domingo, 9 de março de 2025

Em poucas palavras...

                                                  


“...Para alguma coisa serve a tentação...”

“Deus não quer impor o bem, quer seres livres [...]. Para alguma coisa serve a tentação. Ninguém, senão Deus, sabe o que a nossa alma recebeu de Deus, nem nós próprios.

Mas a tentação manifesta-o para nos ensinar a conhecermo-nos e desse modo descobrir a nossa miséria e obrigar-nos a dar graças pelos bens que a tentação nos manifestou”. (1)

 

(1)Orígenes, De oratione, 29, 15 e 17: GCS 3, 390-391 (PG 11, 541-544) - citado no Catecismo da Igreja Católica parágrafo n.2847

Fidelidade incondicional ao Senhor (IDTQC)

                                                         

Fidelidade incondicional ao Senhor

No primeiro Domingo da Quaresma (ano C), é proclamada a passagem do Evangelho (Lc 4,1-13), e oportuno é o Comentário escrito por Orígenes (séc. III).

“A vida dos mortais está cheia de laços insidiosos, cheia de uma rede de enganos estendidos ao gênero humano por aquele audacioso caçador, que, segundo o Senhor, é chamado Nemrod.

E quem é o verdadeiro caçador atrevido senão o diabo, que ousou rebelar-se até mesmo contra Deus?

De fato, aos laços das tentações e as armadilhas das emboscadas são chamadas redes do diabo. E como o inimigo tinha estendido estas redes por toda a parte, e tinha caçado nelas a quase todos nós, foi necessário, que se apresentasse alguém forte e poderoso o suficiente para rompê-las, deixando assim o caminho aos Seus seguidores.

Portanto, o próprio Salvador, antes de chegar à união nupcial com a Igreja, é tentado pelo diabo, para, vencidas as redes das tentações, vê-la através delas e através delas chamá-la a si, ensinando-a claramente e manifestando que a Cristo se chega não pelo ócio e os deleites, mas através de muitas tribulações e tentações.

Na realidade, não houve nenhum outro capaz de superar estas redes, pois, como está escrito, ‘todos pecaram’; e novamente a Escritura diz: Não há no mundo alguém tão honrado que faça bem sem nunca pecar’. E de novo: ‘Ninguém está limpo de pecado, nem sequer um só dia’.

Em consequência, nosso Senhor e Salvador, Jesus, é o único que não cometeu pecado, porém o Pai O ‘fez espiar nossos pecados’, para que, ‘numa condição pecadora como a nossa, e fazendo-Se vítima pelo pecado, condenasse o pecado’.

Aproximou-Se, pois, a estas redes, mas Ele foi o único que não caiu enredado nelas; ao contrário, derrotadas e destruídas, deu à Sua Igreja a coragem de pisotear os laços, caminhar sobre as redes e proclamar com entusiasmo: ‘Nossa vida foi salva como um pássaro do laço do caçador; a cilada se rompeu e nós escapamos’.

E quem foi que rompeu a armadilha? O único que não pôde ser retido nela, pois mesmo que morreu, morreu porque quis e não como nós, forçados pelas exigências do pecado.

Ele é o único que esteve livre dentre os mortos. E porque esteve livre entre os mortos, por isso mesmo, vencido o que tinha domínio sobre a morte, libertou aos que eram escravos da morte. E não só ressuscitou a Si mesmo dentre os mortos, mas suscitou a vida aos escravos da morte, e os sentou no céu juntamente com Ele. Pois, ao subir Cristo ao alto levando cativos consigo, levou não somente as almas, mas ressuscitou também os corpos, como testemunha o Evangelho:

‘Muitos corpos de santos que tinham morrido ressuscitaram, e apareceram a muitos e entraram na cidade santa do Deus vivo em Jerusalém’”.

Cremos, de fato, que “... a Cristo se chega não pelo ócio e os deleites, mas através de muitas tribulações e tentações”, e com a certeza de que confiando no Senhor, Aquele que venceu o diabo no deserto, está conosco neste combate, para nos ajudar também a vencê-lo.

Que o Senhor dê à Sua Igreja a coragem de pisotear os laços da rede, como o Senhor o fez, vencendo satanás e suas tentações (ser, ter e poder), que se manifesta de múltiplos modos no dia a dia: ostentação, acúmulo, privilégios, fama, sucesso a qualquer preço, domínio, autossuficiência.

Seja a Quaresma o tempo favorável de conversão e salvação em que nos empenhemos mais numa vida marcada pela doação, entrega, humildade, serviço, amor e partilha, e quanto mais o Senhor tenha vivido e nos ensinado.


(1) Lecionário Patrístico Dominical - Ed. Vozes - 2013- pp. 561-562.

Em poucas palavras...

                                                     

“Não nos deixeis cair em tentação...”

“A vitória de Jesus sobre o tentador, no deserto, antecipa a vitória da Paixão, suprema obediência do Seu amor filial ao Pai (...)

(...) Todos os anos, pelos quarenta dias da Grande Quaresma, a Igreja une-se ao Mistério de Jesus no deserto”. (1)

 

(1)Cf. Catecismo da Igreja Católica – nn. 539-540

“Não nos deixeis cair em tentação" (IDTQC)

                                                           


“Não nos deixeis cair em tentação"

No 1º Domingo da Quaresma (Ano C), repensamos nossas opções de vida, tomando consciência das tentações que nos impedem de viver a vida nova que um dia recebemos em nosso Batismo.

A passagem da primeira Leitura (Dt 26,4-10) retrata a tentação do Povo de Israel de ceder à idolatria, adorando falsos deuses.  É preciso que eliminemos os falsos deuses que nos afastam do verdadeiro Deus, do contrário, as marcas do orgulho, da autossuficiência, do egoísmo, da desumanidade, da desgraça e da morte, deixarão suas marcas.

Essencialmente é um texto anti-idolátrico, em que anuncia a vida e felicidade somente encontrada em Deus. A tentação do abandono do Senhor para adoração das divindades das populações da nova terra, das divindades da Natureza é um constante perigo.

Encontramos neste trecho uma solene profissão de fé, inserida numa Liturgia de Ação de Graças pelos dons da terra e a oferta das primícias dos frutos das colheitas; possibilitando-nos refletir quais são os falsos deuses que podem tomar o lugar do Deus vivo e verdadeiro: o dinheiro, o poder, o êxito social ou profissional, a ciência ou a técnica, os partidos, líderes e suas ideologias ou quaisquer outras coisas que se sobreponham a Deus e até mesmo que levem a d’Ele prescindir.

Reflitamos:

Quando se prescinde de Deus que futuro é reservado para a humanidade?
Quais são os deuses da pós-modernidade que seduzem e afastam a pessoa do encontro e relação com o Verdadeiro Deus da Vida, que a Sagrada Escritura nos  apresenta?

Na passagem da segunda Leitura, (Rm 10, 8-13), o Apóstolo Paulo nos fala da Salvação como dom de Deus e compromisso nosso.

A Salvação não é uma conquista humana, mas dom gratuito de Deus que, na Sua bondade, quer salvar a todos. Também afirma que o Evangelho de Jesus é a força que congrega e salva aquele que crê (judeus e pagãos), pois Deus quer salvar a todos, indistintamente (v. 11-12).

Reflitamos:

- Quais são as divisões existentes em nossas famílias e comunidades? O que as provocam?

- Como tornar nossa comunidade mais fraterna, mais próxima do que Jesus quer para Sua Igreja?

- Como tornar, de fato, a comunidade um lugar da adesão à fé na pessoa de Jesus?

A passagem do Evangelho (Lc 4, 1-13) retrata de forma catequética, e não de forma jornalística, as tentações enfrentadas por Jesus no deserto (deserto como lugar da privação, dos desafios, da tentação): ter, poder e ser, que são as tentações fundamentais de toda pessoa.

A primeira tentação é um não à riqueza/acúmulo, a segunda um não ao poder/dominação, e a terceira um não ao êxito fácil.

Jesus recusou terminantemente o caminho do materialismo (poder, domínio, êxito fácil), do contrário, trairia o Plano de Deus, que se realiza pela serviço, partilha e doação da própria vida com simplicidade e amor.

Os discípulos missionários de Jesus devem fazer o mesmo caminho por Ele vivido e proposto: o egoísmo cede lugar para a partilha; o autoritarismo para o serviço; o espetáculo/sucesso para a vida plena.

O discípulo missionário terá que decidir entre a obediência ao Pai e o serviço ao  próximo ou a sedução às tentações.

Aqui devem ser lembradas as palavras do Bispo Santo Agostinho: –“Como vencer se não combater, como combater se não formos tentados. Se n’Ele somos tentados, com Ele também venceremos”. E ainda: "O Senhor poderia impedir o demônio de aproximar - se dele; mas, se não fosse tentado, não te daria o exemplo de como vencer na tentação".

Com o Pão da Palavra e com o Pão da Eucaristia, podemos vencer quaisquer tentações que venham a nos afastar do Projeto de Vida que Deus tem para nós. Se alimentados por Deus, vencemos; do contrário, sucumbimos e perdemos a alegria e o sentido do próprio existir.

As tentações enfrentadas por Jesus não são uma página virada, mas um desafio a ser vivido e enfrentado por todo aquele que deseja segui-Lo, ontem, hoje e sempre.

Reflitamos:

- De que modo estas tentações se manifestam hoje nos espaços em que vivemos, dentro e fora da Igreja?

- Nesta Quaresma, como nos alimentarmos melhor da Palavra e da Eucaristia?

Dando os primeiros passos no itinerário Quaresmal, entremos com Jesus na travessia do deserto de nossa vida.

Acolhamos, pois, a Salvação como dom de Deus, dando nossa resposta com liberdade, responsabilidade e maturidade, pois nisto consiste a vida cristã: corresponder cada vez mais e melhor aos desígnios de Deus e ao Seu Projeto de Amor, dando a Deus e ao nosso próximo o melhor que pudermos.

É preciso revitalizar a fé, cotidianamente, para não cedermos às tentações que nos afastem do Projeto Divino. É preciso viver uma fidelidade límpida, superando toda infidelidade à Palavra de Deus, rompendo com o pecado, como criaturas novas pela graça batismal.

Jesus venceu as tentações para nos ensinar também a vencê-las. Com Ele, e somente com Ele, faremos a travessia do deserto, alcançando a outra margem, no encontro definitivo.

Vivendo, a cada dia, a configuração ao Senhor, em Sua Vida, Paixão e Morte, com renúncias necessárias, desapego de si mesmo, tomando a cruz de cada dia, com Ele também Ressuscitaremos.                                                                                        
Ao rezar o “Pai Nosso”, façamos com mais ardor esta súplica: “... O Pão nosso de cada dia nos dai hoje...” , e "... e não nos deixeis cair em tentação”.

Somente alimentados pelo Pão da Palavra e da Eucaristia podemos vencer as tentações que impeçam o Reino de Deus acontecer, como também a verdadeira santificação do nome de Deus.

Oremos:

“Ó Deus, dai-nos força para resistir à tentação, 
paciência na tribulação,
e sentimentos de gratidão na prosperidade. Amém.”

“O combate de santidade” (IDTQC)

                                                       

“O combate de santidade”

Sejamos enriquecidos pelo Sermão do Papa São Leão Magno (séc. V), que nos fala de Jesus, no deserto, enfrentando as tentações do Maligno.

“Entramos, amadíssimos, na Quaresma, isto é, em uma maior fidelidade ao serviço do Senhor. Vem a ser como se entrássemos em combate de santidade.

Portanto, preparemos nossas almas às investidas das tentações, sabendo que, quanto mais zelosos nos mostremos em nossa salvação, mais violentamente nos atacarão nossos adversários.

Porém, Aquele que habita no meio de nós é mais forte que aquele que luta contra nós. Nossa fortaleza vem d’Ele, em cujo poder temos posto nossa confiança. O Senhor permitiu que o tentador lhe visitasse, para que nós recebêssemos, além da força de Seu socorro, o ensinamento de Seu exemplo.

Acabais de ouvi-Lo: venceu o Seu adversário com as Palavras da Lei, não com o vigor de Seu braço. Sem dúvida, Sua humanidade obteve mais glória e foi maior o castigo do adversário ao triunfar do inimigo dos homens como mortal, em vez de como Deus.

Combateu para ensinar-nos a combater após Ele. Venceu para que nós, do mesmo modo, sejamos também vencedores. Pois não há, amadíssimos, atos de virtude sem a experiência das tentações, nem fé sem prova, nem combate sem inimigo, nem vitória sem batalha.

A vida transcorre em meio à emboscadas, em meio de sobressaltos. Se não queremos ver-nos surpreendidos, devemos vigiar. Se pretendermos vencer, temos de lutar. Por isso disse Salomão quando era sábio: ‘filho, se entras no serviço do Senhor, prepara tua alma para a tentação’.

Cheio de ciência de Deus, sabia que não há fervor sem esforço e combates. E prevendo os perigos, os adverte a fim de que estejamos preparados para repelir os ataques do tentador.

Instruídos pelo ensinamento divino, amadíssimos, entremos no estádio escutando o que o apóstolo nos disse sobre este combate: ‘nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas contra os principados, contra as potestades, contra os dominadores deste mundo de trevas’.

Não nos enganemos: estes inimigos que desejam perder-nos compreendem muito bem que contra eles se encaminha todo o nosso esforço em favor de nossa salvação. Por isso, cada vez que desejamos algum bem, provocamos ao adversário. Entre eles e nós existe uma oposição entranhada, fomentada pelo diabo, porque, tendo eles sido despojados dos bens que nos advêm da graça de Deus, nossa justificação lhes tortura.

Quando nós nos levantamos, eles submergem. Quando revitalizamos nossas forças, eles perdem a sua. Nossos remédios são as chagas de Cristo, pois a cura de nossas feridas os entristece: estejam, portanto, alertas, diz o apóstolo; ‘cingi vossos rins com a verdade, revestidos da couraça da justiça e os pés calçados de prontidão para anunciar o Evangelho da paz. Embraçai a todo o momento o escudo da fé, com que possais apagar os dados inflamados do maligno. Tomai, enfim, o capacete da salvação e a espada do espírito, que é a Palavra de Deus’.

Foi-nos dado o escudo da fé para proteger todo o corpo, colocou em nossa cabeça o capacete da salvação, colocou em nossas mãos a espada, ou seja, a Palavra da verdade. Assim, o herói da luta do espírito não somente está resguardado das feridas, mas também pode lesar a quem o ataca.

Confiando nestas armas, entremos sem preguiça e sem temor na luta que nos é proposta, e, neste estádio em que se combate pelo jejum, não nos contentemos apenas em abster-se da comida. De nada serve que se debilite a força do corpo, se não se alimenta o vigor da alma.

Mortifiquemos algo ao homem exterior, e restauremos ao interior. Privemos a carne de seu alimento corporal, e adquiramos forças na alma com as delícias espirituais.

Que todo cristão observe-se detidamente e, com um severo exame, esquadrinhe o fundo do seu coração”. (1)

Trilhar o itinerário Quaresmal é, verdadeiramente, pôr-se num combate de santidade contra as forças do Maligno, confiante na Palavra de Deus para vencê-Lo.

Revigorados neste bom combate da fé, como discípulos missionários, sejamos curados de nossas fraquezas pelas “chagas de Cristo”, os nossos remédios, como bem falou o Papa Francisco.

Sejamos também mais que vencedores, com Jesus e Sua Palavra e como Ele assim o foi, lembrando as palavras do Sermão:

“Pois não há, amadíssimos, atos de virtude sem a experiência das tentações, nem fé sem prova, nem combate sem inimigo, nem vitória sem batalha”, portanto, cinjamos nossos rins com a verdade, revistamos a couraça da justiça e tenhamos os pés calçados de prontidão para anunciar o Evangelho da paz.

Tenhamos como proteção constante, o escudo da fé, coloquemos o capacete da Salvação e com a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, e tão somente assim, venceremos as propostas sedutoras do Maligno.

Não recuemos na vida de fé, empenhemo-nos corajosa e decididamente no combate de santidade, começando nossa caminhada quaresmal, e poderemos celebrar, exultantes, a alegria Pascal.

(1) Lecionário Patrístico Dominical - Editora Vozes - 2013 - pp.55-58

Tentações vencidas, alegria Pascal transbordante! (IDTQC)

Tentações vencidas, alegria Pascal transbordante

Ouviremos, no 1º Domingo da Quaresma (ano C), a passagem do Evangelho em que Jesus enfrenta as tentações do deserto (Lc 4,1-13).

Retrata-se de forma catequética, e não jornalística, as tentações enfrentadas por Jesus no deserto (deserto como lugar da privação, dos desafios, da tentação): ter, poder e ser, que são as tentações fundamentais de toda pessoa.

A primeira tentação é um não à riqueza/acúmulo, a segunda é um não ao poder/dominação e a terceira um não ao êxito fácil.

Jesus recusou terminantemente o caminho do materialismo: poder, domínio, êxito fácil, do contrário trairia o Plano de Deus, que se realiza pela partilha, serviço e doação da própria vida com simplicidade e amor.

Os discípulos missionários de Jesus devem fazer o mesmo caminho por Ele vivido e proposto: o egoísmo cede lugar para a partilha; o autoritarismo para o serviço; o espetáculo/sucesso para a vida plena.

No seguimento de Jesus e na realização de sua missão, terão que decidir entre a obediência ao Pai e o serviço ao próximo ou a sedução às tentações.

Lembremos as palavras do Bispo Santo Agostinho –“Como vencer se não combater, como combater se não formos tentados. Se n’Ele somos tentados, com Ele também venceremos” E ainda: "O Senhor poderia impedir o demônio de aproximar - se dele; mas, se não fosse tentado, não te daria o exemplo de como vencer na tentação"

Estamos apenas no início da Quaresma... Entramos com Jesus na travessia do deserto de nossa vida.

Acolhamos, pois, a Salvação como dom de Deus e demos nossa resposta com liberdade, responsabilidade e maturidade, pois nisto consiste a vida cristã: corresponder cada vez mais e melhor aos desígnios de Deus e ao Seu Projeto de Amor, dando a Deus o melhor que podemos e também dando o melhor em favor de nosso próximo.

É preciso revitalizar a fé cotidianamente para que não sucumbamos às tentações que nos afastem do Projeto Divino. É preciso viver uma fidelidade límpida, superando toda infidelidade à Palavra de Deus, rompendo com o pecado, como criaturas novas pela graça batismal.

Jesus venceu as tentações para nos ensinar também a vencê-las. Com Ele, e somente com Ele, faremos a travessia do deserto, alcançando a outra margem, no encontro definitivo.

Vivendo a cada dia a configuração ao Senhor, em Sua Vida, Paixão e Morte, com renúncias necessárias, desapego de si mesmo, tomando a cruz de cada dia, com Ele também Ressuscitaremos.                                                                                           
Ao rezar o “Pai Nosso”, façamos com mais ardor esta súplica: “... O Pão nosso de cada dia nos dai hoje...” “... e não nos deixeis cair em tentação”.

Alimentados pelo Pão da Palavra e o Pão da Eucaristia, podemos vencer as tentações que impeçam o Reino de Deus acontecer, como também verdadeira santificação do nome de Deus, participando da construção do Projeto de Vida que Deus tem para nós.

Se alimentados por Deus, vencemos. Do contrário, sucumbiremos e perderemos a alegria e o sentido do próprio existir.

As tentações enfrentadas por Jesus não são uma página virada, mas um desafio a ser vivido e enfrentado por todo aquele que deseja segui-Lo, ontem, hoje e sempre.

Reflitamos:

- De que modo estas tentações se manifestam hoje nos espaços em que vivemos, dentro e fora da Igreja?

- Nesta Quaresma, como nos alimentarmos melhor da Palavra e da Eucaristia para vencermos as tentações de cada dia?

Oremos:

Ó Deus, “Dai-nos força para resistir à tentação,
paciência na tribulação, e sentimentos de
gratidão na prosperidade.
Amém!”

Em poucas palavras...(IDTQC)

 


“Ó Deus que nos alimentastes...”

“Ó Deus, que nos alimentastes com este Pão que nutre a fé, incentiva a esperança e fortalece a caridade, dai-nos desejar o Cristo, Pão Vivo e Verdadeiro, e viver de toda Palavra que sai de Vossa boca. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.”  (1)

 

 

(1)Oração depois da Comunhão – 1º Domingo da Quaresma

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