sábado, 20 de julho de 2024

"Jesus, o grande Amigo"

                                                             

"Jesus, o grande Amigo"

À luz dos parágrafos 150-157, da Exortação Pós-Sinodal – “Christus vivit” do Papa Francisco, sejamos enriquecidos sobre a amizade necessária com Jesus, o grande Amigo, como ele se referiu (n.150).

Não se chega à profundeza da juventude, nem se conhece a verdadeira plenitude de ser jovem, sem o encontro cada dia com o grande Amigo, e se não for vivida na amizade com Jesus (n.150).

Afirma o Papa: “A amizade é um presente da vida e um dom de Deus. Através dos amigos, o Senhor purifica-nos e faz-nos amadurecer. Ao mesmo tempo, os amigos fiéis, que permanecem ao nosso lado nos momentos difíceis, são um reflexo do carinho do Senhor, da sua consolação e da sua amorosa presença.” (n.151).

Neste mesmo parágrafo, fala-nos sobre a graça de ter amigos “ensina-nos a abrir-nos, a compreender, a cuidar dos outros, a sair da nossa comodidade e isolamento, a partilhar a vida. Por isso, ‘nada se pode comparar a um amigo fiel, e nada se iguala ao seu valor’(Eclo 6,15)”

E no parágrafo seguinte, “a amizade não é uma relação fugaz e passageira, mas estável, firme, fiel, que amadurece com o passar do tempo” (n.152).

Deste modo “...é uma relação de afeto que nos faz sentir unidos e, ao mesmo tempo, é um amor generoso que nos leva a procurar o bem do amigo...” (n.152), e na proximidade vivida se partilha com sinceridade e confiança.

Dada a importância da amizade, Jesus disse – “Já não vos chamo servos (...), a vós chamei-vos amigos” (Jo 15,15).

Ao ouvirem o chamado de Jesus à amizade (Jo 1,39), e ao responderem ao mesmo, depois daquele encontro, íntimo e inesperado, deixaram tudo e partiram com Ele (n.153).

Esta amizade com Jesus é indissolúvel, afirma o Papa, pois Jesus “nunca nos deixa, embora às vezes pareça calado...” (n.154).

Com Ele e com nossos amigos conversamos, partilhamos as coisas mais secretas. Esta conversa com Jesus se dá, de modo especial, na oração.

E nisto consiste a oração: “...é um desafio e uma aventura... Permite que O conheçamos cada vez melhor, entremos no Seu Mistério e cresçamos numa união cada vez mais forte. 

A oração permite-nos contar-Lhe tudo o que nos acontece e permanecer confiantes nos Seus braços e, ao mesmo tempo, proporciona-nos momentos de preciosa intimidade e afeto, onde Jesus derrama a Sua própria vida em nós.” (n.155)

A amizade com Jesus vivida leva- nos a um cristianismo autêntico, como falou São Óscar A. Romero: “o cristianismo não é um conjunto de verdades em que é preciso acreditar, de leis que se devem observar, de proibições. Apresentado assim, repugna. O cristianismo é uma Pessoa que me amou tanto que reclama o meu amor. O cristianismo é Cristo” (n.156).

Por fim, o Papa diz que Jesus, O Amigo, pode unir todos os jovens num único sonho, “‘um sonho grande, um sonho capaz de envolver a todos. O sonho, pelo qual Jesus deu a vida na cruz, e o Espírito Santo no dia de Pentecostes foi derramado e gravado a fogo no coração de cada homem e mulher, no coração de cada um. (...) Um sonho concreto, que é uma Pessoa, que corre nas nossas veias, faz exultar e dançar de alegria o coração’” (n.157).

Concluindo: Este é Jesus, uma Pessoa, “O Amigo”, que nos convida a sonhar grande. Os verdadeiros amigos nos levam a sonhar com o melhor de Deus que está sempre por vir.

Eles não permitem que percamos o horizonte da esperança, e nos ajudam a compreender que as adversidades no caminho nos ajudam a crescer e nos fazem amadurecer na fé; que os obstáculos, com forças partilhadas, podem ser vencidos, porque tudo passará, mas permanecerá para sempre o amor vivido, porque o amor jamais passará, como nos falou o Apóstolo Paulo.

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