terça-feira, 25 de fevereiro de 2025
“Sejamos primeiros para os outros”
- nos colocar alegremente no carregar da cruz, em solidariedade com os crucificados.
Discípulos da Divina Misericórdia
Discípulos
da Divina Misericórdia
Sejamos
enriquecidos pela carta de São Policarpo de Esmirna (séc. II), sobre a Carta
aos Filipenses, em que nos apresenta Jesus Cristo que nos deixou um exemplo em Sua
própria Pessoa.
“Que
os presbíteros tenham entranhas de misericórdia e se mostrem compassivos para
com todos, tratando de trazer ao bom caminho aqueles que se extraviaram; que
visitem aos enfermos e não descuidem das viúvas, dos órfãos e dos pobres, antes,
que procurem o bem diante de Deus e diante dos homens; abstendo-se de toda ira, de toda
acepção de pessoas, de todo juízo injusto; que vivam afastados do amor ao
dinheiro e não se precipitem crendo facilmente que os outros tenham agido mal,
que não sejam severos em seus juízos, tendo presente a nossa natural inclinação
ao pecado.
Portanto,
se pedimos ao Senhor que perdoe nossas ofensas, também nós devemos perdoar aos
que nos ofendem, já que estamos sob o olhar de nosso Deus e Senhor, e
todos compareceremos diante do tribunal de Deus, e cada um prestará contas a
Deus de si mesmo.
O
sirvamos, portanto, com temor e com grande respeito, conforme nos ordenaram
tanto o próprio Senhor como os Apóstolos que nos pregaram o Evangelho, e os
profetas, aqueles que antecipadamente nos anunciaram a vinda de nosso Senhor.
Busquemos
o bem com dedicação, evitemos os escândalos, afastemo-nos dos falsos irmãos e
daqueles que levam o nome do Senhor de forma hipócrita e arrastam ao erro os
insensatos.
Todo aquele que não
reconhece que Jesus Cristo veio na carne é do anticristo, e aquele que não confessa o
testemunho da Cruz procede do diabo, e o que interpreta falsamente as sentenças
do Senhor segundo suas próprias concupiscências, e afirma a inexistência da
ressurreição e do juízo, esse tal é o primogênito de Satanás.
Por
conseguinte, abandonemos os vãos discursos e falsas doutrinas que muitos
sustentam e voltemos aos ensinamentos que nos foram transmitidos desde o
princípio; sejamos sóbrios para entregar-nos à oração, perseveremos
constantemente nos jejuns e supliquemos com rogos ao Deus que tudo vê,
a fim de que não nos deixe cair em tentação, porque, como disse o Senhor, o
espírito está pronto, mas a carne é fraca.
Mantenhamo-nos,
pois, firmes em nossa esperança e a Jesus Cristo, recompensa de nossa justiça; Ele,
carregando nossos pecados, subiu ao lenho, e não cometeu pecado nem encontraram
engano em Sua boca,
e por nós, para que vivamos n’Ele, tudo suportou.
Sejamos
imitadores de Sua paciência e, se por causa de Seu nome temos de sofrer, O
glorifiquemos; já que este foi o exemplo que nos deixou em Sua própria Pessoa,
e isto é o que nós cremos.” (1)
Na fidelidade a Jesus Cristo, como discípulos missionários, sigamos Seus passos, elevando a Deus orações, para que todos os presbíteros “tenham entranhas de misericórdia e se mostrem compassivos para com todos...”
Assim, também, toda a comunidade mantenha firme a esperança no Senhor,
imitadora da paciência do Senhor, e se acaso vier o sofrimento, que seja motivo
para glorificá-Lo com fé, em expressão viva de caridade. Amém.
(1)
Lecionário Patrístico Dominical – Editora Vozes – 2013 –
pp.158-159







