segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

O que se pode esperar?

 


O que se pode esperar?

Tudo o que eu quero é uma página em branco, para expressar o que sinto ao começar este ano, considerando tudo o que aconteceu no ano que passou, e que marcou para sempre a história da humanidade.

Como tudo de repente caiu, desmoronou e a um pesadelo prolongado, fomos submetidos, e por uma nuvem sombria, fomos todos envolvidos, independentemente de qualquer condição.

Olhando para o novo ano, o que dele se pode esperar, para que possamos sóbrios e sadios viver, escrevendo novas linhas de nossa história?

Esperar e contribuir, para que logo tenhamos a vacina tão esperada, e não apenas para poucos, mas para todos, sem resquícios de desigualdade de acesso devido à condição social.

Jamais compactuar com discursos negacionistas em relação à ciência, ou quaisquer posturas que roubem a dignidade e a beleza da vida, para que lágrimas sejam enxugadas, dor, pranto e luto evitados.

Coragem de rever necessárias atitudes, para superação de posturas individualistas, consumistas, e jamais compactuar ou promover a insana globalização da indiferença.

Cultivar a cultura do cuidado de si, do outro e da Casa Comum, como caminho para a verdadeira paz, como tão bem expressou o Papa Francisco em sua mensagem recente para o Dia Mundial da Paz.

Oferecer nossa quota de sacrifício e renúncia, para que não coloquemos a vida de ninguém em risco, na paciência e espera de que possamos logo celebrar a alegria do encontro e do abraço.

Perseveremos no alegre discipulado missionário, em tempos sombrios ou de luz, de lágrimas pela derrota ou vitória, com a confiança inabalável n’Aquele que nos fortalece (Fl 4,13)

Esperamos um ano de aprendizados e sua prática, com o vislumbrar do novo horizonte do inédito que, mais do que desejado, por todos assumido.

Aprendizado do silêncio orante, a fim de que sejamos meditativos e contemplativos diante do Mistério da Vida e da Morte, configurados ao Cristo Bom Pastor, que nos conduz e nos concede vida plena e feliz (Jo 10,10).

Abrir-se à ação do Deus Uno e Trino, a fim de que nos conceda o colírio da fé, para que jamais percamos a divina esperança, e nada impeça a ação dos que acreditam na virtude da caridade, pois ela jamais passará (1Cor 13,1-13). Amém.



PS: Reflexão escrita em 2021, com o intuito de incentivar a adesão de todos à campanha de imunização contra a Covid-19, que em breve deverá ser iniciada em nosso País.   

Não deixemos que falsas informações nos levem a prescindir à cura do nosso corpo, lembrando que é nosso dever, como cristãos, cuidarmos uns dos outros, e a vacina nos propicia como uma das possiblidades.


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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG