“Creio
na santa Igreja Católica”
Reflexão à luz da Constituição Dogmática Lumen Gentium sobre a Igreja, do Concílio Vaticano II (n.9) - (Séc. XX):
“Eis que virão dias, diz o Senhor, em que
concluirei com a casa de Israel e a casa de Judá uma nova aliança... Imprimirei
minha lei em suas entranhas, e hei de inscrevê-la em seu coração; serei seu
Deus e eles serão meu povo... Todos me conhecerão, do menor ao maior deles, diz
o Senhor (cf. Jr 31,31.33.34).
Foi
essa a Aliança nova que Cristo instituiu, isto é, a nova aliança no Seu sangue,
chamando judeus e pagãos para formarem um povo que se reunisse na unidade, não
segundo a carne, mas no Espírito, e constituísse o novo povo de Deus.
Os
que creem em Cristo, renascidos não de uma semente corruptível, mas
incorruptível, pela Palavra do Deus vivo, não da carne, mas da água e do
Espírito Santo, são por fim constituídos
a raça escolhida, o sacerdócio do Reino, a nação santa, o povo que Ele
conquistou... que antes não eram povo, agora, porém, são povo de Deus (1Pd
2,9.10).
Este
povo messiânico tem por cabeça Cristo, que foi
entregue por causa de nossos pecados e foi ressuscitado para nossa justificação
(Rm4,25) e agora, tendo recebido um nome que está acima de todo nome, reina
gloriosamente nos céus.
Este
povo tem a dignidade e a liberdade dos filhos de Deus, em cujos corações o
Espírito Santo habita como em seu templo.
Tem como lei o novo mandamento de amar como o próprio Cristo nos amou. Tem como fim o Reino de Deus, que Ele mesmo iniciou na terra, e deve desenvolver-se sempre mais, até ser no fim dos tempos consumado pelo próprio Deus, quando Cristo, nossa vida, aparecer e a criação for libertada da escravidão da corrupção e, assim, participar da liberdade e da glória dos filhos de Deus (Rm 8,21).
Portanto, o povo messiânico, embora não abranja atualmente todos os homens e apareça muitas vezes como um pequeno rebanho, é entretanto, para todo o gênero humano, fecundíssima semente de unidade, de esperança e de salvação.
Constituído por Cristo para uma comunhão de vida, de amor e de verdade, e por ele assumido para ser instrumento da redenção universal, é enviado ao mundo inteiro como luz do mundo e sal da terra. Assim como Israel segundo a carne, que peregrinava no deserto, já é chamado Igreja de Deus, também o novo Israel, que caminha neste mundo em busca da cidade futura e permanente, é chamado Igreja de Cristo, pois foi Ele que a adquiriu com o seu sangue, encheu-a de seu Espírito e dotou-a de meios aptos para uma união visível e social.
Deus convocou todos aqueles que olham com fé para Jesus, autor da salvação e
princípio da unidade e da paz, e com eles constituiu a Igreja, a fim de que ela
seja, para todos e para cada um, o sacramento visível desta unidade salvífica.”
À
luz do parágrafo mencionado, professemos nossa fé na Santa Igreja Católica,
como rezamos no “Credo”.
Profissão
de fé: “Cremos na Santa Igreja Católica”:
Cremos
que somos irmãos e irmãs, o povo conquistado por Deus, e somos felizes por
nosso Deus é o Senhor: uma nação que Deus escolheu por sua herança.
Cremos
que somos agora o povo de Deus; outrora excluídos da misericórdia, agora
alcançamos a graça divina.
Cremos
que, como povo de Deus, temos a dignidade e a liberdade dos filhos de Deus, em
cujos corações o Espírito Santo habita como em seu templo.
Cremos
que temos como Lei o novo mandamento: amar como o próprio Cristo nos amou.
Cremos,
também, que temos como fim o Reino de Deus, que Ele mesmo, Jesus Cristo, vivo e
Ressuscitado, iniciou na terra, e deve desenvolver-se sempre mais.
Cremos
que, por isto, devemos ser sedentos e comprometidos com a promoção e defesa da
vida, desde a concepção até seu declínio natural, na fidelidade a Deus, fonte
de Vida e Salvação.
Cremos que, como Igreja, estamos a serviço do Reino, eterno e universal: Reino da verdade e da vida, Reino da santidade e da graça, Reino da justiça, do amor e da paz. Amém.
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