Deus invisível, grande Deus, Cabeça do Corpo da Igreja, Primogênito da nova criação, Primícias dos que adormeceram, Primogênito entre os mortos, Primogênito entre muitos irmãos, Mediador entre Deus e os homens, Filho unigênito coroado de glória e de honra, Senhor da glória, Princípio das coisas e Rei da justiça, e ainda de Rei da paz, Rei de tudo, Possuidor do domínio sobre o Reino que não tem limites.

Com esses e outros nomes do mesmo gênero designou o Cristo, nomes tão numerosos que não se pode contá-los com facilidade. Se forem combinadas e enfeixadas as significações de cada um, eles nos mostrarão o admirável valor e majestade deste nome, Cristo, que é impossível de traduzir-se por palavras, mas pode ser demonstrado, na medida em que conseguimos entendê-lo com nosso espírito.

Por ter a bondade de nosso Senhor nos concedido o primeiro, o maior e o mais divino de todos os nomes, o nome de Cristo, nós somos chamados ‘cristãos’. É necessário, então, que se vejam expressos em nós todos os outros nomes que explicam o nome do Senhor, para não sermos falsamente ditos ‘cristãos’; mas o testemunhemos com nossa vida.

Oremos:

Senhor Jesus Cristo, com o Vosso Espírito, queremos ser cristãos de fato, no autêntico testemunho com a nossa vida: pensamentos, palavras e ações.

Vós que sois a Virtude e Sabedoria de Deus, concedei-nos a graça de, como cristãos que somos, viver as virtudes divinas que nos movem, iluminados pela Divina Sabedoria do Vosso Espírito.

Vós que sois a Paz e Luz inacessível onde Deus habita, cumulai-nos com todos os bens que somente de Vós procedem, porque estais junto do Pai e com o Vosso Espírito.

Vós que sois Expiação, Redenção, máximo Sacerdote e Páscoa, intercedei a Deus por nós, para que sejamos misericordiosos como o Vosso Pai; mortos para o pecado e vivos para Deus.

Vós que sois a Propiciação pelas almas, Esplendor da glória e Figura de sua substância, iluminai com o Vosso Espírito as entranhas mais profundas de nosso coração, para sermos luz do mundo.

Vós que sois Criador dos séculos, Alimento e Bebida espirituais, Pedra e Água, saciai nossa sede e fome de amor, vida e paz, com a água e sangue que jorrou do Vosso lado pela lança aberto.

Senhor Jesus, Vós que sois o Fundamento da fé e Pedra angular, Cabeça do Corpo da Igreja, agradecemos e Vos pedimos a graça de sermos, verdadeiramente, pedras vivas da Igreja, Vosso Corpo Místico.

Senhor Jesus, Vós que sois a Imagem do Deus invisível, grande Deus, Primogênito da nova criação, ajudai-nos a reconhecer a graça de sermos criaturas e templos, obra das mãos divinas.

Senhor Jesus, Vós que sois Primícias dos que adormeceram, Primogênito entre os mortos, Primogênito entre muitos irmãos, conceda-nos um dia a graça da eternidade.

Senhor Jesus, Vós que sois Mediador entre Deus e os homens, Filho unigênito coroado de glória e de honra, Senhor da glória, acolhei junto de Vós todos os que amamos e nos antecederam.

Senhor Jesus, vós que sois o Princípio das coisas e Rei da justiça, Rei da paz e de tudo, Possuidor do domínio sobre o Reino que não tem limites, renovai nossas forças para que nos coloquemos como frágeis instrumentos e enviados Vossos na construção do Reino. Amém.

Somente o Senhor sacia nossa sede de eternidade

                                                      

Somente o Senhor sacia nossa sede de eternidade

Fizeste-nos para Ti e inquieto está nosso coração,
enquanto não repousa em Ti.”

Sejamos enriquecidos por mais uma das Homilias do Bispo São Gregório de Nissa (séc. IV), na qual nos apresenta Deus como um rochedo inacessível, mas sempre voltado para nós, nas inquietações que nos acompanham, no árduo caminho da fé que fazemos ao Seu encontro, para que um dia O contemplemos face a face.

“O que costuma acontecer a quem do alto de um monte olha para o vasto mar lá embaixo, isto mesmo se dá com o meu espírito em relação à altíssima Palavra do Senhor: dessa altura olho para a inexplicável profundidade de seu sentido.

A mesma vertigem que se pode sentir em alguns lugares da costa, quando se olha desde uma grande elevação a cavaleiro das ondas para o mar profundo, do alto saliente de um penhasco que, do lado do mar, parece cortado pelo meio do vértice até a base mergulhada nas profundezas, sobrevém a meu espírito suspenso à grande Palavra proferida pelo Senhor:

‘Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus’.

Deus Se oferece à visão daqueles que têm o coração purificado. ‘Deus, ninguém jamais O viu’, diz o grande João. Confirma esta asserção, Paulo, aquele espírito sublime: ‘A quem homem algum vê nem pode ver’.

Eis aqui o penhasco, escorregadio, despenhadeiro sem fundo, talhado a pique, que não oferece em si nenhum ponto de apoio para a inteligência da criatura!

O próprio Moisés sentiu-se esmagado pela Palavra: ‘Não há, diz ele, quem veja a Deus e continue a viver’. Ele sentenciou que este penhasco é inacessível, porque nunca nossa mente pode lá chegar, por mais que se esforce por alcançá-Lo, erguendo-se até Ele.

Ora, ver a Deus é gozar a vida eterna. No entanto, que Deus não possa ser visto, as colunas da fé, João, Paulo e Moisés, o afirmam.

Percebes a vertigem que arrasta logo o espírito para as profundezas do conteúdo desta questão?

De fato, se Deus é a vida, quem não vê a Deus não vê a vida. Mas que não se possa ver a Deus, tanto os Profetas quanto os Apóstolos, levados pelo Espírito divino, o atestam. Em que angústias, portanto, se debate a esperança dos homens?

Contudo, o Senhor vem erguer e sustentar a esperança vacilante, assim como fez a Pedro, a ponto de afundar, firmando-o na água tornada resistente ao caminhar, para que ele não se afogasse.

Portanto, se a mão do Verbo se estender para nós, que vacilamos no abismo de nossas especulações, colocando-nos em outra perspectiva, perderemos o medo e, já seguros, abraçaremos o Verbo que nos conduz como que pela mão, dizendo:

‘– Bem-aventurados os puros de coração porque eles verão a Deus’.”

Ver a Deus consiste no mais sublime desejo que habita nossa alma, como assim o foi na vida de todos os Santos e Santas, e que levou Santo Agostinho a dizer:

– “Fizeste-nos para Ti e inquieto está nosso coração, enquanto não repousa em Ti.”

Enquanto isto, importa suplicar ao Senhor, como falou o bispo; que O Senhor estenda Sua mão para que não vacilemos no abismo das especulações inúteis e estéreis, e assim não nos percamos no labirinto das verdades efêmeras, e tão pouco permitamos que nosso coração se curve às paixões que nos afastem da Paixão maior e incondicional, e, assim, nosso coração seja tomado pelo fogo abrasador do Amor de Deus, como rezou o Salmista (Sl 68/69):

“Por vossa causa é que sofri tantos insultos, e o meu rosto se cobriu de confusão; eu me tornei como um estranho a meus irmãos, como estrangeiro para os filhos de minha mãe. Pois meu zelo e meu amor por vossa casa/ me devoram como fogo abrasador.”

Movidos por uma esperança sem vacilos indesejáveis, e firmados numa fé, que nos impulsiona para os compromissos do Reino, na prática da inseparável virtude da caridade, que torna crível nossa fé e não ilusória nossa esperança, rumamos para a eternidade, ao mais belo e desejado dos Encontros.

Que a cada Eucaristia que participarmos, bebamos do Rochedo, que é o próprio Cristo, que nos dá vida nova pelo Batismo e nos sacia com o Sangue jorrado de Seu lado, para nos nutrir neste bom combate da fé, até que possamos merecer receber um dia, a coroa da glória, aos justos reservada.

Em poucas palavras...

                                                                     

 

“Deus amou tanto o mundo...” 

“Doente, nossa natureza precisava de ser curada; decaída, ser reerguida; morta, ser ressuscitada. 

Havíamos perdido a posse do bem; era preciso no-la restituir. Enclausurados nas trevas, era preciso trazer-nos à luz; cativos, esperávamos um salvador; prisioneiros, um socorro; escravos, um libertador. 

Essas razões eram sem importância? Não eram tais que comoveriam a Deus, a ponto de fazê-Lo descer até à nossa natureza humana para visitá-la, uma vez que a humanidade se encontrava em estado tão miserável e infeliz?”.(1)

 

 

(1)Bispo São Gregório de Nissa (séc. IV)

 

Pureza da alma desejável, olhos da alma iluminados

                                                         

Pureza da alma desejável, olhos da alma iluminados

Reflitamos uma parte da  Homilia do Bispo São Gregório de Nissa (Séc. IV) para refletirmos sobre a necessidade retirarmos toda ferrugem da alma que nos impede de revelar ao mundo o esplendor de Deus que haveremos de comunicar com a palavra e a vida.

“... Se, por uma vida intensa e diligente, lavares de novo as sujeiras que mancham e escurecem o coração, resplandecerá em ti a divina beleza.

Como acontece com o ferro, preto antes, retirada a ferrugem pelo polimento, começa a mostrar seu brilho ao sol, assim o homem interior, a quem o Senhor dá o nome de coração, quando limpar as manchas de ferrugem que surgiram em sua forma pela corrupção, recuperará a semelhança com sua principal forma original e se tornará bom. Pois o semelhante ao bom é bom.

Por consequência, quem se vê a si, em si vê a quem deseja. Deste modo é feliz quem tem o coração puro porque, olhando sua pureza, pela imagem descobre a forma principal.

Aqueles que veem o sol refletido num espelho, embora não tenham os olhos fixos no céu, não veem menos seu esplendor do que aqueles que olham diretamente para o próprio sol; da mesma forma, também vós, embora sem possuirdes a capacidade de contemplar a luz inacessível, se voltardes à beleza e à graça da imagem que vos foi dada no início, em vós mesmo tereis o que procurais.

A pureza, a ausência das paixões desregradas e o afastamento de todo o mal é a divindade. Se, portanto, se encontrarem em ti, Deus estará totalmente em ti. Quando, pois, teu espírito estiver puro de todo vício, liberto de todo mau desejo e longe de toda nódoa, serás feliz pela agudeza e luminosidade do olhar, porque aquilo que os impuros não podem ver, tu, limpo, o perceberás.

Retirada dos olhos da alma a escuridão da matéria, pela serenidade pura contemplarás claramente a beatificante visão. E esta, o que é? Santidade, pureza, simplicidade, todo o esplendor da luminosa natureza divina, pelos quais Deus se deixa ver.”


Contrariedades, amargura, decepções, egoísmo, sedução do pecado ou quaisquer coisas semelhantes são como ferrugem da alma, azedume indesejável do coração que nos torna acres e assim impossibilitados de testemunhar a docilidade do Espírito que em nós habita.

Tudo será melhor se evitarmos a corrosão da alma com as indesejáveis e abomináveis “ferrugens quotidianas”.

A ferrugem da alma, se instalada no coração, nos impede de construirmos relações mais humanas e mais fraternas. Estranhamente esta ferrugem atrai mais ferrugem ainda.

Saibamos suportar as “marteladas” necessárias para que, assim como o ferro, pelo “polimento da alma” possamos revelar mais candura desejável no coração, para que não somente a Deus contemplemos, mas vejam Deus em nós, porque esplendor divino, devemos ao mundo comunicar.

Comuniquemos por palavras e obras o mundo que acolhemos o mais Belo Hóspede de nossa alma, o Vosso Espírito, agradecendo a Deus tão preciosa graça, de termos sidos divinizados com  presença de valor tão imensurável.

Sejam percebidas a santidade, pureza, simplicidade nos pequenos e grandes gestos, para que os olhos de nossa alma possam novos caminhos trilhar, e um mundo novo vislumbrar.

Oremos

Da ferrugem da alma livrai-nos, Senhor.
A pureza da alma dai-nos, Senhor.

Ferrugem da alma cotidianamente polida,
Fé viva no bom combate será amadurecida;
Esperança que a cada amanhecer renovada,
Caridade pelo fogo do Espírito inflamada.

A Vós graça, por que Vosso Espírito em nós habita, 
e assim somos divinizados!
Amém.

Quem sou eu

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG