No
Senhor crendo, eternos seremos
Da janela do quarto, uma imagem do quotidiano:
A videira, o pássaro e a nuvem me dizem algo.
A videira deu folhas, e no tempo, seus frutos.
E em um pouco mais de tempo, a outra videira, lugar dará.
O pássaro fará seus voos, filhotes certamente terão.
E em um pouco mais de tempo, estes também voarão...
A nuvem em movimento a outras se juntando
E em um pouco de tempo, em pingos de chuva, se converterá.
Também, quem a janela contempla tem sua finitude,
E em um pouco ou mais de tempo, também passará.
Ó inevitabilidade da morte que nos acompanha.
Que a fé nos dê um olhar que a transcenda.
Que passamos, não há como contestar:
Passam videiras, pássaros e nuvens.
Passamos também. Mas de que modo?
O segredo do viver consiste no modo como passamos:
Passemos pela vida com olhar de fé na eternidade: céu.
Escrevamos as melhores páginas que pudermos,
Para que um dia por alguém lida, uma luz se acenda.
Silencio diante das Palavras d’Aquele que venceu a morte.
Sejam para nós as palavras dirigidas a Marta:
“Eu sou a Ressurreição e a vida.
Quem crê em mim, ainda que tenha morrido viverá.
E todo aquele que vive e crê em mim jamais morrerá” (cf. Jo 11,25-26).
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