terça-feira, 31 de outubro de 2023

Liberta-me, Senhor, de todo o medo!

                                           

Liberta-me, Senhor, de todo o medo!

Senhor, ofereço-Te meus medos, ânsias, angústias, temores, complexos, traumas psicológicos....

Quero arrancá-los do coração, como braceletes e correntes de ouro, e dizer-Te:
Toma, Senhor. Não quero mais que meu coração fique cheio de medo, mas  pleno de Ti, de Tua graça, ternura e amor.

Arranca, Senhor, todo o medo, ou me ajude a enfrentá-lo e assim poder vencê-lo; livra-me de todo o mal, de modo especial do mal que me corrói a alma e me fragiliza na conquista de meus sonhos.

Obrigado, Senhor, porque me libertas da necessidade de ter medo, e me dirige a Tua Santa Palavra:“ Não temais, pequeno rebanho, porque foi do agrado de vosso Pai dar-vos o Reino” (Lc 12,32); e ainda: “Coragem, Eu venci o mundo” (Jo 16,33).

Gratidão a Ti, Senhor, pelo Teu Espírito concedido, que é princípio de liberdade interior, luz que dissipa todos os medos; bálsamo indispensável e indizível que dá paz ao coração.

Por fim, Senhor, com Teu Apóstolo, agradeço porque não nos deste um espírito de timidez, mas de fortaleza, de amor e de sabedoria (2 Tm 1,7).


PS: Livre adaptação – O Verbo Se faz Carne – Raniero Cantalamessa – Editora Ave Maria - 2013 - p.793.

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Em poucas palavras...

                                          


                                                    Curai-nos, Senhor 

Passagem do Evangelho: Lc 13,10-17

Jesus cura a mulher há 18 anos encurvada em dia de sábado

Comentário de São Gregório Magno (séc VI):

“Quem está encurvado olha sempre para a terra, e quem olha para baixo não se lembra do preço pelo qual foi redimido”

 

“Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim”

                                                              

“Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim”

Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim. Não quero ficar aqui, à beira do caminho, mendigando em eterna dependência, saboreando o amargo sabor da marginalização, indiferença e exclusão.

Ainda que queiram calar minha voz, a Ti, grito e, suplico, pois sei em quem confio e que não me deixarás gritar aos ventos, com minha dor, sofrimento, prantos e lamentos, e em Ti, tenho fé que podes me devolver o olhar, um novo olhar...

Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim. A exemplo daquela que curaste, que há dezoito anos encurvada se encontrava, e não podia olhar para o alto e ver o horizonte do inédito, pois apenas via o chão sórdido da dor, regado pelas lágrimas de sofrimento.

Não quero mergulhar meu coração na terra, como se não mais houvesse sinais de esperança, como que numa entrega, abandono, desistência, sem saídas possíveis, a não ser silenciá-lo, no chão duro dos que não mais querem viver, porque razões não há.

Nem cego, nem encurvado quero ficar, mas quero enxergar contra toda falta de esperança.

Quero me por de pé, olhando para o alto, e as coisas do alto para sempre buscar, como nos falou o Apóstolo Paulo - "Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas do alto onde Cristo está sentado à direita de Deus" (Cl 3,1).

Jesus, Filho de Davi, curai minha cegueira, e que não me curve jamais diante do mal, do medo, da apatia, da indiferença e de qualquer outra coisa que roube a beleza da vida
E o encantamento e paixão pelo Teu Reino. Amém


PS: Inspirado nas passagens bíblicas Mc 10,46-52; Lc 13,10-17

Plena fidelidade à vontade divina

Plena fidelidade à vontade divina

Esta Carta escrita pelo Papa São Clemente I (séc. I) nos convida a refletir sobre o empenho que devemos fazer na realização da vontade de Deus, sem jamais nos desviarmos dela.

“Tomai cuidado, diletos, para que os benefícios de Deus, tão numerosos, não se tornem condenação para todos nós, se não vivermos para Ele de modo digno e não realizarmos em concórdia o que é bom e aceito diante de Sua face. Pois foi dito em algum lugar: ‘O Espírito do Senhor é lâmpada que perscruta as cavernas das entranhas’ (Pr 20,27 Vulg.).

Consideremos quão próximo está e que nada lhe é oculto de nossos pensamentos e palavras. É, portanto, justo que não sejamos desertores de Sua vontade. É preferível ofendermos os homens estultos e insensatos, soberbos e presunçosos na jactância de seu modo de falar, a ofender a Deus.

Veneremos o Senhor Jesus, cujo Sangue foi derramado por nós, respeitemos nossos superiores, honremos os anciãos, eduquemos os jovens na disciplina do temor de Deus, encaminhemos nossas esposas para todo o bem. Manifestem o amável procedimento de castidade, mostrem seu puro e sincero propósito de mansidão, pelo silêncio deem a conhecer a moderação da língua, tenham igual caridade sem acepção de pessoas para com aqueles que santamente temem a Deus.

Participem vossos filhos da ciência de Cristo. Aprendam que grande valor tem para Deus a humildade, o poder da casta caridade junto de Deus, como é bom e imenso Seu temor, protegendo a todos que n'Ele se demoram na santidade de um coração puro. Porque Ele é o perscrutador dos pensamentos e resoluções da mente. Seu Espírito está em nós, e, quando quer, retira-O.

A fé em Cristo tudo confirma. Ele, pelo Espírito Santo, nos incita: ‘Vinde, filhos, ouvi-me; ensinar-vos-ei o temor do Senhor. Qual é o homem que quer a vida e deseja ver dias bons? Afasta tua língua do mal e não profiram teus lábios a mentira. Desvia-te do mal e faze o bem. Busca a paz e persegue-a’ (Sl 33,12-15).
Misericordioso em tudo, o Pai benigno tem amor pelos que O temem, concede com bondade e doçura Suas graças àqueles que se lhe aproximam com simplicidade. Por isso não sejamos fingidos nem insensíveis a Seus dons gloriosos”.(1)

A Carta é propícia para refletirmos ao rezarmos a oração que o Senhor nos ensinou: “Seja feita a Vossa vontade assim na terra como nos céus”. 

Supliquemos a luz e força do Espírito para que jamais sejamos desertores de Sua vontade, ainda que difícil de realizá-la, porque nos desinstala, exige renúncias quotidianas.

Também seja suplicada, para que, nas mais diversas situações, saibamos, de fato, no que consiste a vontade divina, sem jamais impor a nossa a d’Ele.

Como discípulos missionários do Senhor, temos sempre um longo caminho a percorrer, e quanto maior compreensão e fidelidade à vontade divina, mais felizes seremos, e mais frutuoso será nosso testemunho, acolhendo sempre a Palavra divina, na alegria do Espírito que nos renova, recria e nos revigora.


(1) Liturgia das Horas – Vol. IV – pp. 384-385.

Em poucas palavras...

 


Aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade

Oremos:

Deus eterno e todo-poderoso, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade e dai-nos amar o que ordenais para conseguirmos o que prometeis. Por N.S.J.C. Amém.

 

(1) Oração do dia – 30º Domingo do Tempo Comum

Mensagem de Sua Santidade Papa Francisco para o 97º Dia Mundial das Missões de 2023 (Síntese)

 


Mensagem de Sua Santidade Papa Francisco para o
97º Dia Mundial das Missões de 2023 (Síntese)
 
                    “Corações ardentes, pés ao caminho” (cf Lc 24,13-35)
 
A mensagem para o Dia Mundial das Missões de 2023 tem como tema “Corações ardentes, pés ao caminho (cf. Lc 24, 13-35)”, que o Papa nos apresenta através de três aspectos que traçam o itinerário dos discípulos missionários, a fim de que se faça a revisão do zelo na evangelização do mundo de hoje:
 
1 – Corações ardentes: A Palavra de Deus ilumina e transforma o coração na missão: Jesus a Palavra viva, a única que pode fazer arder, iluminar e transformar o coração.
 
Jesus nunca se cansa de estar conosco, apesar de nossos defeitos, dúvidas, fraquezas e não obstante o pessimismo que nos reduzam a “homens sem inteligência e lentos de espírito” (Lc, 24,25). O Senhor é maior do que os nossos problemas, afirma o Papa.
 
Expressa sua proximidade com todos os missionários/as do mundo, lembrando que nem todos os dias da vida são cheios de sol, como o Senhor já nos alertara – “No mundo, tereis tribulações, mas tende confiança: Eu venci o mundo” (Jo 16,33).
 
Citando São Jerônimo – «A ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo» (Commentarii in Isaiam, Prologus), insiste na importância do conhecimento da Escritura é importante para a vida do cristão e, mais ainda, para o anúncio de Cristo e do Seu Evangelho. Somente corações ardentes podem fazer arder o coração dos outros.
 
2. Olhos abertos: os olhos dos discípulos «se abriram e O reconheceram» ao partir o pão. Jesus na Eucaristia é ápice e fonte da missão.
 
Afirma o Papa: “A propósito, é preciso ter presente que, se o simples repartir o pão material com os famintos em nome de Cristo já é um ato cristão missionário, quanto mais o será o repartir o Pão eucarístico, que é o próprio Cristo? Trata-se da ação missionária por excelência, porque a Eucaristia é fonte e ápice da vida e missão da Igreja.”
 
Citando o Papa Bento XVI, recorda-nos: «Não podemos reservar para nós o amor que celebramos neste sacramento [da Eucaristia]: por sua natureza, pede para ser comunicado a todos. Aquilo de que o mundo tem necessidade é do amor de Deus, é de encontrar Cristo e acreditar n’Ele. Por isso, a Eucaristia é fonte e ápice não só da vida da Igreja, mas também da sua missão: uma Igreja autenticamente eucarística é uma Igreja missionária» (Exort. ap. pós-sinodal Sacramentum caritatis, 84).
 
Tão somente unidos a Jesus, daremos frutos (cf. Jo 15, 4-9), e esta união se realiza através da oração quotidiana, particularmente na adoração, no permanecer em silêncio diante do Senhor, que está conosco na Eucaristia.
 
É preciso cultivar amorosamente esta comunhão com Cristo, o discípulo missionário pode tornar-se um místico em ação; e deste modo, nosso coração desejará estar sempre pela companhia de Jesus, suspirando conforme o ardente pedido dos dois de Emaús, sobretudo ao entardecer: «Fica conosco, Senhor!» (cf. Lc 24, 29).
 
3 - Pés ao caminho e com a alegria de proclamar Cristo Ressuscitado. A eterna juventude de uma Igreja sempre em saída.
 
Depois de abrir os olhos ao reconhecerem Jesus na fração do pão, os discípulos partiram sem demora e voltaram para Jerusalém (cf. Lc 24, 33): “Não se pode encontrar verdadeiramente Jesus Ressuscitado, sem se inflamar no desejo de o contar a todos. Por isso, o primeiro e principal recurso da missão são aqueles que reconheceram Cristo ressuscitado, nas Escrituras e na Eucaristia, e que trazem o Seu fogo no coração e a Sua luz no olhar. Eles podem testemunhar a vida que não morre jamais, mesmo nas situações mais difíceis e nos momentos mais escuros.”
 
Necessária, portanto, a conversão missionária, que permanece como principal objetivo que nós devemos propor como indivíduos e como comunidade, porque a ação missionária é o paradigma de toda a obra da Igreja, pois como afirma o apóstolo Paulo, o amor de Cristo nos conquista e nos impele (cf. 2 Cor 5, 14).
 
Ressalta o importante trabalho das Pontifícias Obras Missionárias, como instrumento privilegiado para favorecer esta cooperação missionária a nível espiritual e material, daí a necessária motivação e participação das ofertas no Dia Mundial das Missões.
 
Concluindo, lembra a urgência da ação missionária da Igreja que comporta naturalmente uma cooperação missionária, cada vez mais estreita, de todos os seus membros a todos os níveis.
 
Trata-se, portanto, do objetivo essencial do percurso sinodal que a Igreja está a realizar com as palavras-chave comunhão, participação, missão, a fim de que a Igreja não se feche sobre si mesma.
 
É preciso pôr-se a caminho, como os discípulos de Emaús, afirma o Papa, escutando o Senhor Ressuscitado que não cessa de vir juntar-Se a nós para nos explicar o sentido das Escrituras e partir o pão para nós, a fim de podermos levar avante, com a força do Espírito Santo, a sua missão no mundo.
 
Iluminados pelo encontro com o Ressuscitado e animados pelo Seu Espírito, exorta o Papa: – “Saiamos com corações ardentes, olhos abertos, pés ao caminho, para fazer arder outros corações com a Palavra de Deus, abrir outros olhos para Jesus Eucaristia, e convidar todos a caminharem juntos pelo caminho da paz e da salvação que Deus, em Cristo, deu à humanidade.”, contando com a intercessão de Santa Maria do Caminho, Mãe dos discípulos missionários de Cristo e Rainha das missões.
 
Desejando leia a mensagem na integra:

Oração para o mês missionário - 2023

 


Oração para o Mês Missionário 2023

 

Tema: "Ide! Da Igreja local aos confins do mundo"

Lema: "Corações ardentes, pés a caminho" (cf. Lc 24,13-35)

 

Oração
 
"Deus Pai, Filho e Espírito Santo, consagrados e enviados pelo batismo,
fazei-nos viver nossa vocação de discípulos missionários, 
como graça e missão.


Inspirados e guiados pelo Espírito Santo, com os corações ardentes ao escutar a Vossa Palavra, e com os pés a caminho para anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo, queremos ir da Igreja local aos confins do mundo.
 

Maria, Mãe missionária, rogai por nós!

Amém!"

 

 

PS: Riquíssimo material sobre o mês missionário 2023, o leitor poderá encontrar acessando: https://pom.org.br/campanhamissionaria/cm2023/

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