terça-feira, 11 de março de 2025

A Oração bem feita dá um novo sentido ao nosso existir

                                                       

A Oração bem feita dá um novo sentido ao nosso existir

Sejamos enriquecidos pelo Tratado escrito pelo Bispo e Mártir São Cipriano (séc. III):

“Os preceitos evangélicos, irmãos caríssimos, não são outra coisa que ensinamentos divinos, fundamentos para edificar a esperança, bases para consolidar a fé, alimento para revigorar o coração, guias para mostrar o caminho, garantias para obter a salvação. Enquanto instruem na terra os espíritos dóceis dos que creem, eles os conduzem para o Reino dos céus.

Outrora quis Deus falar e fazer-nos ouvir de muitas maneiras pelos Profetas, Seus servos. Mas muito mais sublime é o que nos diz o Filho, a Palavra de Deus, que já estava presente nos Profetas e agora dá testemunho pela Sua própria voz.

Ele não manda mais preparar o caminho para Aquele que há de vir, mas vem, Ele próprio, mostrar-nos e abrir-nos o caminho para que nós, outrora cegos e imprevidentes, errantes nas trevas da morte, iluminados agora pela luz da graça, sigamos o caminho da vida, sob a proteção e guia do Senhor.

Entre as exortações salutares e os preceitos divinos com que orienta Seu povo para a salvação, o Senhor ensinou o modo de orar e nos instruiu e aconselhou sobre o que havemos de pedir.

Quem nos deu a vida, também nos ensinou a orar com a mesma bondade com que Se dignou conceder-nos tantos outros benefícios, a fim de que, dirigindo-nos ao Pai com a súplica e Oração que o Filho nos ensinou, sejamos mais facilmente ouvidos.

Jesus havia predito que chegaria a hora em que os verdadeiros adoradores adorariam o Pai em espírito e em verdade. E cumpriu o que prometera. De fato, tendo nós recebido por Sua graça santificadora o Espírito e a verdade, podemos adorar a Deus verdadeira e espiritualmente segundo os Seus ensinamentos.

Pode haver, com efeito, oração mais espiritual do que aquela que nos foi ensinada por Cristo, que também nos enviou o Espírito Santo? Pode haver prece mais verdadeira aos olhos do Pai do que aquela que saiu dos lábios do próprio Filho que é a Verdade?

Assim, orar de maneira diferente da que o Senhor nos ensinou não é só ignorância, mas também culpa, pois Ele mesmo disse: Anulais o Mandamento de Deus a fim de guardar as vossas tradições (cf. Mc 7,9).

Oremos, portanto, irmãos caríssimos, como Deus, nosso Mestre, nos ensinou. A Oração agradável e querida por Deus é a que rezamos com as Suas próprias palavras, fazendo subir aos Seus ouvidos a oração de Cristo.

Reconheça o Pai as palavras de Seu Filho, quando oramos. Aquele que habita interiormente em nosso coração, esteja também em nossa voz; e já que O temos junto ao Pai como advogado por causa de nossos pecados, digamos as palavras deste nosso Advogado quando, como pecadores, suplicarmos por nossas faltas.

Se Ele disse que tudo o que pedirmos ao Pai em Seu nome nos será dado (cf. Jo 14,13), quanto mais eficaz não será a nossa súplica para obtermos o que pedimos em nome de Cristo, se pedirmos com Sua própria Oração!”

No Tempo da Quaresma, a Igreja, à luz do Evangelho de Mateus (Mt 6,1-6.16-18), nos convida à prática da Oração, do jejum e da caridade, intensificando a nossa intimidade com Deus vivenciada na autêntica oração.

Sendo a Quaresma, Tempo favorável de nossa salvação, reconciliação, conversão, urge que nos convertamos sinceramente ao Amor de Deus. 

Deste modo, é Tempo de intensificar a aprofundar nossa vida de oração, e de modo especial a Oração que o Senhor Jesus nos ensinou, a Oração do "Pai-Nosso".

Deste modo, não nos é permitido rezar o "Pai -Nosso" de qualquer modo, pois são as próprias palavras do Verbo, do Filho amado que além de, por nós, ter dado Sua divina vida, também nos ensinou a orar, para estabelecermos o mais perfeito vínculo com a Fonte da vida.

Assim rezando, nossa alma é elevada até Deus, e nos introduz nas entranhas de Sua misericórdia, fortalecendo a certeza de que não estamos sós, e que, por Ele, somos amados. E bem sabemos que é próprio do Amor de Deus nos escutar, tanto em nossos clamores e súplicas como em nossos louvores e agradecimentos. É próprio também do Seu Amor querer falar conosco...

É Tempo, portanto, de corresponder melhor a este Amor, na Oração e com a vida, pois a Oração bem feita dá um novo sentido ao nosso existir.

"Pai Nosso que estais nos céus..." 

“O Pão nosso de cada dia nos dai hoje...”

                                                    

“O Pão nosso de cada dia nos dai hoje...”

Pai Nosso, o Pão nosso de cada dia nos dai hoje.
Aquele mesmo Pão que foi “semeado na Virgem Maria”,
Uma concepção por obra do Espírito Santo,
Como fora anunciado pelo Arcanjo Gabriel,
Acompanhado do seu “sim” no Mistério da Encarnação.

O Pão que foi ”levedado na carne”,
Um Deus que se fez Carne e habitou entre nós.
O divino que desceu ao nosso encontro,
Para elevação de nossa pobre condição humana
Decaída e corrompida pelo pecado e infidelidade.

O Pão que foi “amassado na paixão”,
No Mistério kenótico de esvaziamento da condição divina,
Em despojamento total, até a morte,
A humilhante e crudelíssima morte na Cruz,
Ápice de um amor que nos amou até o fim.

O Pão “cozido no forno do sepulcro”
Descendo à mansão dos mortos,
Para libertar todos que se encontravam
Acorrentados na espera de quem os redimisse,
Não somente a estes, mas a toda a humanidade por todo o sempre.

O Pão “guardado em reserva na Igreja,
“levado aos altares”, e que generosamente,
“fornece cada dia aos fiéis um alimento celeste”,
Recebido na Santa Eucaristia, quando comungamos,
Pão de Imortalidade, antídoto para não morremos. Amém.

(1) Fonte: São Pedro Crisólogo (séc V)

“Livrai-nos do mal”

                                                                 

“Livrai-nos do mal”

Quando rezamos no Pai Nosso, o que suplicamos ao Senhor que nos livre?

A passagem do Evangelho (Lc 6, 39-45) proclamada no oitavo Domingo do Tempo Comum (ano C)   nos adverte para um mal que rouba a luminosidade de nossa fé, porque rouba a coerência, a transparência e, consequentemente, leva à perda da força do testemunho da Palavra que Senhor nos comunica, leva-nos à hipocrisia.

Suplicamos que nos liberte do fermento da hipocrisia, e que o Senhor nos dê o ázimo da sinceridade e da verdade, e tão somente assim nos tornaremos mais transparentes nas intenções e na pureza do coração, condição indispensável para que um dia a Deus vejamos, pois somente os puros de coração verão a Deus (Mt 5,  8).

De que hipocrisia haveremos de ser libertos?
O que ela é de fato?

Ela consiste em toda tentativa inútil de ludibriar a Deus, porque a Deus ninguém engana. Podemos enganar os outros e a nós mesmos, o que seria o ápice da hipocrisia.

Manifesta-se quando há falsidade do coração, quando professamos com os lábios verdades que não cremos; sentimentos que procuramos expressar, mas não brotam com naturalidade, pureza e autenticidade, porque não vêm das entranhas do coração.

Também quando supomos agradar a Deus com as aparências, com longas Orações, sacrifícios com segundas intenções, beirando à simulação, como que se Deus não conhecesse o mais profundo de nós, como tão bem expressou o Salmista (Sl 138), e acreditamos que Ele veria bondade, onde tão apenas existe uma superficialidade de relacionamento, sem verdadeira entrega a Ele de todo nosso ser, de toda a nossa vida.

Hipocrisia que pode ser sinônimo de astúcia, esperteza, duplicidade, mas nos faz tão apenas falsários, com a estéril tentativa de pagar a Deus com moeda falsa, reduzindo nossa honra ao Senhor com os lábios, mas o coração longe d’Ele se encontrando (Mt 5,  8).

“Livrai-nos do mal, Senhor”

Quantas vezes o repetimos, quantas vezes ainda repetiremos, para que libertos do mal da hipocrisia, fazendo ressoar em nosso coração as palavras do Senhor, alertando-nos que um cego não pode guiar outro cego; é zelo errado e sem sentido querer tirar o cisco do olho do irmão quando se tem uma trave no próprio olho, para que sejamos uma árvore boa, para bons frutos produzir.

Que as palavras e obras de fé, esperança e caridade nos acompanhem cada dia, por isto “Livra-nos, Senhor, do mal” da hipocrisia e de qualquer outro sentimento que não seja conforme Vossos pensamentos, palavras e sentimentos. 

Que saibamos gerar e formar Cristo em nós e nos outros.
 “Livrai-nos do mal, Senhor” Amém.

A força da fé, a graça da Oração

                                                              

A força da fé, a graça da Oração

Reflitamos sobre a necessidade e a força da Oração em todos os momentos de nossa vida, uns pelos outros.

Agrada a Jesus que rezemos pelas outras pessoas, como nos ensina o Bispo São João Crisóstomo (séc. V): 

“A necessidade obriga-nos a rogar por nós mesmos, e a caridade fraterna a pedir pelos outros; mas é mais aceitável a Deus a Oração recomendada pela caridade do que aquela que é motivada pela necessidade”.

Entretanto, temos de pedir a Deus com fé.  Santo Agostinho nos ensina: “A própria fé faz brotar a Oração, e a Oração, logo que brota, alcança a firmeza da fé” - ambas estão intimamente unidas. E ele mesmo nos dirá algum tempo depois em suas Confissões: “Se eu não pereci no erro, foi devido às lágrimas cotidianas, cheias de fé de minha mãe” (Confissões, 3, 12, 21).

E ainda, mais recentemente, o Papa São João Paulo II falou da necessária inter-relação da fé e a razão: 

“A fé e a razão (fides et ratio) constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade. Foi Deus quem colocou no coração do homem o desejo de conhecer a verdade, e em última análise, de conhecer a ele, para que conhecendo-o e amando-o, possa chegar à verdade plena sobre si próprio” (Carta Encíclica Fides et Ratio, preliminar).

A atitude de fé jamais nos dispensará de colaborar, agir, participar, interagir, dons a serviço colocar.

Viver é dar conteúdo substancial a cada página que Deus nos concede a cada dia. Ao escrevê-la, sobretudo a história da fé, nem sempre poderemos corresponder ao esperado por Deus, mas como Ele não nos criou para uma história de linhas tortas, porque tudo que fez, viu que era bom, se a linha de nossa história, pelas vicissitudes e limitações de nossa existência, não for exatamente como o Seu desígnio, Ele nos ajudará a reencontrá-la. E se algo aparentemente parecer o fim, para Deus será apenas o começo.

Nisto consiste Sua onipotência e bondade. Deus nunca perde, e com Ele sempre ganhamos, n’Ele somos mais que vencedores, como o próprio Paulo falou na Carta aos Romanos (cf. Rm 8,37-39).

Aqui voltamos à necessidade da fé que se concretiza na prática da Oração. Voltar-se para Ele, de coração confiante, humildade, em Oração persistente. E Sua misericórdia em resposta de amor se realizará, muito mais do que possamos conceber.

Assim é Deus, assim é o Seu Amor!

segunda-feira, 10 de março de 2025

Em poucas palavras...

 


O critério do juízo final

“A clareza do texto é de tal ordem que não deixa dúvidas sobre a sua interpretação: o critério do juízo final será o bem que fizermos aos irmãos do Senhor mais pequenos e necessitados, isto é, a todos aqueles que são rejeitados e desprezados na maneira comum de pensar, aos quais porém o Filho de Deus quis ligar a Sua vida, partilhando com eles a fome, a nudez e a solidão...

E assim, pão, água, tempo, dedicação transformam-se em amor ao Senhor Jesus, tornam-se numa vida tão cheia de amor, que não pode ser vencida pela morte.”  (1)

 

 

 

(1) Comentário do Lecionário Comentado – Editora Vozes – Lisboa – 2009 – pág. 70-71, sobre a passagem do Evangelho de Matues (Mt 25,31-46)

Quaresma: comprometidos com a cultura da vida e da paz

                                                             

Quaresma: comprometidos com a cultura da vida e da paz

A Liturgia, da segunda-feira da primeira semana da Quaresma, nos apresenta a passagem do Evangelho de Mateus (Mt 25, 31-46).

Esta prática da misericórdia é caminho de santidade, que precisa ser vivida, como assim desejou e nos exortou o Senhor: “Sejam perfeitos como é perfeito seu Pai, que está nos céus” (Mt 5,48).

Santidade que se destina a todas as pessoas, como tão bem expressou a “Lumen Gentium”“Todos, pois, na Igreja, quer pertençam à hierarquia ou sejam por ela conduzidos, são chamados à santidade, conforme a palavra do Apóstolo: ‘A vontade de Deus é que sejam santos’ (1Ts 4,3, Ef 1,4).

A santidade da Igreja se manifesta de direito e de fato nos muitos variados frutos da graça, que o Espírito faz brotar nos fiéis, quando tendem para a perfeição do amor em suas vidas” (n.39).

Na purificação do templo (Jo 2,13-22), Jesus se apresentou como o Templo de Deus, que é o Seu próprio corpo, e todo aquele que n’Ele for batizado, viver e crer, faz parte deste Templo, pois Ele quis fazer de cada pessoa uma morada Sua, em quem podemos encontrá-Lo (Mt 25, 31-46).

A santidade implica em sentir-se pertencente deste Templo, colocando toda a existência a serviço por amor ao próximo, como expressão máxima da adoração e amor a Deus sobre todas as coisas, com toda alma, força, coração e entendimento.

Amando a Deus, estaremos cumprindo o primeiro Mandamento na ordem do preceito, e, amando ao próximo, estaremos cumprindo o primeiro na ordem da execução, como falou o Bispo Santo Agostinho.

Neste sentido, encontramos inspiração nos testemunhos de tantos Santos e Santas, que viveram a santidade, alimentando-se no Templo do Senhor, mas prolongando a sua espiritualidade Eucarística na vivência da Palavra proclamada, no serviço ao outro.

Santidade também implica em não fecharmos nossos olhos e ouvidos para a realidade política, passada as Eleições.

Nossa fé é autêntica quando não se omite diante das questões sociais, e quando não medimos esforços participando dos diversos espaços de expressão de cidadania, a fim de que aqueles que detêm o poder coloquem em prática a política na sua máxima expressão e grandeza: a promoção do bem comum.

A santidade é fragilizada, manchada, quando não nos comprometemos para que a política cuide de cada cidadão, respeitando e promovendo a sua dignidade, da concepção ao seu declínio natural.

Quando a santidade anda de mãos dadas com a sacralidade do Templo, vemos no outro um templo sagrado, e tornamos nossa fé ativa, nossa caridade esforçada e mais firme, sólida e frutuosa a nossa esperança, como tão bem expressou o Apóstolo Paulo (1 Ts 1, 3).

No empenho constante no crescimento da santidade, cuidando do Templo e dos templos, exorto, de modo especial, os Agentes das diversas Pastorais, Movimentos e Serviços, para que, com a luz do Santo Espírito, façam a revisão do caminho trilhado na evangelização; avaliem com serenidade, à luz da Palavra de Deus e da Exortação do Papa “Evangelii Gaudium”, os objetivos, métodos e estratégias, para que sejamos uma Igreja que não fica confortavelmente dentro das paredes do Templo, mas, como Igreja em saída, vá ao encontro dos templos que clamam por uma Palavra de amor, vida, alegria e paz.

Membros da Igreja, pedras vivas e escolhidas que somos, temos que ser no mundo sinal de santidade, pautando nossa vida pelos valores da verdade, justiça, liberdade, fraternidade e impelidos pelas virtudes divinas, sendo a mais importante, porque eterna, o amor (1Cor 13, 8).

Amando a Deus e ao próximo, vivamos a santidade em estreita e inseparável relação com o Templo e os templos, e tão somente assim superaremos a cultura de morte e violência, e seremos promotores da cultura da vida e da paz, uma nova civilização, a civilização do amor.

Quaresma: a prática da misericórdia nos faz fraternos

                                                      

Quaresma: a prática da misericórdia nos faz fraternos

Reflexão sobre a passagem do Evangelho sobre o julgamento final, ao qual seremos todos submetidos (Mt 25,31-46).

A Palavra proclamada, escutada, acolhida, meditada e vivida, nos propõe e nos inspira a um balanço de nossa vida cristã, na vigilante expectativa da última vinda do Senhor, servindo-O na alegria, fazendo frutificar o amor que vence no dia do juízo final.

Jesus nos fala do juízo final, nos revela  qual será o fim daqueles que se mantiveram ou não vigilantes e preparados para a Sua vinda vitoriosa “... para que Deus seja tudo em todos” (1Cor 15,28).

Lembremo-nos do contexto da comunidade de Mateus, que é de desinteresse, instalação, acomodação, rotina. É preciso despertá-la para uma atitude vigilante e comprometida na espera do Senhor que vem. Vigilância para o juízo final.

O critério de julgamento será o amor ou a indiferença vivida para com os pobres (famintos, sedentos, doentes, presos, estrangeiros, nus). Somente o amor concreto e a solidariedade ativa nos credenciam para a eternidade. 

Somente o amor na simplicidade e na gratuidade nos eterniza. Quem vive a misericórdia, o amor, a solidariedade ativa não tem motivo para temer o julgamento final (Tg 2,12-13).

Os discípulos têm que amar Cristo e viver como Ele. Deus não quer condenar ninguém. A autoexclusão de Seu amor está em nossas mãos. Não há lugar para egoísmo e indiferença na construção do Reino de Deus, como Jesus nos falou através de diversas Parábolas.

Cabe a nós, como discípulos missionários, edificá-lo na história através do amor concreto, em solidariedade ativa até que Ele venha e instaure o Reino definitivo, na realização da Parusia.

Jesus também reconhece que existe um cristianismo autêntico mesmo fora da Igreja visível, e que aqueles que não O conheceram mediante o Evangelho, nem por isto ficam isentos do Mandamento do Amor, que se estende a toda a humanidade, nem da sua manifestação na solidariedade ativa.

Reflitamos:

- Como vivemos o amor e a solidariedade ativa?

- O que fazemos para que o Reino de Deus deixe de ser uma imagem e seja, de fato, o Reino do amor, da verdade, da graça, da liberdade, da santidade e da vida?

- Fazemos da religião um ópio que nos anestesia, nos entorpece ou ela é, de fato, a expressão e o revigoramento de nosso compromisso com os empobrecidos, na verdadeira adoração a Deus?

Vivendo a Quaresma, mais configurados a Jesus Cristo no Mistério de Sua Paixão e Morte, contemplemos a Cruz de nosso Senhor: O Seu trono.
Contemplemos Sua coroa, a coroa de espinhos dada pelos homens, a Coroa da Glória dada pelo Pai.

Fixemos nosso pensamento e abramos nosso coração ao Seu Novo Mandamento, o Mandamento do Amor.

A Sua Lei seja a nossa Lei: o amor, vivenciado na mais bela página das Bem-Aventuranças. Que ela seja nosso programa de vida para que um dia também participemos do Reino definitivo, quando Ele vier em Sua glória.

Sejamos armados em Seu exército com a arma do amor.

Testemunhando nossa fé,  
damos corpo e conteúdo à caridade no coração inflamada, 
e somos movidos pela fé na Ressurreição.


A solidariedade, a fraternidade, o amor à vida, 
a paixão pelo Reino nos consome, 

e nos sentimos fascinados por Sua Palavra, 
em nosso pregar e viver,
provocando o mesmo fascínio
naqueles que nos ouvem.

Quem sou eu

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG