Quem melhor que tu, ó Maria?
“Ó Maria, aurora de um mundo novo, vem
nos ensinar a acolher, a celebrar e a testemunhar!”
Contigo, ó Maria, o aprendizado é eterno, jamais se esgota, para quem se colocou na perspectiva de aprender e reaprender…
Há sempre algo a ser reaprendido, uma vez que algumas coisas são passíveis de mudança, carregando em si o germe da superação, adaptação, atualização…
- Quais são as coisas que devemos aprender e reaprender?
- Com quem podemos aprender e reaprender?
A história tem seus mestres que não ousaram simultaneamente o discipulado. Em cada mestre há um discípulo, um eterno aprendiz…
Mas, quem melhor do que tu, ó Maria para nos ensinar?
Falaste o que praticaste, praticaste o que ensinaste!
- Quem melhor que tu, ó Maria, para nos ensinar e nos ajudar a aprender o que ainda não conhecemos?
- Quem melhor que tu, ó Maria, para nos ensinar aquilo que nos possibilita ser melhor?
- Quem melhor que tu, ó Maria, para nos ajudar a reaprender o que, eventualmente, possamos ter escondido, ou condenado à inatividade, ao esquecimento, às cavernas escuras que possuímos?
- Quem melhor do que tu, ó Maria, para nos ensinar algumas coisas que aprendemos e que nos acompanha por toda a vida e outras que só descobriremos na outra vida?
Contigo, aprendamos a contemplar os lírios do campo e os pássaros; aprendamos a vida frugal, simples e a confiança na providência divina, como aprendestes com o Mestre e Salvador, teu Filho.
Contigo, olhemos para as crianças e aprendamos a simplicidade, a pureza, a confiança, a sinceridade…
Reaprendamos a sonhar, a romper a barreira do que é aparentemente impossível, renovando a energia e a vitalidade, num incansável se consumir, na certeza de que em apenas algumas horas, tudo será possível repetir.
Como um coração de criança, as tantas preocupações não lhe roubam a possibilidade de melhor viver e se divertir.
Contigo renovamos nosso olhar para com os mais vividos e aprendemos a valorizar suas histórias vividas, sem imputar-lhes censuras, mas com a paciência necessária, ouvir e acolher aquilo que ainda faz sentido para repensar o nosso existir.
Aprendermos que cabelos brancos não vieram por acaso, devem no mínimo expressar a ousadia de ter vivido, a vida ter enfrentado, com a morte e o fim se defrontado incansavelmente. Aprender com suas histórias, aprender com seus erros e acertos, sem prejuízos…
Contigo, poetisa de Deus, aprendemos a sonhar, reencantar, nas entrelinhas das palavras, beleza diferente saborear.
Aprendemos com o teu olhar que a frieza e a dureza de uma pedra podem ser a consistência e a firmeza que tanto buscamos.
Ensinas os místicos que se elevam com a fumaça do incenso, saindo da mesmice do cotidiano, fazendo subida e mergulho no Mistério do Absoluto.
- Ó Maria, quem melhor que tu para nos ajudar a reaprender que a vida é muito mais que a materialidade vista?
- Quem melhor que tu para nos ajudar a reaprender sobre naturalidade da vida, em sadia espiritualidade, no encontro com o Absoluto – Deus?
- Quem melhor que tu para nos ajudar a reaprender os princípios vitais de toda pessoa: amor, verdade, justiça e liberdade?
Contigo aprendemos a colocar acima de tudo a vontade divina, para que melhor saibamos crescer e dominar o universo, sem o imperdoável esgotamento de suas riquezas.
Reaprendemos que dominar o planeta, o universo não é sinônimo de prepotência, uso inconsequente das riquezas que em nossas mãos foram colocadas.
Contigo, Rainha da Paz, aprendemos que a humanidade deve por fim às guerras, para que não aconteça o inverso.
Quem melhor do que tu para nos ensinar a linguagem do Espírito, que é a linguagem do amor, que une povos e nações?
Contigo, que sabes falar as línguas de todos os povos, mais que reaprender regras ortográficas anunciadas, podemos aprender a verdadeira e indispensável comunicação que é a relação pessoal, diálogo, conversas edificantes: com trema ou sem trema, com hífen ou sem hífen, com acento ou não…
Quem melhor que tu, cantora da esperança dos pobres, para nos ajudar a reaprender com os utópicos e militantes que não se curvam à ditadura, que outro mundo é possível?
Contigo temos que tomar consciência de que a inevitável globalização tem seus aspectos positivos, que não podem ser negados (comunicação, locomoção, maiores acessos em todos os sentidos, agilidade, mais informações, a informatização, a virtualidade etc.), mas que há ainda algo que contigo podemos aprender: globalizar as possibilidades, superar disparidades e desigualdades, numa palavra, globalizar a solidariedade.
Quem melhor que tu para nos ensinar a aprender com os recuos das ondas, que fazem de cada recuo um ponto para um novo avanço, uma nova etapa...?
Ó como é bom aprender contigo, Mãe e Mestra!