quarta-feira, 5 de março de 2025

Campanha da Fraternidade Ecumênica - 2021

 

Campanha no momento, compromisso sempre! 

A Igreja no Brasil realizou em 2021 a  5ª Campanha da Fraternidade Ecumênica, com uma proposta extremamente atual e de importância indiscutível. 

Tema: “Fraternidade e diálogo: compromisso de amor”;
Lema: “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade” (Ef 2,14).
 

Que todos nós não meçamos esforços em acompanhar, refletir e ajudar a desenvolver esta Campanha que não se encerra, como se diz indevidamente, com a Páscoa. 

Oração da Campanha da Fraternidade - 2021- CNBB

Deus da vida, da justiça e do amor, Nós Te bendizemos pelo dom da fraternidade e por concederes a graça de vivermos a comunhão na diversidade.

Através desta Campanha da Fraternidade Ecumênica,
ajuda-nos a testemunhar a beleza do diálogo
como compromisso de amor, criando pontes que unem
em vez de muros que separam e geram indiferença e ódio.

Torna-nos pessoas sensíveis e disponíveis para servir a toda a humanidade, em especial, aos mais pobres e fragilizados, a fim de que possamos testemunhar o Teu amor redentor e partilhar suas dores e angústias, suas alegrias e esperanças, caminhando pelas veredas da amorosidade. Por Jesus Cristo, nossa paz, no Espírito Santo, sopro restaurador da vida. Amém.


PS: Riquíssimo material da CF/2021, o leitor poderá encontrar acessando a página da CNBB: www.cnbb.org.br

 

“Fraternidade e diálogo” (CF 2021)

 


“Fraternidade e diálogo”

A 5ª Campanha da Fraternidade Ecumênica (2021), proposta pela CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – tem como tema: “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor”; e o lema “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade”  (Ef 2,14).

De modo especial, esta Campanha ressalta que defender a vida é responsabilidade de todos nós, assim como o cuidado da Casa Comum independe do Credo; a fome, a violência, o preconceito, ultrapassam as denominações religiosas.

Deste modo, somos convidados a dialogar com outras Igrejas, e como cristãos, que professam a fé em Jesus, podemos e devemos colaborar através do diálogo na construção da fraternidade, somarmos esforços em favor da vida. 

Deus é amor! Deus é Vida! O foco é o diálogo, a promoção da cultura da vida e da paz; o fortalecimento dos vínculos da fraternidade; a defesa da beleza e sacralidade da vida.  Portanto, somos desafiados a construir pontes, que nos aproximem e fortaleçam os vínculos de fraternidade, e jamais muros, que possam criar divisões, promover violências ou quaisquer outras coisas que firam a beleza e a dignidade da vida.


PS: Postado em 2021

Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2021

 

Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2021

 “Quaresma: tempo para renovar fé, esperança e caridade”

 Motivação bíblica: “Vamos subir a Jerusalém...” (Mt 20, 18).

Na mensagem o Papa convida-nos a percorrer o caminho quaresmal que nos conduz às celebrações Pascais, em total comunhão com Jesus, no Mistério de Sua Paixão e Morte, pela Salvação do mundo; e a viver neste tempo de conversão, as virtudes divinas, na renovação da , obtendo a “água viva” da esperança, recebendo com o coração aberto o amor de Deus que nos transforma em irmãos e irmãs em Cristo.

O caminho da pobreza e da privação (o jejum), a atenção e os gestos de amor pelo homem ferido (a esmola) e o diálogo filial com o Pai (a oração) permitem-nos encarnar uma fé sincera, uma esperança viva e uma caridade operosa, que constituem nas condições apresentadas por Jesus para a nossa conversão e a sua expressão.

O testemunho da fé nos chama a acolher a Verdade que é Jesus, e a nos tornarmos Suas testemunhas diante de Deus e de todos os irmãos e irmãs.

A vivência do jejum, como experiência de privação, leva as pessoas que o praticam com simplicidade de coração a redescobrir o dom de Deus e a compreender a nossa realidade de criaturas que, feitas à sua imagem e semelhança, que n'Ele encontram plena realização.

A virtude divina da esperança, como “água viva”, permite-nos a continuidade do nosso caminho.

Apresenta-nos a figura da samaritana, a quem Jesus pedira de beber junto do poço, que não entende quando Ele lhe diz que poderia oferecer-lhe uma “água viva” que é o Espírito Santo” (cf. Jo 4, 10-12), que ele dará em abundância no Mistério Pascal e que infunde em nós a esperança que não desilude.

O tempo da Quaresma é feito para ter esperança, para voltar a dirigir o nosso olhar para a paciência de Deus, que continua a cuidar da sua Criação, não obstante nós a maltratarmos com frequência. 

A esperança também na reconciliação a que nos exorta São Paulo: “Reconciliai-vos com Deus” (2 Cor 5, 20), recebendo o perdão no Sacramento que está no centro do nosso processo de conversão, e nos torna propagadores do perdão, vivendo a Páscoa de fraternidade.

Motiva-nos para que estejamos mais atentos a dizer palavras de incentivo, que reconfortam, consolam, fortalecem, estimulam, em vez de palavras que humilham, angustiam, irritam, desprezam.

Deste modo, a oração é fundamental (cf. Mt 6,6), colocando-nos em segredo, diante do Pai da ternura, a fim de que tenhamos a inspiração e luz interior, que ilumina desafios e opções da nossa missão, para vivermos uma Quaresma com esperança em Jesus Cristo, como testemunhas do tempo novo em que Deus renova todas as coisas (cf. Ap 21, 1-6), “sempre dispostos a dar a razão da [nossa] esperança a todo aquele que [no-la] peça” (1 Pd 3, 15).

Em relação à virtude da caridade, deve ser vivida seguindo as pegadas de Cristo na atenção e compaixão em relação à cada pessoa, na mais alta expressão da fé e esperança.

Ela alegra-se ao ver o outro crescer, como também sofre quando o encontra na angústia: sozinho, doente, sem abrigo, desprezado, necessitado – “A caridade é o impulso do coração que nos faz sair de nós mesmos gerando o vínculo da partilha e da comunhão”, e como dom, dá sentido à nossa vida e nos compromete com quem se encontra na privação como membro da nossa própria família.

Portanto, o pouco, se partilhado com amor, nunca acaba, mas transforma-se em reserva de vida e felicidade (cf 1 Rs 17,7-16; Mc 6,30-44), e da mesma forma nossa esmola, pequena ou grande, se oferecida com alegria e simplicidade.

É preciso que se viva uma “Quaresma de caridade”, cuidando de quem se encontra em condições de sofrimento, abandono ou angústia por causa da pandemia de Covid-19, ressalta – “ofereçamos, juntamente com a nossa obra de caridade, uma palavra de confiança e façamos sentir ao outro que Deus o ama como um filho”. 

Vivamos a Quaresma como percurso de conversão, oração e partilha dos nossos bens, e assim cada etapa da vida será como um tempo para crer, esperar e amar.

Vivamos, deste modo, a que vem do Cristo vivo, a esperança animada pelo sopro do Espírito, e o amor cuja fonte inexaurível é o coração misericordioso do Pai.

Finaliza invocando o amparo de Maria, a Mãe do Salvador, fiel aos pés da Cruz e no coração da Igreja, com a sua solícita presença, e a bênção do Ressuscitado no caminho rumo à Luz Pascal.


PS: Se desejar, acesse e leia a mensagem na integra

http://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/lent/documents/papa-francesco_20201111_messaggio-quaresima2021.html


Síntese da Mensagem para a Quaresma de 2020



Síntese da Mensagem para a Quaresma 2020

A Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2020 tem como motivação o versículo da Segunda Carta de Paulo aos Coríntios: “Em nome de Cristo, suplicamo-vos: reconciliai-vos com Deus” (2 Cor 5, 20).

Ele nos fala da Quaresma como um tempo propício para nos prepararmos para celebrar, de coração renovado, o grande Mistério da Morte e Ressurreição de Jesus, centro da vida cristã pessoal e comunitária, e o fundamento da conversão.

Da escuta e acolhida deste anúncio nasce a alegria do cristão, de modo que quem crê  neste anúncio rejeita a mentira de que a nossa vida teria origem em nós mesmos, quando na realidade nasce do amor de Deus Pai, da Sua vontade de dar vida em abundância (cf. Jo 10, 10).

Estende a todos os cristãos o que escreveu aos jovens na Exortação apostólica Christus vivit: «Fixa os braços abertos de Cristo crucificado, deixa-te salvar sempre de novo. E quando te aproximares para confessar os teus pecados, crê firmemente na Sua misericórdia que te liberta de toda a culpa. Contempla o Seu sangue derramado pelo grande amor que Ele tem e deixa-te purificar por Ele. Assim, poderás renascer sempre de novo» (n. 123).

Urge viver a Páscoa de Jesus, não como um acontecimento do passado, pois pela força do Espírito Santo, ela é sempre atual e nos permite contemplar e tocar com fé a carne de Cristo em tantas pessoas que sofrem, e consequentemente há a urgência da conversão em todos os sentidos, experimentando a misericórdia de Deus, ficando “face a face” com o Senhor crucificado e ressuscitado que me amou e a Si mesmo Se entregou por mim” (Gl 2, 20).

Neste sentido, é muito importante a oração no Tempo Quaresmal, que antes de ser um dever, deve ser a expressão da necessidade de corresponder ao amor de Deus, que sempre nos precede e nos sustenta.

Esta poderá assumir formas diferentes, mas o que conta verdadeiramente aos olhos de Deus, afirma o Papa – “é que ela escave dentro de nós, chegando a romper a dureza do nosso coração, para o converter cada vez mais a Ele e à Sua vontade”. 

Faz um convite para este tempo favorável: “...deixemo-nos conduzir como Israel ao deserto (cf. Os 2, 16), para podermos finalmente ouvir a voz do nosso Esposo, deixando-a ressoar em nós com maior profundidade e disponibilidade...”

Este tempo favorável de conversão deve ser marcado pelo sentido de gratidão e sacudir-nos do nosso torpor”, ou seja, superar toda indiferença e apatia.

Deus quer, portanto, estabelecer um  diálogo conosco, mas não uma  conversa ditada por uma curiosidade vazia e superficial, que caracteriza a mundanidade de todos os tempos e, hoje em dia, podendo ser manifestada também  no uso pervertido dos meios de comunicação.

Na parte final da mensagem, exorta-nos para a prática da esmola, para a edificação de um mundo mais justo, acenando para a riqueza que deve ser partilhada, e não acumulada só para si mesmo, de modo que colocar o Mistério Pascal no centro da vida significa “... sentir compaixão pelas chagas de Cristo crucificado presentes nas inúmeras vítimas inocentes das guerras, das prepotências contra a vida desde a do nascituro até à do idoso, das variadas formas de violência, dos desastres ambientais, da iníqua distribuição dos bens da terra, do tráfico de seres humanos em todas as suas formas e da sede desenfreada de lucro, que é uma forma de idolatria”.

Afirma o Papa: A partilha, na caridade, torna o homem mais humano; com a acumulação, corre o risco de embrutecer, fechado no seu egoísmo”.

Lembra a convocação que fez para os jovens economistas, empreendedores e transformativos, para o encontro em Assis, de 26 a 28 de março, para refletir sobre a contribuição na busca de uma economia mais justa e inclusiva do que a atual.

Assim como a política é uma forma eminente de caridade (cf. Pio XI, Discurso à FUCI, 18/XII/1927), o mesmo se dá ao ocupar-se da economia, com o mesmo espírito evangélico, que é o espírito das Bem-Aventuranças.

Finaliza pedindo a intercessão de Maria Santíssima para a próxima Quaresma, reafirmando o apelo para que nos deixemos reconciliar com Deus, fixando o olhar e o coração no Mistério Pascal, acompanhando da conversão e de um diálogo aberto e sincero com Deus, a fim de que sejamos  sal da terra e luz do mundo” (cf. Mt 5, 13.14).

Campanha da Fraternidade 2019




Campanha no momento, compromisso sempre!

A Igreja no Brasil está realizando mais uma Campanha da Fraternidade com um tema extremamente atual e de importância indiscutível.

Tema: “Fraternidade e Políticas Públicas”
Lema: “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1,27)

Que todos nós não meçamos esforços em acompanhar, refletir e ajudar a desenvolver esta Campanha que não se encerra, como se diz, indevidamente, com a Páscoa.

Oração da Campanha da Fraternidade - 2019 - CNBB

“Pai misericordioso e compassivo,
que governais o mundo com justiça e amor,
dai-nos um coração sábio para reconhecer a presença do Vosso Reino
entre nós.

Em Sua grande misericórdia, Jesus,
o Filho amado, habitando entre nós
testemunhou o Vosso infinito amor
e anunciou o Evangelho da fraternidade e da paz.

Seu exemplo nos ensine a acolher
os pobres e marginalizados, nossos irmãos e irmãs
com políticas públicas justas,
e sejamos construtores de uma sociedade humana e solidária.

O divino Espírito acenda em nossa Igreja
a caridade sincera e o amor fraterno;
a honestidade e o direito resplandeçam em nossa sociedade
e sejamos verdadeiros cidadãos do “novo céu e da nova terra”
Amém.



PS: Riquíssimo material da CF/2019, o leitor poderá encontrar acessando a página da CNBB: www.cnbb.org.br



Síntese da Mensagem para a Quaresma de 2019



 Síntese da Mensagem para a Quaresma de 2019


“A criação encontra-se em expectativa ansiosa, aguardando a revelação dos filhos de Deus” (Rm 8,19)


Apresento uma síntese da Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2019”, que tem como inspiração bíblica um versículo da Carta do Apóstolo Paulo aos Romanos (Rm 8,19).

Por meio da Mãe Igreja, Deus nos oferece o Tempo da Quaresma, c Tempo favorável em preparação para a celebração da Páscoa do Senhor, como se reza no Prefácio I da Quaresma, de modo que, de Páscoa em Páscoa, podemos caminhar para a realização da salvação que já recebemos, graças ao mistério pascal de Cristo: “e fato, foi na esperança que fomos salvos” (Rm 8, 24).

Na primeira parte, ele nos fala da redenção da criação, tendo a celebração do Tríduo Pascal da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, ponto culminante do Ano Litúrgico, para que vivamos um itinerário de preparação, a fim de nos tornarmos semelhantes a Cristo (cf. Rm 8, 29):

“Quando a caridade de Cristo transfigura a vida dos santos – espírito, alma e corpo –, estes rendem louvor a Deus e, com a oração, a contemplação e a arte, envolvem nisto também as criaturas, como demonstra admiravelmente o ‘Cântico do irmão sol’, de São Francisco de Assis (cf. Encíclica Laudato si’, 87). Neste mundo, porém, a harmonia gerada pela redenção continua ainda – e sempre estará – ameaçada pela força negativa do pecado e da morte”.

Na parte seguinte, reflete sobre a força destruidora do pecado; conduzidos pela “intemperança”, que leva a um estilo de vida que viola os limites que a nossa condição humana e a natureza nos pedem para respeitar, seguindo aqueles desejos incontrolados.

O Papa nos alerta para o fato de que se não estivermos voltados continuamente para a Páscoa, para o horizonte da Ressurreição, imporá, consequentemente, a lógica do tudo e imediatamente, do possuir cada vez mais.

Com isto, temos a interrupção da comunhão com Deus, com os outros e com a criação, à qual nos encontramos ligados, antes de mais nada, através do nosso corpo.

Este rompimento de comunhão com Deus leva à falência da relação harmoniosa dos seres humanos com o meio ambiente, onde estão chamados a viver, a ponto de o jardim se transformar num deserto (cf. Gn 3, 17-18).

Trata-se do pecado que leva o homem a considerar-se como deus da criação, a sentir-se o seu senhor absoluto e a usá-la, não para o fim querido pelo Criador, mas para interesse próprio em detrimento das criaturas e dos outros, com a exploração da criação (pessoas e meio ambiente), movidos por aquela ganância insaciável que considera todo o desejo um direito e que, mais cedo ou mais tarde, acaba por destruir inclusive quem está dominado por ela.

Na terceira parte, nos apresenta a força sanadora do arrependimento, da conversão e do perdão para viver toda a riqueza da graça do Mistério Pascal, pois “Se alguém está em Cristo, é uma nova criação. O que era antigo passou; eis que surgiram coisas novas” (2 Cor 5, 17)”:

“Juntamente conosco, toda a criação é chamada a sair ‘da escravidão da corrupção, para alcançar a liberdade na glória dos filhos de Deus’” (Rm 8, 21).

Neste sentido, a “Quaresma é sinal sacramental desta conversão. Ela chama os cristãos a encarnarem, de forma mais intensa e concreta, o Mistério Pascal na sua vida pessoal, familiar e social, particularmente através do jejum, da oração e da esmola”.

Convida-nos aos três exercícios quaresmais:

- Jejuar: aprender a modificar a nossa atitude para com os outros e as criaturas, passando da tentação de ‘devorar’ tudo para satisfazer a nossa voracidade, à capacidade de sofrer por amor, que pode preencher o vazio do nosso coração;

- Orar: para saber renunciar à idolatria e à autossuficiência do nosso eu, e nos declararmos necessitados do Senhor e da Sua misericórdia;
- Dar esmola: para sair da insensatez de viver e acumular tudo para nós mesmos, com a ilusão de assegurarmos um futuro que não nos pertence.

Deste modo, reencontramos a alegria do Projeto que Deus colocou na criação e no nosso coração: o projeto de amá-Lo, nossos irmãos e o mundo inteiro, encontrando neste amor a verdadeira felicidade.

Convida-nos para que nesta Quaresma, assim como Jesus Cristo fez,  entremos no deserto da criação, para fazê-la voltar a ser aquele jardim da comunhão com Deus que era antes do pecado das origens (cf. Mc 1,12-13; Is 51,3).

Não passe em vão este Tempo da Quaresma, percorrendo o mesmo caminho, em atitude de verdadeira conversão, levando-nos à  esperança de Cristo, e  também à criação, que “será libertada da escravidão da corrupção, para alcançar a liberdade na glória dos filhos de Deus” (Rm 8, 21).

Conclui fazendo-nos um convite a fim de que abondemos o egoísmo, o olhar fixo em nós mesmos, e voltemo-nos para a Páscoa de Jesus; fazendo-nos próximo dos irmãos e irmãs em dificuldade, partilhando com eles os nossos bens espirituais e materiais, pois deste modo, acolheremos na nossa vida concreta a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, atrairemos também sobre a criação a Sua força transformadora.

Políticas Públicas: compromisso com a fraternidade (CF 2019)

Políticas Públicas: compromisso com a fraternidade

“Porque se multiplicará a iniquidade, 
vai resfriar o amor de muitos” (Mt 24, 12)

O Tempo da Quaresma é o Tempo favorável de nossa salvação, trilhando um caminho de conversão, configurados a Cristo Jesus, no Mistério de Sua Paixão e Morte, para com Ele também Ressuscitarmos.

Tempo favorável para intensificar a prática dos exercícios quaresmais (oração, jejum e esmola), que nos possibilitarão celebrar uma fecunda Páscoa com seus frutos desejados.

Também será um Tempo favorável para não nos nos curvarmos diante da multiplicação da iniquidade, não permitindo que resfrie nosso amor, como nos alertou o Papa Francisco, em sua Mensagem para a Quaresma de 2018: - “Porque se multiplicará a iniquidade, vai resfriar o amor de muitos” (Mt 24, 12).

Neste intuito, a Igreja, de modo especial, realizou a Campanha da Fraternidade, (2019) com tema tão expressivo: - “Fraternidade e políticas públicas”; assim como o Lema: - “Serás libertado pelo direito e pela justiça" (Is 1,27)).

Urge descobrir caminhos para construir a  fraternidade, estimulando a participação em Políticas Públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja para fortalecer a cidadania e o bem comum, sinais de fraternidadecomo nos diz o Objetivo Geral, acompanhado dos objetivos específicos:

- Conhecer como são formuladas e aplicadas as Políticas Públicas estabelecidas pelo Estado brasileiro.

- Exigir ética na formulação e concretização das Políticas Públicas.

- Despertar a consciência e incentivar a participação de todo cidadão na construção de Políticas Públicas em âmbito nacional, estadual e municipal.

- Propor Políticas Públicas que assegurem os direitos sociais aos mais frágeis e vulneráveis.

- Trabalhar para que as Políticas Públicas eficazes de governo se consolidem como políticas de Estado.

- Promover a formação política dos membros de nossa Igreja, especialmente dos jovens, em vista da cidadania.

- Suscitar  cristãos católicos comprometidos na política como testemunhos concreto da fé.

Concluímos com estas palavras apresentadas pelo Missal Dominical:

"...A ação caritativa pode e deve abraçar agora absolutamente todos os homens e todas as necessidades. Onde quer que falte alimento, bebida, roupa, casa, medicamentos, trabalho, instrução, meios necessários para levar uma vida verdadeiramente humana, onde estiver um aflito por tribulações e saúde abalada, alguém que sofre exílio ou prisão, aí deve a caridade cristã ir buscá-los, encontrá-los, consolá-los com cuidadosa afeição e reerguê-los, oferecendo-lhes auxílio. Esta obrigação se impõe antes de tudo aos homens e povos que vivem na prosperidade" (AA 8,cd). (1)


(1) Missal Dominical – Ed Paulus – p.900

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