quinta-feira, 18 de julho de 2024

“Jesus manso e humilde de Coração...”

                                                                  

“Jesus manso e humilde de Coração...”

Com a passagem do Evangelho de Mateus (Mt 11,28-30), proclamado na 15ª semana do Tempo comum, somos questionados sobre a nossa fé. que não permite acomodação, de modo que devemos confiar e buscar força tão somente em Deus, nos cansaços possíveis ao enfrentar os desafios da missão, como discípulos missionários do Senhor.

Já no Antigo Testamento, contemplamos a manifestação de Deus, que se apresenta a Moisés como “Eu sou Aquele que sou”, e a ele confia a missão de conduzir o Povo de Deus, libertando-o da escravidão do Egito para uma terra nova onde corre leite e mel -  (Ex 3,13-20)

Bem sabemos que não foi nada fácil esta missão, mas Moisés confiou  sempre na presença e ação divinas em todos os momentos.

Também nós, hoje, como discípulos missionários do Senhor, como cristãos, não podemos fechar nossos ouvidos a Deus que Se revela a cada um de nós, nos chama pelo nome e nos envia em missão de vida e paz. Não podemos construir uma história na indiferença a Deus e ao Seu Amor por nós.

A Palavra de Jesus penetra nas entranhas mais profundas de nossa alma e coração: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e Eu vos darei descanso”.

Somente Jesus pode nos oferecer o verdadeiro “descanso”, porque é “manso e humilde de coração”, e nos oferece os distintivos, que haveremos de carregar e viver, para que o mundo O reconheça e O veja em nós: a Cruz e o Mandamento do amor a Deus e ao próximo.

Não há discipulado, não há seguimento de Jesus sem a Cruz, que é garantia de Vitória, passagem para a glória – “Quem quiser me acompanhar, renegue-se a si mesmo, tome sua cruz e venha” (Mt 16, 24). Oferece o jugo que Ele mesmo carregou e conosco carrega.

Nosso cristianismo somente pode ser vivido, com alegria e plenamente, na certeza de que Ele caminha ao nosso lado – “Quem se arrasta atrás de seu jugo com subterfúgios e compromissos, é derrubado pelo tédio e abatido pela solidão” (Missal Cotidiano - pág. 1035). 

O discípulo missionário do Senhor não pode jamais deixar-se abater pela solidão, tristeza, desânimo, para que, com amor e fidelidade, possa carregar a cruz com alegria, confiança, disponibilidade, coragem e firmeza, até o fim.

Carreguemos o jugo da cruz, vivendo a Lei do Senhor, a Lei do Amor “... Este é o meu Mandamento: amai-vos uns aos outros como Eu vos amei” (Jo 15,12). 

Somente o amor faz viver. O Mandamento do Amor se constitui na expressão máxima da vida cristã, porque Cristo mesmo nos disse – “... Ninguém teve maior Amor do que Aquele que dá a vida por Seus amigos.“ (Jo 15,13). 

E disse o Evangelista João: “Deus amou tanto o mundo que nos deu o Seu Filho único para que não morra quem n’Ele crer mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16).

Nisto consiste a vitalidade e fecundidade de uma fé autêntica: crer em Deus e, no alegre testemunho, levar quantos possamos a esta descoberta e encontro que transforma a nossa vida e sempre nos prepara o melhor.

Reflitamos:

- Como cada um de nós participa na construção do Projeto que Deus tem para a humanidade?

- Sentimo-nos responsáveis pela transformação do mundo em que vivemos?  
- O que fazemos, no testemunho da fé, para transformar s sinais de escuridão em sinais de luz; os sinais de morte em sinais de vida? 

O Senhor entregou Sua vida por nós, aceitou a morte, e morte de Cruz, amando-nos, amou-nos até o fim. Façamos por Ele e pelo nosso próximo o mesmo: descanso, forças e alegria no tempo presente encontraremos, e na eternidade plenamente viveremos. A glória da Cruz e a Lei do Amor, para sempre Amém!

“Jesus Manso e humilde de Coração,
Fazei o nosso coração semelhante ao Vosso.”

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